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Osesp apresenta lado a lado As Quatro Estações de Vivaldi e As Quatro Estações Portenhas de Piazzolla

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Isadora Vitti.

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp realiza três concertos especiais de sua Temporada 2021 na Sala São Paulo. Nestas apresentações, a Osesp e Emmanuele Baldini, que dirige a Orquestra e é também o solista, executam um programa que coloca lado a lado As Quatro Estações, de Antonio Vivaldi, e As Quatro Estações Portenhas, de Astor Piazzolla, esta com arranjo de Leonid Desyatnikov. O programa faz parte do ciclo Piazzolla 100, que comemora o centenário do bandoneonista e compositor argentino, completado em 11 de março de 2021.

Cuatro Estaciones Porteñas é uma suíte de obras que Piazzolla foi construindo pouco a pouco a partir da primeira delas, Verano Porteño, que tinha sido, em meados dos anos 1960, a música de uma obra teatral. Piazzolla gravou as quatro peças juntas uma única vez, em um registro ao vivo de um concerto de seu lendário Tango Nuevo Quinteto no Teatro Regina de Buenos Aires, em 1970.  “O ciclo das quatro estações sempre foi motivo de inspiração ao longo dos séculos. Se na música barroca As Quatro Estações de Vivaldi são sua maior expressão musical, no Classicismo temos as Estações de Haydn, no Romantismo as Estações de Tchaikovsky para piano e, mais perto da nossa época, as Estaciones Porteñas de Piazzolla. Porém, com suas Quatro Estações, Piazzolla escolhe um caminho diferente e já não faz mais um retrato de cenas ou eventos que acontecem durante as estações do ano, mas usa o tango, a milonga e as formas musicais populares de seu país para criar atmosferas muito mais latinas e nascidas na cidade de Buenos Aires, por isso o nome Estaciones Porteñas, afirma o violinista e regente Emmanuele Baldini.

“Mas há outro diferencial: a versão para violino e cordas que escolhi para apresentar com a Osesp, do compositor Leonid Desyatnikov e escrita para o grande violinista Gidon Kremer, dialoga com As Quatro Estações de Vivaldi. Embora uma parte do programa tenha sido escrita durante o Barroco e outra muito mais próxima da gente, ambas conversam o tempo todo e realmente constroem um universo sem tempo, não sabemos quando estamos no Barroco, quando estamos no século XX, e nos perdemos na emoção dessa música sem tempo”, finaliza Baldini.

No domingo, 25 de julho, a Osesp e Baldini apresentam as mesmas obras no Festival de Verão e Inverno de Campos do Jordão, desta vez com transmissão ao vivo no YouTube do Festival. Os próximos concertos da Osesp em homenagem ao centenário de Astor Piazzolla acontecem entre 29 e 31 de julho sob regência do costa-riquenho Giancarlo Guerrero e com um programa 100% latino-americano, com a Sinfonia Buenos Aires, do mestre argentino, e obras dos compositores Roberto Sierra e Antonio Estévez.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp | Criada em 1954, é uma das mais importantes orquestras da América Latina. Desde 2020, tem o suíço Thierry Fischer como diretor musical e regente titular, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop, que agora é regente de honra. Em 2016, a Osesp esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira.

Emmanuele Baldini | Spalla da Osesp desde 2005 e Primeiro Violino do Quarteto Osesp desde 2008, o italiano formou-se no Conservatório de Genebra, aperfeiçoando-se em Berlim e Salzburgo. Mais recentemente, sua dedicação à regência o levou a se aprimorar com Isaac Karabtchevsky e Frank Shipway. Como regente, destacam-se concertos no Teatro Colón, de Buenos Aires, no Teatro del Sodre, de Montevidéu, da própria Osesp e apresentações com as principais orquestras da América Latina. De 2017 a 2020 foi diretor musical da Orquestra de Câmara de Valdivia, no Chile, e é diretor artístico da Orquestra de Câmara Sphaera Mundi, de Porto Alegre.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo por intermédio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

PROGRAMA

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – OSESP

EMMANUELE BALDINI REGENTE E VIOLINO

Antonio VIVALDI | As Quatro Estações, Op.8

Astor PIAZZOLLA | As Quatro Estações Portenhas [arranjo de Leonid Desyatnikov].

Serviço:

23 de julho, sexta-feira, às 20h

24 de julho, sábado, às 16h30

[25 de julho, domingo, às 16h30 – transmissão digital]

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16

Taxa de ocupação limite: 480 lugares

Recomendação etária: 7 anos

Ingressos: Entre R$50,00 e R$100,00

Bilheteria (INTI): https://osesp.byinti.com/

(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h

Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners

Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.

Há quatro meses sem chuvas significativas, região enfrenta pior estiagem dos últimos 100 anos

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: divulgação/SAAE.

O município de Indaiatuba não tem uma chuva expressiva desde março de 2021. Cidades que compõem a Região Metropolitana de Campinas (RMC) e vizinhas, como Salto e Itu, já estão com racionamento de água. Também no Estado de São Paulo, o racionamento é a realidade de 1,2 milhão de pessoas em cidades do interior como Bauru, São José do Rio Preto, Chavantes, Santa Cruz das Palmeiras e Rio das Pedras.

O Consórcio PCJ (Consórcio formado pelos municípios das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) tem alertado de que a estiagem será ainda muito severa e, para minimizar os problemas de abastecimento que possam ocorrer, o SAAE enfatiza a Campanha permanente Cada gota faz diferença. Economize água e tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do uso responsável da água, principalmente no período de seca.

O País está em uma situação crítica, sofrendo os impactos da emergência climática que assola o mundo inteiro com efeitos diversos. O desequilíbrio no clima tem um impacto devastador na hidrologia do país, que provoca contas de luz mais caras nas cidades (uma vez que os reservatórios das usinas hidrelétricas estão vazios, aumentando o uso das termelétricas), enchentes em Manaus (com a concentração de boa parte da pluviosidade em um período curto de tempo) e perda de colheitas para a pior seca dos últimos 91 anos no Sudeste e Centro-Oeste do país. A crise climática também acentua fenômenos atmosféricos como o La Niña, que favorece a estiagem na região. O La Niña é um fenômeno que inibe a formação de nuvens carregadas, impedindo precipitações generalizadas e consistentes. As frentes frias, que nesta época do ano são os principais sistemas responsáveis por trazer umidade ao Estado, acabam sendo deslocadas para as áreas litorâneas e, como consequência, a chuva não atinge todas as regiões.

De acordo com a medição realizada pelo SAAE, que coleta os dados por meio do pluviômetro instalado na Estação de Tratamento de Água, ETA III no bairro Pimenta, este ano pode ser considerado um dos mais secos da história. A última chuva expressiva que caiu em Indaiatuba foi em abril desse ano – no dia 7 choveu 29 mm e, no dia 18, 10.5 mm. As chuvas são importantes para alimentar o lençol freático dos mananciais para que nos períodos de estiagem consigam ter volume suficiente para sua captação.

Dentro desse cenário, é fundamental o uso eficiente da água em todos os setores. “É de suma importância a economia de água durante o ano todo, mas, em períodos como estamos vivenciando, praticar o consumo consciente de água não significa deixar de usar o recurso, mas sim, repensar as formas de uso da água. Para isso precisamos trabalhar juntos”, comenta o superintendente do SAAE, Pedro Claudio Salla. “Em Indaiatuba, estamos mantendo o abastecimento normalizado graças aos investimentos feitos nos últimos 20 anos; no entanto, sem previsão de chuvas e a probabilidade de que os próximos meses sejam ainda mais secos, é importante que todos façam sua parte e consumam água de forma consciente e sem desperdícios para preservar os mananciais”, finaliza.

Atleta de bicicross de Indaiatuba representa o Brasil nas Olímpiadas de Tóquio

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Fotos: Jubinsk.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 começam na próxima sexta-feira (23), após adiamento ocasionado pela pandemia de Covid-19, e Indaiatuba terá uma representante na equipe brasileira: a ciclista Priscilla Stevaux, 28 anos, que integra o time da Secretaria Municipal de Esportes/ACBI (Associação de Ciclismo BMX de Indaiatuba) desde 2018. Esta será a segunda participação da atleta no principal evento multiesportivo do mundo.

“Comecei no BMX em 2001, inspirada pelo meu irmão Douglas, que é um ano mais velho que eu e hoje é meu treinador”, conta Priscilla, que nasceu em Sorocaba. “Tudo começou quando passamos em frente a uma pista de bicicross com nosso pai, onde acontecia uma competição. Logo começamos a treinar e entramos praticamente juntos na Seleção Brasileira: o Douglas em 2009 e eu, em 2010”.

Ainda em 2001, Priscilla participaria de sua primeira competição, mas foi no ano seguinte que ganharia destaque. “Começamos a treinar muito e participei do meu primeiro Campeonato Mundial em 2002, na cidade de Paulínia. Tinha apenas 9 anos de idade e fui a terceira colocada. No Mundial de 2006 fui a sexta colocada”, lembra. Após conquistar seu primeiro título nacional, em 2009, entrou para a Seleção Brasileira. “Entrei para a Seleção Brasileira e minha estreia foi no Mundial de 2011, na Dinamarca. Fui finalista e a sexta melhor do mundo, já na categoria profissional”, recorda. “O BMX entrou nas Olimpíadas em 2008 e já almejava ser como meus ídolos, um dia alcançar este objetivo e representar o Brasil na maior competição do esporte mundial”.

Angela Posso e Priscilla Stevaux.

Realização | “Consegui concretizar este sonho, junto ao meu irmão, ao conquistar uma vaga nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro”, afirma Priscilla. “Foi uma experiência única poder representar o meu país em casa, com a energia dos brasileiros, com a torcida de toda a minha família e amigos em um evento tão grandioso”.

Depois de quatro títulos brasileiros e um pan-americano na categoria Elite, a ciclista está de volta aos Jogos Olímpicos em Tóquio. “Voltamos com grandes expectativas e muita energia positiva”, destaca, aproveitando para falar sobre sua chegada à Indaiatuba. “Já são três anos competindo pela cidade, que me deu todo o suporte para chegar às Olimpíadas”.

Priscilla veio para Indaiatuba em 2018 e logo conquistou bons resultados. “Entrei na equipe da Secretaria de Esportes/ACBI em 2018 e poder ter vindo para cá foi muito importante para conquistar o índice olímpico e representar a cidade também nos Jogos Olímpicos de Tóquio”.

Exposição sobre John Graz na Pinacoteca destaca produção visual do artista inspirada no Brasil

São Paulo, por Kleber Patricio

John Graz (Genebra, Suíça 1891 – São Paulo, São Paulo, 1980) – “Carnaval em Olinda”, 1976 – Grafite sobre papel –
Acervo do Instituto John Graz.

A Pinacoteca de São Paulo inaugura a exposição John Graz: idílio tropical e moderno no dia 31 de julho na Estação Pinacoteca. A exposição, com aproximadamente 155 itens, revisita a trajetória de John Graz, um dos mais importantes nomes do modernismo no Brasil, com foco em sua atuação como artista visual e a dedicação de seus trabalhos à temática indígena, a fauna, flora, história e cultura popular brasileiras.

Tendo como núcleo central um conjunto expressivo de obras proveniente da doação realizada pelo Instituto Graz à Pinacoteca, a seleção dos trabalhos ainda inclui empréstimos de outras instituições e coleções privadas. A curadoria é de Fernanda Pitta, curadora sênior, e Thierry Freitas, assistente curatorial do museu. A programação acontece no ano que antecede o centenário da Semana de Arte Moderna, que teve Graz como um dos participantes.

John Graz: idílio tropical e moderno reflete a visão particular do artista suíço sobre o Brasil, onde viveu a partir de 1920, após alguns anos de formação multidisciplinar na Europa que incluiu cursos de desenho, decoração, arquitetura e artes plásticas. A curadoria ressalta a dedicação de Graz à criação de um imaginário moderno e tropical a partir de suas pinturas, desenhos e estudos, refletindo também sobre a multiplicidade e versatilidade do artista. Nessas obras aparecem representações de indígenas, imagens da natureza, festividades como o carnaval e festas gaúchas, trabalhadores brasileiros como os jangadeiros, além de narrativas históricas, como as que retratam a invasão portuguesa no Brasil.

John Graz (Genebra, Suíça 1891 – São Paulo, São Paulo, 1980) – Sem título, 1935 – 
guache e grafite sobre papel – Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, doação do Instituto John Graz – em processo.

Sobre a temática indígena, que compõe um dos maiores núcleos da mostra, a curadora Fernanda Pitta pontua: “Ainda que não seja possível precisar o que despertou o interesse de Graz pela temática indígena, podemos perceber que as representações são marcadas por uma concepção romantizada do tema, assim como uma forte relação com uma certa ideia de forma ‘primitiva’, sintética e quase abstrata, explorada por artistas das vanguardas, refletida no alongamento das figuras e nas extremidades ora pontiagudas, ora compactas, de seres humanos, animais e plantas”.

A organização expositiva das obras segue núcleos temáticos relacionados aos principais assuntos trabalhados pelo artista em sua produção: Arcádia, Temática Indígena, Natureza brasileira, História e cultura popular, indigenismo e abstração e design – tudo pode ser visto no segundo andar da Estação Pinacoteca.

Ainda que o foco seja a produção visual, a exposição exibe mobiliários que demonstram o interesse de Graz pela criação de um design moderno e brasileiro, além de estudos de arquitetura, decoração e fotos dos ambientes que o artista idealizou. Graz projetou espaços residenciais em São Paulo, abrangendo desde a criação de pequenos objetos, como luminárias, à ornamentação de salas de jantar e jardins. Antes do fascínio pela temática brasileira, muitos desses locais tinham afrescos assinados pelo artista com temáticas pastoris, com cenas de caçadas e musas, como poderá ser visto em algumas fotografias expostas.

John Graz em seu ateliê em Genebra, Suíça, 1918. Coleção de Annie Graz, São Paulo.

Catálogo | A exposição John Graz: idílio tropical e moderno conta com um catálogo de 80 páginas com texto crítico dos curadores Fernanda Pitta e Thierry Freitas, um ensaio do professor e pesquisador Horacio Ramos e uma cronologia completa do artista elaborada por Daniel Ribeiro e Gabriela Gotoda. A publicação é bilíngue (português-inglês) e estará disponível na loja do museu.

John Graz: idílio tropical e moderno tem patrocínio do BB Seguros (cota ouro) e do banco J.P. Morgan (cota bronze).

Serviço:

John Graz: idílio tropical e moderno

Curadoria de Fernanda Pitta e Thierry Freitas

De 31/7/21 a 31/1/22

Estação Pinacoteca – Largo General Osório, 66 – Santa Ifigênia – São Paulo/SP

De quarta a segunda, das 10h às 18h

Ingresso gratuito, mas a entrada só é permitida com a reserva pelo site www.pinacoteca.org.br

Visitantes: o visitante tem na entrada a sua temperatura aferida e deverá usar máscara em todos os espaços e durante toda a visita. Os espaços têm álcool gel para higienização das mãos.

Novo álbum de Toninho Ferragutti traz composições inéditas para acordeon e quinteto de cordas

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Gal Oppido.

O músico, compositor e arranjador Toninho Ferragutti é conhecido (e reconhecido) como um dos mais inventivos e talentosos acordeonistas atualmente. Em 35 anos de carreira, gravou inúmeros álbuns, teve três trabalhos indicados ao Grammy e tocou com importantes músicos nacionais e internacionais, além de orquestras. Este novo álbum é mais um passo em sua carreira, com composições inéditas escritas especialmente para uma formação pouco explorada no universo musical, o quinteto de cordas – com violinos, viola, violoncelo e contrabaixo – e o acordeon. E o resultado desse encontro está registrado em De Sol a Sol, lançado agora pela gravadora do SESC São Paulo.

“Eu me sinto um melodista e a minha música, na verdade, é popular com muitos códigos e elementos da música erudita: dinâmicas, sonoridades e sofisticação harmônica. Em outras palavras, ela se aproxima da música erudita, embora beba da fonte da música popular. E é muito bom fazer isso”, afirma Toninho Ferragutti sobre as doze faixas do álbum com choros, forrós, valsas e jazz.

O trabalho nasceu com a proposta de ter composições em que os seis instrumentos são protagonistas. Segundo Ferragutti, há pouco material feito especialmente para esta formação. “O acordeon se presta muito a esse tipo de formação com cordas. Ele se dá bem com as dinâmicas e com os timbres. Embora seja um instrumento de ar, de sopro, ele sustenta os sons como as cordas. Eu me sinto em casa”, revela o compositor.

Capa do álbum.

De Sol a Sol também levou em consideração os músicos parceiros com os quais Ferragutti dividiria o estúdio: Luiz Amato e Liliana Chiriac (violinos), Adriana Schincariol (viola), Adriana Holtz (violoncelo) e Zé Alexandre Carvalho (contrabaixo), todos eles com carreiras sólidas na música erudita e passagens pelas principais orquestras brasileiras, como a Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e a Sinfônica Municipal (OSM), mas que trazem grande compreensão da música popular, de seus códigos e sua linguagem. “Eu componho e penso na formação, nas pessoas que vão tocar. O disco me deixou feliz porque conseguimos um resultado de que gosto”, diz o acordeonista.

As doze faixas foram arranjadas por um time que entende do assunto, como o clarinetista, saxofonista e compositor Nailor Azevedo ‘Proveta’, fundador da Banda Mantiqueira, e o pianista e compositor Tiago Costa, regente da Orquestra Jovem Tom Jobim. Proveta arranjou Valsa Dura, Pedro e Névoa; já Tiago trabalhou a peça título do álbum De Sol a Sol e ainda Medusa, Bétula e Valsinha de Salão. Completam a lista os arranjadores Alexandre Mihanovich, que assina Moinho e Redentora; Rafael Piccolotto, em Forró Campeão e Adail Fernandes com Um chorinho em Aquiraz; além do próprio Toninho Ferragutti, que arranjou Reloginho.

O álbum teve ainda algo importante para o grupo. “Fiz de uma maneira que sempre quis, fomos para um lugar longe de São Paulo e ficamos mergulhados na gravação, com o foco voltado ao trabalho. Isso também influenciou o resultado”, finaliza o músico. Para ouvir, clique aqui.

Repertório

De Sol a Sol – Toninho Ferragutti e Quinteto de Cordas

Todas as composições são de Toninho Ferragutti

1 – De sol a sol | Arranjo: Tiago Costa

2 – Valsa dura | Arranjo: Nailor Azevedo ‘Proveta’

3 – Medusa | Arranjo: Tiago Costa

4 – Bétula | Arranjo: Tiago Costa

5 – Moinho | Arranjo: Alexandre Mihanovich

6 – Pedro | Arranjo: Nailor Azevedo ‘Proveta’

7 – Valsinha de salão | Arranjo: Tiago Costa

8 – Névoa | Arranjo: Nailor Azevedo ‘Proveta’

9 – Reloginho | Arranjo: Toninho Ferragutti

10 – Forró Campeão | Arranjo: Rafael Piccolotto

11 – Redentora | Arranjo: Alexandre Mihanovich

12 – Um chorinho em Aquiraz | Arranjo: Adail Fernandes

Toninho Ferragutti e o Quinteto de Cordas. Foto: Tarita de Souza.

Toninho Ferragutti | Músico, compositor e arranjador, nasceu em Socorro, no interior do Estado de São Paulo, onde foi incentivado pelo pai, Pedro Ferragutti, também músico saxofonista e compositor de valsas, choros, dobrados e marchas. Fez sua formação acadêmica no Conservatório Gomes Cardin, em Campinas, acrescentada de aulas particulares de acordeon, com Dante D’Alonzo, e harmonia, com Claudio Leal Ferreira. Também credita sua formação às inúmeras rodas de choro, grupos de baile, de música gaúcha e de gafieiras dos quais participou. Antes de se profissionalizar, Toninho Ferragutti cursou três anos de veterinária na Unesp, em Botucatu, curso que abandonou no último ano para se mudar definitivamente para São Paulo, em 1983.

Em mais de 35 anos de carreira bem-sucedida, participou de shows e álbuns de importantes artistas no Brasil e exterior, como Gilberto Gil, Edu Lobo, Antonio Nóbrega, Elba Ramalho, Mônica Salmaso, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Chico Cesar, Sivuca, Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeon, Lenine, Paulo Moura, Marisa Monte, Elza Soares, Dory Caymmi, Joyce, Nelson Ayres, Nico Assunção, Hermeto Paschoal, Lenine, Elza Soares, Grupo Corpo, Mario Adnet, Proveta, Maira João e Mario Lajinha (Portugal), Seigen Ono (Japão) e Antonio Placer (França).

Também já tocou com diversas orquestras sinfônicas como a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo, Orquestra Petrobras Pró-Música, Orquestra de Câmera da Universidade da Paraíba, Orquestra Sinfônica do Recife, sob a regência de Claudio Cruz, Ciro Pereira, Nelson Ayres, Wagner Tiso, Karabtchevsky, João Maurício Galindo, Carlos Anísio e Osman Gioia e vem interpretando toda obra escrita pelo compositor e Acordeonista Sivuca para esta formação.

Tem 15 álbuns solo e em parceria, com indicações ao Grammy Latino, Prêmio Tim e Prêmio Governador do Estado de São Paulo pelo trabalho apresentado no decorrer do ano de 2011. Foi vencedor do 28º Prêmio da Música Brasileira (2017) na categoria Música Instrumental como Melhor Solista, por sua atuação no álbum A Gata Café. Possui músicas gravadas pela Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo e pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). Seu CD Sanfonemas foi indicado ao Grammy Latino no ano 2000 como melhor CD de música regional; Nem Sol nem Lua, disco de 2006, foi considerado um dos 10 melhores trabalhos de música instrumental do ano e O Sorriso da Manu integrou a lista dos 10 melhores CDs de 2012, na opinião do crítico musical Carlos Calado. É professor, promove oficinas musicais em sua casa e é devoto de Dominguinhos, Hermeto Pascoal e Gilberto Gil.

Luiz Amato – 1º violino | Natural de São Paulo, é violinista e professor. Bacharel pela USP, é mestre e possui o Graduate Diploma pelo New England Conservatory de Boston (EUA). Doutor pela Universidade da Califórnia (EUA), foi membro do quarteto de cordas em residência desta universidade, com o qual participou de vários festivais e concertos pelos Estados Unidos, Europa e Brasil. No Brasil, integrou, entre outros, o Quarteto Municipal da Cidade de São Paulo – com o qual ganhou o prêmio APCA na categoria Melhor Grupo de Câmara do Ano. Foi spalla da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, da Amazonas Filarmônica e da Orquestra Jazz Sinfônica. Ex-diretor Artístico da Orquestra de Câmara da Unesp, atualmente é professor da universidade.

Liliana Chiriac – 2º violino | Nasceu em Chishinau, Moldávia. Iniciou seus estudos aos sete anos na Escola de Música C. Porumbesco e participou de diversos concursos para jovens instrumentistas. Em 1989, conquistou o primeiro lugar no Concurso de Jovens Violinistas da Moldávia e, no mesmo ano, iniciou seus estudos na Academia de Música G. Musiceuscu. Integrou a Orquestra Sinfônica de Teleradio, da sua cidade natal. Em 1993, integrou o naipe de primeiros violinos da Orquestra Filarmônica Nacional da Moldávia. Fez curso de aperfeiçoamento com a professora Esfir Caplun, discípula de Y. A. Yankelevich, nas áreas de música de câmara e prática pedagógica. Mudou-se para o Brasil em 1998 para exercer a função de “concertino” na Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Também participou do Quarteto de Cordas Tchaikovsky, do São Paulo Arte Trio e da Orquestra Bachiana Filarmônica. Desde 2002, integra a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo e a Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo. Desde 2007, é professora da Emesp Tom Jobim. Trabalhou ao lado Toninho Ferragutti em O Sorriso da Manu.

Adriana Schincariol – viola | Violista e professora. Iniciou seus estudos musicais no Conservatório de Tatuí aos 7 anos com piano, passando posteriormente para viola, em que se formou na classe do Professor Paulo Bosísio. É professora de viola e música de câmara no Conservatório Dramático e Musical de Tatuí, Faculdade UNI-FIAM, FAAM, Instituto Baccarelli e na Emesp Tom Jobim. Foi violista da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Orquestra Bachiana, do Quarteto de Cordas Aureus e do Quinteto D’Elas. É violista da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e do Quinteto de Cordas com Toninho Ferragutti. Ganhou o Prêmio Carlos Gomes do Governo do Estado de São Paulo de Melhor Grupo de Câmara com o Quinteto D’ Elas (1998). Foi coordenadora pedagógica de Música de Câmara no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão de 2006 a 2011 e da Emesp Tom Jobim de 2009 a 2020.

Adriana Holtz – violoncelo | Natural de Sorocaba. Iniciou seus estudos de violoncelo em 1987 no SESC Consolação e cursou o Conservatório Dr. Carlos de Campos em Tatuí. Participou dos Festivais de Música de Curitiba, Londrina, Tatuí e Campos do Jordão. Formou-se no curso de Licenciatura em Música pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, tendo estudado com Robert Suetholz e Antonio Lauro Del Claro. Foi primeiro violoncelo da Orquestra Experimental de Repertório (1994-1997), integrante da Orquestra Jazz Sinfônica, da Camerata Fukuda, do Grupo Cello em Sampa e da Orquestra de Câmara Villa-Lobos. Foi professora da ULM – Universidade Livre de Música e do Conservatório Musical Villa Lobos em Osasco, onde formou-se pianista. Atualmente é integrante da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo).

Zé Alexandre Carvalho – contrabaixo | Contrabaixista, arranjador e professor, atua em diversos estilos e formações, tanto na área do popular como do erudito. Já acompanhou artistas como Eliete Negreiros, Mônica Salmaso e Ná Ozzetti, entre outros. Na música instrumental, trabalhou ao lado de nomes como André Mehmari, Nelson Ayres, Paulo Moura, Ulisses Rocha, Proveta, Mozar Terra, Léa Freire, Hector Costita, Nivaldo Ornellas, Maestro Branco e Toninho Ferragutti, entre outros. Participou das Orquestras Sinfônicas de Campinas e Santo André. Realizou temporadas com a Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo e Orquestra Sinfônica da USP (Osusp). Como arranjador e diretor musical, trabalhou com os grupos Heartbreakers, Havana Brasil, Divina Caffé e Orquestra Paysandú. Foi diretor pedagógico da Escola do Auditório do Ibirapuera e atualmente é professor titular da Faculdade de Música da Unicamp. É Bacharel, Mestre e Doutor em música pela Faculdade de Música da UNICAMP. Atualmente toca com a Banda Savana, com Toninho Ferragutti e banda, com a cantora Ná Ozzetti.

Ficha técnica

Em todas as faixas:

Toninho Ferragutti – acordeon

Luiz Amato – violino

Liliana Chiriac – violino

Adriana Schincariol – viola

Adriana Holtz – violoncelo

Zé Alexandre Carvalho – contrabaixo

Produção: Toninho Ferragutti

Direção Musical: Luca Raele e Toninho Ferragutti

Gravação: Thiago Monteiro (Estúdio Riviére, Ribeirão Preto – SP), de 20 a 25 de janeiro de 2020

Mixagem e masterização: Thiago Monteiro (Estúdio Riviére, Ribeirão Preto – SP)

Pintura da capa: Cínthia Camargo

Fotografia: Tarita de Souza

Produção gráfica: Alexandre Calderero

Imagens Making Of: Guilherme Monteiro

Edição Making Of: Renan Abreu

Produção executiva: Gisella Gonçalves (Borandá Produções)

Assistente de produção: Lígia Fernandes (Borandá Produções).

Serviço:

Selo SESC lança o álbum De Sol a Sol de Toninho Ferragutti e Quinteto de Cordas

No SESC Digital e nas demais plataformas de streaming a partir de 21 de julho

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