Projeto inédito feito com mulheres cis e trans une arte, sustentabilidade e economia circular para fortalecer a autonomia feminina


Cerquilho
No momento em que o livro Corrupção e o escândalo da Lava Jato na América Latina é lançado em português pela FGV Editora em parceria com a Escola de Relações Públicas e Internacionais (SIPA) da Universidade de Columbia e o Columbia Global Centers do Rio de Janeiro, a estrutura institucional da Lava Jato no Brasil está perdendo o impulso, com a extinção deste modelo de força-tarefa por determinação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Com o devido distanciamento do período de pleno funcionamento da Lava Jato, o tempo presente parece apropriado para dar um passo atrás e avaliar o real significado de tudo o que aconteceu. O livro, organizado por Paul Lagunes, Fernanda Odilla e Jan Svejnar, contribui para o entendimento desta operação ao separar as dimensões políticas do escândalo que abalou o Brasil das menos aparentes, porém mais importantes “lições aprendidas” da Lava Jato sobre o combate à corrupção.
Nos 15 capítulos da obra, 19 autores e autoras do Brasil e de outros países receberam o desafio de deixar de lado suas inclinações políticas para olhar novamente para este episódio. Os artigos, escritos em linguagem clara e acessível, consideram a questão da corrupção de uma forma que vai muito além de críticas e interpretações de procedimentos criminais e minúcias da aplicação da lei.
Neste livro, a maior investigação contra a corrupção no mundo é analisada sob diferentes perspectivas, abarcando não apenas aspectos judiciais, mas também práticas cotidianas da corrupção sistemática e a forma como a política, a mídia e a administração operaram em tal contexto, com o distanciamento temporal dos acalorados debates políticos, e inclui ainda entrevistas com alguns de seus principais atores, como Deltan Dallagnol, Sergio Moro e Glenn Greenwald.
A coletânea é um chamado à luta, para que cidadãos preocupados exijam transparência e responsabilidade daqueles que nos governam com propósitos corruptos.
Para marcar este lançamento, será promovido um webnário especial com a participação da organizadora da obra, Fernanda Odilla, e das autoras que contribuíram com seus capítulos, Ana Luiza Aranha, Raquel de Mattos Pimenta, Daniela Campello, Denisse Rodriguez-Olivari e Jessie W. Bullock.
Corrupção e o escândalo da Lava Jato na América Latina
Org.: Paul Lagunes, Fernanda Odilla e Jan Svejnar
FGV Editora e Universidade de Columbia | SIPA
Impresso – R$60,00 | Ebook – R$42,00
Lançamento: dia 27/7/2021, às 18h, no Canal FGV no Youtube.
Frame de “Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra É Nossa!”, que faz parte da seleção de longas da mostra (Divulgação).
A Mostra Ecofalante de Cinema, que chega à sua 10ª edição de forma inteiramente online entre os dias 11 de agosto e 14 de setembro, anuncia os filmes selecionados para seus dois programas competitivos: a Competição Latino-Americana e o Concurso Curta Ecofalante.
Totalmente gratuito, o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais promove programação que contará com a exibição de mais de 90 títulos de diversos países, além de debates que discutirão temas como ativismo, biodiversidade, cidades, economia, povos e lugares, tecnologia e trabalho. A Mostra já havia organizado, em junho deste ano, uma programação virtual de aquecimento celebrando a Semana do Meio Ambiente, com sessões de filmes e debates sobre a Amazônia.
Competição Latino-Americana | Presente na Mostra Ecofalante desde 2014, a Competição Latino-Americana premia os melhores filmes de temática socioambiental da América-Latina. Dos quase 600 inscritos para esta edição, foram selecionados 30 filmes, entre longas e curtas-metragens produzidos na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela.
Frame de “Sobradinho”, longa em cartaz na mostra (divulgação).
O júri da Competição Latino-Americana é formado pela montadora Cristina Amaral (de Serras da Desordem e Falsa Loira, entre outros filmes), o cineasta indígena Takumã Kuikuro (codiretor do longa-metragem As Hiper Mulheres), a antropóloga e documentarista Junia Torres (organizadora do festival forumdoc.bh – Festival do Filme Etnográfico e Documentário de Belo Horizonte) e Mário Branquinho, diretor do CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela (Seia, Portugal), um dos mais antigos eventos do mundo em sua categoria.
Os filmes selecionados foram:
Longas
499 (México, 2020, 88’) – Dir. Rodrigo Reyes
Chico Rei Entre Nós (Brasil – SP, 2020, 94’) – Dir. Joyce Prado
Edna (Brasil – SP, 2021, 64’) – Dir. Eryk Rocha
Era Uma Vez na Venezuela (Venezuela/Reino Unido/Áustria/Brasil, 2020, 99’) – Dir. Anabel Rodríguez
Luz nos Trópicos (Brasil – RJ, 2020, 260’) – Dir. Paula Gaitán
Mata (Brasil – RJ/Noruega, 2020, 79’) – Dir. Fábio Nascimento e Ingrid Fadnes
Meu Querido Supermercado (Brasil – SP, 2020, 80’) – Dir. Tali Yankelevich
Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra É Nossa! (Brasil – MG, 2020, 70’) – Dir. Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero
O Índio Cor de Rosa Contra a Fera Invisível: A Peleja de Noel Nutels (Brasil – RJ, 2020, 71’) – Dir. Tiago Carvalho
Pajeú (Brasil – CE, 2020, 74’) – Dir. Pedro Diógenes
Piedra Sola (Argentina, 2020, 72’) – Dir. Alejandro Telémaco Tarraf
Sobradinho (Brasil – BA, 2020, 70’) – Dir. Marília Hughes e Cláudio Marques
Território Suape (Brasil – PE, 2020, 70’) – Dir. Cecília da Fonte, Laércio Portella, Marcelo Pedroso
Curtas
A Morte Branca do Feiticeiro Negro (Brasil – SC, 2020, 10’) – Direção: Rodrigo Ribeiro
Afeto (Brasil – RJ, 2019, 15’) – Direção: Gabriela Gaia Meirelles e Tainá Medina
Aká (México, 2020, 28’) – Direção: Adolfo Fierro, Juan González
Apiyemiyekî? (Brasil – SP, França, Portugal, 2019, 28’) – Direção: Ana Vaz
Cascarita (México, 2020, 4’) – Direção: Jimena Barrera
Gilson (Brasil – SP, 2020, 5’) – Direção: Vitória Di Bonesso
Janelas Daqui (Brasil – RJ, 2020, 15’) – Direção: Luciano Vidigal e Arthur Sherman
Kopacabana (Brasil – RJ, 2019, 14’) – Direção: Marcos Bonisson & Khalil Charif
Lagoa Negra (Peru, 2020, 34’) – Direção: Felipe Esparza
Mineiros (Brasil – MG, 2020, 23’) – Direção: Amanda Dias
Mundo (Chile, 2020, 19’) – Direção: Ana Edwards
O Submundo de Rogelio (Colômbia, 2019, 12’) – Direção: Álvaro Muñoz Sánchez
Rio das Almas e Negras Memórias (Brasil – GO, 2019, 20’) – Direção: Taize Inácia e Thaynara Rezende
Tapajós Ameaçado (Brasil – SP, 2021, 24’) – Direção: Thomaz Pedro
Topawa (Brasil – PA, 2019, 7’) – Direção: Kamikia Ksedje e Simone Giovine
Twakana Yagan (Argentina, 2020, 15’) – Direção: Rodrigo Tenuta e Ignacio Leonidas
Yaõkwa – Imagem e Memória (Brasil – PE/MT, 2020, 20’) – Direção: Rita Carelli e Vincent Carelli.
Concurso Curta Ecofalante | O Concurso Curta Ecofalante é uma competição voltada para curtas-metragens produzidos por estudantes. Para participar, os filmes inscritos precisavam abordar temáticas relacionadas a pelo menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU na Agenda 2030 – são 17 objetivos que abrangem temas como erradicação da pobreza, saúde de qualidade, combate às mudanças climáticas e igualdade de gênero.
O Concurso Curta, que nesta edição tem apoio do WWF-Brasil, selecionou 10 filmes que serão exibidos durante a Mostra e concorrerão ao prêmio de Melhor Curta Ecofalante:
Àprova (Brasil – SP, 2020, 16’) – Direção: Natasha Rodrigues
Beatmakers (Brasil – SP, 2019, 22’) – Direção: Luciana Santos e Sabrina Emanuelly
Casa dos Amigos (Brasil – SC, 2021, 9’) – Direção: Lena Bertanin e Pedro Oliveira
Efeito Zuvuya (Brasil – SP, 2020, 13’) – Direção: Gabriel Guizani
Letícia, Monte Bonito, 04 (Brasil – RS, 2020, 19’) – Direção: Julia Regis
Não toque, é Drag! (Brasil – PE, 2020, 20’) – Direção: Gabriel Cabral
Quarentena Pra Quem? (Brasil – SP, 2020, 22’) – Direção: Laís Maciel e Isabella Vilela
Remanescente (Brasil – SP, 2019, 25’) – Direção: João Victor Avila
Ver a China (Brasil – SP, 2019, 30’) – Direção: Amanda Carvalho
Vila dos Pescadores – Da pesca ao povo (Brasil – SP, 2019, 15’) – Direção: Cintia Neli da Silva Inacio, Geovanne Rafael V. da Silva.
Uma apresentação do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, do Governo do Estado de São Paulo – por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa – e da Ecofalante, a 10ª Mostra Ecofalante de Cinema é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura e do Programa de Apoio à Cultura (ProAC). Tem patrocínio do Mercado Livre, Colgate e da Spcine, empresa pública de fomento ao audiovisual vinculada à Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Conta com apoio da White Martins, Valgroup, Itaú, Oji Papéis Especiais e WWF-Brasil. É uma produção da Doc & Outras Coisas e coprodução da Química Cultural. A realização é da Ecofalante, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do Ministério do Turismo e do Governo Federal.
Mais informações sobre a programação da 10ª Mostra Ecofalante de Cinema serão divulgadas em breve.
Serviço:
10ª Mostra Ecofalante de Cinema
11 de agosto a 14 de setembro
Online e gratuita
Acesso pelo site ecofalante.org.br
Redes sociais:
www.facebook.com/mostraecofalante
Foto de Carolina Lacaz.
O Club Athletico Paulistano abriga, em suas alamedas, a coletiva F23 – Encontros Fotográficos, sob curadoria de Sergio Scaff e Bel Lacaz. Longe de ser uma mostra padrão de fotografias, a exposição oferece ao visitante a possibilidade de conhecer e se aproximar de mundos inteiros de criação de imagem, de autoria de 23 fotógrafos, que estarão disponíveis em locais determinados pela curadoria. Exposições individuais de profissionais convidados em diferentes momentos de trajetória oferecem um amplo conjunto de opções imagéticas, em um total de 1.213 imagens, agrupadas em 23 conjuntos, retratadas pela visão de mulheres e homens fotógrafos.
Convidados por Sergio Scaff, Alessandra Rehder, Antonio Mora, Betina Samaia, Carol Lacaz, Fabio Colombini, Fabio Figueiredo, Fabiano Al Makul, Giovanna Nucci, Ivan Padovani, Jose Roberto Bassul, Lucas Lenci, Luciano Bonomo, Luiz Aureliano, Melissa Szymanski, Paul Clemence, Pico Garcez, Renan Benedito, Renata Barros, Robério Braga, Romulo Fialdini, Tuca Reinés, Uiler Costa-Santos e Valentino Fialdini trazem seu universo de imagens para que o público conheça e se aproxime de sua criação. “Esta exposição irá permitir apresentar as diferentes leituras, conceitos, trabalhos e a evolução da fotografia no olhar destes fotógrafos”, explica Scaff.
Longe de ser uma exposição estática, em formato padrão, a mostra totalmente digital estará posicionada nas alamedas internas do Paulistano em totens identificados por artista: “cada fotógrafo terá um totem individual para apresentar sua biografia, currículo e coleção fotográfica representativa dos trabalhos executados, durante a sua carreira artística e profissional”, define o curador. Isso possibilita ao visitante o contato com um amplo número de imagens que os transportará a diversos universos criativos peculiares e particulares de cada artista.
As imagens que os artistas apresentam, com seleção de Sergio Scaff, passeiam por temas diversos, distintos e plurais e incluem temas como arquitetura, meio ambiente, fauna, flora, vida urbana noturna, cotidiano, moda, sonhos, emoções e fantasias.
Como um conjunto de possibilidades adicionais à realização da mostra de fotografias, a curadoria disponibiliza uma agenda de ações complementares com ampla programação de visitas guiadas à exposição, encontros, palestras, visitas a ateliês e galerias cuja agenda definitiva estará disponível nas redes sociais do Paulistano para inscrição e agendamento.
“Interagir a fotografia a ser apresentada a céu aberto, dentro do espaço do Paulistano, para um público de milhares de pessoas, de várias idades, visões e conceitos artísticos, integrando a arte fotográfica ao cotidiano do seu espaço” – Sergio Scaff.
Serviço:
Exposição F23 – Encontros Fotográficos
Artistas: Alessandra Rehder, Antonio Mora, Betina Samaia, Carol Lacaz, Fabio Colombini, Fabio Figueiredo, Fabiano Al Makul, Giovanna Nucci, Ivan Padovani, Jose Roberto Bassul, Lucas Lenci, Luciano Bonomo, Luiz Aureliano, Melissa Szymanski, Paul Clemence, Pico Garcez, Renan Benedito, Renata Barros, Robério Braga, Romulo Fialdini, Tuca Reinés, Uiler Costa-Santos, Valentino Fialdini
Curadoria: Sergio Scaff e Bel Lacaz
Vernissage: 5 de agosto de 2021, às 18h
Duração: até 19 de setembro de 2021
Local: Clube Atlético Paulistano
Endereço: Rua Honduras, 1400 – São Paulo, SP
Horários: de segunda a sexta-feira, das 10h às 21h
Entrada franca (com convite para não sócios).
Cante alentejano. Foto: divulgação.
A cultura alentejana é uma das mais ricas de Portugal. No Alentejo, a maior região do país, há uma diversidade de tradições, celebrações e ofícios passados de geração em geração, como forma de transmitir o saber adiante e que são essenciais para a formação da memória e identidade da maior região de Portugal. Prova disso é a inscrição de três formas de expressão alentejanas como Patrimônio Imaterial Cultural da Humanidade pela Unesco, além de uma quarta em fase de candidatura.
Cante Alentejano | Dizem que no Alentejo, as vozes cantam de sol a sol. Seja em festas ou romarias, os grupos de Cante enchem o ar com belas histórias cantadas sobre a vida rural, a natureza, o amor ou a religião. Este canto tradicional, executado por grupos amadores e sem instrumentos musicais, faz parte da vida social das comunidades alentejanas e foi considerado Patrimônio Imaterial Cultural da Humanidade em 2014.
Boneco de Estremoz. Foto: Isabel Pires.
Produção de Chocalhos | Desde 2015, a produção dos chamados chocalhos conquistou o título de Patrimônio Imaterial Cultural da Humanidade da Unesco. São os tradicionais sinos colocados no pescoço de animais rurais, como gado e ovinos. Esses objetos são muito utilizados nos rebanhos que percorrem todo o Alentejo. A produção dos chocalhos é uma verdadeira arte, que existe na região há mais de dois mil anos. Para conhecer melhor este ofício, visite a cidade de Alcáçovas e o seu Museu do Chocalho.
Figurado em Barro de Estremoz | O Figurado em Barro de Estremoz é uma arte tradicional alentejana e o seu conhecimento é passado tanto em oficinas familiares quanto de forma profissional. Sua produção consiste em figuras feitas de argila cozidas em fornos e pintadas à mão pelos artesãos, com destaque para seu caráter religioso e local. Esta arte remonta ao século 17 e está inscrita como Patrimônio Imaterial Cultural da Humanidade desde 2017.
Vinho de Talha | Conhecido por seu paladar encorpado e intenso, o vinho de talha é uma bebida alentejana produzida seguindo conhecimentos milenares, passados de geração em geração, sem sofrer quase nenhuma modificação com o tempo. Nesta técnica, é utilizado um grande vaso de barro, que pode chegar a dois metros de altura, como recipiente para a fermentação. O resultado é um vinho cheio de personalidade, com sabor que pode variar de acordo com as castas de uvas utilizadas e outras técnicas da vinícola, embora seja possível dizer que a bebida será sempre única e inesquecível. Recentemente, essa iguaria milenar foi submetida a uma candidatura a Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade e aguarda a sua nomeação.
Talhas na Herdade do Esporão. Foto: Victor Carvalho.
Sobre o Alentejo | Considerado o destino mais genuíno de Portugal, o Alentejo é a maior região do país. Privilegiando um lifestyle tranquilo em que a experiência de viver bem dá o tom, conta com belas praias intocadas e cidades repletas de atrações ímpares, como castelos e monumentos históricos. Detentor de quatro títulos da Unesco e diversos outros prêmios e reconhecimentos internacionais no setor do turismo, o Alentejo oferece opções para todos os tipos de viajantes, sejam famílias, casais em lua de mel ou aventureiros. A promoção turística internacional do Alentejo é co-financiada pelo Alentejo 2020, Portugal 2020 e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Para mais informações, visite www.turismodoalentejo.com.br.
Foto: Priscila Corderi.
No próximo dia 25 de julho, às 17 horas, a Orquestra Sinfônica Heliópolis sobe ao palco do Auditório Ibirapuera ao lado dos cantores Toni Garrido e Lucy Alves. Ainda sem venda de ingressos, o concerto será transmitido ao vivo pelo YouTube. O evento faz parte da série de concertos populares Heliópolis & Simoninha Convidam e integra a Temporada de Concertos 2021 do Instituto Baccarelli. Com curadoria do cantor, compositor e produtor musical Wilson Simoninha, a série funde o melhor da música popular com a linguagem orquestral.
Uma das bases fundamentais do projeto é convidar artistas de diferentes estilos musicais e, acima de tudo, garantir inclusão, representatividade e diversidade de gênero e raça e a cada live. Unir duas vozes negras – uma delas nordestina – a uma orquestra que se originou na favela é de enorme relevância, até mesmo para os alunos do Instituto Baccarelli, que residem em uma comunidade predominantemente formada por migrantes do Norte e Nordeste brasileiro.
No repertório, clássicos da música brasileira na voz de Toni Garrido, como Chega de Saudade e Girassol, sucesso da banda Cidade Negra. Lucy Alves leva seu acordeom para a cena e canta músicas como Me Deixa Ser Mulher e Xote dos Milagres. Os dois ainda dividirão o palco com Simoninha em alguns momentos, com canções de Jorge Ben Jor e Milton Nascimento.
Foto: Aderi Costa.
Como todos os concertos do Instituto Baccarelli, este também vai incentivar a ajuda para a frente Tocando Juntos Por Heliópolis, lembrando que as pessoas, especialmente moradoras de favelas, continuam lutando para sobreviver à crise agravada pela pandemia.
A programação da temporada como um todo tem música erudita e popular, alternando repertórios instrumentais – nos segundos domingos de cada mês – com os concertos populares, nos quartos domingos do mês. Ao longo do ano, vão sendo divulgados os nomes das atrações e dos convidados que irão se apresentar ao lado dos jovens músicos. O maestro Edilson Ventureli assumirá a regência da maioria dos concertos, que não poderão contar, ainda, com o maestro titular e diretor artístico da OSH Isaac Karabtchevsky devido à pandemia.
Ainda por conta da pandemia, desde 2020 os concertos passaram a ser transmitidos ao vivo pela internet pelo canal do YouTube do Instituto Baccarelli. Pensando na qualidade do conteúdo e da transmissão pelas telas, o Instituto firmou parcerias com os melhores fornecedores de áudio, iluminação e vídeo-transmissão para realizar concertos com excelente nível cenográfico e de destaque no mercado.
Neste ano, o palco ocupado é o do Auditório Ibirapuera, localizado dentro do Parque Ibirapuera, outro importante corredor cultural da cidade a receber a Orquestra Sinfônica Heliópolis.
A apresentação seguirá o protocolo de segurança sanitária para prevenção contra a Covid-19 desenvolvido pelo Instituto Baccarelli com base em diversas premissas definidas nos meios cultural e musical, protegendo músicos e equipe de produção. Ainda sem bilheteria aberta, o evento dará acesso a um seleto número de convidados, uma forma de preparação para passar a receber uma quantidade controlada de público em breve.
Toni Garrido | Toni Garrido é um cantor, compositor, multi-instrumentista, apresentador e ator brasileiro. É o vocalista da banda de reggae brasileira Cidade Negra. Com o grupo, lançou discos como Sobre Todas as Forças, campeão de vendas da época, atingindo 800 mil cópias e estourando músicas como Aonde Você Mora e Pensamento. O álbum O Erê, de 1996, emplacou o CD Duplo de Platina, com canções como Firmamento e Realidade Virtual. Com o projeto Noites de Orfeu, tem realizado o desejo de contar a história da amizade e parceria entre Tom Jobim e Vinicius de Moraes, que se conheceram para criar o musical Orfeu da Conceição – que inspirou o diretor Cacá Diegues a produzir o filme Orfeu, no qual Toni foi protagonista.
Foto: divulgação.
Lucy Alves | Uma das mais prestigiadas artistas do Brasil na atualidade. Cantora, compositora, atriz e musicista, ela é conhecida do público brasileiro desde o grupo Clã Brasil, formado no início dos anos 2000, ao lado de sua família. Em 2013 ganhou popularidade e alçou o estrelato quando foi uma das finalistas da segunda temporada do programa The Voice Brasil. Desde então, acrescentou ao seu currículo participação em três novelas da Rede Globo, o papel principal no musical Nuvem de Lágrimas e diversos lançamentos musicais (com destaque para os EPs Santo Forte, de 2018, e Chama, de 2020). Em 2016, Lucy foi indicada ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Músicas de Raízes Brasileiras com o álbum No Forró do Seu Rosil, gravado juntamente com o grupo Clã Brasil.
Campanha Tocando Juntos por Heliópolis | Durante a live, o público poderá fazer doações para a campanha Tocando Juntos por Heliópolis, organizada pelo Instituto Baccarelli com o intuito de minimizar os efeitos da pandemia na comunidade. Com apoio de empresas que apadrinham o projeto e doadores individuais, a campanha já arrecadou mais de 500 toneladas de alimentos e R$952 mil para as famílias da comunidade. As doações ainda podem ser realizadas por meio da página https://institutobaccarelli.doareacao.com.br/campanha/tocando_juntos_por_heliopolis.
Sobre o Instituto Baccarelli | O Instituto Baccarelli é uma das organizações sem fins lucrativos mais respeitadas no Brasil por proporcionar ensino de excelência combinando três eixos de grande importância: cultural, educacional e social. Além disso, formou a primeira orquestra do mundo em uma favela, quebrando diversas barreiras. Com direção artística e regência de um dos maiores maestros da atualidade, Isaac Karabtchevsky, a instituição oferece todas as atividades gratuitamente e tem sua sede na comunidade de Heliópolis, onde atua há 24 anos como agente de transformação social por meio da arte. Mais do que dar acesso ao ensino musical, o instituto mostra um futuro com mais perspectivas àqueles que, pela desigualdade, são colocados à margem da sociedade. Para mais informações, acesse https://www.institutobaccarelli.org.br.
Serviço:
Evento online Heliópolis & Simoninha convidam Toni Garrido e Lucy Alves – Temporada 2021 – Orquestra Sinfônica Heliópolis
Local de gravação: Auditório Ibirapuera – Transmissão ao vivo
Inscrições para acesso à transmissão: https://www.institutobaccarelli.org.br/inscricao-eventos
Data: 25 de julho de 2021 – domingo
Horário: às 17h.