Projeto inédito feito com mulheres cis e trans une arte, sustentabilidade e economia circular para fortalecer a autonomia feminina


Cerquilho
A especialista em desenvolvimento e mentora, palestrante e escritora Dani Costa.
O mundo moderno tem acometido pessoas, ao longo dos anos, a uma série de doenças que afetam principalmente quem tem um nível de exigência e perfeição acima da média. Dedicar-se ao máximo pode até parecer uma virtude, mas em alguns casos uma sobrecarga tem potencial de ser o estopim que dará origem a sentimentos desconfortáveis, além de sintomas físicos como febre, dor de cabeça, desmaios, vômitos, insônia e um cansaço sem fim. Dr. Jô Furlan, médico e neurocientista, explica que o problema vem cada dia mais sendo entendido como uma doença ligada ao trabalho e que a princípio não era levada a sério. “Sintomas como exaustão, seja física ou mental, muitas vezes era ligada ao quanto trabalhamos e não ao como isso está esgotando cada ser humano. Portanto, a utilização do termo Síndrome do Esgotamento Profissional ajuda as pessoas a entenderem o que é essa patologia”, define. Por todos esses motivos, a Síndrome de Burnout passa a ser classificada como doença de trabalho e a medida entra em vigor a partir de janeiro de 2022.
O neurocientista afirma que o estresse normalmente é fruto da má gestão da relação intra e interpessoal, de modo que, quando a pessoa não consegue administrar, aumenta o grau de estresse negativo, que é o distress. “Isso gera um processo crônico, que vai se refletir tanto no comprometimento físico quanto mental. E, consequentemente, ocasionando uma diminuição de produtividade”, alerta.
Ele ainda destaca que a Síndrome de Burnout acomete tanto mulheres quanto homens, mas como a mulher está mais sujeita a quadros de suscetibilidade emocional por ser multitarefa, leva-a se esgotar com mais facilidade pela sobrecarga de atividades.
É possível superar a síndrome | Dani Costa é especialista em desenvolvimento pessoal e, em dado momento da vida, foi diagnosticada com Síndrome de Burnout quando teve um esgotamento mental que a levou ao limite. Cinco anos após esse acontecimento, ela decidiu escrever o livro Você é o Caminho, lançado recentemente em São Paulo e em Brasília e está disponível na versão física na Livraria Martins Fontes da Paulista.
O principal objetivo da obra é compartilhar as experiências e resultados que a autora vivenciou, gradativamente, até conseguir a cura. À procura de respostas, ela escolheu dar uma pausa no turbilhão da rotina automática de executiva, diminuiu o ritmo e mergulhou corajosamente em si mesma.
Para a mentora, as características mais comuns encontradas em quem sofre essa síndrome são ter de provar o seu valor o tempo todo, dificuldade em se desligar do trabalho, falta de disposição para relaxar e ter momentos de prazer e lazer, dificuldades em socializar, constante insatisfação consigo e com os outros (nunca está bom o bastante), fuga de problemas pessoais e situações mal resolvidas na vida, problemas para alinhar vida profissional e pessoal, mudanças repentinas de comportamento, humor inconstante, dificuldades em dizer não e assumir responsabilidades além do que cabe à pessoa, entrando muitas vezes em situações abusivas. Dessa forma, ao vivenciar esse ciclo, a pessoa realiza as atividades de forma automática, perdendo o prazer e conexão com a própria vida.
Dani recomenda que, para evitar o desgaste extremo, é muito importante ter momentos de conexão consigo mesmo e tirar alguns minutos para olhar para si, seja por meio de uma atividade física, meditação, yoga, alimentação saudável, terapias ou conexão espiritual. “O simplesmente parar e relaxar, ainda que seja difícil, já leva a outro espaço de conexão, reorganização mental, priorização de valores que fazem sentido”, argumenta.
Para ela, esse comprometimento com o corpo, mente e espírito deve ser diário e leva à desconexão dessa matrix de trabalho e corporativa que muitas vezes cria dissociação da realidade e da vida.
A especialista em desenvolvimento humano afirma ainda ser muito importante também que práticas de bem-estar sejam adotadas pelo próprio ambiente corporativo a fim de evitar que a Síndrome de Burnout acometa os colaboradores. “Por mais que exista a auto responsabilidade, acredito ser importante a cooperação da empresa a fim de evitar o aumento de absenteísmo e alta rotatividade, mantendo assim os níveis de produtividade e satisfação”, recomenda.
Sobre Dani Costa | A especialista em desenvolvimento é também mentora, palestrante e escritora. Também é idealizadora da Plataforma da Vida, um portal de conteúdo e serviços voltados para autoconhecimento e gestão emocional. Formada em letras, passou pelo serviço público de Brasília e atuou 13 anos como bancária – nove deles como gestora.
Durante os anos atuando como executiva, coordenou trabalhos que exigiam empatia e a presença do outro, o que a fez expandir características como a facilidade com a escrita e o interesse em relacionamento humano. Ainda em seus anos corporativos, se aprofundou na área de gestão de pessoas com cursos dentro e fora do país, conhecendo a ferramenta Access Consciousness, entre outras.
Além do portal, Dani também criou o coletivo Brazilinas, que em um ano de existência desenvolveu, entre outras ações, a capacitação profissional de diversas mulheres em situação de vulnerabilidade social, trabalhando também a autoestima e incentivando a independência dessas mulheres.
Para saber mais, acesse plataformadavida.com/Instagram: @plataformada.vida e @dani.costa.oficial.
Sobre Dr. Jô Furlan | Médico, escritor e neurocientista; professor e pesquisador na área de Neurociência do Comportamento; autor do best seller Inteligência Comportamental Humana – A Inteligência do Sucesso; coordenador do Programa de Empreendedorismo Sênior e Neurowellness (bem-estar do cérebro) da Universidade da Terceira Idade da Unicamp; precursor dos conceitos Neurowellness (bem-estar do cérebro), Emagrecimento Cerebral e Empreendedorismo Sênior; há mais de quatro anos atua na Amazônia com comunidades ribeirinhas e quilombolas, sendo parte desse tempo em expedições de saúde realizadas por barco.
(Fonte: Carolina Lara Comunicação)
Foto: willian_2000/Pixabay.
O Atados, iniciativa social que conecta pessoas e organizações facilitando o engajamento em diversas oportunidades de voluntariado, revelou que houve aumento de 15% nas inscrições para trabalho voluntário quando comparado ao mesmo período de 2020. Por outro lado, 761 novas ONGs se cadastraram no site em busca de voluntários, representando um crescimento de 28%. Hoje o Atados totaliza 3441 ONGs cadastradas e mais de 200 mil usuários inscritos.
No dia 5 de dezembro celebra-se o Dia Internacional do Voluntariado e, em vista da data, a organização apresenta dados de uma nova pesquisa sobre o tema realizada com cerca de 500 brasileiros. “A metodologia do Atados segue 3 principais pilares: o despertar, motivando pessoas que ainda não estão envolvidas a se interessarem em ser voluntárias; o conectar, realizando a ponte entre pessoas e OSCs (organizações da sociedade civil); e o desenvolver, criando projetos e metodologias próprias que geram maior impacto”, explica Marina Frota, diretora área aberta do Atados.
De acordo com o levantamento, que se baseia no pilar do ‘despertar’, mais da metade dos respondentes são voluntários atualmente. Cerca de 57% participa de alguma ação voluntária no momento, enquanto 43% não está engajado agora. Dos que não participam hoje como voluntários, 72% já foram voluntários no passado. Apenas 11,7% do total nunca foram voluntários.
Falta de tempo (26%), dificuldade de encontrar uma instituição interessante (16%), não saber onde encontrar vagas de voluntariado (16%) e dificuldade de encontrar uma causa/público que se identifique com (15%) estão entre os principais motivos citados pelos brasileiros que não realizam atividades voluntárias no momento. 41% dos respondentes apontaram fazer a primeira ação até os 18 anos. Considerando as pessoas que já realizaram alguma ação de voluntariado, 67,3% disseram que conhecidos (família, amigos, colegas de trabalho, da igreja, da faculdade, etc.) incentivaram a participação em sua primeira ação de voluntariado. Entre as principais motivações para começar estavam o interesse em ajudar pessoas (16%), a influência de outras pessoas (14%) e o interesse em apoiar uma causa específica (11%).
Perfil do voluntário no Brasil | De acordo com o levantamento, em 2019 existiam 73% de mulheres e 27% de homens cadastrados na plataforma do Atados. Em 2020, esse número mudou: mais homens estavam inscritos para práticas voluntárias (45%), mostrando aumento do interesse do público masculino em realizar ações de voluntariado; apesar de uma leve queda em 2021 (33%), os homens ainda mostraram uma maior representatividade que há dois anos. Em relação à faixa etária, os jovens continuam sendo os mais engajados. Em 2020, 32% dos inscritos tinham entre 18 e 24 anos e 35%, de 25 a 34 anos. No ano seguinte, em 2021, esses percentuais totalizaram 33% e 31%, respectivamente.
O distanciamento social fez com que a procura por voluntariado à distância (online) desse um salto: aumento de 252% comparado ao mesmo período de 2019. “As pessoas passaram a ter mais tempo em suas mãos para dedicar ao próximo e acreditamos que esse foi o principal motivo para o crescimento que percebemos na plataforma”, disse Beatriz Basile de Carvalho, coordenadora de redes do Atados.
Causas mais procuradas | Quando perguntados com qual tema mais se identificavam, os que mais chamaram a atenção do público foram educação (61%) e combate à fome e à pobreza (60%), seguidas por meio ambiente e sustentabilidade (52%), direitos humanos (50%) e saúde e bem-estar (47%).
Na plataforma do Atados, as causas mais buscadas também parecem seguir uma preferência similar, com destaque para mulheres e educação. Proteção animal, meio ambiente e direitos humanos aparecem logo em seguida.
Boas ações 2021/2022 | Para marcar a volta das ações presenciais de voluntariado, o Atados organizou no dia 3 de dezembro o Dia das Boas Ações – maior movimento de voluntariado do mundo, promovido para mobilizar e despertar pessoas, organizações e empresas para a atuação social – que incluirá plantio agroflorestal, oficinas ambientais e intervenções artístico-culturais no Grajaú, em São Paulo. Esta é a primeira de 5 ações que celebrarão o Dia das Boas Ações, que também contará com outros 4 eventos durante o ano de 2022.
(Fonte: Sherlock Communications)
Exposição “Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto”. Fotos: Nereu Jr.
A mostra Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto, atualmente em cartaz no CCBB Belo Horizonte, recebeu uma menção Honrosa durante a 59ª edição do Prêmio do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RJ) por sua expografia, assinada pelo Estúdio M’Baraká, em parceria com a arquiteta Lilian Sampaio. O desenho expográfico e a curadoria de arte contemporânea foram desenvolvidos de forma a estabelecer uma perfeita sintonia com a pesquisa histórica, que reúne um retrato preciso e muito tocante da trajetória e da contribuição do trabalho da psiquiatra Nise da Silveira.
“Acredito que chegamos ao tom certo. A expografia é cênica, mas respeita a obra de cada artista e traz elementos como objetos usados pela doutora Nise em seu ateliê terapêutico”, enumera Diogo Rezende, um dos curadores da exposição. Aos 40 anos, ele atua neste segmento desde 2012 e está muito feliz com o prêmio. “Cada sala da mostra foi pensada para comunicar o que ela representa na narrativa. Sinto que amadurecemos como coletivo”, acrescenta ele. A exposição estreou oficialmente no CCBB Rio de Janeiro em junho e foi estendida por mais três meses devido ao enorme sucesso de público e crítica e agora pode ser conferida na capital mineira, onde permanece em cartaz até 28 de março.
Sobre a exposição | Médica formada enquanto única mulher em uma turma com mais de 150 homens, Nise da Silveira ficou mundialmente conhecida pela ideia vanguardista de usar o afeto como metodologia científica no tratamento às pessoas com sofrimentos psíquicos. Ao buscar formas de acessar as camadas do inconsciente e criar um diálogo – por meio de ferramentas artísticas e com aplicações científicas – entre o inconsciente e a sua potente expressão em imagens, Nise reposicionou o entendimento de loucura na história da humanidade.
Com cerca de 100 obras surpreendentes, a mostra reúne telas e esculturas de artistas do Museu de Imagens do Inconsciente ao lado de peças de Lygia Clark, Abraham Palatinik e Zé Carlos Garcia, retratos de Alice Brill, Rogério Reis e Rafael Bqueer, vídeos de Leon Hirzsman, reproduções de desenhos de Carl Gustav Jung, aquarelas e fotos de Carlos Vergara e pinturas acrílicas de Margaret de Castro, feitas sob encomenda para ambientar o visitante na biblioteca de Nise.
A curadoria é do Estúdio M’Baraká, com consultoria do museólogo Eurípedes Júnior e do psiquiatra Vitor Pordeus. “Colaborar com essa exposição foi um desdobramento natural de um trabalho que desenvolvo há anos com a equipe do Museu, que é um centro vivo de criação e de divulgação científica e artística. O Museu se empenha fortemente na luta pela redução do estigma e pela mudança de paradigma da sociedade em relação à loucura. As pinturas são apaixonantes porque revelam mais do que sabemos sobre os mistérios da mente humana. É uma alegria levar esses conteúdos ao grande público do CCBB BH”, exulta Eurípedes, que está ligado à doutora Nise e ao Museu desde 1974 e é vice-presidente da Sociedade Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente.
De acordo com Pordeus, “Nise criou um método clínico centrado no afeto. Ela é herdeira de Juliano Moreira, de Baruch Espinoza, de Sigmund Freud, de Carl Gustav Jung. Jung foi aluno de Freud e professor da Nise, na Suíça. Homens revolucionários, que abandonaram a ideia do corpo máquina e trabalharam com a abordagem centrada na subjetividade, na emoção, na identidade, na simbologia, nas narrativas que restauram as memórias. A nossa dificuldade hoje é não deixar o afeto se apagar, num momento em que tudo virou máquina”. O psiquiatra trabalhou no Instituto Municipal Nise da Silveira de 2009 a 2016 e é um dos fundadores do Hotel da Loucura.
Arte para revelar o universo interior | Localizado no Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o Museu de Imagens do Inconsciente foi criado por Nise em 1952 com a finalidade de reunir os trabalhos produzidos pelos seus clientes nos estúdios de modelagem e pintura – verdadeiros documentos para ajudar na compreensão mais profunda do que se passava no universo interior deles.
Dos clientes que se destacaram em um acervo que bate os espantosos 400 mil trabalhos variados, registrados como patrimônio, foram escolhidas para a mostra no CCBB telas de Carlos Pertuis (que deixou cerca de 21 mil pinturas), Fernando Diniz (por volta 35 mil), Adelina Gomes (na base dos 17 mil), Emygdio de Barros (em torno de 3.300) e Beta d’Rocha – ela encontrou um caminho de expressão também na escrita (A história de Beta e Cadernos íntimos), com relatos sobre as crises e as internações, facilitando o processo de auto cura. Das artistas atuais, o público mineiro verá duas pinturas fortes de Renata Inocêncio.
Para Isabel Seixas, produtora e sócia do Estúdio M’Baraká, “a exposição busca apresentar essa personalidade e toda a sua importância simbólica, ontem e hoje. Nise é uma mulher revolucionária e representa um pensamento vanguardista brasileiro na ciência e, pela especificidade de seu trabalho, consequentemente, nas artes. Nise da Silveira (devemos reverberar esse nome) permitiria múltiplas abordagens – valorizar seu gesto revolucionário a partir do afeto é potente nos dias de hoje”.
Um mergulho libertário no inconsciente | A expografia de Diogo Rezende, designer e sócio do Estúdio M’Baraká, traz ambientes preenchidos de improviso e sobreposições que contrastam a frieza da instituição de clausura, sob constante vigilância, com o calor, a humanidade e a liberdade do trabalho que a doutora Nise realizou. Cada sala traz um clima único, com direito a um poço dos desejos onde se veem mandalas gráficas desconstruídas, que também remete ao espelho de Narciso.
O público vai passear pelos precursores da arte terapia em oposição aos tratamentos da época, a questão do afeto, depois verá a chegada da alagoana Nise ao Rio de Janeiro, a passagem pela prisão, as mulheres com quem conviveu, entre elas a sambista Dona Ivone Lara, até fazer um mergulho no inconsciente, explorando também a questão territorial do Engenho de Dentro enquanto espaço de exclusão e metáfora, na linha engenho interior versus engenho exterior.
Tour virtual 360 e uma Experiência Sonora Descritiva | A abordagem amorosa da psiquiatra ultrapassou os muros do hospital e ganhou o mundo. Da mesma forma, a mostra Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto também poderá ser vista de qualquer parte do planeta através do sites oficiais do CCBB (aqui) e da exposição (aqui). Além disso, é possível ouvir o que se vê através da Experiência Sonora Descritiva.
Os áudios recriam os ambientes da mostra com dramaturgia. A equipe foi coordenada pela jornalista e dubladora Georgea Rodrigues, da Inclusive Acessibilidade. “Quis produzir algo diferente, num certo sentido transgressor, como a própria obra da doutora Nise. E convidei Josélia Neves, doutora em audiodescrição, para nos trazer algo novo. Juntas, criamos um serviço que é, de fato, uma experiência sonora tão inclusiva que atende a todos”, exulta Georgea.
A experiência de áudio foi idealizada para pessoas com deficiência visual, mas surpreende ao reconstituir com muita graça imagens do universo particular de Nise da Silveira e dar vida a personagens reais, como o seu pai, o marido, Lima Barreto, Mário Pedrosa e a faxineira do ateliê, além dela mesma. Fazem parte do elenco vocal atores e dubladores que já emprestaram as suas vozes a personagens famosos no cinema e nas séries de TV, como Capitão América, Rei Leão, Tocha Humana, Grey’s Anatomy e Billie Holiday.
Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto tem patrocínio do Banco do Brasil e é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo e Governo Federal.
Serviço:
Exposição Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto
Até 28 de março
Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450 – Funcionários – Belo Horizonte/MG)
Dias e horários de visitação: de quarta à segunda, das 10h às 22h
Entrada gratuita – não é necessário retirar ingressos antecipados.
(Fonte: Fábio Gomides | Assessoria de Imprensa)
Fotoperformance – “Destino”, 2021. Foto: Mitti Mendonça.
Com o tema Cartografia e Hibridismo do Corpo Feminino: Representação Visual e Afetiva, a 2ª Bienal Black Brazil Art (2BienalBlack) apresenta criações de artistas contemporâneos individuais e coletivos – pintura, escultura, fotografia, instalação, têxtil, videoarte e performance são algumas das categorias em exibição. Apresentações, oficinas e talks serão exibidos ao longo dos seis meses do evento. A abertura acontece dia 13 de janeiro, às 19h, pelo YouTube. A atração vai até 18 de julho. Todas as atividades são virtuais e gratuitas. A programação está no site bienalblack.com.br.
A mostra reúne obras selecionadas da chamada pública do evento, artistas convidados do Brasil e exterior e trabalhos e projetos de duas residências internacionais produzidas ao longo de 2021, RAVC (Brasil/Uruguai) e Incorporare (Brasil/Itália). A exposição divide-se em seis eixos: Ninharias, Persona Hacker, Plantando Escuta, Cartografia da Voz, Corpo-Espaço e Incorporare. Cada subdivisão apresenta uma proposta sensorial/emocional distinta.
“A Bienal Black Brazil Art continua sendo uma iniciativa inédita com o objetivo de criar uma plataforma de diálogo, difusão e compartilhamento entre a produção de artistas mulheres, principalmente negras, ou produções inspiradas nessas mulheres”, explica a museóloga Patricia Brito, que divide a curadoria com Priscila Costa e Zaika dos Santos. A Bienal Black age na coleta e difusão sobre arte com foco na produção de artistas feministas. Ao todo, a 2BienalBlack reúne cerca de 250 obras de mais de 100 artistas.
Fotoperformance – “Seca”, 2021. Foto: Patricia Scheld.
Alessandra Simões, Ana dos Santos, Camila de Moraes, Carolina Cerqueira, Hiromi Toma, Leda Maria Martins, Luciana Conceição, Nohara Arrieta e Tiffany Ward são algumas das convidadas das mesas. “Reafirmar que a ideia de diversidade de gênero num país como o nosso, tão plural, promove excelência nas suas artes, na sua cultura e se traduz na sua educação”, avalia Patrícia. “Insistir que a igualdade deve ser um critério decisivo não só na educação como na cultura e na vida pública e privada nos tira do falso mito da democracia racial também”, finaliza.
Serviço:
2ª Bienal Black Brazil Art (2BienalBlack) | Cartografia e Hibridismo do Corpo Feminino: Representação Visual e Afetiva
Abertura: 13 de janeiro de 2022, às 19h, YouTube | Online e gratuito – até 18 de julho de 2022
Programação: bienalblack.com.br
Black Brazil Art
Site oficial: blackbrazilart.com.br | Facebook: /BlackBrazilArt
Instagram: @bienalblackbrazilart | Twitter: @blackbrasilart | YouTube: /BlackBrazilArt
Sobre a Bienal Black Brazil Art | Realizada de novembro de 2019 a março de 2020 com a temática Mulheres (in) Visíveis, a bienal percorreu as três capitais da região sul do Brasil em 12 espaços de artes, com o propósito de dar visibilidade para mulheres anônimas, principalmente as mulheres negras em galerias e museus. Ao todo, foram apresentadas mais de 320 obras de mais de 160 artistas. Ainda em 2020, promoveu o ciclo online Arte Sem Fronteiras. Em 2022, a Bienal prepara-se para sua segunda edição, desta vez em formato virtual.
Sobre a Curadoria:
Patrícia Brito | Curadora independente, museóloga, mãe, comunicóloga, empreendedora e pesquisadora de gênero e raça nas artes. É consultora na Enciclopédia do Itaú Cultural, membro da Associação de Curadores de Museus de Arte de Nova York e da Associação Internacional de Museus Femininos.
Priscila Costa | Artista, curadora e pesquisadora. Coordena o podcast VER.SAR e integra o Coletivo Ka. Doutora em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Santa (Udesc), onde integra o programa Radiofonias e o grupo de Pesquisa Proposições artísticas contemporâneas e seus processos experimentais.
Zaika dos Santos | Multi-artista, pesquisadora e cientista/divulgadora científica do Afrofuturismo. Fundadora das iniciativas científica/educacional Afrofuturismo: Arte e STEM, do coletivo artístico e educacional Saltosoundsystem e da iniciativa de multi-artes Nok é Nagô. Tecnóloga em Audiovisual, em Rádio e TV, em Web Design. Graduada em Licenciatura em Artes Plásticas na Guignard – Universidade Estado de Minas Gerais, especialista em Big Data.
Créditos:
Curadoria: Patrícia Brito (RS), Priscila Costa (SC), Zaika dos Santos (MG)
Apoio jurados: Associação Brasileira de Críticos de Arte – ABCA, Itaú Cultural, Association of Art Museum Curators (AAMC), International Association of Women’s Museums (IAWM)
Parceria e colaboração: Colectivo de Estudios Afrolatinoamericanos da Udelar.
(Fonte: Assessoria de Imprensa | Isidoro B. Guggiana)
Lincoln Camargo e Xandre Martinelli dão vida aos personagens do espetáculo. Foto: Bob Sousa.
Após cumprir residência artística no Centro Cultural da Diversidade e apresentar-se no 29º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade em São Paulo, o espetáculo gaúcho Sobrevida estreia em Porto Alegre. As apresentações acontecem de 28 a 30 de janeiro, às 20h, no Teatro Bruno Kiefer na Casa de Cultura Mario Quintana pelo tradicional Porto Verão Alegre. A peça retrata a vida de um ator que, ao revelar seu diagnóstico positivo para HIV, conduz a plateia por um passeio através de suas memórias e medos. Nesse trajeto, revive o conflito de compartilhar sua situação de risco com amigos, família e paixões. Em cena, os atores Lincoln Camargo e Xandre Martinelli vivem a mesma personagem em diferentes momentos de vida e ainda dão vida a pessoas importantes na história. Escrito e dirigido por Jaques Machado, o texto transforma em dramaturgia situações reais no enfrentamento ao HIV.
“São 10 anos convivendo com o vírus e só agora consegui falar abertamente sobre o assunto. Escolhi fazer isso através do teatro para que o assunto possa chegar a mais pessoas de uma forma mais direta e descontraída. Falar sobre o HIV ajuda a combater o preconceito e pode salvar a vida de muita gente que, por medo, não se previne, não se testa e, quando descobre a sorologia, ignora o tratamento e acaba morrendo”, destaca Jaques, que trabalha profissionalmente com teatro desde 2018 como ator e produtor, mas estreia como diretor e dramaturgo. No coletivo de artistas, estão ainda a atriz e bailarina Angela Spiazzi, que fica com a direção de movimento e corpo do espetáculo, Ricardo Vivian, na iluminação cênica e Rodrigo Shalako, na cenografia.
“Sobrevida” estreia em Porto Alegre após temporada em São Paulo.
História do espetáculo | Escrito no início de 2021, durante a pandemia, o processo de montagem começou em maio do mesmo ano por meio de leituras dramáticas com os atores. A peça tinha sido pensada inicialmente para ser um monólogo e, após as leituras, foi adaptada para ser interpretada por Lincoln Camargo e Xandre Martinelli. Os ensaios presenciais começaram após a vacinação do elenco e direção. Com a chegada do resultado do edital, que selecionou o espetáculo entre 61 projetos para cumprir residência em São Paulo, o grupo passou a se dedicar a ensaios diários em Porto Alegre e a diretora e bailarina Angela Spiazzi integra o grupo. Além disso, o elenco passou semanas em São Paulo trabalhando no espaço do Centro Cultural da Diversidade. Em novembro de 2021, Sobrevida se apresentou no 29º Festival Mix Brasil, o maior festival de Cultura da Diversidade da América Latina.
Serviço:
Espetáculo Sobrevida
Quando: 28 a 30 de janeiro às 20h
Onde: Teatro Bruno Kiefer – Casa de Cultura Mario Quintana
Duração: 60 minutos
Ingressos: Vendas somente on-line por meio do site do Porto Verão Alegre. Não haverá bilheteria física.
Inteira – R$50,00
Cliente Banrisul- R$40,00
Desconto Unimed Cooperados (50%) – R$25,00
Desconto Unimed Clientes (40%) – R$30,00
Estudantes, idosos, doadores de sangue e classe artística – R$25,00.
(Fonte: Dixon Comunicação)