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Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo apresenta concerto em parceria com a Pinacoteca

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Em parceria com a Pinacoteca de São Paulo, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo abrirá o concerto com dois vídeos na próxima exposição do museu, A máquina do mundo: Arte e indústria no Brasil 1901 – 2021, em cartaz entre os dias 6 de novembro de 2021 e 22 de fevereiro de 2022. As apresentações terão regência do maestro Roberto Minczuk e ocorrem nos dias 25 e 26 de novembro, no palco do Municipal. Os ingressos variam de R$10 a R$150 e podem ser adquiridos na bilheteria ou pelo site.

Logo no início do espetáculo, o público poderá assistir aos vídeos Inner Telescope (2018), de Eduardo Kac, produzido no interior de uma nave espacial em órbita em volta da Terra, e Copérnico I: Paisagem com figura (2005), de Eduardo Climachauska e Daniel Augusto, na qual o sistema de pedais e rodas de uma bicicleta aciona um dispositivo com câmeras de filmagem. Os vídeos serão exibidos em tela antes do início do concerto. Após apresentação do vídeo, a tela sobe e se inicia o concerto. No repertório, os músicos interpretam clássicos de Charles Ives, Edgar Varèse e Heitor Villa-Lobos.

Centenário Piazzola | Na mesma semana, no dia 25, às 19h, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo volta a se apresentar na Sala do Conservatório, na Praça das Artes. Para marcar a volta, os músicos escolheram um repertório que destaca o centenário de Astor Piazzola. O concerto ainda ganha o destaque com a participação do pianista André Mehmari e o clarinetista Nailor Proveta. Os ingressos para esta apresentação custam R$20.

Serviço:

26, novembro, 19h

27, novembro, 17h

Ives, Varèse e Villa-Lobos

Concerto Presencial, aberto ao público

Orquestra Sinfônica Municipal

Roberto Minczuk, regência

[Theatro Municipal – Sala de Espetáculos]

Programa:

CHARLES IVES

The Unanswered Question

(Edição Boosey & Hawkes)

EDGAR VARÈSE

Intégrales (Rev. Chou Wen-chung, 1980)

(Editor: Casa Ricordi srl, Milano. Representada por Melos Ediciones Musicales S.A., Buenos Aires)

HEITOR VILLA-LOBOS

Sinfonietta nº 2 em Dó maior

Ingressos: R$10 a R$60

Classificação: Livre

Duração total: 40 minutos

25, novembro, 19h

[Praça das Artes – Sala do Conservatório]

Piazzolla

Concerto Presencial, aberto ao público

Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo

André Mehmari, piano

Nailor Proveta, clarinete

Programa:

ASTOR PIAZZOLLA

Triunfal

Calambre

La Muerte del Angel*

Oblivion (arr. André Mehmari)

ISAAC ALBENIZ

Tango (arr. Proveta)

ERNESTO NAZARETH

Fon-Fon**

(ASTOR PIAZZOLLA)

Melodia em Lá Menor (arr. José Bragato)

La Misma Pena (arr. André Mehmari)

Milonga del Angel (arr. André Mehmari)

Michelangelo 70 (arr. André Mehmari)

*só o quarteto**piano solo

**piano solo

Ingressos: R$20

Classificação: Livre

Duração total: 60 minutos

Pensando sempre na proteção do público, colaboradores e artistas e tendo em vista os cuidados quanto à transmissão da Covid-19, para assistir a este espetáculo é necessário seguir os protocolos de segurança estipulados no Manual do Espectador (acesse aqui), que incluem, a partir de 11 de novembro, a apresentação do comprovante de vacinação.

Programa sujeito a alteração.

(Fonte: Approach Comunicação)

III Festival de Música Instrumental de Indaiatuba divulga vencedores

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Gaudiê Otero foi o vencedor da categoria Coletivo Popular. Fotos: divulgação.

Gaudiê Otero, na categoria Coletivo Popular, Gleysser de Menezes Dores, no Solo Erudito, Gustavo Henrique Portes de Almeida, no Solo Popular, e Guilherme de Oliveira Sander, destaque do evento, são os vencedores da terceira edição do Festival de Música Instrumental de Indaiatuba (Femusin), promovido pela Secretaria de Cultura de Indaiatuba. Nove artistas foram selecionados para a final do festival e gravaram suas performances no palco do Centro Cultural Hermenegildo Pinto (Piano). As apresentações foram disponibilizadas à população no portal Cultura Online, entre os dias 15 a 21 de novembro.

Os três finalistas mais votados receberam três, dois e um ponto respectivamente, que foram acrescidos à média da pontuação oferecida pela Comissão Julgadora, formada por Gustavo Mazon, Samuel Cartes e Gustavo Villas Boas.

Nesta terceira edição do Femusin, Melhor Coletivo Popular leva R$4 mil, Melhor Solo Erudito e Melhor Solo Popular garantem R$2 mil cada, e o Melhor Destaque Geral será premiado com R$1 mil.

Gleysser de Menezes Dores venceu na categoria Solo Erudito.

Comissão Julgadora | Gustavo Mazon Finessi tem uma formação eclética que vai do pop ao jazz e à música clássica. É detentor de dois Mestrados, em Performance e Estudos Jazzísticos, ambos pela University of North Texas (EUA), onde também foi Professor Assistente (TF/TA) de Contrabaixo e de Música Antiga. Obteve seu bacharelado em Música Popular pela Universidade Estadual de Campinas, e se formou em contrabaixo erudito na Escola de Música do Estado de SP (EMESP). Alguns de seus principais mentores foram Jeff Bradetich, Lynn Seaton, Paul Leenhouts, Thibault Delor, Pedro Gadelha, Marcos Machado e François Rabbath.

Como professor, já deu master classes e aulas, coaching em música de câmara e se apresentou em vários festivais e cursos de férias nos Estados Unidos, Argentina e Brasil. Como contrabaixista e compositor, trabalhou com uma incrível variedade de artistas e grupos, como o Bassinova Quartet, Frank Proto, Lumedia MusiWorks, Orquestra de Contrabaixos Tropical, CafeTango, Buarquenrol, Meretrio, Sandy, Lê Coelho e com a Orquestra de Câmara da Universidade de São Paulo. Foi fundador de projetos autorais como Banda de Argila e Eletrogroove.

Atualmente trabalha como produtor musical, professor e músico freelance, além de ser membro da Orquestra Sinfônica de Piracicaba e do EOS – Música Antiga USP. Em 2020, lançou o álbum e songbook Fusion, com músicas de sua autoria. Em 2021, estreou também como produtor cultural, com a contemplação de dois projetos importantes e pioneiros pelo ProAC (Programa de Ação Cultural de São Paulo): a vídeo-palestra O Contrabaixo Histórico do Violone ao Jazz, lançada em 2021, e O Baixo de Villani, projeto de edição e gravação da obra para contrabaixo de Edmundo Villani-Côrtes, com previsão de lançamento para 2023.

Gustavo Henrique Portes de Almeida foi o vencedor na categoria Solo Popular.

Samuel Cartes iniciou sua formação musical através do piano aos 11 anos, em 2006. Aos 17 anos, ingressou na Pontifícia Universidade Católica do Chile (PUC – Chile), cursando piano na área de música erudita. Foi aluno das cátedras pianistas e concertistas Beatrice Berthold e Jacqueline Urízar.

Em 2014, decidiu voltar sua carreira ao piano popular e ingressou no Conservatório Dramático e Musical Doutor Carlos Campos de Tatuí, no curso de piano da área de MPB e Jazz. Teve aulas com grandes expoentes da música popular brasileira como André Marques, Beto Corrêa e com a renomada pianista Miriam Braga, em um curso complementar de piano erudito voltado ao repertório de compositores brasileiros.

Ingressou em 2020 no bacharelado em música popular da Faculdade de Música Souza Lima, ao qual se dedica atualmente. Sua atuação profissional inclui apresentações em diversos palcos do Brasil e do Chile. Trabalhou como pianista correpetidor na PUC do Chile, e como pianista acompanhante do Corpo Profissional de Balé da Universidade do Chile. Também se apresentou como pianista solista e em grupos de música de câmara na PUC e no Teatro Municipal de Santiago.

Guilherme de Oliveira Sander foi o destaque do evento.

Participou e garantiu prêmios em diversos festivais pelo Brasil. Em 2016, formou o Duo Camaleão de piano e voz, em parceria com a cantora Talitha Lessa, desenvolvendo releituras de canções do repertório brasileiro e latino-americano. Atuou em diversos trabalhos como diretor musical e arranjador e em 2021 ganhou o segundo lugar no concurso de piano Guiomar Novaes, na categoria de piano popular.

Gustavo Villas Boas ingressou no universo da música ainda bem jovem, aos 9 anos, e já realizou trabalhos com músicos e grupos artísticos como Hamilton de Holanda, Mônica Salmaso, Paulo Miklos, Jarbas Homem de Mello, Ed Rock, Simoninha, Gabriel Grossi, Jovino Santos Neto, Orquestra Jazz Sinfônica Brasil, Nelson Ayres Big Band, Hammond Grooves e WeJam Big Band e nos espetáculos Chaplin O Musical e MPB: Musical Popular Brasileiro, entre outros.

Também já participou de gravações de álbuns como Sou Linda (ao vivo) e Zé Leônidas, de Zé Leônidas; Pauliceia, de Lucas Bohn, e Orquestra Jabaquara, da Orquestra Jabaquara. Além de instrumentista, também é arranjador, e já trabalhou para diversos eventos e grupos, alguns como passagens pelo Rock in Rio.

É responsável pelo todo o repertório do grupo Combo Araruama, onde também exerce função como band leader, compositor, arranjador e instrumentista.

Vídeos dos vencedores:

Gaudiê Otero (Coletivo Popular) – https://youtu.be/snOUsh2KfnUb

Gleysser de Menezes Dores (Solo Erudito) – https://youtu.be/GCtcy5kLFtk

Gustavo Henrique Portes de Almeida (Solo Popular) – https://youtu.be/ISBKKmEbSr0

Guilherme de Oliveira Sander (Destaque do Festival) – https://youtu.be/-ewgY4ypab0.

(Fonte: Assessoria de Imprensa | Prefeitura de Indaiatuba)

Espetáculo audiovisual “Horizonte Submerso” comemora os 25 anos da Confraria da Dança

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: F. Barella

O universo criativo do escritor Edgar Allan Poe, do artista plástico Paul Klee e do desenhista, músico e cineasta Dave McKean inspiraram o novo espetáculo da Confraria da Dança, que celebra seus 25 anos com a estreia de Horizonte Submerso, obra audiovisual que fica disponível para o público no Youtube da Confraria da Dança a partir do dia 29 de novembro de 2021, às segundas e terças, 21h, com acesso gratuito. A obra foi criada e é interpretada por Diane Ichimaru – que também assina direção artística, dramaturgia, figurino e criação das máscaras –, Marcelo Rodrigues – que também assina o desenho de luz – e Esio Magalhães, ator e palhaço convidado especialmente para esse projeto. Já a composição e execução da trilha musical são do compositor, arranjador e pianista Rafael dos Santos, também convidado especial que é parceiro de longa data do grupo, tendo assinado trilha de outros espetáculos. Com a Confraria da Dança, é a primeira vez que Rafael entra em cena junto com os bailarinos.

Além da temporada, está marcado também um bate-papo com os criadores do espetáculo, mediado pela atriz e encenadora Veronica Fabrini por Zoom, no dia 30 de novembro, terça-feira, às 21h30. Para participar, basta se inscrever por meio deste link. Veronica é mestre em Artes pela Unicamp, Doutora em Artes Cênicas pela USP, com pós-doutorado em Filosofia na Universidade de Lisboa. É professora do Instituto de Artes da Unicamp desde 1991, nas áreas de poéticas do corpo, direção e atuação. Atua principalmente nos seguintes temas: atuação, performance, dança, teatro gestual, dramaturgia de cena e dramaturgia de imagem.

Os artistas referenciados para a criação de Horizonte Submerso aparecem na obra como inspiração para um submundo, um lugar reservado aos sonhos e as lembranças. Por assumir esse caráter, o espetáculo se divide em nove cenas fragmentadas, como quadros que se sobrepõem um ao outro. “Estabelecemos um diálogo entre os três artistas a partir de elementos encontrados em suas obras, como as cabeças bidimensionais sugeridas por McKean, os escritos poéticos do conto Berenice, de Edgar Allan Poe e a obsessiva reflexão sobre instabilidade e equilíbrio no universo em mosaico de Paul Klee”, ressalta Diane Ichimaru.

Os artistas que inspiraram a obra são de gerações e países diferentes, o que reforça a interseção da linguagem criativa produzida por eles; afinal, todos estabelecem uma relação entre o real e o fantástico. São também artistas que discutem, em seus trabalhos, os impasses da dualidade, do sarcasmo, da realidade subjetiva e da abordagem sobre o tempo de um modo distorcido e fragmentado, atingindo muitas vezes o inconsciente.

Edgar Allan Poe (1809-1849) foi um escritor norte-americano conhecido por seus contos sobre mistério, criando um novo gênero e estilo na literatura. Paul Klee (1879-1940) foi um artista plástico nascido na Suíça, mas de nacionalidade alemã. Sua obra extrapola os limites dos movimentos artísticos de sua época, dialogando livremente com o expressionismo, cubismo e surrealismo. Já Dave McKean (1963) é um artista contemporâneo inglês, desenhista de quadrinhos, ilustrador, cineasta e músico. Seu trabalho incorpora desenho, pintura, fotografia, colagem digital e escultura.

Horizonte Submerso explora a face oculta da natureza humana, os segredos esquecidos nos fundos das gavetas, os espaços angulosos recortados por luz e sombra. Os criadores-intérpretes adentram aos devaneios e distorções guiados pela pluralidade das obras inspiradoras e pelas possibilidades de intertextualidade entre as mesmas.

As cenas propõem reflexão em torno de questões como o tempo, a finitude, o equilíbrio, a instabilidade e a gravidade. Desse modo, o trabalho aborda problemáticas universais e extremamente atuais, como dilemas existenciais, a aceitação do contrário, a superação do medo e do desconhecido, o enfrentamento da morte e a convivência mútua entre o consciente e o inconsciente.

Para Diane e Marcelo, integrantes da Confraria da Dança, as colaborações dos dois artistas convidados (Esio Magalhães e Rafael dos Santos) proporcionam uma expansão da força dramatúrgica e do hibridismo entre movimento, palavra e música, características marcantes do repertório do grupo. Isso também contribuiu para que fosse criado um jogo cênico de equilíbrio que traz elementos autobiográficos dos artistas, sobretudo suas lembranças da infância.

“Embebidos em autoironia, confrontamos nossos lados sombrios, sonhos e pesadelos, navegando entre os destroços da memória, avançando para o desconhecido à mercê da fantasia. Compomos nas cenas múltiplas camadas de ressignificação do espaço-tempo, confrontando a objetividade do mundo exterior com o mundo interior e subjetivo que move cada indivíduo”, comenta o criador-intérprete Marcelo Rodrigues.

Sobre o grupo | A Confraria da Dança está sediada na cidade de Campinas/SP desde 1996 e atualmente celebra 25 anos de atividades relacionadas à pesquisa, criação e produção artística. Honrando o termo “confraria” – conjunto de pessoas que se associam tendo em vista interesses e objetivos comuns – realiza parcerias com artistas das áreas da dança, teatro, música e artes plásticas. Sua atuação artística ocorre, prioritariamente, fora da capital, e seus projetos contemplam ações na própria cidade/sede e em outras cidades de pequeno e médio porte do interior do Estado de São Paulo, difundindo a dança por meio de atividades de formação e fruição artística, traçando um crescimento radial em seu campo de ação junto à comunidade, promovendo acessibilidade comunicacional e atingindo público leigo de todas as idades, estudantes de arte em processo de formação e artistas profissionais. A Confraria da Dança acumula em seu percurso premiações da APCA, da Funarte/ MinC, Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, Cultura Inglesa, SESI SP e Itaú Cultural/Rumos Dança.

FICHA TÉCNICA

Criadores-intérpretes: Diane Ichimaru, Esio Magalhães e Marcelo Rodrigues

Composição e execução de trilha musical: Rafael dos Santos

Direção artística e dramaturgia: Diane Ichimaru

Desenho de luz: Marcelo Rodrigues

Operação de luz: Coré Valente

Figurinos, máscaras e adereços: Diane Ichimaru

Costuras: Nice Cardoso

Fotografia: FBarella

Câmeras: Bruno Torato e Thiago Pinheiro

Som direto: Talles Rodrigues

Edição de vídeo: Bruno Torato

Projeto gráfico: Lucas Ichimaru

Assessoria de comunicação: Márcia Marques / Canal Aberto

Produção executiva: Pedro de Freitas / Périplo

Produção e realização: Confraria da Dança

Serviço:

Horizonte Submerso

Temporada: de 29 de novembro de 2021 a 14 de dezembro de 2021, segundas e terças, 21h

Acesso: Youtube da Confraria da Dança

Duração: 38 minutos

Classificação indicativa: Livre

Conversa com os criadores do espetáculo mediada por Veronica Fabrini

Dia 30 de novembro, terça-feira, 21h30 | Acesso pelo Zoom.

É necessário se inscrever para a atividade por meio deste link.

(Fonte: Boas Histórias Comunicação)

Orquestra Ouro Preto apresenta tributo a Vander Lee

Caeté, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação/Orquestra Ouro Preto.

Do alto da Serra da Piedade, em Caeté (MG), rodeada pela exuberância da natureza e das montanhas mineiras, a Orquestra Ouro Preto faz tributo ao cantor e compositor Vander Lee (1966-2016). Patrocinado pela AngloGold Ashanti, o concerto, que une a beleza da paisagem e da música de Minas, promete emocionar o público em casa e será transmitido, gratuitamente, dia 27 de novembro, sábado, às 20h30, no canal da Orquestra no YouTube.

A cantora Laura Catarina, filha de Vander Lee, e o irmão do cantor, Marcos Catarina, dão voz à homenagem a esse importante nome da cena musical mineira e um dos principais compositores da música brasileira. “Cantar as músicas do meu pai com a Orquestra Ouro Preto é a realização de dois sonhos ao mesmo tempo. Sempre amei orquestra e sua potência, sua grandiosidade sonora. Meu pai tinha o sonho de ouvir suas músicas com arranjos de orquestra e não pôde realizar em vida, então, considero um privilégio representá-lo nesse sonho realizado”, destaca a cantora Laura.

Sob a regência do Maestro Rodrigo Toffolo, o trabalho resgata um dos discos mais emblemáticos da carreira de Vander Lee: No Balanço do Balaio. Os sambas bem-humorados e as baladas românticas que compõem o álbum ganham versões orquestradas, com arranjos assinados por Marcelo Ramos. No Balanço do Balaio tem uma diversidade rítmica enorme e, além de maravilhoso, o disco é uma ode à mineiridade. Retrata o cotidiano da capital mineira com uma poética sensível, intensa e popular, de maneira que nenhum outro compositor fez. Suas letras demonstram uma intimidade com uma cidade e cultura, com uma musicalidade genuinamente brasileira”, completa o Maestro Rodrigo Toffolo.

A cantora Laura Catarina, filha de Vander Lee.

Lançado em 1999, o disco traz o sotaque mineiro em letras e versos que passam por temáticas do cotidiano da cidade, como o trajeto ao trabalho em ônibus lotado, apelidado pelos belo-horizontinos de “balaio”, as torcidas dos times do coração até os encontros românticos. O álbum revelou a essência de suas composições, o violão refinado e o intérprete sensível que partiu precocemente em 2016.

Mais sobre Vander Lee | Conhecido como um dos compositores mais talentosos de sua geração, o belo-horizontino Vander Lee (1966-2016) trouxe para a cena musical brasileira seu olhar poético e original ao longo dos seus 17 anos de carreira. Começou tocando em bares da capital mineira e aos poucos foi introduzindo seu repertório autoral, se apresentando pelos teatros da cidade e interior. Em 1996, ganhou o segundo lugar no festival Canta Minas, com a música Gente não é cor. Esse foi o impulso para o artista produzir seu primeiro CD independente. Em 1998, a convite da cantora Elza Soares, fez participações nos shows dela em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. A partir daí gravou com outros grandes nomes da MPB, como Zeca Baleiro, Rita Ribeiro, Emilinha Borba, Leila Pinheiro e Nando Reis. Músicas de sua autoria foram gravadas por Maria Bethânia, Gal Costa, Fábio Júnior e outros intérpretes. Foi autor de sucessos como Românticos, Iluminado e Esperando Aviões. Sua discografia conta com 10 discos e 2 DVDs. Os filhos herdaram o talento para a música e deram continuidade ao seu trabalho. Este ano de 2021, foi lançada a música A vida não são flores.

Sobre a Orquestra Ouro Preto | Uma das mais prestigiadas formações orquestrais do país, a Orquestra Ouro Preto completa 21 anos de atividades e se reafirma como uma orquestra de vanguarda. Sob a regência e direção artística do Maestro Rodrigo Toffolo, o grupo se dedica à formação de diferentes públicos, com extensa programação nas principais salas de concerto no Brasil e no mundo, além de se destacar no número de visualizações e ouvintes das plataformas de streaming e redes sociais. Sob os signos da excelência e versatilidade, atua também em projetos sociais e educacionais que vão muito além da música, como o Núcleo de Apoio a Bandas e a Academia Orquestra Ouro Preto. Premiado nacionalmente, o grupo tem 12 trabalhos registrados em CD, 7 DVDs. Foi vencedora do Prêmio da Música Brasileira em 2015, na categoria “Melhor Álbum de MPB”, e indicada ao Grammy Latino 2007, como “Melhor Disco Instrumental”, por Latinidade. Os discos Latinidade – Música para as Américas, Antônio Vivaldi – Concerto para Cordas, The Little Prince e Orquestra Ouro Preto e Desvio – Ritmos Brasileiros têm distribuição mundial pela gravadora Naxos, a mais importante do mundo dedicada à música de concerto.

Serviço:
Orquestra Ouro Preto – Vander Lee
Dia: 27 de novembro de 2021, sábado, às 20h30.
Classificação: Livre para todas as idades.

(Fonte: InpressOficina)

Estudo indica atenção com a qualidade da água em Fernando de Noronha

Fernando de Noronha, por Kleber Patricio

Trilha percorrida a pé entre os pontos de amostragem. Fotos: divulgação/SGB-CPRM.

O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) divulgou dados geoquímicos de toda a superfície do Arquipélago de Fernando de Noronha. O estudo possibilitou o estabelecimento de níveis de referência ou background dos teores elementares em solos e sedimentos de drenagem, além da identificação de possíveis fontes de contaminação nas escassas fontes de águas superficiais. O Atlas Geoquímico do Arquipélago de Fernando de Noronha está disponível no site do SGB-CPRM, na área do Rigeo.

O recobrimento geoquímico superficial contemplou a determinação dos teores de 53 elementos químicos em 71 amostras de solos, 16 de sedimentos ativos de drenagem, seis de águas superficiais e duas de águas de abastecimento. De acordo com a geóloga do SGB-CPRM Melissa Franzen, a dispersão dos elementos químicos no ambiente é controlada inicialmente pelos processos naturais, porém, a atividade humana contribuiu em áreas específicas para a alteração do ambiente geoquímico a partir dos núcleos habitacionais e das atividades instaladas. O autor principal do estudo é o geólogo Enjôlras Medeiros Lima.

A partir das análises, a pesquisadora Melissa Franzen alerta sobre o fósforo, nutriente desejável em solos e prejudicial em águas superficiais devido ao risco de eutrofização, situação em que determinadas espécies como as cianobactérias desenvolvem estratégias de adaptação, tais como a liberação de toxinas, que não são eliminadas no tratamento de água convencional. Os resultados apontam excesso na forma de fosfato em todas as drenagens – riachos e açudes. Nos açudes, a baixa velocidade da água, aliada ao excesso de nutrientes, insolação e temperaturas elevadas, propiciam as condições ideais para a ocorrência da eutrofização.

Pesquisador à procura de solo adequado para coleta na Ilha Rata.

Foram identificados níveis de background naturalmente elevados de alguns metais (cromo, cobre, manganês, níquel, zinco e ferro) devido à composição do substrato vulcânico básico-ultrabásico predominante na ilha, onde sobressaem especialmente os teores de cromo e níquel, que se encontram uma ordem de grandeza acima dos limites de segurança ambiental.

Níveis muito altos de fósforo em solos e sedimentos e teores pouco acima da referência ambiental de cádmio, amplamente distribuídos na ilha principal, cuja origem está associada à deposição de guano (dejetos de aves), também foram identificados. Já os teores pouco acima da referência ambiental de arsênio em pontos isolados devem ser creditados a uma possível influência antrópica. Vale destacar que estes dados não representam risco à saúde humana, desde que os solos não sejam utilizados para a produção de alimentos.

Com uma extensão territorial de 26 Km² — dos quais 17 são da ilha principal e 9 são distribuídos entre as ilhas menores, ilhotas e rochedos — e uma densidade demográfica que ultrapassa os 154,55 hab/km² (Censo de 2010), a população (nativa e residente) foi estimada em 2019 em 3.061 habitantes. Com o fluxo de turistas, entretanto, estima-se em cerca de 5.000 os usuários de água potável nos períodos normais, chegando a 8.000 na alta estação.

Procedimento de amostragem de solo.

A disponibilidade de água é muito restrita e o abastecimento público faz uso do açude Xaréu, de maior volume e responsável por cerca de 60% do atendimento, complementados com água do mar dessalinizada na Estação de Tratamento da Água (ETA). Das fontes de abastecimento, foram amostrados o açude Xaréu e a água bruta da ETA, que corresponde a uma mistura de água doce e dessalinizada. No açude Xaréu, apesar de melhor qualidade, também havia excesso de fosfato e baixos níveis de oxigênio dissolvido, que expressam a dificuldade de depuração da matéria orgânica frente ao excesso de produtividade e a baixa taxa de renovação da água.

A escassez de água potável se deve em parte ao clima tropical, com temperaturas elevadas e acentuada estiagem, magnificada pela reduzida capacidade de retenção, resultando que praticamente inexistem cursos de água perenes – aqueles cujas águas correm durante todo o ano. Na ilha principal foram localizadas apenas 16 drenagens, a maioria delas intermitentes ou temporárias, pois a água só escorre na estação chuvosa. No período coincidente com o início da estação seca, apenas seis delas estavam com alguma água corrente. Nos riachos, foram encontrados indícios de contaminação por resíduos domésticos no Boldró (cloretos e nitratos) e de dejetos recentes de animais no Atalaia (nitritos) – este último, sem ocupação urbana.

Dentre as ações do Levantamento Geoquímico de Baixa Densidade no Estado de Pernambuco, o Atlas Geoquímico do Arquipélago de Fernando de Noronha objetivou o conhecimento da paisagem geoquímica deste delicado e isolado ecossistema insular, visando prover subsídios à sustentabilidade do meio ambiente. “O reconhecimento de forma integrada das suas peculiaridades geoquímicas naturais, com a convivência do ser humano e da população animal, associada à atividade de turismo, possibilita o direcionamento da aplicação futura de recursos públicos e privados, com a indicação de alvos para investigações mais detalhadas de prevenção de sanidade ambiental”, finalizou Franzen.

(Fonte: Assessoria de Comunicação | Serviço Geológico do Brasil – SGB- CPRM)