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Completando 90 anos em outubro, Cristo Redentor ganha sua primeira biografia

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Jose Guertzenstein/Pixabay.

A Globo Livros lança Redentor, mais um título da série de biografias religiosas best-seller da editora. Com mais de 800 mil exemplares vendidos e com obras como Aparecida, Milagres e Maria, a coleção de Rodrigo Alvarez ganha a companhia do monumento que é a cara do Brasil, uma das maravilhas do mundo.

Escrito pelo jornalista que é autor de muitos outros best-sellers, como Aparecida e Maria, Redentor traz uma deliciosa narrativa baseada em pesquisa inédita sobre a história do famoso Cristo que está de “braços abertos sobre a Guanabara”. A obra, que é a primeira biografia completa do monumento inaugurado em 1931, desconstrói mitos e reconstitui a verdadeira história da imagem a partir de documentos raros ou esquecidos, depoimentos e ampla pesquisa nos jornais brasileiros do século XIX ao XX.

Entre os entrevistados durante a pesquisa para escrever o livro está o Padre Omar Raposo, reitor do Santuário Cristo Redentor. “Foi um imenso processo de pesquisa e entrevistas para a construção da obra e, ao chegar à conversa com o Padre Omar, percebi que a história continuava sendo escrita de maneira viva e emocionante e que o padre era seu protagonista atual”, conta o autor.

Foto: divulgação/Globo Livros.

Alvarez desfaz mitos – como o de que a iluminação do Cristo Redentor foi inaugurada por um inventor italiano – e revela detalhes jamais divulgados, por exemplo, sobre a decisão de fazer um monumento de braços abertos e todo o processo de criação no ateliê de um renomado escultor parisiense. Causa surpresa a revelação de que a ideia de se construir uma imagem de Jesus no alto do Corcovado foi da princesa Isabel. Alvarez revela que abolicionistas queriam homenagear a princesa erguendo uma estátua da “redentora” dos escravos, no Corcovado, mas ela recusou e mandou construir uma ao “verdadeiro Redentor”.

Recheado de momentos emocionantes, Redentor tece a trama política e social que levou um grupo de nacionalistas católicos a se mobilizar para arrecadar caminhões de dinheiro – o que hoje equivaleria a 32 milhões de reais – e convencer a República (que não gostava de Deus) a permitir a obra da estátua gigante no morro que os exércitos dos imperadores usavam para vigiar o país. O livro coloca luz também sobre a relação fraterna do engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa com o escultor francês Paul Landowski, aqueles que ao lado do Cardeal Leme poderiam ser chamados “pais do Cristo Redentor”.

Rodrigo Alvarez também conta detalhes da eterna disputa da Igreja Católica com os órgãos federais que administram o entorno do monumento e traz uma narrativa inédita da “retomada” do Cristo Redentor, protagonizada por Omar Raposo, o “padre do Cristo”. Além disso, apresenta todos os detalhes da construção do monumento que se tornou a própria imagem do Brasil.

Sobre o autor | Rodrigo Alvarez é autor de doze livros de ficção e não ficção, entre eles os best-sellers Maria e Aparecida. Nasceu no Rio de Janeiro e percorreu o mundo como correspondente da TV Globo. Atualmente, vive com a família nos Estados Unidos.

Título: Redentor

Autor: Rodrigo Alvarez | Páginas: 312 | Formato: 14 x 21 cm

ISBN: 9786586047486 | Preço: R$44,90 | e-book: R$29,90

(Fonte: Assessoria de imprensa/Globo Livros)

SESC Pompeia apresenta mostra individual da artista e pesquisadora Lotus Lobo

São Paulo, por Kleber Patricio

Exposição Litografia Lotus Lobo – Galeria de Arte do Centro Cultural Minas Tênis Clube, Belo Horizonte, 2018. Autor da fotografia: Lucas Galeno.

Sob a curadoria de Marcelo Drummond, a mostra Fabricação Própria traz ao galpão SESC Pompeia, a partir do dia 14 de outubro, a abrangente e diversa produção artística empreendida por Lotus Lobo. Com obras históricas e inéditas, produzidas em diferentes suportes, materiais e novas formas de edição e impressão, a exposição compreende os 60 anos de produção da artista, que engloba seu acervo, bem como as formas de pensar a política das imagens no mundo contemporâneo.

A presente proposta busca apresentar, em estreito diálogo com o ambiente da antiga Fábrica da Pompeia (SESC Pompeia) e com o legado deixado pela arquiteta Lina Bo Bardi, o resgate e a preservação do importante acervo de matrizes litográficas, em pedra e zinco, provenientes da Estamparia Juiz de Fora, Minas Gerais, originárias das décadas de 1930-1960, com que Lotus articula sua vasta produção artística.

O recorte curatorial de Fabricação Própria destaca a experiência de Lotus em relação ao seu acervo e tem como objetivo dar visibilidade e acesso à produção da artista, demonstrando sua relação com a arte e seu histórico de atuação desde a década de 1960 até suas produções atuais.

Sem título, 1930-60 – Estamparia Juiz de Fora (MG) – Embalagens originais em folhas de flandres – 75 × 458 cm – Acervo da artista. Autor da fotografia: Lucas Galeno.

A exposição reúne, pela primeira vez, a quase totalidade do conjunto de Maculaturas, chapas de acertos de impressão da Estamparia Juiz de Fora (MG), por Lotus apropriadas como obras a partir de 1970, dessa vez montadas na forma de um grande plano suspenso no espaço expositivo. Trabalhos importantes da artista são revisitados, como o caso de Água Limpa, obra inédita que retoma os lito-objetos premiados em 1969 na X Bienal de São Paulo. Outra remissão importante se trata da também inédita Albor, em que rememora obra marcante do ano de 1970: uma bobina de papel presa na parede de onde os espectadores podiam destacar e levar para casa fragmentos litografados.

Destacam-se também a participação de Lotus Lobo no histórico evento Do Corpo à Terra (1970), idealizado pelo crítico Frederico de Morais, e o trabalho Territórios (1969), ambos realizados em Belo Horizonte (MG), publicados no Guia de Mediação da mostra, onde se encontra também um encarte-obra inédito, intitulado Notas Marginais (2021).

Segundo o curador da exposição e artista visual Marcelo Drummond, “aqui se deixa à mostra a verdade material e construtiva do galpão que abrigou a antiga Indústria Brasileira de Embalagens (Ibesa), fabricante de tambores metálicos que hoje dá lugar ao SESC Pompeia e acolhe com familiaridade a fábrica movente de Lotus Lobo”.

Lotus Lobo em processo de montagem da exposição Litografia Lotus Lobo – Galeria de Arte do Centro Cultural Minas Tênis Clube, Belo Horizonte, 2018. Autor da fotografia: Lucas Galeno.

Nascida em Belo Horizonte, Lotus entrou em contato, a partir de 1969, com a produção de embalagens em folha de flandres da Estamparia Juiz de Fora (MG), onde coletou matrizes das primeiras décadas do século XX, e, a partir daí, por meio da apropriação e manipulação de imagens, produziu obras que desvelam o caráter criativo dos ambientes fabris, convidando o público a também experimentar novas possibilidades de leitura.

A reunião e o deslocamento desses objetos são formas de dar visibilidade a sua composição, evidenciando autorias, especificidades regionais e temporalidades. É justamente a partir de uma proposta de interrupção e inversão do ciclo de vida habitual de tais itens que se constitui o trabalho artístico e de pesquisa de Lotus Lobo. “Para além de proteger do esquecimento um certo passado, a exposição Fabricação própria dialoga com as lembranças de outros tempos e lugares que insistem em permanecer no imaginário, mesmo à revelia dos sujeitos. Para o SESC, a apresentação de trabalhos de arte contemporânea, associada à divulgação de um acervo que remonta aos primórdios do design nacional, sugere que as memórias entrelaçam revelação e preservação, elaboração e ressignificação permanente”, comenta Danilo Santos de Miranda, diretor do SESC São Paulo.

Algumas das obras que compõem a mostra são Transformação/Mutação/Transformação-Mutação, 1968/2016; Maculaturas, 1970; Manteiga comum, 2018; Noir à monter (Tupy), 1969-2021 e Pilha (Levante), 2021.

Sobre Lotus Lobo | Lotus Lobo nasceu em Belo Horizonte em 1943. Vive e trabalha na capital mineira, onde graduou-se na Escola Guignard, da UEMG, em Artes Plásticas. Na França, estudou na École Superieure des Art et Industries Graphiques Estienne e na École D’Arts Plastiques et Sciences D’Art de L’Université de Paris. Foi professora de litografia na UEMG e na UFMG em intervalos entre 1966 a 1993. Estas tantas experiências artísticas, inauguradas nos anos 1960, foram seminais na construção discursiva de Lotus Lobo e ainda reverberam na sua produção contemporânea. Na carreira da artista, convém destacar a sua participação na X Bienal de São Paulo (1969), quando recebeu o Prêmio Itamaraty ao exibir três objetos-gravuras (lito-objetos) manipuláveis pelo público. Nota-se, ainda, sua participação na emblemática manifestação Do corpo a terra (1970), organizada pelo crítico de arte Frederico Morais e realizada no Parque Municipal de Belo Horizonte, onde Lotus propôs a intervenção Plantação.

Lotus Lobo em processo de montagem da exposição “Constellação” – Galeria Manoel Macedo Arte, Belo Horizonte, 2016. Autor da fotografia: Lucas Galeno.

Vale mencionar sua participação em mostras individuais e coletivas, nacionais e internacionais, entre elas: Gráfico Grafia, Museu de Arte da Pampulha / Museu Abílio Barreto – Belo Horizonte, 2021; Território Gravado – Galeria Superfície – São Paulo, 2019; Litografia Lotus Lobo – Galeria de arte do Minas Tênis Clube – BH – MG, 2018; da Estamparia Litográfica – Lotus Lobo – Caixa Cultural – Brasília – DF 2018; Lobo – Galeria Mendes Wood – São Paulo – SP, 2017; Constelação – Galeria Manoel Macedo Arte, Belo Horizonte, MG, 2016; SP ARTE – Feira Internacional de arte de São Paulo – Pavilhão da Bienal SP – SP, 2017/2016; Marca Registrada, Centro Cultural Usiminas, Ipatinga, MG. 2007 e Palácio das Artes – Belo Horizonte, MG, 2006; Brazilian Contemporary Prints, Conferência e Mostra de Gravura Brasileira – Gallery of The Saint John’s College, Santa Fé, New Mexico, EUA, 1986; Brazilian Contemporary Prints – Gallery Tate Student Center, University of Georgia, EUA 1987; Ninth British International Print Bienale – Bradford 1986; V Bienal del Grabado Latino Americano – Porto Rico, 1981; Arte Agora MAM – Rio de Janeiro, 1976; Bienal de Tóquio, 1972 e Pré-Bienal de Paris MAM – Rio de Janeiro, 1969.

Orientações de segurança para visitantes

O SESC São Paulo retoma, de maneira gradual e somente por agendamento prévio online, a visitação gratuita e presencial a exposições em suas unidades na capital, na Grande São Paulo, no interior e no litoral. Para tanto, foram estabelecidos protocolos de atendimento em acordo com as recomendações de segurança do governo estadual e da prefeitura municipal.

Para diminuição do risco de contágio e propagação do novo coronavírus, conforme as orientações do poder público, foram estabelecidos rígidos processos de higienização dos ambientes e adotados suportes com álcool em gel nas entradas e saídas dos espaços.

A entrada na unidade será permitida apenas após confirmação do agendamento feito no app Credencial SESC SP ou no portal do SESC São Paulo. A utilização de máscara cobrindo boca e nariz durante toda a visita, assim como a medição de temperatura dos visitantes na entrada da unidade serão obrigatórias. Não será permitida a entrada de acompanhantes sem agendamento.

Serviço:

Fabricação Própria – Lotus Lobo

Local: SESC Pompeia (Galpão)

Curadoria: Marcelo Drummond

Período expositivo: 14 de outubro de 2021 a 30 de janeiro de 2022

Funcionamento: terça a sexta, das 14h às 20h. Sábado, domingo e feriado, das 11h30 às 17h30.

Agendamento de visitas: sescsp.org.br/exposicoes, sescsp.org.br/pompeia ou pelo app Credencial SESC SP

Classificação indicativa: Livre

Grátis

SESC Pompeia – Rua Clélia, 93 – Pompeia – São Paulo/SP

Local não dispõe de estacionamento próprio. Para mais informações, acesse o portal: sescsp.org.br/pompeia.

(Fonte: Assessoria de comunicação/SESC Pompeia)

Obra de Heraldo do Monte é destaque na Casa Museu Ema Klabin

São Paulo, por Kleber Patricio

O musicista pernambucano Heraldo do Monte. Foto: Carlos Sadao Miyabara.

No próximo dia 30 de setembro, das 17h às 18h30, a Casa Museu Ema Klabin traz para a série Tramas Culturais o tema Música fora dos cânones: Heraldo do Monte. O encontro propõe refletir a trajetória e a obra do musicista pernambucano, reconhecido por sua grande contribuição para a música instrumental. O evento será ministrado pelos músicos e pesquisadores Ivan Vilela e Budi Garcia e transmitido pela plataforma Zoom. As inscrições gratuitas estão abertas no site da casa museu.

Heraldo do Monte é considerado um dos primeiros a introduzir a viola de dez cordas na música popular brasileira instrumental, além de desenvolver sua própria estética de improviso com a guitarra. Com uma trajetória extensa, o músico integrou diversos grupos; entre eles, o Quarteto Novo (1966), grupo que criou ao lado de Hermeto Pascoal, Théo de Barros (violonista) e Airto Moreira (percussionista). O grupo mesclava o jazz, baião e o forró.

Pesquisa | Durante o encontro, os músicos e pesquisadores Budi Garcia e Ivan Vilela irão evidenciar aspectos da pesquisa que resultou no livro As cordas livres de Heraldo do Monte. A publicação tem coordenação geral e direção artística de Ivan Vilela, concepção e gestão de projeto de Elisa Bracher, textos de Budi Garcia e coordenação editorial e produção de Marcela Bertelli. O livro foi lançado em 2020 pelo Instituto Çarê e editora Contraponto como título inaugural da série Brasil de Dentro,  dedicado a compositores brasileiros.

A série Tramas Culturais tem apoio cultural do Governo do Estado de São Paulo por meio do ProAC ICMS da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e patrocínio da Klabin S.A.

Serviço:

Tramas Culturais

Data: 30/9, das 17h às 18h30, pela plataforma Zoom

Gratuito*

Classificação etária: Livre

95 vagas

Inscrição: https://emaklabin.org.br/tramasculturais/musica-fora-dos-canones-heraldo-do-monte.

Acesse as redes sociais:

Instagram: @emaklabin

Facebook:  https://www.facebook.com/fundacaoemaklabin

Twitter: https://twitter.com/emaklabin

YouTube: https://www.youtube.com/channel/UC9FBIZFjSOlRviuz_Dy1i2w.

*Como em todos os eventos gratuitos, a Casa Museu Ema Klabin convida quem aprecia e pode contribuir para a manutenção de suas atividades a apoiar com uma doação voluntária no site.

(Fonte: Cristina Aguilera/Mídia Brazil Comunicação Integrada)

Cores, formas e ritmos conduzem exposição inédita do artista Rodrigo de Castro na DAN Galeria

São Paulo, por Kleber Patricio

Rodrigo de Castro – sem título, 2021 – serigrafia sobre papel – edição de 60 – 65 x 55 cm.

A construção de obras através de cores, estabelecendo entre si um diálogo harmonioso que remete aos acordes musicais é característica marcante dos trabalhos do artista Rodrigo de Castro. Um conjunto inédito de pinturas e gravuras do artista, editadas em parceria com a Papel Assinado, estão em cartaz até dia 5 de outubro na DAN Galeria na exposição Impressões Cromáticas.

Há quase 20 anos longe do processo da serigrafia, Rodrigo de Castro foi convidado pela Papel Assinado, editora de gravuras dos principais artistas brasileiros, a desenvolver dois álbuns com as suas obras impressas. “A proposta inicial era o lançamento de um álbum de gravuras ao término da exposição em homenagem ao meu pai, em 2020. Depois se tornou algo maior; agora são dois álbuns e uma exposição com muito mais conteúdo, mais obras, ocupando toda a galeria”, explica o artista.

Ao todo, são exibidas 31 gravuras, dez delas, com 40 x 30cm de medida, compõem um dos álbuns, com texto crítico de Enock Sacramento. O outro traz 13 gravuras de 65 x 55cm e texto de Fabio Magalhães. As demais gravuras são avulsas e possuem tamanho de 140 x 40cm. “Rodrigo de Castro evidencia uma inegável poética da precisão ao realizar um trabalho profundamente elaborado, que valoriza a pesquisa, o projeto e a medida sem, contudo, negligenciar a intuição, a espontaneidade e a invenção”, pontua Enock Sacramento.

Nascido em Belo Horizonte e estimulado desde cedo pelo pai, o escultor Amilcar de Castro, os primeiros desenhos e pinturas de Rodrigo já sinalizavam seu interesse pela linha, pelas figuras geométricas e áreas de cor. Na DAN, novas cores, formas e ritmos elaborados pelo artista também estão representadas em dez pinturas sobre tela e papel de tamanhos distintos que compõem a mostra. “Ao passar dos anos, você vai encontrando, descobrindo e querendo novas relações de cores, então essa mudança vai se refletir no trabalho mais recente. Eu sempre faço um paralelo com a música, porque o que busco com meu trabalho são acordes de cores, notas diferentes para compor determinada obra”, explica Rodrigo de Castro.

Rodrigo de Castro – sem título, 2021 – serigrafia sobre papel – edição de 60 – 40 x 30 cm.

Como parte da programação da mostra, a DAN promove um bate papo entre os artistas Rodrigo de Castro e Fabio Magalhães para analisar e discorrer sobre as pinturas e gravuras que compõem Impressões Cromáticas. A conversa acontece dia 2 de outubro, às 11h, na Galeria. Para participar, é necessário se inscrever pelo WhatsApp da Galeria.

Rodrigo de Castro | A formação de engenheiro certamente contribuiu, pelo menos em escala centesimal, para a arte que o mineiro Rodrigo de Castro realiza hoje. Tendo trabalhando anos em São Paulo na área da tecnologia antes de dedicar-se inteiramente à criação artística, familiarizou-se com a pesquisa, o projeto, a medida e a precisão.

Nascido em Belo Horizonte em 1953 e estimulado desde cedo pelo pai Amilcar de Castro a fazer arte, seus primeiros desenhos e pinturas já sinalizavam seu interesse pela linha, pelas figuras geométricas e áreas de cor. A prática do desenho e da pintura por Rodrigo continua quando seu pai se muda com a família para os Estados Unidos, em 1968, em função da conquista do Prêmio de Viagem ao Exterior no Salão Nacional de Arte Moderna e da obtenção de uma bolsa de estudos da Guggenheim Memorial Foundation. E tem sequência na sua volta ao Brasil, três anos depois. O ponto de inflexão de carreira de Rodrigo de Castro ocorreria sete anos depois, quando ele participa do 13º Salão de Arte de Ribeirão Preto, SP, no qual é distinguido com o prêmio máximo da mostra. A partir de então, sua carreira deslancha e as exposições coletivas e individuais se multiplicam, no Brasil e no exterior.

Paralelamente, Rodrigo estuda na Faculdade de Engenharia Industrial de São Bernardo do Campo e, sem abandonar sua arte, trabalha na área de tecnologia até 2000, quando monta ateliê no mesmo prédio em que mora com a família em São Paulo e passa a dedicar-se exclusivamente à sua arte.

Serviço:

Impressões Cromáticas de Rodrigo de Castro

Período expositivo: até 5 de outubro de 2021

Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 10h às 19h e aos sábados, das 10h às 13h

Local: DAN Galeria

Endereço: Rua Estados Unidos, 1638, Jardins, São Paulo/SP

(11) 3083-4600

https://www.dangaleria.com.br

Instagram: @dangaleria.

(Fonte: a4&holofote comunicação)

Turismo: 8 museus subaquáticos para conhecer pelo mundo

Mundo, por Kleber Patricio

Mergulho na Nascente Azul (Bonito/MS). Foto: divulgação.

Museus subaquáticos estão presentes em cada vez mais destinos em todo o mundo. A ideia de criar instalações artísticas submersas vai além do turismo e passa pela preservação do meio ambiente. Esse tipo de atração não só estimula a conscientização ambiental, com obras que propõem aos visitantes momentos de reflexão e tratam de questões atuais, como também possibilita uma integração única da arte humana com a natureza. Conheça alguns museus subaquáticos que são destaque pelo mundo:

Museu Subaquático de Bonito – Bonito (MS), Brasil | Na Nascente Azul, famoso complexo de ecoturismo, o Museu Subaquático de Bonito deve ser inaugurado até o final de outubro e será o único do mundo em um ambiente de água doce. Na primeira exposição, as estátuas submersas, criadas por artistas locais, vão tratar de temas como a sustentabilidade e a preservação ambiental. O museu será instalado em um lago com cerca de 4 metros de profundidade, com águas correntes vindas direto da nascente e uma rica biodiversidade. Com alta concentração de calcário, essas águas vão aos poucos transformar as obras de arte do museu, que serão por fim resultado de um trabalho feito em conjunto pelo ser humano e pela natureza. As peças em exposição vão se integrar ao próprio habitat dos peixes.

Museu Subaquático de Arte – Cancún, México | Entre a costa de Cancún e a Isla Mujeres, o Museu Subaquático de Arte (MUSA) é uma das atrações mais populares do destino desde sua inauguração em 2009. São mais de 500 esculturas submersas criadas em sua maioria por Jason deCaires Taylor, artista britânico que foi o precursor dessas grandes instalações artísticas no fundo do mar. As estátuas são de cimento com pH neutro, oferecendo uma plataforma segura para o crescimento de corais. É possível admirar as obras durante o mergulho, o snorkeling ou ainda em passeios de barco com fundo transparente. O museu é dividido em dois salões: Manchones (8 metros de profundidade) e Punta Nizuc (4 metros).

Parque de Esculturas Subaquáticas de Granada. Foto: iStock/Anfisa Tukane.

Parque de Esculturas Subaquáticas de Granada – Granada | Criado em 2006 também por Jason deCaires Taylor, o parque é considerado o primeiro museu de arte subaquática do mundo. Localizado na costa oeste de Granada, pequeno país do Caribe, conta com 75 obras espalhadas em 800 m², em profundidades que variam entre 5 e 8 metros. Depois de ser muito danificada com a passagem do furacão Ivan em 2004, essa área foi transformada com a instalação do Parque de Esculturas, que ajudou a proliferar novos corais e a afastar os turistas dos frágeis recifes que conseguiram sobreviver.

Museu Atlântico – Ilha de Lanzarote, Espanha | Localizado no arquipélago das Ilhas Canárias, este é o primeiro museu subaquático da Europa, instalado em 2016. São 300 esculturas criadas por Jason deCaires Taylor, a uma profundidade média de 14 metros na Baía de Las Coloradas. Além de abrigar corais, o museu costuma atrair também tubarões, arraias, polvos, cardumes de barracudas e outras espécies. As obras trazem mensagens atuais impactantes, como a que representa os refugiados que cruzam o Mar Mediterrâneo em busca de uma vida melhor na Europa.

Museu Subaquático de Cannes – Cannes, França | Inaugurado em fevereiro de 2021, o museu é a primeira instalação de arte de Jason deCaires Taylor no Mediterrâneo. Fica junto à ilha de Sainte-Marguerite, a uma curta distância da costa de Cannes. Ali há seis enormes retratos tridimensionais, cada um com 2 metros de altura, esculpidos a partir de rostos reais de moradores da região. Por estar em águas mais rasas e cristalinas, o museu é ideal para ser visitado com equipamento de snorkel.

Museu de Escultura Subaquática Ayia Napa – Ayia Napa, Chipre | Também no Mediterrâneo, o Museu de Escultura Subaquática Ayia Napa (MUSAN) é ainda mais recente – foi inaugurado em agosto deste ano. Com 93 obras, muitas delas em formato de grandes árvores, o local mais parece uma densa floresta submersa. Entre as árvores, há estátuas de crianças, que representam a necessidade de criar um futuro em que a humanidade viva em harmonia com a natureza. O museu pode ser visitado por mergulhadores ou praticantes de snorkeling.

Museu de Arte Subaquática – Townsville, Austrália | Primeiro museu subaquático do hemisfério sul, o MOUA fica em um local particularmente especial: a Grande Barreira de Corais. A primeira instalação submersa do museu está no recife John Brewer, a cerca de 80 km da costa de Queensland, e é chamada de The Coral Greenhouse (“A Estufa de Coral”). Criada por Jason deCaires Taylor, é uma enorme estrutura de cimento com pH neutro e aço inoxidável resistente à corrosão, na forma de uma estufa de plantas, que aos poucos será ocupada pela biodiversidade marinha. O objetivo do MOUA é conscientizar sobre a importância da conservação dos recifes.

Museu de Arte Subaquática – Walton County (Flórida), Estados Unidos | Os Estados Unidos têm seu próprio museu subaquático desde 2018, o UMA, localizado nas águas esmeraldas do Golfo do México. Fica a pouco mais de 1 km do Grayton Beach State Park, e agências levam os mergulhadores até o local em passeios de barco. Assinadas por artistas de todo o mundo, novas obras são adicionadas à coleção a cada ano e instaladas a uma profundidade de quase 18 metros. Os materiais utilizados não contêm toxinas ou poluentes e ajudam no desenvolvimento de um novo recife.

(Fonte: Assimptur)