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Palhaços Sem Fronteiras realiza ações em áreas de exclusão social e lança campanha de apoio para 2022

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Ricardo Avellar.

Em um ano marcado por números exorbitantes da pandemia da Covid-19 e pelo aumento da desigualdade social, que fizeram com que o Brasil voltasse a ter a fome como um problema estrutural, a Organização Palhaços Sem Fronteiras Brasil retoma suas ações presenciais com o Ocupa Riso – Da Tela pra rua, projeto financiado pelo Sida por meio do Forum Civ, em colaboração com a Clowner Utan Granser – Palhaços Sem Fronteiras Suécia.

Com atividades gratuitas, as seis companhias de palhaçaria – Gira Gira Brincadeiras, Rainhas do Radiador, Catappum, Cia dos Tortos, Cia Pé no Asfalto e Teto, Trampo e Tratamento – realizaram 16 espetáculos, alcançando cerca de 840 pessoas de diferentes comunidades e ocupações por moradia.

Os coletivos artísticos buscaram, por meio da palhaçaria e do circo, estabelecer um encontro cheio de acolhimento e afetividade para as populações que foram fortemente impactadas pela pandemia e pela invisibilidade causada em razão do aumento da desigualdade social no nosso país.

Inspirando a população por meio do riso e servindo de alento para crianças, jovens, pais, mães e outras pessoas cuidadoras, o projeto incentiva a ressignificação do espaço público para que as pessoas possam rir e se divertir juntas, como uma forma de resistir a tantas adversidades. “As comunidades nos recebem com muito carinho e alegria e se mobilizam para que as apresentações aconteçam da melhor forma possível. Buscam cadeiras, limpam o espaço, convidam outras pessoas para participar. Esse movimento gera curiosidade e agita a comunidade toda. Escutamos histórias e as crianças tentam fazer igual o que acabaram de assistir. E neste momento de retomada das ações presenciais, temos notado uma grande necessidade nessa troca de experiências, afetos e boas risadas; tanto que, ao final das apresentações, o que mais ouvimos é: “Quando vocês voltam?”, comenta Aline Hernandes, coordenadora do Ocupa Riso.

A ações foram realizadas no Jardim São Marcos e Jardim Santa Júlia, em Itapecerica da Serra; Parque Imigrantes, Aldeia Guyrapaju e Aldeia Brilho do Sol, em São Bernardo do Campo; Jardim Oratório, Vila Mercedes e Vila Bocaina, em Mauá; Cracolândia, Quebrada da Malvina, Sapopemba, Ocupação Jardim do Pinheiral e Ocupação Jardim da União, em São Paulo e Ocupação Esperança, em Osasco. “O Ocupa Riso surgiu em 2016 como um projeto constante de diálogo com as populações que vivem na luta pela garantia de seus direitos de moradia e de vida digna. As apresentações de circo são realizadas uma vez por mês, de forma contínua e rotativa, em cerca de 15 territórios da grande São Paulo. Acompanhar os desenvolvimentos dessas lutas é um privilégio que temos ao realizar esse projeto e uma troca de imenso valor para a organização”, finaliza Aline Hernandes.

Utilizando metodologias adotadas em contextos de emergência humanitária em todo o mundo para atuar com crianças e pessoas adultas que possuem o trato direto com elas, o projeto faz do riso um potente instrumento de transformação social coletiva.

Em 2022, além de ampliar o alcance do projeto “Ocupa Riso” para outros estados com mais populações em situação de vulnerabilidade social sendo atendidas, a organização está planejando ações em diversas frentes, visando desde fortalecer o setor cultural, também fortemente impactado pela Covid-19, com ações de formação, empregabilidade e geração de renda, até ações humanitárias dentro e fora do país. Por isso, a organização convida pessoas físicas e jurídicas que tenham interesse em fortalecer esta rede a participar desta campanha natalina de arrecadação de fundos para 2022.

Entre as ações da campanha, no dia 22 de dezembro de 2021 (quarta-feira), às 19h00, a organização promove em sua página do Facebook a live O Riso que transcende Fronteiras, com participação do Pastor Henrique Vieira, teólogo, pastor, ator, pesquisador da arte do palhaço, professor, cientista social, historiador e escritor. Tem se dedicado no combate ao fundamentalismo religioso no Brasil. Integra o Coletivo Esperançar, que reúne evangélicos na relação entre Evangelho e Direitos Humanos e respeito à diversidade. É Membro do Conselho Deliberativo do Instituto Vladimir Herzog. Atuou no filme Marighella, com direção de Wagner Moura. Em maio, lançou o seu primeiro livro, O amor como revolução.

Para participar da Campanha de Natal dos Palhaços Sem Fronteiras Brasil, basta acessar o site http://palhacossemfronteiras.org.br/doacoes/ e fazer a sua colaboração. Uma grande oportunidade de colaborar com essa organização, que, por meio do riso, vem transformando realidades ao inspirar pessoas a expandirem sua capacidade de resistir na adversidade, promovendo acolhimento e ferramentas de fortalecimento da saúde mental e emocional.

Sobre a ONG Palhaços Sem Fronteiras Brasil | Os Palhaços Sem Fronteiras Brasil são uma organização social sem fins lucrativos fundada em 2016, tornando-se a primeira organização da América Latina a ser aceita como integrante da organização internacional Clowns Without Borders International (CWBI), entidade mundialmente reconhecida que nasceu na Espanha em 1993 e hoje está em catorze países.

Desde sua fundação no Brasil, em 2016, a organização realizou 387 espetáculos e 47 oficinas (para crianças, artistas e trabalhadores sociais). Já realizou projetos na Nicarágua, Saara Ocidental, Colômbia, El Salvador, Rio Doce (ES e MG), ocupações e favelas em São Paulo, terras Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul, México, Altamira e Venezuela, entre outros, beneficiando mais de 309 mil pessoas diretamente.

Saiba mais em: www.facebook.com/palhacossemfronteirasbrasil e www.instagram.com/palhacossemfronteiras.

Serviço:

Campanha de Natal dos Palhaços Sem Fronteiras Brasil

Para colaborar com a Organização, acesse: http://palhacossemfronteiras.org.br/doacoes/

Live: O Riso que transcende Fronteiras

Participação especial: Pastor Henrique Vieira

Quando: 22 de dezembro de 2021 (quarta-feira) – Horário: 19h00

Onde assistir: Facebook dos Palhaços Sem Fronteiras – www.facebook.com/palhacossemfronteirasbrasil.

(Fonte: Luciana Gandelini Assessoria de Imprensa)

Romance de Fernando Sabino é tema de óperas em Belo Horizonte

Belo Horizonte, por Kleber Patricio

Cena de “Viramundo – Uma Ópera Contemporânea”. Fotos: Thamiris Rezende/ASCOM FCS.

A partir de uma proposta que busca desenvolver uma tradição operística genuinamente brasileira e conectada com o mundo atual, a Fundação Clóvis Salgado e o Instituto Unimed-BH apresentam Viramundo – Uma Ópera Contemporânea, espetáculo inspirado na obra do escritor mineiro Fernando Sabino e que marca o encerramento da Temporada de Ópera On-line 2021. Concebida pela FCS em parceria com nomes consagrados da música, da literatura e do teatro, além de pesquisadores e jornalistas, a montagem é resultado da criação de libretos (textos em português) e de composições musicais elaborados por diversos artistas brasileiros durante o Ateliê de Criação Dramaturgia e Processos Criativos da Academia de Ópera, realizado no segundo semestre deste ano.

Trata-se de uma iniciativa inédita no país sobre formação e criação em dramaturgia operística que contou com a curadoria do maestro Gabriel Rhein-Schirato – diretor musical e regente do espetáculo – e da encenadora Livia Sabag, além da orientação do poeta e letrista membro da Academia Brasileira de Letras Geraldo Carneiro. Já a direção cênica da montagem ficou a cargo da atriz e dramaturga Rita Clemente.

Durante o processo criativo, como integrantes do Ateliê de Criação, os dramaturgos Ricardo Severo (As três mortes de Geraldo Viramundo), Djalma Thürler (Não gosto de corpo acostumado), Julliano Mendes (Viramundo, Viraflor), Luiz Eduardo Frin (Circunvagantes) e Bruna Tameirão (O Julgamento) escreveram libretos que foram musicados pelos compositores André Mehmari, Denise Garcia, Antonio Ribeiro, Maurício de Bonis e Thais Montanari, artistas também participantes do Ateliê.

Viramundo – Uma Ópera Contemporânea | Espetáculo com cinco breves óperas inspiradas no livro O Grande Mentecapto, de Fernando Sabino (1923-2004), lançado em 1979 e tido como um dos grandes romances da literatura nacional. Com Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Coral Lírico de Minas Gerais e solistas convidados, a apresentação ocorre no dia 21 de dezembro (terça-feira), às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. A montagem integra a programação de aniversário de 50 anos do Palácio das Artes – celebrado em 2021 –a casa de espetáculos mais tradicional de Minas Gerais. Com a plateia liberada por completo para acesso do público (seguindo os protocolos sanitários), os ingressos custam de R$25,00 (meia) a R$50,00 (inteira) e estão à venda no site.

O espetáculo reúne cinco breves óperas, com cinco histórias independentes, com começo, meio e fim, cada uma dentro de seu universo artístico, com cerca de dez minutos de duração, formando um só programa operístico com narração e sem intervalo – apenas breves respiros entre uma obra e outra para troca de músicos e figurinos. Ao todo, são 31 personagens em que músicos e cantores se revezam, atuando em mais de uma obra e interpretando diferentes papéis. Os integrantes do Coral Lírico estão em cena e os músicos da Orquestra Sinfônica, no fosso do palco.

As obras tratam de diferentes temas, seja por meio do circo-teatro, como um acontecimento carnavalesco, ou utilizando-se do humor para chegar ao trágico. A partir da obra de Sabino, são pontuadas metáforas de todas as ordens e o ponto que une todos os libretos é a literatura mineira e a mineiridade. Um espetáculo com sotaques de Minas Gerais, com citações à cultura do estado, mas de forma universal.

De acordo com a presidente da Fundação Clóvis Salgado, Eliane Parreiras, o espetáculo é fruto do pensamento contemporâneo e arrojado da instituição e de todos os parceiros envolvidos nessa iniciativa. Viramundo – Uma Ópera Contemporânea é o resultado final do Ateliê de Criação Dramaturgia e Processos Criativos, um verdadeiro coroamento de todo o esforço que uniu artistas de campos distintos em uma unidade narrativa que resulta nessa encenação. Além disso, este é um trabalho inédito no nosso país, do ponto de vista de formação e criação operística, o que reforça o compromisso da FCS de estimular, investir e contribuir para o desenvolvimento da ópera brasileira contemporânea, especialmente na criação dramatúrgica e de libretos”, celebra Eliane Parreiras.

Segundo o maestro Gabriel Rhein-Schirato, o espetáculo vai contemplar tanto as pessoas ávidas por novidades, por propostas contemporâneas e por uma discussão atual sobre o mercado de ópera, quanto o público tradicional, amante de voz. “Nessa montagem, nós mantivemos os princípios tradicionais da ópera, ou seja, Orquestra Sinfônica no fosso, Coral Lírico no palco, as melhores vozes líricas de Minas e do Brasil. Então, o público tradicional que gosta dessa mistura de teatro e música, de vozes líricas, também será contemplado a partir de uma grande homenagem à mineiridade”, comenta o maestro.

O livro que serviu de base para a livre criação dos libretos e das composições, O Grande Mentecapto, do escritor mineiro Fernando Sabino, narra as peripécias de Geraldo Boaventura, vulgo Viramundo, por suas andanças pelas Minas Gerais. A obra de Sabino traz um olhar cômico às aventuras e desventuras desse ‘Dom Quixote’ mineiro que, desde a infância, precisou se virar para sobreviver. Para Bernardo Sabino, filho do escritor, o livro tem aspectos biográficos da vida de Fernando e destaca: “meu pai incorporou à obra algumas situações que ele próprio enfrentou e entendo que o personagem criado por ele foi para ironizar certas hipocrisias da sociedade”. E completa: “Viramundo é um ser puro, mas não ingênuo e muito menos burro”.

A encenação | Viramundo – Uma Ópera Contemporânea é uma obra viva que dialoga, claro, com questões da atualidade. Um espetáculo diverso, com cinco breves óperas formando uma mesma apresentação. A diretora Rita Clemente está considerando todos os elementos como vocabulários (libretos, composições musicais, cenários, figurinos, ações humanas, coreografias etc.), articulados em busca de um discurso cênico aberto, com a gênese cultural das Minas Gerais expressa pela obra do escritor Fernando Sabino, mas com uma abordagem que transcende os regionalismos.

Segundo Rita Clemente, os autores das obras perpassam por situações muito parecidas, cada um ao seu estilo, à obra de Fernando Sabino. As óperas estão conectadas umas às outras, partindo de um mesmo ponto e de livre criação e inspiração. “Os autores tocam em questões importantes a serem discutidas, como a própria temática central do livro O Grande Mentecapto, que aborda a história desse sujeito malvisto pela sociedade. Isso está presente em todas as cinco óperas, cada uma à sua maneira. É a partir desta temática que cada obra se revela. O tratamento diferenciado está na narrativa das obras, com estéticas, gêneros e abordagens diferentes. É essa narrativa que traduz a diferença”, afirma Rita Clemente.

A diretora explica que a criação cênica se propõe a deixar que falem todas as vozes: sobre pessoas que se movem incansavelmente em direção à liberdade, sobre outras que trilham caminhos desconhecidos com a coragem de uma criança ou aquelas que, mesmo canceladas, ultrajadas, humilhadas, caminham insanas “como insanos somos nós a buscar a arte, nestes tempos de desamor à estética”.

Para Rita Clemente, muito além de um recorte regionalista, a encenação acolhe as diferentes facetas dos libretos com uma abordagem expandida, onde épocas se misturam, geometrias criam ambientes para que a grandeza de uma obra cênica, fundada na linguagem operística, possa ganhar humanidade e driblar o arremedo para instaurar interlocuções cheias de organicidade, cheias de vida.

Com concepção não realista, a cenografia utiliza cores mais terrosas e ferrosas, que remetem à terra de Minas Gerais, e não pretende retratar uma região específica e, sim, conferir um caráter mais universal em seu conceito. Um praticável circular e painéis que formam um semicírculo são predominantes no cenário e a concepção remete à ideia de movimento constante do personagem principal, sempre em busca de algo nas viagens e interações com pessoas e histórias. Ideia de começo, fim e do renascimento, com movimento contínuo. Em cada ópera, os painéis irão formar uma configuração diferente, desenhando uma narrativa visual única em cada obra. Trata-se de um aspecto distinto para os mesmos elementos, assim como as diferentes leituras sobre a mesma história escrita por Fernando Sabino.

Os figurinos são de Sayonara Lopes e, para a ópera Os Circunvagantes, a artista se inspirou em Benjamin de Oliveira (1870-1954), o primeiro palhaço negro do Brasil, para criar as roupas, em referência aos palhaços tradicionais que percorrem as estradas do país; em Eu não gosto de corpo acostumado, a atemporalidade se faz presente no figurino do personagem central da história, Viramundo – que se apodera de roupas e objetos por onde passa –, com grande profusão de cores em referência a década de 1970. Para a ópera As três mortes de Geraldo Viramundo, a figurinista volta mais dez anos no tempo, agora 1960, para criar os modelos. Em Viramundo Viraflor, destaque para os trajes futuristas de ficção pós-apocalíptica, e, fechando o espetáculo, na ópera O Julgamento, presença de peças contemporâneas em tom cinza-preto.

Repertório musical | A proposta do espetáculo é também dar um panorama de diferentes tendências musicais para a ópera contemporânea. São cinco compositores, de formações musicais diferentes, convidados para trabalhar no Ateliê. Viramundo – Uma Ópera Contemporânea será um pequeno painel com diferentes estéticas. As obras serão interpretadas pela primeira vez ao público e são o resultado do processo criativo da Academia de Ópera On-line 2021 da Fundação Clóvis Salgado.

O Palácio das Artes. Foto: Talk2lurch/Wikimedia Commons.

A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais estará com sua formação completa, com os músicos se revezando em grupos menores na interpretação de cada ópera. Com proposta livre de criação, cada compositor definiu a formação musical de sua obra. O resultado sonoro do conjunto é o destaque do programa. Presença de oito integrantes do Coral Lírico de Minas Gerais, entre soprano, mezzo soprano, tenor, contralto, barítono e baixo, na interpretação de mais de um personagem e mesclando os estilos de canto coral. O elenco musical fica completo com os solistas convidados, entre cantores de Minas Gerais e de outros estados, como os tenores Flávio Leite, Giovanni Tristacci e Ramon Mundin, que estão entre os mais atuantes e versáteis cantores líricos brasileiros de suas gerações, e das sopranos Annelise Cavalcanti, Daiana Melo e Sylvia Klein, entre outras.

O maestro e diretor musical Gabriel Rhein-Schirato destaca a contribuição deste trabalho da Academia de Ópera para a ópera brasileira. “Os músicos estão sendo provocados a tocar uma ópera nacional contemporânea; os cantores, a cantar; o maestro, a reger e, os compositores e os libretistas, a escrever. Tudo isso serve como um estímulo ao repertório de ópera brasileira, cantada em português, nos dias de hoje. Esse trabalho e incentivo da Fundação Clóvis Salgado é uma injeção de ânimo para a produção operística do país”.

O ateliê | O Ateliê de Criação: Dramaturgia e Processos Criativos teve a curadoria de Gabriel Rhein-Schirato e Livia Sabag e orientação do poeta e escritor Geraldo Carneiro na criação dos libretos. O grupo de trabalho contou com 16 participantes ativos e 26 ouvintes inscritos previamente – o processo seletivo recebeu, ao todo, 105 inscrições. As vagas do Ateliê foram destinadas a profissionais interessados no Teatro de Ópera e em seus processos criativos como escritores, cantores, regentes, diretores de cena, compositores, musicólogos, gestores, produtores, jornalistas, educadores, pianistas e intérpretes em geral.

Entre os participantes ativos, cinco foram selecionados para escreverem os libretos das óperas curtas. Com encontros semanais por videoconferência, foram realizadas uma série de atividades entre aulas teóricas, debates e entrevistas com artistas e pesquisadores, sobre dramaturgia musical. As atividades ocorreram entre agosto e outubro deste ano.

A partir das propostas iniciais dos cinco libretistas, Geraldo Carneiro foi trabalhando uma a uma em conversas coletivas e individuais, acrescentando novas ideias e reflexões até chegar aos cinco libretos finais das óperas.

Carneiro destaca o ineditismo do Ateliê: “O Brasil possui um antecedente extraordinário, que é o Carlos Gomes, compositor de ópera. Mas o nosso país – relativamente colonizado – não se tornou produtor de dramaturgia de ópera. O Brasil sempre foi receptor e não criador. Hoje, há uma grande afluência de compositores desejando escrever ópera, além de uma democratização dos espaços operísticos que durante muito tempo era reservada à elite dos países europeus e, também, em certo momento, aos americanos. Dessa forma, o Ateliê de Criação da Academia de Ópera da Fundação Clóvis Salgado é uma iniciativa inaugural e sem precedentes no Brasil. É o novo mundo das Américas sonhando com a construção de uma nova tradição operística livre das amarras do passado e desejando algo para o futuro”.

Retrospectiva da Temporada de Ópera On-line 2021 | A segunda edição da Temporada de Ópera On-line aconteceu ao longo do segundo semestre de 2021. A primeira atividade ofertada foi o Ateliê de Criação: Dramaturgia e Processos Criativos, da Academia de Ópera, que resultou numa formação inédita em dramaturgia voltada para ópera e na composição original de 5 obras. Essas peças foram organizadas para a montagem de Viramundo – Uma Ópera Contemporânea. Com curadoria do maestro Gabriel Rhein-Schirato e da encenadora de ópera Livia Sabag, o Ateliê realizou 38 aulas virtuais, cumprindo a carga horária de 76 horas. Além disso, foram produzidos pela Academia de Ópera 10 conteúdos virtuais – entre lives, palestras e entrevistas com importantes nomes nacionais e internacionais do universo da ópera – que tiveram a participação de 1.876 pessoas como público.

O Concerto Stabat Mater — o drama do barroco italiano também integrou a programação da Temporada de Ópera On-line 2021, com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais em formato menor, com os solistas convidados Pablo Rossi, Lina Mendes e Juliana Taino. Apresentado no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, no dia 28 de agosto, com plateia reduzida devido aos protocolos da Covid, o Concertou contou com 489 espectadores e 1.412 visualizações na versão on-line.

A série Ópera! O podcast da música lírica, criada pelos jornalistas João Luiz Sampaio e Nelson Rubens Kunze, também foi uma das atividades da Temporada de Ópera On-line 2021. Lançada quinzenalmente, a série conta com 5 episódios que englobam todo o universo da ópera, a partir de uma perspectiva relacionada ao mundo atual. São abordados assuntos referentes à voz na ópera, ofício do maestro, direção cênica, ópera brasileira e o valor de uma ópera. O público pode conferir a série completa por meio do canal do YouTube da Fundação Clóvis Salgado e das seguintes plataformas digitais: Spotify, Apple, Google, Deezer, Amazon, Castbox e Overcast.

O cinema também marcou presença na Temporada de Ópera On-line 2021. Com curadoria da diretora cênica especializada em óperas, Julianna Santos, e do pesquisador assistente Victor Emmanuel Abdala, a Mostra de Cinema e Ópera reuniu uma seleção especial de longas e curtas-metragens, documentários e uma minissérie, de obras contemporâneas e antigas que emocionaram o público. Além da exibição dos filmes, a programação contou com mesas de debate on-line.

Outro destaque da Temporada 2021 foi a Ópera Barroca Italiana Tolomeo e Alessandro, com música de Domenico Scarlatti e libreto de Giuseppe Capece. Sob a direção musical e artística de Robson Bessa, direção vocal de Sérgio Anders e direção cênica de Francisco Mayrink, o espetáculo, que ganhou sua primeira montagem nos palcos da América, teve o patrocínio do Consulado da Itália, a correalização da OPEMG Cia de Ópera Barroca, da Musica Figurata e da Appa Arte e Cultura. A aclamada estreia aconteceu no dia 23 de outubro, reunindo 846 pessoas no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes e tendo 525 visualizações on-line.

Temporada de Ópera On-line | Em 2020, a tradição dos encontros com a arte operística na FCS tomou diferente forma, inaugurando um novo modo de fazer, difundir e refletir sobre a ópera no Brasil e na América Latina. Com abrangência nacional e internacional, a programação, prioritariamente digital, impactou diretamente 110 mil pessoas por meio de palestras, aulas, mostra de cinema, exposição de artes gráficas e apresentação artística. O projeto disponibilizou 60 atividades gratuitas para o público, com participação de 218 dos principais nomes do Brasil e de alguns profissionais de destaque internacional, resultando em 178 horas de programação. As oficinas e os cursos da Academia de Ópera ofertaram 637 vagas. Devido à originalidade e ao ineditismo do projeto, a Temporada de Ópera On-line concorreu ao prêmio Concerto 2020, na categoria “Reinvenção na Pandemia”, promovido pela conceituada Revista Concerto. O Recital da soprano Eliane Coelho e do pianista Gustavo Carvalho no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com transmissão pela internet, encerrou a Temporada de Ópera On-line 2020.

Instituto Unimed-BH | Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH contribui com o desenvolvimento social em locais de atuação da Unimed-BH. Para isso, desenvolve cinco grandes programas: Comunidade, Meio Ambiente, Voluntariado, Adoção de Espaços Públicos e Cultura. Por meio do Programa Cultural fomenta projetos em Belo Horizonte e na região metropolitana, possibilitando o acesso à arte, cultura e lazer, além da geração de emprego e renda. Parceiro da Fundação Clóvis Salgado desde 2000, contribui para a manutenção dos corpos artísticos (Cia. de Dança do Palácio das Artes, Coral Lírico e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais) por meio do patrocínio à temporada de Óperas.

Fundação Clóvis Salgado | Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem o campo onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Artes e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado, por meio do projeto #PalácioEmSuaCompanhia. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o Turismo.

O espetáculo Viramundo – Uma Ópera contemporânea integra a Temporada de Ópera on-line 2021 da Fundação Clóvis Salgado e é realizada pelo Governo de Minas Gerais/Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, pela Fundação Clóvis Salgado, e correalizado pela APPA – Arte e Cultura. Tem como apresentadora do Programa a Unimed-BH/Instituto Unimed-BH¹, e como patrocinadores Cemig, AngloGold Ashanti e ArcelorMittal por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

¹O patrocínio da Unimed-BH e do Instituto Unimed-BH é viabilizado pelo incentivo de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores.

Ficha técnica

Viramundo – Uma Ópera Contemporânea

Montagem do Ateliê de Criação da Academia de Ópera 2021

Encerramento da Temporada de Ópera On-line 2021

Fundação Clóvis Salgado

Direção Musical e Regência: Gabriel Rhein-Schirato

Direção e Concepção Cênica / Encenação: Rita Clemente

Curadoria: Livia Sabag e Gabriel Rhein-Schirato

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais

Ballet Jovem Minas Gerais

Coral Lírico de Minas Gerais

Solistas convidados

Cenário: Miriam Menezes

Figurinos: Sayonara Lopes

Óperas curtas – Elencos

Os Circunvagantes

Música: Maurício de Bonis

Libreto: Luiz Eduardo Frin

Aluado – Ramon Mundin

Pancada – Giovanni Tristacci

Lelé – Flávio Leite

Não gosto de corpo acostumado

Música: Denise Garcia

Libreto: Djalma Thürler

 

Viramundo – Lucas Nogueira

Octeto – Daiana Melo, Melina Peixoto, Luciana Alvarenga, Tereza Cançado, Jordane Messias, Elias Magalhães, Pedro Vianna, Evandro Silva

As três mortes de Geraldo Viramundo

Música: André Mehmari

Libreto: Ricardo Severo

Viramundo – Giovani Tristacci

Quarteto – Daiana Melo, Mariana Redd, Pedro Côrtes, Elias Magalhães

Viramundo, Viraflor

Música: Antonio Ribeiro

Libreto: Julliano Mendes

O Julgamento

Música: Thais Montanari

Libreto: Bruna Tameirão

Marialva – Melina Peixoto

Peidolina – Mariana Redd

Juiz – Pedro Côrtes

Pelegrino – Lucas Nogueira

Breno – Elias Magalhães

Batatinhas – Pedro Vianna

Viramundo – Ramon Mundin

Carcereira – Daiana Melo

Bosman – Annelise Cavalcanti

Barbeca – Luciana Alvarenga

Espectro – Sylvia Klein.

Serviço:

Data: 21 de dezembro de 2021 (terça-feira)

Horário: 20h

Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes

Endereço: Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte/MG

Ingressos R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia)

Vendas: na bilheteria do Palácio das Artes ou no site da Eventim

Classificação: 10 anos

Duração: 60 minutos, aproximadamente e sem intervalo

Mais informações ao público: (31) 3236-7400.

(Fonte: Conteúdo Comunicação)

Viagem é o novo tema da exposição na Galeria Mola, em Portugal

Braga, por Kleber Patricio

A mostra Viajar é encontrar- se a si mesmo diante de paisagens diversas segue até 29 de dezembro na Galeria Mola e apresenta obras dos artistas Jailton Leal e Isabela Costa que retratam experiências sobre o ato de “viajar”.

São dois jovens artistas brasileiros que convidam os visitantes a desbravar novos lugares e ambientes. Jailton Leal, com apurado olhar artístico, explora no Brasil lugares de imensos contrastes e belezas. Já Isabela Costa, uma viajante brasileira em solo norteamericano, com seu curta-metragem, leva a uma viagem imaginária despertada pelo confronto entre culturas. A curadoria é de Sandro Leite.

A exposição instiga sobre quais as motivações que levam as pessoas a viajarem: Por que viajamos?, sugerindo como resposta Porque já fomos nômades. E desbravar novos lugares, culturas, sabores e crenças pressupõe a intuição de que há reinos além da esfera de minha consciência que precisam ser explorados.

A Galeria Mola está localizada na Praça Conde de Agrolongo, 126 – loja 5, em Braga, Portugal. O horário de funcionamento é terça a sexta-feira, das 14h às 18h e, aos sábados, das 10h às 13h. As visitas devem ser agendadas pelo telefone +(351) 253 617 26.

Sobre a Galeria Mola | A Galeria Mola é uma iniciativa privada sem fins lucrativos que conta com apoios e parcerias de profissionais que acreditam ser de vital importância fomentar as trocas transcontinentais e dar visibilidade às produções dos artistas de diferentes nacionalidades. É dirigida pela artista visual brasileira Virgínia Pirondi, que mora em Portugal desde 2018. Com o apoio de Sandro Leite na curadoria, também brasileiro, a galeria tem promovido trabalhos de artistas contemporâneos cujas trajetórias trazem importantes reflexões e críticas sociais.

Serviço:

Galeria Mola: Praça Conde de Agrolongo, 126 – loja 5, Braga, Portugal.

(Fonte: àsClaras Comunicação)

Emmanuele Baldini assume regência da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí em 2022

Tatuí, por Kleber Patricio

O maestro Emmanuele Baldini. Foto: divulgação.

O Conservatório de Tatuí anuncia a chegada de Emmanuele Baldini como maestro de sua Orquestra Sinfônica. O músico italiano, radicado no Brasil desde 2005, tem em seu currículo larga experiência artística e pedagógica e assumirá a titularidade do cargo no próximo ano letivo de 2022. O equipamento é mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Sustenidos Organização Social de Cultura. Baldini ocupa atualmente a função de spalla da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp).

“O convite para ser maestro da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí veio em um momento pessoal muito significativo. Em dezembro completo 50 anos de idade e, ao longo da minha trajetória profissional, pude acumular uma bagagem musical relevante”, afirma Baldini. “Agora, terei a oportunidade de compartilhá-la com os alunos e bolsistas do Conservatório de Tatuí para que juntos possamos conquistar um espaço especial no panorama das orquestras jovens da capital.”

O maestro oferecerá masterclasses mensais aos alunos bolsistas do grupo. “Tenho grandes ideias e estou planejando uma temporada muito rica e variada, com muito respeito e admiração, pois sei que vou integrar uma família com excelentes profissionais”, diz o músico, que trabalhará ao lado dos outros grupos artísticos e professores.

“O Conservatório de Tatuí passa por um momento de melhorias e inovações em seus cursos e grupos artísticos e o maestro Emmanuele Baldini assume a missão de manter a excelência musical da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí e do ensino oferecido aos alunos e bolsistas”, afirma Renato Bandel, gerente artístico musical do Conservatório de Tatuí. “Baldini já acompanhava o trabalho desenvolvido pela instituição há alguns anos e demostrou muita sinergia com a escola, além de profunda admiração pela tradição e o legado”.

Trajetória profissional de Emmanuele Baldini | Italiano, Emmanuele Baldini iniciou seus estudos musicais em Trieste com Bruno Polli, aperfeiçoando-se em Genebra com Corrado Romano e, em Salisburgo e Berlim, com Ruggiero Ricci. Mais recentemente, especializou-se em regência com Isaac Karabtchevsky e Frank Shipway. Desde sua juventude ganhou inúmeros concursos internacionais, entre os quais se destacam o Premier Prix de VirtuositéavecDistinction e o ForumJungerKünstler.

Baldini tocou como violinista ou em duo pelo mundo inteiro, com cinco turnês no Japão, quatro nos EUA e uma na Austrália, e já se apresentou em todas as principais salas de concerto das capitais europeias, além da América latina. Sua incansável curiosidade e paixão pela música fez o músico ampliar seus horizontes. Depois de uma carreira notável como violinista, começou a se aperfeiçoar como regente.

O novo maestro da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí também fundou o Quarteto Osesp, intensificou sua atividade didática e, com o violino, começou a explorar o precioso repertório brasileiro, que resultou em inúmeras gravações para vários selos, entre os quais os elogiados Da Vinci Classics e Naxos. Como regente, destacam-se concertos no Teatro Colón, de Buenos Aires, no Teatro del Sodre, de Montevidéu, da própria Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp e apresentações com as principais orquestras da América latina. De 2017 a 2020, Baldini foi diretor musical da Orquestra de Câmara de Valdivia, no Chile, e é o atual diretor artístico da Orquestra de Câmara – SphaeraMundi, de Porto Alegre/RS.

Patrocinadores do Conservatório de Tatuí:

Patrocinador Ouro: CSN Companhia Siderúrgica Nacional

Patrocinador Prata: Visa

Patrocinadores Sustenidos: Microsoft e Visa

Apoio institucional: Instituto ACP

Parceiro internacional: JM International

Sobre o Conservatório de Tatuí | Fundado em 11 de agosto de 1954, o Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí – ou apenas Conservatório de Tatuí (SP), como é conhecido internacionalmente – é uma das mais respeitadas escolas de música da América Latina. Oferece mais de 100 cursos gratuitos nas áreas de Música Erudita (instrumentos, canto e regência), Música Popular Brasileira, Artes Cênicas e Luteria. Atende aproximadamente 2.000 alunos anualmente, vindos de todas as regiões do Brasil e, também, de outros países, como Argentina, Chile, Coreia do Sul, Equador, Estados Unidos, Japão, México, Peru, Portugal, Síria, Uruguai e Venezuela. É considerado uma das mais bem-sucedidas ações culturais do Estado, oferece ensino de excelência, com a missão de formar instrumentistas, cantores, atores, regentes, educadores e luthiers de alto nível. Sua importância no cenário musical é tão acentuada que garantiu à cidade de Tatuí o título de Capital da Música, aprovado por lei em janeiro de 2007. A instituição é mantida pelo Governo do Estado de São Paulo e por empresas patrocinadoras, por meio de leis de incentivo fiscal, sob a gestão da Sustenidos Organização Social de Cultura.

Conservatório de Tatuí

Rua São Bento, 415, Centro, Tatuí/SP

Tel.: (15) 3205-8444

Funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 17h e das 18h às 22h

Ingressos: todos os eventos realizados pela instituição têm entrada gratuita.

(Fonte: Máquina Cohn & Wolfe)

Veja três cenotes para conhecer durante férias na Riviera Maya

México, por Kleber Patricio

O cenote Chaak Tun. Fotos: divulgação.

Ao viajar para o México durante as férias de janeiro (com todos os protocolos de segurança), se torna imperdível, para os brasileiros, visitar um dos três cenotes mais bonitos da Riviera Maya. Formados há mais de 14 mil anos, os cenotes são poços profundos de água cristalina que fluem de rios subterrâneos e, por meio dos raios do sol, traz incríveis tons de azul em uma paisagem espetacular. Citamos aqui três dos mais belos da região.

Zacil-Há, em Tulum | A 8 quilômetros de Tulum, o cenote Zacil-Ha representa uma experiência ideal para compartilhar com a família, pois suas águas transparentes possuem três metros de profundidade, o mais raso em comparação com outros cenotes.

Além dos encantos naturais, ao redor dessa formação tudo é favorável para a diversão de adultos e crianças. Uma das vantagens é que as suas bordas são cobertas com madeira para facilitar a circulação.

O cenote Zacil-Ha, em Tulum.

Nas proximidades da estrutura também existem duas piscinas naturais para aproveitar a visita. Outro detalhe interessante é que, ao chegar, já é possível ver os peixes coloridos, mesmo sem mergulhar. Já para quem busca o mergulho, há a possibilidade de ver a câmera de “Las Lágrimas”, reconhecida por suas curiosas estalactites em forma de gotas.

Dos Ojos, na Riviera Maya | No coração da Riviera Maya, na rota entre Tulum e Playa del Carmen, está o cenote Dos Ojos. Essa estrutura faz parte do parque de mesmo nome, que também abriga os cenotes Jaguar, Nicte Ha, El Pit e Los Monos.

A partir do UNICO 20° 87 Hotel Riviera Maya, por exemplo, é possível chegar aos Dos Ojos em 25 minutos. Este cenote possui águas translúcidas conectadas por cavernas subterrâneas. Ambos compõem o complexo Sac Actun, que com seus 370 km de comprimento, forma a maior caverna “inundada” do mundo.

Considerado um verdadeiro rio subterrâneo, Sac Actun é acessível graças aos passeios oferecidos pela costa caribenha. Para visitá-lo, uma das opções mais completas é por meio da experiência “Assinatura”, uma das opções incluídas para quem estiver hospedado no UNICO 20° 87 Hotel Riviera Maya.

Para quem preferir ir em busca de aventura, a proposta conta com duas rotas de mergulho: “Barbie”, relativamente acessível, iluminada e cheia de estalactites, e a outra, “La Cueva del Murciélago”, com trajeto mais curto e de menor luminosidade.

Chaak Tun, na Playa del Carmen | Chaak Tun está localizado a poucos quilômetros de Playa del Carmen. Para chegar lá, o visitante deverá fazer uma caminhada que atravessa parte da “Selva Maia”, uma aventura inesquecível.

Este poço se destaca pela clareza de suas águas, que permitem observar estalactites marcantes e um universo de animais aquáticos, como variedades de peixes e camarões minúsculos.

Como parte de Sac Actun, há uma rota de três níveis que começa na caverna Pixan. Lá, uma réplica da Virgem de Guadalupe permanece escondida.

No segundo nível, você entra em Xibalbá, uma caverna usada pelos maias para realizar rituais especiais. A atmosfera deste espaço é excepcional.

Em seguida, a caverna Aluxes é reconhecida pela tranquilidade. Por fim, ao sair, os turistas podem experimentar diversos pratos típicos da gastronomia local, em estabelecimentos ao redor.

(Fonte: Engaje Comunicação)