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Corporação Musical Villa-Lobos apresenta concerto presencial ‘Celebrando a Vida através da Música’

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Eliandro Figueira.

Com o concerto Celebrando a Vida através da Música, a Banda Sinfônica da Sociedade Mantenedora da Corporação Musical Villa-Lobos volta às apresentações presenciais no próximo domingo, 5 de dezembro, a partir das 18h, na Estação Musical, que fica ao lado do Museu Ferroviário. O ingresso deve ser trocado por um litro de leite longa vida, das 8h às 17h, no Centro de Convenções Aydil Pinesi Bonachela. O evento conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

“Este concerto marcará a volta da Banda Sinfônica da Corporação Musical Villa-Lobos às apresentações presenciais”, comemora o maestro Samuel Nascimento. “Por este motivo, propomos que seja uma celebração à vida. Desejamos que nossa arte, nesta ocasião executada em conjunto e ao vivo, seja portadora de uma mensagem de conforto e de paz. Apresentaremos um repertório variado, composto por trilha de filmes e músicas natalinas, com muita descontração, alegria e calor humano”, destaca o maestro. Entre os destaques, estão temas de filmes como Esqueceram de Mim (1990), O Expresso Polar (2004), Ratatouille (2007), UP – Altas Aventuras (2009) e Sing – Quem Canta seus Males Espanta (2016).

Esquema vacinal | Seguindo orientação da Resolução 166, de 4 de novembro de 2021, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, para regulamentação de eventos no território estadual, tais como atividades culturais, esportivas e de lazer, deverão ser observados exigência de comprovação de esquema vacinal completo (duas doses ou dose única) ou pelo menos uma dose da vacina com apresentação de resultado negativo de teste para Covid-19 do tipo PCR, realizado até 48 horas, ou do tipo antígeno, realizado até 24 horas antes da realização do evento.

Menores de 12 anos devem respeitar a obrigatoriedade do uso de máscara e demais protocolos de prevenção à Covid-19. Equipes da Camerata Filarmônica de Indaiatuba e da Secretaria Municipal de Cultura estarão a postos na entrada do evento para conferência dos dados.

Serviço:

Celebrando a Vida através da Música

Com: Banda Sinfônica da Corporação Musical Villa-Lobos

Data: 5 de dezembro

Horário: 18 horas

Local: Estação Musical

Endereço: Praça Newton Prado, s/nº, Centro (ao lado do Museu Ferroviário) – Indaiatuba/SP

Ingressos: trocar por um litro de leite longa vida

Onde trocar: Centro de Convenções Aydil Pinesi Bonachela, das 8h às 17h (Rua das Primaveras, 210, Jardim Pompeia).

(Fonte: Assessoria de Imprensa | Prefeitura de Indaiatuba)

Transição energética no Brasil depende de descentralização do planejamento e integração de diferentes agentes sociais, aponta estudo

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Marcos Santos/Imagens USP.

Para haver uma transformação relevante do setor energético do Brasil seria necessário a integração de diferentes níveis de governança local e regional, assim como levar em consideração os conflitos de demandas entre diferentes setores. A conclusão é de estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública e do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Instituto de Energia da Universidade de Durham, do Reino Unido, publicado na revista “Energy Research & Social Science”.

Os autores usaram dados públicos do setor energético do estado de São Paulo e do Brasil da base de dados de 1980 a 2019. As análises dos balanços energéticos documentados pelo Ministério de Minas e Energia foram realizadas sob um dos modelos de avaliação validados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês). A pesquisa considerou os indicadores de consumo de energia, emissão de gases do efeito estufa por consumo de combustíveis, geração de energia renovável e frota de veículos do estado.

A partir da avaliação das mudanças energéticas ocorridas no estado de São Paulo no período, o estudo discutiu o papel e influência de políticas públicas nessas transições energéticas a um nível local e, posteriormente, nacional. A matriz energética de São Paulo figura como uma das mais limpas do mundo, com destaque para hidrelétricas e derivados da cana-de-açúcar.

Ainda assim, os pesquisadores concluíram esse cenário não pode ser considerado uma transição energética, mas sim, uma adição de fontes de energia. Isso porque o consumo do estado, por mais diverso que seja hoje, permanece altamente dependente de derivados do petróleo. Isso pode ser associado, afirmam os autores, ao fato de que a maior parte do seu consumo é representado pelo setor de transporte.

Segundo o estudo, uma transição energética integral precisa alterar o consumo do estado ou considerar sua real demanda e ir além do que apenas disponibilizar outras fontes no contexto. Da mesma forma, é necessário que as transições sejam realizadas contemplando a gestão de outros setores associados. De acordo com Leandro Giatti, coautor do estudo, “a indústria do bioetanol compete com a produção de alimento, demanda energia e gera impacto pelo uso do solo e de recursos hídricos. Tudo isso está interconectado”, afirma.

O trabalho também mostra que a matriz energética de São Paulo apresentou experiências mais bem sucedidas e avanços. Contudo, tais avanços não são expandidos a um nível federal, dado que qualquer tomada de decisão dessa área, de acordo com o artigo 22 da Constituição de 1988, é de responsabilidade do governo federal. Lira Lázaro, autora principal do artigo, diz que no Brasil o governo não consegue conhecer as realidades de pequenos municípios e não avaliaria o que os governos subnacionais estão fazendo para contribuir em soluções. Para ela, levantar a discussão sobre o impacto que uma governança multinível teria nas decisões foi uma grande motivação para o estudo e essa necessidade aumenta com as mudanças climáticas.

Nesse contexto, assim como no Acordo de Paris foram estabelecidas as contribuições nacionalmente definidas, o mesmo poderia ser aplicado em nível nacional. A partir de um problema do país, cada região poderia contribuir com soluções a partir do seu próprio contexto e possibilidades.  No entanto, devido à centralização de políticas energéticas, os estados são impossibilitados de que suas colaborações promovam alguma reestruturação. “Mostramos que São Paulo está criando várias alternativas, mas não existe o espaço desse recorte regional para fazer uma voz atuante na estrutura da governança atual. Para nós, essa é a grande falha que exploramos”, diz Giatti.

(Fonte: Agência Bori)

Manejo sustentável e participação de comunidades serão estratégias para conservação da biodiversidade em 2 milhões de hectares de floresta

Amazonas, por Kleber Patricio

Manejo sustentável do pirarucu ajuda os Deni na proteção do território. Foto: Adriano Gambarini.

Com as experiências de manejo sustentável de pirarucu, castanha, copaíba e de implementação de sistemas agroflorestais, os povos Apurinã, Deni do Xeruã, Jamamadi e Paumari do Tapauá estão tendo sucesso em conservar um cinturão de mais de dois milhões de hectares de floresta em seis terras indígenas no sul e sudeste do Amazonas. A atividade está contribuindo para evitar invasões, ordenar o uso dos recursos naturais por meio de acordos coletivos e gerar renda para as comunidades. Essas iniciativas são as principais estratégias do projeto Raízes do Purus, realizado pela Operação Amazônia Nativa – OPAN desde 2013, com patrocínio da Petrobras nesta terceira fase, que começou em agosto de 2021. A ideia é que, por meio do manejo sustentável, estes povos continuem fortalecendo a sua organização coletiva e os seus sistemas de vigilância comunitários.

Desde o início do projeto, esse tipo de ação contribui para valorizar os modos de vida das comunidades e para recuperar a biodiversidade em seus territórios após longo período de escassez causado pela exploração predatória e ilegal. Em 2019, dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicavam que 99% dos seis territórios estavam conservados.

A Amazônia é peça-chave na mitigação da crise climática. Os povos indígenas, cujos modos de vida tradicionais mantêm a floresta em pé, se tornaram atores centrais no debate sobre as estratégias para desacelerar o aquecimento global. Para que seus territórios continuem regulando o clima e o regime de chuvas, eles precisam estar protegidos e as iniciativas de manejo e comercialização sustentável de produtos da sociobiodiversidade despontam como aliadas da vigilância e da conservação da fauna e da flora .

Os Paumari aumentaram em 631% a população de pirarucu em seus territórios. Foto: Adriano Gambarini.

Volta da fartura | Ricas em peixes, quelônios e caças, as três terras indígenas Paumari, no rio Tapauá, tornaram-se alvo da pesca predatória para o abastecimento de grandes centros urbanos. O pirarucu e outras espécies importantes para a segurança e cultura alimentar do povo estavam desaparecendo. Diante da ameaça à qualidade de vida, os Paumari decidiram implementar o manejo sustentável do pirarucu em um trabalhoso processo de capacitação e mobilização das comunidades. O primeiro passo foi estruturar um sistema de vigilância que, hoje, envolve as famílias em escalas semanais e está incorporado no cotidiano das comunidades.

Com os territórios bem vigiados e monitorados, os indígenas conseguiram conter a pesca predatória e aumentaram exponencialmente os estoques de pirarucu e de outras espécies de peixes e caças. Para se ter uma ideia, em 12 anos de manejo a população de pirarucu aumentou 631%, aponta o monitoramento realizado em 16 lagos.

Os Paumari ficaram cinco anos sem pescar nos lagos destinados ao manejo, até que a população de pirarucu se recuperasse. Desde 2013, realizam, anualmente, a pesca de uma cota sustentável, autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Além do mercado regional, o pirarucu é vendido em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília por meio da marca Gosto da Amazônia, criada pelo Coletivo do Pirarucu, do qual a AIPA e a OPAN fazem parte.

Os Jamamadi tem grande expertise na extração de óleo de copaíba. Foto: Adriano Gambarini.

Seguindo bons exemplos | A experiência dos Paumari recebeu, em 2015, o Prêmio Nacional da Biodiversidade e foi reconhecida como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil, tornando-se referência de cadeia produtiva em territórios indígenas. Os Deni do Xeruã seguiram o mesmo modelo do manejo paumari. Eles incorporaram essa estratégia para a proteção e conservação da biodiversidade da terra indígena Deni, localizada na bacia do rio Juruá, a partir da elaboração de seu Plano de Gestão Ambiental e Territorial, finalizado no ano de 2011.

Ao longo de décadas, a extração do látex da seringa, a exploração madeireira e o comércio ilegal de peles de animais permearam a vida deste povo em relações econômicas desiguais e predatórias. Com a homologação de sua terra, em 2004, os Deni empenharam-se em ações de vigilância para combater a exploração ilegal dos recursos naturais e a presença de não indígenas em seu território. O povo adotou o manejo do pirarucu como ferramenta de proteção territorial e contou com ajuda dos Paumari para estruturar a atividade em uma série de intercâmbios e atividades formativas. “A partir do manejo, os Deni começaram a se especializar na vigilância para proteger melhor o território”, explicou Leonardo Kurihara, coordenador do Raízes do Purus.

Os Deni também vêm se aprimorando no manejo da semente de andiroba em parceria com a Associação do Povo Deni do rio Xeruã (Aspodex), em arranjos que conseguem comercializar os produtos a preços melhores do que os praticados no mercado regional, incrementando a renda gerada pelo manejo.

Terra Indígena Caititu, Novo Paraíso, Índios Apurinã, Lábrea, AM. Foto: Adriano Gambarini.

Plantio diverso, terra fértil | A terra indígena Caititu, onde vivem os Apurinã, sofre os impactos da proximidade com um centro urbano. O extremo norte do território está localizado a apenas um quilômetro e meio do centro de Lábrea e tem grande concentração de aldeias, o que resultou em alta densidade demográfica e perda da biodiversidade. Com a subsistência ameaçada, os Apurinã encontraram nos Sistemas Agroflorestais (SAFs) a solução para recuperar a produtividade dos plantios e reduzir a dependência dos alimentos da cidade. Durante a primeira edição do Raízes do Purus, entre 2013 e 2015, os Apurinã participaram de capacitações e intercâmbios, quando aprenderam técnicas da agroecologia que, somadas ao conhecimento tradicional do povo, foram aplicadas na implementação de quatro unidades pilotos de SAFs, em um trabalho que envolveu diversas aldeias em mutirões.

Em pouco mais de um ano, os canteiros agroflorestais, formados pelo plantio consorciado de diferentes espécies importantes para os Apurinã, já estavam produzindo. Os bons resultados inspiraram outras aldeias a replicar espontaneamente as técnicas em mais 15 unidades de sistemas agroflorestais. “O indígena pensa em fartura, em lugar rico de caça, de peixe, de fruta, é o que o indígena procurava para morar. Os SAFs nos dão essa fartura”, explicou Marcelino Apurinã, cacique da aldeia Novo Paraíso, uma das primeiras a iniciar os plantios consorciados que, ao todo, recuperaram 13.365 hectares de áreas e produzem alimentos de qualidade para as famílias. “Temos na nossa aldeia fruta, comida natural. Não precisamos comprar fora”, ressaltou Maria dos Anjos, conselheira local da aldeia Novo Paraíso.

O projeto também apoia os Apurinã no manejo e na comercialização da castanha-do-Brasil, iniciativa que toca em questões históricas ligadas à dependência do povo a modelos patronais. “Os Apurinã conquistaram mais autonomia e eficiência na manutenção dos castanhais e na geração de renda para as famílias, sendo uma das principais referências de quebra de paradigmas comerciais e de melhoria na qualidade da produção na região”, explica Kurihara.

Foto: Adriano Gambarini.

Produtividade sustentável | Especialistas na extração do óleo de copaíba, que tem muita relevância comercial devido às suas propriedades anti-inflamatórias, os Jamamadi da terra indígena Jarawara/Jamamadi/Kanamanti tinham muito interesse em desenvolver a atividade como alternativa econômica sustentável. Essa foi uma das demandas apresentadas pelo povo em seu Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA), elaborado durante a primeira edição do Raízes do Purus e publicado em edição bilíngue (jamamadi e português). No documento, os Jamamadi apresentam como vivem e como querem continuar vivendo, tendo em vista a preocupação em garantir os recursos naturais e culturais para as futuras gerações. E o manejo de óleos vegetais vem se mostrando uma estratégia eficaz para fortalecer a vigilância do território, conservar a biodiversidade e gerar renda para as comunidades. Com apoio do projeto, os Jamamadi aprimoraram suas técnicas de manejo do óleo de copaíba, aumentando a produtividade por meio de práticas sustentáveis que valorizam ainda mais o produto no mercado regional.

Próximos Passos | Em sua terceira fase, que irá até 2024, o Projeto Raízes do Purus iniciará uma aproximação com os povos Banawa e Kanamari do Xeruã, que vêm demandando apoio na gestão de seus territórios, e serão envolvidos em intercâmbios e trocas de experiências com iniciativas de manejo sustentável dos povos indígenas vizinhos. Outra novidade é o apoio ao manejo do açaí na terra indígena Caititu. O projeto continuará fortalecendo as iniciativas de manejo sustentável já em andamento por meio da assessoria técnica nas diferentes etapas das atividades, do apoio à vigilância dos territórios e da busca por mercados que valorizem e remunerem de forma justa as comunidades – não só pelos produtos de qualidade que oferecem, mas também pela proteção da floresta e a garantia da continuidade de serviços ecossistêmicos fundamentais para o futuro da humanidade.

Sobre o Raízes do Purus | O projeto Raízes do Purus é uma iniciativa da OPAN, com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, que visa contribuir para a conservação da biodiversidade no sudoeste e sul do Amazonas, fortalecendo iniciativas de gestão e o uso sustentável dos recursos naturais das terras indígenas Jarawara/Jamamadi/Kanamanti, Caititu, Paumari do Lago Manissuã, Paumari do Lago Paricá, Paumari do Cuniuá e Banawa, na bacia do rio Purus, e Deni e Kanamari, no rio Juruá.

Sobre a OPAN | A OPAN foi a primeira organização indigenista fundada no Brasil, em 1969. Nos últimos anos, suas equipes vêm trabalhando em parceria com povos indígenas no Amazonas e em Mato Grosso, desenvolvendo ações voltadas para a garantia dos direitos dos povos, gestão territorial e busca de alternativas de geração de renda baseadas na conservação ambiental e no fortalecimento das culturas indígenas.

(Fonte: De Propósito Comunicação de Causas)

Crianças de Espírito Santo do Pinhal terão Parada de Natal e distribuição de brinquedos

Espírito Santo do Pinhal, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação/Sono Quality.

Nos próximos dias 17 e 19 de dezembro de 2021, acontece em Espírito Santo do Pinhal (SP) e Albertina (MG), mais uma edição da Parada de Natal, um evento que já se tornou marco no calendário das cidades. Milhares de pessoas são esperadas para conferir de perto a chegada do Papai Noel e seus amigos super-heróis. Um grupo com mais de 100 voluntários formam os Super Amigos, projeto que já existe há dez anos na cidade.

No dia 17/12 (sexta-feira) na parte da manhã, as ações beneficentes ficam por conta das creches atendidas pelo Super Amigos e o Papai Noel. Serão duas creches em Espírito Santo do Pinhal e uma em Albertina. No total, mais de 200 crianças entre zero e cinco anos de idade receberão sacolas com roupas, calçados, chocolates, meias e brinquedos. Este ano, os Super Amigos ainda visitarão o Educandário do Espírito Santo do Pinhal e a Lar da Terceira Idade.

Ainda no dia 17/12 (sexta-feira) a partir das 20h, a emoção continua com a Parada de Natal. Um grande desfile com alas e participação das crianças das cidades de Espírito Santo do Pinhal (SP) e Albertina (MG), três carros alegóricos, dois carros temáticos, dois carros de som com músicas natalinas, ballet, além da tão esperada participação dos Super Amigos e do Papai Noel, que este ano vem acompanhado da Mamãe Noel. Este evento tem o apoio da Prefeitura do Município de Pinhal e da Sono Quality Colchões Tecnológicos.

E no dia 19/12 (domingo), a carreata com os Super Amigos sai pela cidade do Espírito Santo do Pinhal, a partir das 8h, distribuindo brinquedos e bolas para mais de 6000 mil crianças carentes, em cinco bairros: Jardim das Rosas, Centro da cidade, Monte Alegre, em seguida Jardim do Trevo, Hélio Vergueiro Leite e Centenário. Encerrando o dia na cidade de Albertina, em frente à Igreja Matriz no centro da cidade.

Serviço:

Data: 17/12 – Atendimento as Entidades Assistenciais

Local: Bairro Jardim São Pedro- Espírito Santo do Pinhal / Albertina – Minas Gerais

Horário: 8h / 10h e meio dia

Data: 17/12 – Grande Parada de Natal “Os Super Amigos”

Local: Praça da Independência – Centro – Espírito Santo do Pinhal

Horário: 20h

Data: 19/12 – Distribuição de Brinquedos – Carreata de Natal

Local de encontro: Rua Dr. Paschoal Brando – Jardim das Rosas – Espírito Santo do Pinhal

Horário: 8h.

(Fonte: Fabio Bouças Assessoria de Imprensa)

Museu Judaico de São Paulo será inaugurado no dia 5 de dezembro

São Paulo, por Kleber Patricio

Museu Judaico de São Paulo. Fotos: Fernando Siqueira.

A partir do dia 5 de dezembro de 2021, abre para visitação o Museu Judaico de São Paulo (MUJ), espaço que será inaugurado após vinte anos de planejamento, fruto de uma mobilização da sociedade civil. Além de quatro andares expositivos, os visitantes também terão acesso a uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café que servirá comidas judaicas.

Localizado no antigo prédio do templo Beth-EL – uma das sinagogas mais antigas da cidade – o espaço fica na Rua Martinho Prado, 128, no bairro da Bela Vista, e passou por um processo de restauração, modernização e a construção de um prédio contemporâneo anexo para finalmente receber o público.

Com quatro exposições simultâneas – duas de longa duração, sendo elas A vida Judaica, sobre os rituais e ciclo de vida judaico e Judeus no Brasil: histórias trançadas, que expõe as várias correntes migratórias dos judeus para o Brasil, do início da colonização ao Brasil republicano; e duas temporárias: Inquisição e cristãos-novos no Brasil: 300 anos de resistência, sobre a luta dos cristãos-novos para reconstruir suas vidas no país durante os 300 anos de vigência da Inquisição, e Da Letra à Palavra, que explora a relação entre a arte e a escrita, a imagem e a palavra, a partir da reunião de 32 artistas basilares da arte contemporânea brasileira. Estão à frente do projeto o presidente Sergio Simon, o diretor executivo Felipe Arruda e, na curadoria, a pesquisadora e crítica Ilana Feldman, além do grupo de voluntários que construiu a instituição.

Foto: Fernando Siqueira.

A programação expositiva do museu tem por objetivo cultivar e manter vivas as diversas expressões, histórias, memórias, tradições e valores da cultura judaica, tecendo também um diálogo com o contexto brasileiro, com o tempo presente e com as aspirações de seus diferentes públicos, criando assim uma matriz baseada em princípios de diversidade, resistência e atualidade. “Concebemos o Museu Judaico de São Paulo como um espaço de visões plurais sobre o judaísmo, apresentado como um complexo sistema cultural e identitário que está sempre se reinventando. A partir da experiência judaica, o MUJ reflete sobre o tempo presente e cria tranças com a diversidade cultural do contexto brasileiro, acionando debates sobre preconceito, intolerância e outras questões sociais e políticas urgentes”, afirma Felipe Arruda.

Diversidade e contemporaneidade | Com presença em solo brasileiro desde o século XVI, as narrativas judaicas no Brasil são extremamente diversas, fazendo parte, de forma capilar, da formação do país e apresentando histórias únicas de resistência e senso de comunidade. A história de um povo com uma trajetória milenar liga-se à força da comunidade judaica em Recife e ao judaísmo amazônico, exemplos de reverberações locais que, por mais que se diferenciem em alguns pontos, compartilham as mesmas narrativas originais.

O MUJ aborda a história e a memória como fenômenos vivos, que costuram passado, presente e futuro, mas também se dedica a incentivar as produções artísticas contemporâneas, promovendo um diálogo profícuo entre as narrativas e expressões judaicas, a cultura brasileira e a arte contemporânea. Sendo um museu conectado a seu tempo, o MUJ integra a narrativa memorial de seu acervo histórico – como um talit com mais de 150 anos e talheres vindos de um campo de concentração, além de numerosos documentos e objetos – às produções atuais que elaboram a experiência judaica. Segundo a curadora do MUJ, Ilana Feldman, o museu “não é apenas lugar de preservação e difusão, mas de produção de conhecimento e experiências, em conexão com o tempo presente”.

Anna Bella Geiger – Rolo com oval de porcelana branca.

Exposições | As exposições materializam um rigoroso trabalho curatorial e museológico, fruto do esforço da instituição para estabelecer pontes de diálogos tanto dentro da comunidade quanto para o público não-judeu. A partir de obras multimídia, objetos históricos, documentos e fotografias, o museu apresenta quatro exposições.

Como aponta Sergio Daniel Simon, presidente do Museu, “tanto a presença quanto a perseguição contra o seu povo no Brasil acontecem há séculos”. Fugindo dos usuais estereótipos históricos que se concentram apenas no brutal antissemitismo disseminado durante a Segunda Guerra Mundial, Simon destaca a perseguição dos criptojudeus ibéricos flagelados pela Inquisição. São, portanto, cinco séculos de resistência e força, materializados nas programações do MUJ. Seguem abaixo informações sobre cada uma das exposições:

Exposição A Vida Judaica | A primeira exposição de longa duração, A vida judaica, apresenta os costumes e rituais pelos quais o judaísmo se conecta com o sagrado, demarca o tempo, estuda seus textos, festeja valores, elege seus alimentos típicos e vivencia coletivamente cada etapa da vida. Aborda, portanto, os acontecimentos cotidianos da vida judaica, entendendo-os não somente sob o prisma religioso, mas também como fenômeno cultural.

Anna Bella Geiger – Rolo ocidental com mapinhas pintado à mão e moedas romanas de chumbo n.2.

Exposição Judeus no Brasil: Histórias Trançadas | Nesta exposição, o objetivo é tecer uma complexa narrativa da pluralidade da presença judaica no Brasil a partir dos diversos fluxos migratórios ao longo de 500 anos. A mostra analisa ainda a pluralidade resultante dos diversos polos de implantação das comunidades judaicas no Brasil e de que formas os costumes que pautam a vida judaica se comportam em suas dinâmicas intergeracionais, sejam elas a partir de vivências individuais ou coletivas. A exposição mostra também como a comunidade judaica brasileira apresenta inúmeras interseções e confluências na contemporaneidade, embora tenham diferentes matrizes culturais e geográficas.

Alguns objetos apresentados na mostra remetem aos vínculos de Dom Pedro II com o judaísmo no Brasil Império. Ela inclui, por exemplo, um fac-símile de um fragmento de uma Torá que pertenceu ao imperador, encontrada na Quinta da Boa Vista, antiga residência imperial desde a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, hoje no acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro.

Exposição Inquisição e Cristãos Novos no Brasil: 300 Anos de Resistência | Partindo igualmente de uma matriz histórico-documental, a exposição temporária revela o funcionamento do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição e a luta dos cristãos-novos para reconstruir suas vidas no Brasil durante os 300 anos de vigência da Inquisição. Sobretudo sobre a vida dos judeus ibéricos, a Inquisição marcou o povo judeu por fortes discriminações e perseguições.

Hilal Sami Hilal – Livro Socorro 1.

Muitos judeus foram obrigados a migrarem e a converterem-se publicamente ao cristianismo, mas mantendo clandestinamente as práticas e crenças judaicas em espaços privados, como em suas residências. A mostra, repleta de documentos, mostra as reverberações desses intercâmbios culturais frutos de uma onda de resistência judaica nos aspectos históricos e sociológicos do Brasil.

Exposição Da Letra à Palavra | Essa mostra investiga as relações, na arte contemporânea, entre a escrita e as artes plásticas, entre imagem e texto, entre a escrita como desenho e a presença das palavras nas pinturas. A exposição tem curadoria de dois artistas plásticos – Lena Bergstein e Sergio Fingermann – e reúne 32 artistas plásticos contemporâneos, propondo uma grande diversidade poética e indagações plásticas e teóricas que fomentam a livre reflexão.

A pluralidade de enfoques da questão central da exposição reúne obras muito diferentes entre si, com pactos poéticos distintos. Há obras de Artur Bispo do Rosário, Beatriz Milhazes, Carmela Gross, Anna Maria Maiolino, Anna Bella Geiger, Arnaldo Antunes, Arthur Lescher, Carlos Vergara, Denilson Baniwa, Shirley Paes Leme e Paulo Pasta, entre outros.

Foto: Fernando Siqueira.

Segundo os curadores, Da Letra à Palavra aponta a importância da construção de significados através dos espaços entre as letras, entre as palavras, dos vazios, dos brancos entre as linhas e entre as frases. Nesses intervalos, nesses espaçamentos, os desenhos e os textos ganham significados e tecem novas interpretações. As obras expostas levam aos rolos da escrita e trazem uma relação com o pergaminho, monotipias sobre lenços, pinturas com sobreposições de escritas e alguns trabalhos onde a escrita se mostra legível e poética, sempre duplicando as possibilidades de leituras.

Outros trabalhos têm um significado semântico explícito – avisos, indagações, palavras chaves, levando tanto a uma poética da letra, do escrito, na sua função semântica, mas também vistos na sua função de imagem – cartas, escritos e fotos que levam à busca de uma memória desejada e perdida. Já outros artistas trabalham com signos, traços, riscos e cicatrizes, lembrando as primeiras escritas. Esta exposição, embora mantenha fortes vínculos históricos, tem caráter principalmente artístico, inserindo o MUJ em um importante circuito de arte contemporânea brasileira em São Paulo.

O Centro de Memória do MUJ | O Centro de Memória do MUJ é oriundo do espólio do antigo Arquivo Histórico Judaico Brasileiro, coletando e catalogando documentos raros sobre a comunidade judaica no Brasil. Uma das principais iniciativas da instituição é revitalizar esse acervo documental, tanto no seu aspecto físico, de restauração, conservação e catalogação, quanto no âmbito narrativo, proporcionando o acesso atual a documentos que ajudam pessoas a compreenderem suas relações genealógicas com as dinâmicas históricas judaicas. São mais de 20 mil livros (8 mil em íidiche), 100 mil fotos, 400 depoimentos de história oral, um milhão de documentos, periódicos e outros registros que versam sobre os imigrantes, as instituições, a cultura e a contribuição à sociedade brasileira. Tal gesto possibilita uma história viva que redescobre, na atualidade, gerações e elos até então perdidos.

Ações educativas | Educação e Participação é o programa de mediação cultural do Museu Judaico de São Paulo voltado à produção de experiências compartilhadas e à construção de conhecimento por meio do diálogo, da troca e do debate. Comprometidas com seus diferentes públicos, as ações de Educação e Participação do MUJ compreendem, como parte de sua programação fixa, visitas mediadas com grupos agendados e espontâneos, oficinas de atividades, contação de histórias, mediação de leituras, encontros com professores, cursos, palestras e ações territoriais.

Patrocínio | O MUJ conta com patrocínio da Fundação Arymax, Antonietta e Leon Feffer, Sergio Zimerman, Banco Itaú, Banco Safra, Instituto Cultural Vale, Lilian e Luis Stuhlberger | Verde Asset Management e Hapvida, entre outros apoiadores essenciais para a realização.

(Fonte: a4&holofote comunicação)