Iniciativa acontece durante a 23ª Semana Nacional de Museus e convida o público a refletir sobre inclusão e criatividade


São Paulo
O período de folia chegou e nem todos querem curtir os bloquinhos de carnaval e, para quem busca tranquilidade e contato com a natureza, o Santuário do Caraça, localizado entre os municípios mineiros de Catas Altas e Santa Bárbara, é uma opção certeira. É possível reservar a hospedagem para vivenciar as experiências que o local oferece ou simplesmente passar o dia e desfrutar da gastronomia, imersão na natureza e atrativos culturais e históricos.
O gerente geral do Santuário do Caraça, Pablo Azevedo, destaca que historicamente o destino turístico sempre teve uma grande procura para o carnaval. “Tranquilidade é quase que o sinônimo do Caraça, já que o complexo oferece a paz que o turista procura. Isso porque nosso suntuoso conjunto arquitetônico encanta com sua beleza, lembrando a Europa, o contato com o sagrado e a contemplação da beleza acalma o espírito. Contamos com 12.500 hectares de Mata Atlântica, Campos Rupestres e Cerrado e, além disso, diversas trilhas, piscinas naturais, riachos e cachoeiras. Com as altas temperaturas do verão, a demanda já aumenta e no carnaval, com muitas pessoas buscando descanso, todos os quartos estão ocupados”, comenta.
Pablo Azevedo ressalta que, para quem reside em Belo Horizonte, Região Metropolitana e cidades próximas ao Santuário do Caraça, a visitação é uma oportunidade para conhecer as belezas do destino. “Chegando aqui na parte da manhã, é possível comer as delícias que temos por aqui, conhecer a nossa biodiversidade, tomar um banho revigorante nas piscinas naturais e fazer um tour pelo Museu do Caraça, além de vários outros atrativos”, conclui.
Santuário do Caraça
O complexo é tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e Estadual. Foi escolhido como uma das Sete Maravilhas da Estrada Real. Conta com um amplo Conjunto Arquitetônico onde estão a primeira igreja de estilo neogótico do Brasil, o prédio do antigo Colégio (hoje Museu e Biblioteca), o hotel com 57 apartamentos e quartos, com capacidade para até 230 pessoas, e a Fazenda do Engenho, com 26 apartamentos. O local possui enorme diversidade de fauna e flora, com raridades de animais e plantas no meio ambiente. Na ampla diversidade de sua fauna, há 386 espécies de aves, 42 espécies de répteis, 12 espécies de peixes e 76 espécies de mamíferos.
A Reserva Particular do Patrimônio Natural do Santuário do Caraça faz parte de duas importantes reservas ecológicas, as Reservas da Biosfera da Serra do Espinhaço Sul e a da Mata Atlântica, onde há diversas espécies de flora e fauna, algumas encontradas somente no Complexo do Santuário do Caraça, que fica na transição entre Mata Atlântica e Cerrado, onde também há campos rupestres. Em suas serras, há nascentes, ribeirões e lagos que possuem águas de coloração escura, que carreiam material orgânico em suspensão. O clima tem baixas temperaturas e elevada umidade do ar, comuns em ambientes de mata. O território do Complexo do Caraça integra a Área de Proteção Ambiental ao Sul da Região Metropolitana de BH, onde começam duas grandes bacias hidrográficas, a do rio São Francisco e a do rio Doce, que abastecem aproximadamente 70% da população de Belo Horizonte e 50% da população de sua região metropolitana.
Para quem procura um lugar para se refrescar do calor, o Santuário do Caraça possui diversas opções de rios, cachoeiras e piscinas naturais. Algumas, de fácil acesso, e outras que exigem uma aventura maior. Todas as orientações aos turistas são disponibilizadas no Centro de Visitantes, parada obrigatória para quem deseja conhecer um dos destinos turísticos mineiros mais conhecidos no mundo.
Atrativos culturais e históricos
Biblioteca
A Biblioteca hoje está instalada no prédio onde funcionava o célebre Colégio, que hoje abriga também o Museu, o Arquivo e um Centro de Convenções.
Museu
O museu, montado a partir de mobiliário e artefatos diversos de uso diário, pertencentes ao próprio Caraça e com algumas peças remanescentes de séculos passados, constitui um interessante lugar de visitação, diariamente procurado pelos hóspedes e visitantes, através de percursos guiados pelos monitores ou por conta própria, com taxa de visitação de R$5.
Igreja Neogótica
O Santuário do Caraça é a primeira igreja neogótica do Brasil, construída sem mão-de-obra escrava e toda com material regional: pedra-sabão (retirada de perto da Cascatona), mármore (das proximidades de Mariana e Itabirito, Gandarela) e quartzito (da região do Caraça e vizinhanças), unidas com produtos de base de cal, pó de pedra e óleo.
Opções para se refrescar e contemplar
Cascatinha
A Cascatinha é formada por quatro quedas d’água e quatro piscinas naturais, das quais duas são permitidas para banho. Localiza-se a 2 km do Santuário, por uma trilha de fácil acesso. Medindo 40m, suas águas puras nascem acima das quedas, de onde vêm saltando pela encosta e pelas pedras. De acordo com Pablo Azevedo, é um dos locais procurados. “Isso se deve pela curta distância, pela facilidade de acesso e, claro, pela beleza de sua paisagem e pela atração de suas águas. Mesmo nos dias mais frios, turistas e visitantes não conseguem resistir aos encantos da Cascatinha e, esquecendo o frio, a névoa ou a chuva, mergulham em suas águas e refrescam-se em suas piscinas. Neste calor que estamos passando, se torna uma excelente pedida para quem busca se refrescar”, comenta.
Cascatona
Para quem animar andar um pouco mais, há a opção da Cascatona. Uma trilha de 6 km por uma área de Mata Atlântica leva o visitante até o local. É consideravelmente fechada pelas árvores e com caminhos nem sempre muito fáceis de serem percorridos, especialmente no tempo das chuvas. A trilha várias vezes se fecha e, nas partes mais acidentadas e íngremes, exige um esforço maior.
Chegando até à Cascatona, o visitante pode ir até o Oratório, de onde se tem bela vista panorâmica, e também pode descer até os poços da cachoeira, para um banho ou um mergulho em suas águas geladas. Para tanto, precisa descer pelas pedras, por um caminho muito escarpado e íngreme, no local está sendo construída uma escada, que facilitará muito o acesso do visitante. Pablo Azevedo explica que é necessário cuidado para ir até o local. “O ideal é sair logo de manhã para a Cascatona, e nunca sozinho, mas com pelo menos mais um companheiro, por garantia de segurança. Saindo bem de manhã, não há perigo de escurecer durante a caminhada e, com certo esforço e disposição, pode-se voltar ainda para almoçar. Esse passeio é recomendado para dias sem chuva”, destaca.
Bocaina
A Bocaina encontra-se entre o Pico do Inficionado e a Caraça. É um grande desfiladeiro, neste contraforte da Serra do Espinhaço. É a Bocaina que propriamente nomeou o Caraça como tal. Sua trilha, que atravessa um rio, tem uma extensão de 6 km e, além da beleza das montanhas e dos campos por onde se passa, oferece uma série de quedas d’água, piscinas naturais e córregos para o descanso e o lazer. No tempo da seca, a caminhada pode ser feita com certa facilidade, apesar da distância. Já no tempo das chuvas, fica um pouco prejudicada, além de às vezes não ser possível atravessar o rio.
Tanque Grande
A trilha até o Tanque Grande não chega a 2 km e, quando se chega lá, é possível observar o lago artificial margeado por vegetação, construído para gerar energia elétrica, com cerca de 400 metros de comprimento por 100 metros de largura, mas apenas para desfrutar do visual, pois não é permitido nadar no local.
Taboões
O Taboões está a 4 km do Centro Histórico do Caraça. Pode-se ir de carro até certa altura da estrada asfaltada. A trilha tem uma bifurcação e ambos os caminhos levam ao local. O da direita leva a uma grande piscina natural. O da esquerda leva a corredeiras formadas por entre o leito rochoso do Ribeirão Caraça. Oferecem oportunidade de descanso e lazer, possibilidade de nadar e se banhar. Inclusive, uma pequena duna de areia fina ajuda a formar pequena praia em uma de suas margens.
Banho do Belchior
O Banho do Belchior é uma corredeira de água, isto é, nem uma cachoeira nem um rio manso. A água cai como que cortando as rochas e fazendo várias piscinas naturais. Situa-se a 2 km do Centro Histórico. O caminho é de fácil acesso, plano e sem desníveis.
Piscina
A Piscina do Caraça está num pequeno descampado, localizado a menos de 2 km do Centro Histórico. É rústica, sem ladrilhos e com água corrente. Um local muito apropriado para o descanso, o lazer e a confraternização. Vai-se até lá pela estrada asfaltada e é um dos poucos lugares do Caraça onde se pode ir de carro.
Prainha
A Prainha é, como o próprio nome já diz, uma prainha em que o Ribeirão Caraça passa tranquilamente, com suas margens embelezadas por finíssima areia. Caminho de fácil acesso, recomendado para todas as estações. Muito apropriado para crianças, desde que acompanhadas por seus responsáveis, pois as águas são muito rasas e tranquilas, além de ser muito próximo do Centro Histórico, não chegando a 1 km.
Banho do Imperador
O Banho do Imperador era o local onde, no tempo do Colégio, os meninos tomavam seu banho semanal. Quando da visita de Sua Majestade Dom Pedro II, o próprio Imperador, segundo o relato que fez em seu diário, ali tomou banho, deixando sua imperial assinatura no nome que até hoje este bosque cheio de encantos, cortado pelo Ribeirão Caraça, carrega.
É um lugar muito procurado para lazer e confraternizações, por sua beleza, pelo clima agradável e ameno, devido às sombras das árvores, e pela facilidade de se nadar. Fica a poucos metros do Centro Histórico, bastando apenas descer pela estrada asfaltada.
Santuário do Caraça
Estrada do Caraça, Km 9 – entre os municípios de Catas Altas e Santa Bárbara
Fácil acesso pelas rodovias BR-381 e MG-436, além da possibilidade de ir por trem (Estação Dois Irmãos – Barão de Cocais)
Taxa de entrada: R$30 (em dias de semana) / finais de semana, feriados e datas comemorativas: R$40 (por pessoa). Idosos: 50% de desconto.
Moradores de Barão de Cocais, Catas Altas e Santa Bárbara possuem 50% de desconto.
Entrada gratuita na 1ª quarta-feira de cada mês para os moradores de Barão de Cocais, Catas Altas e Santa Bárbara.
Site com opções de hospedagens: www.santuariodocaraca.com.br
Reservas: centraldereservas@santuariodocaraca.com.br
Instagram: @santuariodocaraca @rppn_caraca
Facebook: www.facebook.com/santuariocaraca/.
(Com Heberton Lopes/Grupo Balo)
Performance de ‘O Barco’, realizada em abril de 2024 na Galeria Galpão no Inhotim. Foto: Daniela Paoliello.
Nos dias 8 e 9 de fevereiro de 2025, sábado e domingo, às 14h, a artista Grada Kilomba (Lisboa, 1968) retorna ao Inhotim com o Ato II da performance ‘O Barco’ (2021), desta vez com um grupo composto majoritariamente por artistas brasileiros. Dos 19 percussionistas, cantores e bailarinos que integram a segunda aparição da performance no Brasil, 12 são nacionais e todos eles baseados em Minas Gerais. Parte fundamental do programa desde sua concepção, a formação de um ensemble local reforça o vínculo da obra com o território de Brumadinho e região, onde o Inhotim está inserido. Enquanto um ‘objeto vivo’, como diz Kilomba, O Barco é composto por um poema, uma instalação de grande escala e uma performance.
Grada Kilomba, cuja exposição foi nomeada duas vezes como uma das melhores exibições individuais do ano 2024 no Brasil, propõe, mais que uma obra, um programa que navega para além da temporalidade das mostras ao compreender e assumir as múltiplas possibilidades do trabalho. Para a artista, todos os movimentos que circundam a instalação são, por princípio, parte da obra. Desta maneira, compõem O Barco (2021) não só a instalação materializada e a sua existência performática, mas também a relação com o território que o trabalho evoca, os musicistas que compõem o ensemble e as ativações que o público estabelece.
“Há dois anos o Inhotim se dedica a ampliar o sentido que damos às exposições, aumentando o seu tempo de exibição e trabalhando em uma série de ações que as tornam vivas. Isso valoriza o processo criativo dos artistas com quem trabalhamos e também estabelece novas formas de pensarmos o nosso acervo e a sua relação com o território onde estamos inseridos. O Barco é um importante exemplo dessa proposta institucional”, reflete Júlia Rebouças, diretora artística do Inhotim.
Apresentada pela primeira vez no Brasil em abril de 2024, O Barco (2021) é uma obra escultórica, performática e poética de Grada Kilomba que dispõe 134 blocos de madeira queimada em uma área de mais de 220m², estendendo-se por 32 metros de comprimento. A peça desenha minuciosamente a silhueta do fundo de uma grande embarcação, revelando a arqueologia do espaço criado no fundo dos barcos para acomodar os corpos de milhões de pessoas africanas escravizadas. Descansando sobre 18 blocos de madeira ritualmente queimada sobre o fogo, jaz gravado em dourado um poema escrito por Kilomba, traduzido para iorubá, kimbundu, crioulo cabo-verdiano, português, inglês e árabe da Síria. No Inhotim, o trabalho ocupa o espaço da Galeria Galpão, que já recebeu exposições de artistas como William Kentridge, Janet Cardiff e George Bures Miller. A performance dirigida por Kilomba prevê, ainda, o Ato III para o próximo ano. O Barco (2021) foi um comissionamento de BoCa – Bienal de Arte Contemporânea, Lisboa e Kunsthalle Baden Baden, Alemanha.
FICHA TÉCNICA
Bailarinos
Clara Lins
David Amado
Percussão
Daniel Guedes
Débora Costa
Gal Duvalle
Coro
Alex D’Alva Teixeira
Anastácia Carvalho
Ariel Garcia
Bárbara Wahnon
Danielle Diniz Moreira
Denise Diniz Moreira
Graziele Sena da Silva
Janamô
Luiza da Iola
Nathiely Nágila Ferreira da Silva
Orlanda Guilande
Paulo Baguet
Selma Uamusse
Sergio Diaz.
Serviço:
O Barco – Ato II
8 e 9 de fevereiro, sábado e domingo, às 14h
Número de vagas: 800 pessoas por apresentação
Duração: 60 minutos
Retirada de ingressos no estande de Amigos do Inhotim a partir do horário de abertura do museu, às 9h30
Classificação indicativa: livre
O Barco tem como mantenedora master a Vale, patrocínio master da Shell e patrocínio master da B3, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
INFORMAÇÕES GERAIS – INSTITUTO INHOTIM
Horários de visitação: de quarta a sexta-feira, das 9h30 às 16h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30. Nos meses de janeiro e julho, o Inhotim funciona também às terças.
Entrada:
Inteira: R$60,00 | Meia-entrada*: R$30,00
*Veja as regras de meia-entrada no site: www.inhotim.org.br/visite/ingressos/
Entrada gratuita
Inhotim Gratuito: acesse o guia especial sobre a gratuidade no Inhotim. Moradores e moradoras de Brumadinho cadastrados no programa Nosso Inhotim, Amigos do Inhotim, crianças de 0 a 5 anos, patronos, patrocinadores e instituições parceiras do Inhotim não pagam entrada.
Quarta Gratuita Inhotim: todas as quartas-feiras são gratuitas.
Domingo Gratuito: último domingo do mês é gratuito.
LOCALIZAÇÃO | O Inhotim está localizado no município de Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (aproximadamente 1h15 de viagem). Acesso pelo km 500 da BR-381 – sentido BH/SP. Também é possível chegar ao Inhotim pela BR-040 (aproximadamente 1h30 de viagem). Acesso pela BR-040 – sentido BH/Rio, na entrada para o Retiro do Chalé.
(Com Amanda Viana/Instituto Inhotim)
No dia 9 de fevereiro, às 16h30, o Sesc 24 de Maio recebe o Sarau LibertArte no Espaço de Tecnologias e Artes. Com direção de Cissa Lourenço, o evento é fruto do trabalho artístico contínuo do coletivo Poetas do Tietê em unidades penitenciárias, iniciado em 2015.
Realizado por mulheres negras imigrantes de diferentes origens, o sarau conta com a participação de Clarah Swatson e Boni Metiso (sul-africanas), Mirian Cambolo e Aykathrine (angolanas), e Vanessa Páez (venezuelana). Entre as convidadas, estão a caboverdiana Nessa Onda e a slammer brasileira Gih Trajano. Elas compartilham poemas autorais que abordam suas raízes, vivências no Brasil e experiências marcadas por resistência e transformação. Além da poesia, o público poderá apreciar apresentações de danças e canções tradicionais africanas e sul-americanas.
Após as apresentações, haverá um bate-papo com o público, no qual as artistas compartilharão suas histórias, desafios, planos e sonhos. O objetivo é promover a valorização da diversidade e dar visibilidade às vozes dessas mulheres que enfrentam diferentes formas de opressão e discriminação.
Sobre o coletivo Poetas do Tietê
Fundado em 2008, o coletivo Poetas do Tietê leva a poesia para calçadas, escolas, penitenciárias, museus e bibliotecas há 16 anos. O grupo já foi contemplado em diversos editais, com destaque para o ProAc, por meio dos projetos Poesia Na Faixa, OCUPAZ e saraus na Fundação Casa, além do VAI II, com iniciativas de artes integradas em penitenciárias e o projeto LibertArte, uma coleção de livros escritos por mulheres africanas egressas do sistema prisional. Acesse: poetasdotiete.
Serviço:
Sarau LibertArte
Data: 9/2, domingo, às 16h30
Local: Sesc 24 de Maio – Rua 24 de Maio, 109 – República, São Paulo, SP – Espaço de Tecnologias e Artes (4º andar)
Classificação: Livre
Ingressos: Grátis, sem necessidade de retirada.
Duração: 90 minutos
Mais informações: sescsp.org.br/24demaio
Acompanhe nas redes:
Sesc 24 de Maio
Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo
350 metros do metrô República
Fone: (11) 3350-6300.
(Com Meyre Vitorino/Sesc 24 de Maio)
Em 2025 o Guri celebra 30 anos. Até aqui, mais de um milhão de crianças, adolescentes e jovens já passaram pelo programa de educação musical da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerido pela Santa Marcelina Cultura. Muitas famílias e comunidades foram beneficiadas e o maior programa de desenvolvimento cultural e formação humana do Brasil segue ampliando seu trabalho.
A partir de 3 de fevereiro já é possível fazer a matrícula para os cursos deste ano. Ao todo são mais de 100 mil vagas distribuídas em mais de 500 polos de ensino espalhados pela capital, região metropolitana, interior e litoral do estado. Para quem está interessado em aprender música, o momento é agora. E, o que é melhor, não paga nada para se matricular e nem para estudar – é tudo gratuito. As aulas começam no dia 10 de fevereiro, mas as inscrições podem ser feitas até 14 de março de 2025.
Inscrição
Para realizar a matrícula, é necessário comparecer ao polo de ensino que deseja estudar, na companhia de um responsável e apresentar os seguintes documentos: certidão de nascimento ou RG (original e cópia), comprovante de matrícula escolar e/ou declaração de frequência escolar, RG da pessoa de referência que estará junto (original e cópia), uma foto 3×4 recente e comprovante de endereço para consulta.
Quem pode participar
Para estudar no Guri não é preciso ter conhecimento musical e nem ter o instrumento em casa. O Guri oferece cursos regulares de iniciação musical (de 6 a 9 anos) e curso sequencial (10 a 18 anos), que ensina a cantar ou a tocar um instrumento de forma fundamentada e consistente. Nesta modalidade, as alunas e os alunos podem optar por uma dentre as diversas opções de instrumento, a depender da oferta de cada polo de ensino.
Cursos
São diversas disciplinas musicais oferecidas e as opções variam de acordo com cada polo de ensino. Em instrumentos, há cursos de violão, bateria, guitarra, contrabaixo elétrico, acordeão, cavaquinho, bandolim, viola caipira, violão de 7 cordas e muito mais, como piano, teclado e percussão. Há também cursos dos instrumentos que compõem uma orquestra, como violino, viola, violoncelo, contrabaixo acústico, flauta doce, flauta transversal, clarinete, saxofone, oboé, fagote, trompete, trompa, trombone, tuba, eufônio, percussão e por aí vai – a lista é extensa. Além das tradicionais aulas de instrumento, o Guri também oferece aulas de canto coral e teoria musical, além da organização das práticas de conjunto de acordo com cada tipo de instrumento.
O foco do programa está no atendimento a crianças, adolescentes e jovens, mas a proposta artístico-pedagógica do Guri também visa atender as famílias das alunas e dos alunos matriculados nos cursos. Os maiores de 18 anos interessados em aprender música também podem se matricular nos cursos de Iniciação Musical para Adultos e nos cursos modulares de caráter intergeracional.
A lista completa dos cursos e endereços dos polos está disponível no site souguri.art.br. Antes de sair de casa, entre em contato com o polo de interesse para confirmar os dias e horários de funcionamento.
Sobre o Guri
O maior programa de educação musical e desenvolvimento humano do Brasil, criado e mantido pelo Governo do Estado de São Paulo, sob gestão da Santa Marcelina Cultura, está completando 30 anos em 2025. Com oferta de arte e cultura, mais de 1 milhão de crianças, adolescentes e jovens já passaram pelo Guri, que beneficiou também suas famílias e comunidades. Com mais de mais de 100 mil vagas gratuitas, o Guri está presente em mais de 500 polos de ensino espalhados por todo o Estado – capital, região metropolitana, interior e litoral de São Paulo. Do canto ao instrumento, do popular ao erudito, são inúmeras opções. Além dos Cursos Regulares – divididos entre Iniciais e Sequenciais –, o Guri oferece atividades extracurriculares, como os Cursos Livres – Modulares, Iniciação Musical para Adultos e Luteria, e ainda o Guri 4.0 – que abrangem os cursos EaD, as videoaulas e as transmissões ao vivo no canal @SouGURI no YouTube. Outra ação complementar é o Guri nas Escolas, que oferece atividades pedagógico-musicais dentro das escolas da rede pública de ensino. Aos alunos e às alunas do programa que buscam um aprimoramento mais avançado, também tem os 29 Grupos Musicais do Guri. Para saber mais, acesse souguri.art.br.
Patrocinadores da Santa Marcelina Cultura – O Guri conta com os patrocínios Diamante: CTG Brasil; Master: Bank of America, Ultra e Toyota; Ouro: Tauste Supermercados, Arteris, Adufértil, Chiesi e Verzani & Sandrini; Prata: Novelis, Smurfit Westrock, BASF, WEG, Citrosuco, Capuani, Usina Santa Maria, Sicoob, Vitafor, Maza, Industrias Colombo, Caterpillar e Grupo Maringá; Bronze: Santos Brasil e ACIF-Franca; Apoio Cultural: Frisokar, Ipiranga Agroindustrial, Instituto Center Norte, Mercedes-Benz, Ibiúna Investimentos, Castelo Alimentos, Pirelli e Tegma, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas e Santa Marcelina Cultura.
(Com Gabriel Fabri/FSB Comunicação)
“Quando você abre a porta do ônibus é igual uma porta de uma igreja, qualquer um entra: o preto, o branco, o pobre, o rico, o ladrão, o estuprador, ou seja, você vê de tudo um pouco.” – Maria das Dores, cobradora.
Após 18 anos tendo o ônibus e a cidade como mote para suas investidas e pesquisas cênicas, o grupo paulistano Zózima Trupe retoma seu espetáculo ‘A Cobradora’, para uma circulação com entrada gratuita, de 7 de fevereiro a 23 de março, em São Caetano do Sul, Mauá e São Paulo. A peça traz no palco a atriz Maria Alencar Rosa sob direção de Anderson Maurício a partir da dramaturgia de Cláudia Barral. A Zózima Trupe é um coletivo teatral paulistano reconhecido desde 2007 pela pesquisa que faz sobre o ônibus urbano como espaço cênico, um lugar democrático e descentralizado do fazer teatral. Dessa percepção, somada às muitas histórias ouvidas das cobradoras do Terminal Parque Dom Pedro, nasceu o espetáculo, o primeiro da companhia a ser realizado em um palco italiano.
Em cena, a personagem Maria das Dores, que se renomeia Dolores por não gostar de seu nome. E ela segue sendo Dolores, um nome que traz em si a dor das mulheres que ela representa e encerra em si todas as Marias e outras mulheres que circulam por uma cidade árida, composta por empregos destinados a homens e, outros, a mulheres. Subverter é a ordem do dia.
A dramaturgia de Claudia Barral traz para o palco todas essas ‘Marias’ das histórias reais, trançadas umas às outras, permeadas pela violência, por mortes, pela sobrevivência diária em busca do sustento, da dignidade, vidas que se emaranham no amor, amizade, luta, tristeza, solidão, revolta, presentes em todas as mulheres. Cada narrativa tinha sua particularidade, mas em cada uma delas algo a ligava a outra mulher, com outra história, com semelhanças na dor ou nos receios ou nas expectativas. Únicas, mas ligadas por sentimentos comuns.
A pesquisa em A Cobradora vai além da trabalhadora das catracas, explorando a mulher que cobra direitos, percebe injustiças e exige igualdade, evocando a figura de ‘Lilith’, símbolo da insubmissão feminina e da luta contra opressões históricas. Paralelamente, surge a ‘Eva’, carregando a culpa atribuída pela destruição do Paraíso. Contudo, no mundo contemporâneo, é a violência masculina, refletida nas crescentes estatísticas de feminicídio, que destrói o paraíso — as casas, famílias e vidas de mulheres e filhos. Se há paraíso, é o homem quem o arrasa repetidamente.
Acessibilidade
As apresentações contarão com ações que contemplem e engajem a participação de pessoas com deficiência. Serão realizadas cinco apresentações com intérpretes de libras e narrações de audiodescrição ao vivo, além de legendas em todo material audiovisual. Também será realizada divulgação em espaços de acolhimento a pessoas com deficiência, como residências inclusivas e institutos assistenciais, além do mapeamento e divulgação de rotas acessíveis para os teatros a partir de pontos estratégicos e outras ações de acessibilidade e inclusão.
Sinopse
O espetáculo traz ao palco histórias narradas de muitas mulheres, representando desde figuras arquetípicas do universo feminino (como Eva ou Lilith), a figuras representativas do cotidiano urbano, construídas através de histórias orais de cobradoras de ônibus. A trabalhadora das catracas, que cobra o seu espaço numa sociedade patriarcal. Essa personagem cobra de si e do mundo os múltiplos desejos-sonhos que lhe foram roubados. Em cena, a mulher cobradora – a trabalhadora, mas também a insubmissa, que cobra seu direito pela dignidade, igualdade e justiça. Quais os espaços que a mulher pode ocupar?
Trajetória da Zózima Trupe
Durante sua trajetória, a Trupe desenvolveu diversos projetos que culminaram na criação e realização dos espetáculos ‘Cordel do amor sem fim’ (2007), de Cláudia Barral, apresentado mais de 650 vezes em vários estados brasileiros e também encenado no continente europeu, ‘Valsa Nº 6’ (2009), de Nelson Rodrigues, ‘O Poeta e o Cavaleiro’ (2010) – livre inspiração na obra literária de Pedro Bandeira e contemplado com o Prêmio Myriam Muniz da Fundação Nacional das Artes (Funarte), ‘Dentro é Lugar Longe’ (2013), de Rudinei Borges, e ‘Os Minutos que se vão com o Tempo’ (2016), com dramaturgia em processo compartilhado com Cláudia Barral e o primeiro espetáculo encenado em ônibus de linha; ‘Iracema via Iracema’, em parceria com o Agrupamento Andar7 (2017), ‘Desterro’ (2018) e ‘A Cobradora’ (2019), ambos com dramaturgia de Cláudia Barral.
A companhia também esteve nos projetos: 1ª Mostra de Teatro no Ônibus (2009) e Plantar no Ferro Frio do Ônibus o Ninho – Residência artística por um teatro do encontro sem fronteiras (2012/2013) contemplado pela 20ª edição do Programa de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, e ‘Os Minutos que se vão com o tempo: da imobilidade urbana ao direito à poesia, à cidade e à vida’, contemplado pela 24ª Edição da Lei de Fomento.
A Trupe foi um dos grupos selecionados para representar o Brasil no I Mercado de Indústrias Culturais dos Países do Sul (Micsul), em maio de 2014 e da 15ª Edição – PLATEA Santiago A Mil, em 2015. A Zózima Trupe foi indicada ao Prêmio Shell de Teatro na categoria Inovação pela pesquisa contínua e ampliação do público para o teatro, em 2019.
Trajetória do espetáculo ‘A Cobradora’
Na construção do espetáculo, A Cobradora mostrou, em 2017, um fragmento na Mostra de Teatro no Ônibus, no Terminal Parque Dom Pedro ll e na Casa de Cultura São Mateus. Em 2018, no formato palco, como abertura de processo, esteve no Sesc São Caetano do Sul. Ainda em 2018, dentro do projeto Zózima Visita, foi apresentada na rua, na Praça da Liberdade (pelo Sesc Carmo).
Em 2019, o espetáculo estreou no Sesc Vila Mariana com uma temporada de setembro a outubro, retornando aos palcos em março de 2020 no Sesc Jundiaí, pouco antes do início da pandemia e do fechamento dos espaços culturais em São Paulo. Durante o período de isolamento, migrou para o formato online, participando do Em Casa com Sesc e do projeto Cobradoras e Porteiros, o Contágio Começa na Invisibilidade, pelo Prêmio Zé Renato (maio e junho/2021), além de uma exibição no canal da Biblioteca Mário de Andrade (2021). Em 2022, retomou as apresentações presenciais no Sesc Guarulhos e, em 2023, esteve nos Sescs São Caetano e Itaquera. Em 2024, integrou a programação do Itaú Cultural, com sessões no Sesc Campinas e novamente no Sesc Itaquera.
Ficha técnica
Atriz criadora: Maria Alencar Rosa
Encenação: Anderson Maurício
Dramaturgia: Cláudia Barral
Vídeo mapping: Leonardo Souzza
Preparação corporal e movimento: Natalia Yukie
Preparação Vocal: Marilene Grama
Trilha sonora original: Rodrigo Florentino
Iluminação: Tomate Saraiva, Otávio Rodrigues e Junior Docini
Operadora de luz: Junior Docini
Operadora de som: Pero Manzé
Cenografia: Anderson Maurício e Nathalia Campos
Construtor Cênico: Alício Silva
Figurino: Tatiana Nunes Muniz
Adereços cenográficos: Nathalia Campos
Conteúdo de vídeo: Leonardo Souzza
Orientação de vídeo mapping: Ana Beraldo e Ihon Yadoya
Produção geral: Tatiane Lustoza
Assistente de produção: Iara Nazario, Samyra Keller, Kauã Ferreira e Maytê Costa
Fotografia: Leonardo Souzza
Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Marina Franco.
Serviço:
A Cobradora
Duração: 65 minutos | Classificação indicativa: 16 anos
Retirada de ingressos: Telefone e Whatsapp (11) 94872-5023
FEVEREIRO
7/2, sexta, às 20h e 8/2, sábado, às 11h: Fundação das Artes – R. Visc. de Inhaúma, 730 – Oswaldo Cruz, São Caetano do Sul – SP
14/2 e 15/2 – sexta e sábado, às 20h: Teatro de Mauá – R. Gabriel Marques, 353 – Vila Noemia, Mauá – SP
21 e 22/2 – sexta e sábado, às 20h, 23/2, domingo às 19h: Teatro Flávio Império – R. Prof. Alves Pedroso, 600 – Cangaíba, São Paulo – SP
26 e 27/2 – quarta e quinta, às 20h: Teatro Alfredo Mesquita – Av. Santos Dumont, 1770 – Santana, São Paulo – SP
MARÇO
13 e 20/3 – quintas, às 20h30: SP Escola de Teatro – Praça Franklin Roosevelt, 210 – Bela Vista, São Paulo – SP
22 e 23/3 – sábado, às 20h e domingo, às 19h: Centro Cultural Santo Amaro – Av. João Dias, 822 – Santo Amaro, São Paulo – SP.
(Com Marina Franco/Canal Aberto Comunicação)