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Instituto do Teatro Brasileiro, Teatro Porto e Instituto Porto formam profissionais técnicos para artes cênicas

Brasil, por Kleber Patricio

Fotos: Jonatas Marques.

Com a missão de formar profissionais para as áreas técnicas e de produção cultural, o Instituto do Teatro Brasileiro (ITB) está inaugurando três escolas no Brasil que irão oferecer o programa Práticas e Técnicas para as Artes Cênicas (PTAC). A primeira foi inaugurada no último mês de fevereiro, em Ipatinga (MG). A segunda escola será inaugurada em São Paulo em parceria com o Teatro Porto e Instituto Porto e patrocínio da Porto Seguro, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Além dessas duas unidades, haverá também uma terceira em Petrolina (PE), que deve ser anunciada em breve.

Abrindo as portas, as inscrições para o processo seletivo para as primeiras turmas do programa PTAC – Instituto Porto na cidade de São Paulo acontecem até 6 de maio e devem ser feitas no site www.itb.art.br. Os cursos são gratuitos e as aulas ocorrerão entre 31 de maio e 26 de julho de 2022.

Podem participar do processo candidatos que possuam Ensino Médio completo e tenham mais de 18 anos. A seleção ocorre em duas etapas e leva em consideração a Lei nº 12.711/2012 sobre a política de cotas para o ingresso em universidades públicas federais. A primeira fase consiste na análise da ficha de inscrição do candidato e, a segunda, em entrevistas com os coordenadores dos cursos.

Os responsáveis pelo programa são a consultora pedagógica Maria Thais, os coordenadores pedagógicos André Prado e Gabriel Fontes Paiva (que também coordenam as oficinas de luz e produção, respectivamente) e os coordenadores das oficinas de som André Omote e, palco, Carol Bucek. O corpo docente contará ainda com mais de 40 profissionais de notório conhecimento nas disciplinas ministradas.

O Teatro Porto busca uma maior aproximação com a sociedade e o Instituto Porto já oferece cursos gratuitos de capacitação profissional. O programa PTAC – Instituto Porto sela essa parceria com o objetivo de proporcionar uma melhor condição socioeconômica à população por meio da valorização individual e possibilidade do acesso ao emprego.

Como funcionam os cursos

Com duração total de 96 horas de aulas e 40 horas de estágio supervisionado obrigatório, o PTAC oferece formação nas áreas de luz, som, técnicas de palco e produção. As aulas terão formato híbrido, presencialmente nas dependências do Instituto Porto, localizado no bairro de Campos Elíseos, e online por meio de plataforma digital. O programa tem formato de laboratório e oficinas com foco em conhecimentos gerais e diversos nas artes cênicas, além de conteúdo específico sobre cada área. Ao final do curso, os alunos aprovados receberão o certificado de participação do ITB que dá direito a retirar o registro profissional.

Cada curso é dividido em quatro módulos. O Módulo 1 (48 horas) tem grade curricular comum para todas as turmas, pois seu objetivo é contextualizar o aluno na área artística e no ambiente profissional.

Com grade específica por curso, o Módulo 2 (16 horas) busca fundamentar o aluno sobre os fenômenos científicos e conceitos da área escolhida. O Módulo 3 (32 horas) aprofunda e desenvolve os conhecimentos vistos até aquele momento.

Já o Módulo 4 (40 horas) é o estágio supervisionado com aulas práticas no Teatro Porto Seguro, que tem como objetivo introduzir o aluno no mercado de trabalho e ajudá-lo a experimentar o cotidiano da profissão. Há também uma consultoria a partir da avaliação entregue pela entidade parceira que oferece o estágio.

Formando profissionais

O programa PTAC surgiu da percepção do Instituto do Teatro Brasileiro sobre as relações entre a formação e as crescentes demandas do mercado de trabalho de profissionais nas áreas técnicas e de produção, no campo das artes cênicas. Se por um lado observa-se a carência de cursos e estudos dedicados à formação de técnicos e produtores, por outro identifica-se uma crescente oferta de trabalho a estes profissionais, convidados a atuar em diferentes contextos e linguagens. Profissionais com experiência acumulada são cada vez mais solicitados pela produção cultural. Mas os jovens técnicos, na maioria das vezes, trilham um caminho de ensino não formal baseado apenas na instrumentalização técnica, sem perspectiva artística e criativa.

O PTAC é um laboratório de oficinas de formação com foco inicial voltado para a introdução aos fundamentos da linguagem cênica e, a seguir, aos conteúdos específicos de cada área. Pensado como um laboratório prático, criativo, de experimentação, os módulos iniciais são comuns a todas as áreas e o desenvolvimento de projetos específicos fica a cargo de cada uma das áreas.

Alguns princípios norteiam a formulação do PTAC, tais como construir um programa que observe as especificidades de cada lugar – região, cidade etc. – onde será desenvolvido; encontrar parcerias locais (institucional, artística, pedagógica); transitar por regiões, permitindo o intercâmbio entre artistas e formadores de todo o país; ser um laboratório prático de criação e experimentação; desenvolver um programa transversal, que permita aos alunos uma atuação autônoma e responsável.

Para oferecer uma formação plural, que se ajuste ao contexto de cada lugar atendido pelo programa, os cursos serão ministrados por profissionais locais. “O Brasil possui, em todas as regiões, artistas criativos, que conhecem a realidade cultural de seus territórios, com os quais poderemos aprender os diversos modos de fazer teatro”, explica Gabriel Fontes Paiva. “E os professores locais também farão trocas com os mentores vindos de fora. Queremos que esse intercâmbio torne a experiência ainda mais enriquecedora para os alunos”, acrescenta André Prado.

Serviço:

PTAC – Instituto Porto

Inscrições: de 18 de abril a 6 de maio, feitas por meio do site www.itb.art.br

Aulas: de 31 de maio a 26 de julho

Número de vagas: 20 para Produção Cultural, 20 para Técnicas de Palco, 20 para Técnico de Som e 20 para Técnico de Iluminação.

Grátis.

(Fonte: Assessoria de Imprensa Vanessa Fontes)

Ópera “Café” terá estreia mundial em maio no Theatro Municipal

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Rafael Salvador.

Ao longo do mês de maio, o Theatro Municipal de São Paulo receberá diversas apresentações artísticas e musicais. Contando com atrações pagas e gratuitas, o Municipal destaca em sua programação a ópera “Café”, com libreto de Mário de Andrade e sua provocação teórica por uma ópera coral, na qual grupos da sociedade fossem retratados enquanto coletividade e não enquanto indivíduos.

Com composição inédita de Felipe Senna, o libreto está situado no contexto histórico da crise de 1929 que paralisou os portos, expulsou os camponeses das fazendas e provocou uma revolução popular na sociedade. A récita está diretamente ligada às celebrações do centenário da Semana de Arte Moderna e será, depois da experiência de Hans-Joachim Koellreutter nos anos 1990, uma abordagem contemporânea e atual da obra de Mário de Andrade.

A ópera estará em cartaz entre os dias 3 e 4 e de 6 a 8 de maio e conta com a participação da Orquestra Sinfônica Municipal sob a regência e direção musical do maestro Luís Gustavo Petri, do Coral Paulistano, sob a regência de Maíra Ferreira, do Balé da Cidade de São Paulo, do MST – Movimento Sem Terra e do Circo. Com os ingressos entre R$10 e R$120, a classificação é livre.

No dia 12, às 19h, o Quarteto de Cordas da Cidade se apresenta na Sala do Conservatório, na Praça das Artes, com o concerto “Bachiano”. No repertório duas músicas: “Bachianas Brasileiras nº 1”, “Fuga: Conversa” (versão para Quarteto Matheus Bitondi) do compositor, maestro e uma das figuras mais importantes no cenário da música brasileira, Heitor Villa-Lobos, e “Suíte em Si Menor”, “Concerto de Brandemburgo nº 5”, do compositor e músico alemão Johann Sebastian Bach. O concerto terá duração de 60 minutos, com ingresso a R$30 e classificação livre.

No dia 1º de maio, a Praça das Artes recebe a exposição “Psicodemia”, do artista francês Antoine d’Agata, que traz um olhar visceral do artista em relação a pandemia do coronavírus, com fotografias feitas na França e uma parte no Brasil, nas cidades do Rio de Janeiro e em São Paulo. Utilizando o escritório da Agência Magnum Photos, na França, como sua base de trabalho e moradia temporária, Antoine d’Agata saia diariamente durante a pandemia para registrar e observar a cidade, hospitais e centros de saúde. No início deste percurso Antoine adotou a “termografia” – uma câmera térmica acoplada ao telefone celular cujo dispositivo térmico reage e converte em imagem o calor dos corpos e objetos. Sem revelar a identidade das pessoas, a termografia utilizada capta atividade dos corpos, suas “vidas”, o que está dentro.

A exposição é uma parceria com o Consulado da França em São Paulo. No dia 1º de maio, a abertura da exposição terá uma aula magna com o fotógrafo, na Sala do Conservatório, às 16h, que abordará alguns aspectos de sua trajetória e seu engajamento pessoal e político-social nos trabalhos. Além disso, falará sobre sua intensa produção durante a pandemia de Covid-19. A entrada é franca e a retirada dos ingressos pelo site do Theatro Municipal.

A programação segue com a exposição “Contramemória”, que pretende reler e traduzir criticamente, para o contexto atual, o ambiente cultural da Semana de Arte Moderna de 1922, realizada no Theatro Municipal de São Paulo, 100 anos atrás. Além disso, a exposição conta com aproximadamente 117 obras, entre pinturas, vídeos, esculturas, desenhos e objetos, entre outras linguagens artísticas, e possui a curadoria de Lilia Schwarcz, Jaime Lauriano e Pedro Meira Monteiro. Os visitantes podem apreciar essas grandes obras da cultura brasileira até o dia 5 de junho no Salão Nobre do Theatro Municipal, além de agendamentos específicos para visitas educativas para grupos de 15 a 30 pessoas. “A apresentação da ópera ‘Café’ coroa a programação das comemorações do Centenário da Semana de Arte Moderna no Theatro Municipal, não só pelo seu caráter emblemático, por ser um texto do Mário de Andrade colocado em cena pelo Coral Paulistano, mas também pelo fato de apostarmos em uma nova composição e em uma direção cênica que atualiza a questão do coletivo com a participação de um dos mais importantes movimentos sociais brasileiros, o MST, dividindo o palco com o Balé da Cidade de São Paulo e artistas convidados”, afirma Andrea Caruso Saturnino, diretora geral do Theatro Municipal.

No dia 15, às 11h, a Orquestra Experimental de Repertório apresenta o concerto “Sinfonias Fantásticas V” na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal. Com a participação do regente assistente Thiago Tavares, o repertório traz as músicas “Noches em Los Jardines de España” (23’), do compositor e pianista, Manuel De Falla e “Sinfonia nº 2, “Uirapuru” (30’), criada pelo compositor brasileiro Mozart Camargo Guarnieri. A apresentação será aberta ao público, com ingressos a partir de R$10.

Nos dias 17 e 19, ambos às 19h, a Praça das Artes recebe o pianista Guilherme de Almeida na Sala do Conservatório com o concerto “Requiém à Naomi Munakata”. A apresentação é mais uma homenagem à grande personalidade da música coral brasileira, Naomi Munakata. O concerto será a improvisação pianística de um Requiém em sua memória: um convite para viver uma experiência única, inspirando-se em poesias e perguntas. Guilherme de Almeida se dedicou ao aprendizado da arte do violoncelo, piano, canto e composição em São Paulo, além de se dedicar aos estudos de improvisação no Conservatório Nacional Superior de Música e de Dança de Paris, na classe de Jean-François Zygel, em 2019. O concerto terá duração de 60 minutos, com ingressos a R$30.

No dia 26, o Quarteto de Cordas da Cidade volta à Sala do Conservatório, na Praça das Artes, para apresentar o espetáculo “Identidade Brasileira III”, às 19h. O repertório traz as músicas “Quarteto de Cordas”, composta por Clorinda Rosato e “Quarteto nº 2”, do compositor e uma das figuras mais significativas da música erudita brasileira Francisco Mignone. A apresentação terá duração de 60 minutos, com ingresso a R$30 e classificação livre.

E ainda não acabou. A programação inclui mais eventos gratuitos e abertos ao público. Dia 18/05, às 19h, acontece na no vão da Praça das Artes o Sarau na Praça. E, no dia 4 de maio, a Praça das Artes recebe mais uma vez o “Esta Noite se Improvisa!”. Neste dia, o palco será aberto para a participação daqueles que queiram exibir várias linguagens, como dança, teatro, poesia e discotecagem, despertando assim o conceito de improviso em que o artista que transita pela cidade encontra uma estrutura para mostrar o seu talento, tal qual o desafio de “entrar na roda” que é próprio da cultura Hip Hop. MC Max BO, ex-apresentador do programa Manos e Minas e uma das maiores referências em freestyle do Brasil, irá interagir com os artistas presentes, convidando-os à arte do improviso.

Para mais informações sobre os espetáculos, confira a programação completa abaixo ou acesse aqui.

Ópera “Café”, de Felipe Senna

Theatro Municipal

3/5/2022 – 20h

4/5/2022 – 20h

6/5/2022 – 20h

7/5/2022 – 17h

8/5/2022 – 17h

“CAFÉ”

De Felipe Senna

Ópera sobre libreto de Mário de Andrade adaptado por Sérgio de Carvalho 

Orquestra Sinfônica Municipal

Coral Paulistano

Balé da Cidade de São Paulo

Luís Gustavo Petri, direção musical e regência

Maíra Ferreira, regente do Coral Paulistano

Sérgio de Carvalho, direção cênica, concepção e adaptação do libreto

Maria Lívia Goes, co-direção cênica, dramaturgia e pesquisa

Participações especiais

Juçara Marçal, mãe

Negro Leo, rapsodo

Carlos Francisco, velho camponês

Fábio Namatame, figurino

Cássio Brasil e Marcius Galan, cenografia

Sayonara Pereira, direção coreográfica

Melissa Guimarães, iluminação

Helena Albergaria, preparação de elenco

João Malatian, assistência de direção

Lincoln Antonio, consultoria em música popular

Ingressos: R$10,00 a R$120,00

Classificação livre

Duração 90 minutos

A apresentação do dia 8 de maio será patrocinada pelo Bradesco.

Quarteto da Cidade apresenta “Bachiano”

Praça das Artes

12/5/2022 – 19h

Bachiano

Concerto presencial, aberto ao público

Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo

Livia Lanfranchi, flauta

Alessandro Santoro, cravo

Programa

HEITOR VILLA-LOBOS (1887-1959)

Bachianas Brasileiras nº 1

Fuga: Conversa (Versão para Quarteto Matheus Bitondi)

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685 — 1750)

Suíte em Si Menor

Concerto de Brandemburgo nº 5

Ingressos R$30,00

Classificação livre

Duração Total 60 minutos

Orquestra Experimental de Repertório apresenta “Sinfonias Fantásticas V”

Theatro Municipal

15/5/2022 – 11h

Sinfonias Fantásticas V

Concerto presencial, aberto ao público

Orquestra Experimental de Repertório

Thiago Tavares, regente

Aleyson Scopel, piano

Programa

MANUEL DE FALLA

Noches em Los Jardines de España (23’)

MOZART CAMARGO GUARNIERI

Sinfonia nº 2, “Uirapuru” (30’)

Ingressos R$10,00 a R$30,00

Classificação livre

Duração total 55 minutos

Exposição “Contramemória”

Theatro Municipal

18/4/2022 – 11h a 5/6/2022 – 11h

Theatro Municipal de São Paulo – Salão Nobre

Lilia Schwarz, Jaime Lauriano e Pedro Meira, curadoria

A abertura aconteceu no dia 18/4 com visitas mediadas pelos curadores, a partir das 10h30. São 50 ingressos por período de visita com limite máximo de 2 ingressos por pessoa. Confira os horários disponíveis e faça o seu agendamento aqui.

Visitação de terça a sexta, das 11h às 17h (permanência até 18h). Sábado e domingo, das 10h às 15h (permanência até 16h). Fechada às segundas.

Visita somente mediante a retirada de ingresso gratuito aqui no site, disponível a cada 2 dias que antecedem a data da visita com limite de 2 ingressos por pessoa.

Agendamentos específicos para visitas educativas para grupos de 15 a 30 pessoas solicitar previamente a partir do dia 19/4 via e-mail educacao@theatromunicipal.org.br.

Classificação livre

Exposição “Psicodemia”

Praça das Artes

1/5/2022 até 1/7/2022. Segunda a sexta, 8h às 18h. Sábado, 8h às 16h.

Fábio Furtado, Roberta Saraiva Coutinho e Rodrigo Villela, curadoria

Visitação de segunda a sexta, das 8h às 18h. Sábado, das 8h às 16h. Fechada aos domingos

Classificação livre

Entrada livre, sem necessidade de retirar ingressos.

Na abertura da exposição haverá uma aula Magna, com Antoine D’ Agata.

Integrante da famosa agência Magnum Photos, Antoine D’ Agata abordará aspectos de sua trajetória e seu engajamento pessoal e político-social. Contará também sobre sua intensa produção durante a pandemia de Covid-19 que resultou na exposição “Psicodemia”.

Dia 1/5, domingo

Horário 16h

Local Sala do Conservatório da Praça das Arte

Classificação 12 anos

Duração 90 minutos

Guilherme de Almeida apresenta “Réquiem à Naomi Munakata”

Praça das Artes

17/5/2022 – 19h

19/5/2022 – 19h

Requiém à Naomi Munakata

Guilherme de Almeida, piano

Ingressos R$30,00

Classificação livre

Duração total 60 minutos

Quarteto da Cidade apresenta “Identidade Brasileira III”

Praça das Artes

26/5/2022 – 19h

Identidade Brasileira III

Concerto presencial, aberto ao público

Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo

Programa

CLORINDA ROSATO

Quarteto de Cordas

FRANCISCO MIGNONE

Quarteto nº 2

Ingressos R$30,00

Classificação livre

Duração Total 60 minutos

“Esta Noite se Improvisa!”

Praça das Artes

4/5/2022 – 20h

[Praça das Artes – Vão]

MAX B.O., mestre de cerimônia

Novset, DJ

Participações especiais:

João Parahyba

Gabi Nyarai

Ingressos gratuitos (entrada livre)

Classificação livre

Duração aproximadamente 120 minutos

Sarau na Praça

Praça das Artes

18/5/2022 – 19h

Os principais saraus da cidade de São Paulo na Praça das Artes

[Praça das Artes – Vão]

Sarau na Praça

Evento presencial, aberto ao público

Ingressos gratuitos (entrada livre)

Classificação livre

Duração 90 minutos

(Fonte: Approach Comunicação)

Projeto registra memória e tradições culturais da etnia indígena Guarani M’Bya, na Mata Atlântica

Cananeia, por Kleber Patricio

Crédito das fotos: Mauricio Velloso.

O legado cultural indígena enriquece o patrimônio brasileiro e diz muito sobre nossa identidade e formas de contato com meio ambiente e território. Esse histórico, que tem sido negligenciado há séculos, ainda precisa de valorização e difusão, tanto para ajudar a combater estereótipos e preconceitos que ainda existem sobre os povos indígenas no Brasil, quanto para garantir que os saberes tradicionais sejam repassados para as futuras gerações. É para ajudar com esse desafio que a organização social Ponto de Cultura Povos da Mata Atlântica criou um projeto de valorização do patrimônio cultural do povo Guarani M’Bya, que vive em Cananéia (SP), por meio de registros fonográficos e audiovisuais da memória, dos saberes e das tradições culturais.

A iniciativa, que começou em 2015, foi uma demanda das próprias comunidades, que despertaram no Ponto de Cultura a possibilidade de expandir os trabalhos com a cultura indígena local em parceria com a Terra Indígena Tekoa Takuari-Ty, da etnia Guarani M’Bya. Segundo a liderança Abílio da Silva Martins Wera Poty, o apoio do Ponto de Cultura facilitou os trabalhos burocráticos e o acesso a recursos financeiros, promovendo mais autonomia para a comunidade. “Ficou mais fácil realizar nosso trabalho, participar de encontros e apresentações fora do município de Cananéia, além da importância da divulgação que eles fazem dos nossos direitos e da realidade das aldeias”. Sobre os registros audiovisuais, Abílio considera que esses materiais têm grande importância na divulgação da cultura indígena numa esfera nacional. “A sociedade precisa reconhecer a existência do nosso povo”, reivindica.

Segundo a pesquisa qualitativa “Narrativas Ancestrais, Futuro do Presente”, lançada em março por Amoreira Comunicação, Ipsos e DAPP/FGV, entre tomadores de decisão, como empresários, economistas e políticos, há desconhecimento sobre a realidade dos povos indígenas, rejeição e contestações quando o assunto são os direitos indígenas. O estudo mostrou que quanto mais conhecimento sobre o tema as pessoas pesquisadas mostraram, mais favoráveis eram à causa indígena.

Em 2021, o Ponto de Cultura colaborou com o registro dos cantos e danças tradicionais da Tekoa Takuari-Ty. Os conteúdos gerados estão disponíveis em plataformas digitais, como YouTube e Spotify, assim como também foram produzidas mídias (CD e DVD) como possibilidade de venda e geração de renda, potencializando a economia comunitária na aldeia.

A história e a cultura Guarani M’Bya são de tradição oral, passadas dos mais velhos aos mais jovens, constando muito pouco sobre elas nos livros e na história oficial. “O registro criativo da cultura e da memória oral dos Povos da Mata Atlântica é importante não só para as culturas relacionadas a eles em si, mas principalmente para recontar a verdadeira história do Brasil”, afirma Fernando Oliveira, gestor do Ponto de Cultura Povos da Mata Atlântica. “Temos direitos que estão na Constituição Federal, inclusive a demarcação do nosso território. Tirar esse direito é preocupante para todos nós. Vejo que é muito importante o apoio de todos, secretarias e terceiro setor, para manutenção dos nossos direitos que estão na Constituição”, finaliza Abílio.

Em 2016, o Ponto de Cultura também cocriou um roteiro de turismo pedagógico para incluir a Terra Indígena Tekoa Takuari-Ty como destino de grupos escolares que visitam o município de Cananeia, fortalecendo assim a cultura indígena por meio da educação e do turismo responsável e de base comunitária. Todas as ações fazem parte do programa Ponto de Memória, um programa cooperativo e participativo do Ponto de Cultura Povos da Mata Atlântica para registro, fortalecimento, valorização, apoio, disseminação e transmissão do patrimônio cultural imaterial relacionado às comunidades tradicionais e aos povos indígenas que vivem na Mata Atlântica.

Sobre o Ponto de Cultura Povos da Mata Atlântica

Organização social que tem por finalidade social promover a educação e a cultura a partir da valorização da pluralidade cultural e da sociobiodiversidade como bases em processos de inovação cidadã capazes de gerar tecnologias sociais e soluções sustentáveis em conexão com os saberes ancestrais dos Povos da Mata Atlântica, tendo todas as faixas etárias dessa população como público alvo.

Cria e realiza ações em toda a cadeia produtiva sustentável para a elaboração, captação de recursos, execução e prestação de contas de projetos e programas, tendo como foco principal as seguintes áreas: educação, meio ambiente, cultura, turismo, agricultura e segurança alimentar, saúde humana e bem-estar; experimentação de novas tecnologias sociais e de modelos de negócios sociais.

(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)

Com menor peso corporal, crianças podem estar mais expostas ao potencial tóxico de aditivos alimentares

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Providence Doucet/Unsplash.

Na última década, a ciência vem apontando o aumento da compra de alimentos industrializados, especialmente os ultraprocessados, no Brasil e no mundo, muitas vezes com estratégias de marketing voltadas a crianças. Usualmente, esses produtos têm, entre seus ingredientes, aditivos alimentares, que são substâncias adicionadas para alterar sabor, cor, aroma e para aumentar a duração dos alimentos, entre outros fins tecnológicos. Para entender o que a ciência sabe, até o momento, sobre o consumo de aditivos por crianças e adolescentes, pesquisadoras do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições da Universidade Federal de Santa Catarina (NUPPRE-UFSC) fizeram uma revisão sobre o tema, publicada na “Revista de Saúde Pública” na quinta-feira (28).

Para fazer o estudo, as cientistas revisaram artigos publicados a partir de 2000, além de documentos oficiais sobre o consumo de aditivos na infância e suas consequências à saúde e regulamentações acerca do uso de aditivos em alimentos industrializados. Ao todo, foram analisados mais de 30 estudos de cerca de 20 países.

A partir da revisão, as autoras registraram um possível consumo elevado de aditivos na infância — especialmente corantes. Não foi encontrado, no entanto, nenhum artigo que analisasse o consumo simultâneo de vários aditivos e cumulativo de aditivos por crianças ao longo do tempo. “É preciso avaliar o impacto que o consumo de mais de um aditivo em uma mesma refeição pode gerar à saúde”, alerta Mariana Kraemer, primeira autora do estudo. “Ao longo dos dias, indivíduos consomem porções de diversos alimentos que podem ser fontes de vários aditivos”.

Embora o uso dessas substâncias siga critérios globais definidos pelo programa Codex Alimentarius, da FAO e da OMS, há limitações na avaliação da segurança do consumo dessas substâncias: a maioria dos estudos é feita com modelos animais ou in vitro, nem sempre sendo possível extrapolar os resultados para seres humanos. “Sabe-se que as substâncias reagem de maneiras diferentes em cada organismo”, diz Rossana Proença, pesquisadora que também assina o artigo. “Além disso, existem limitações metodológicas nos estudos de avaliação de segurança, como o uso de amostras pequenas para considerar que a substância não tem efeitos tóxicos ou a não consideração da combinação de aditivos de naturezas distintas.”

Um exemplo dessa questão é citado no estudo. Um dos estudos analisados pelas cientistas apontou que conservantes dos tipos benzoatos e sorbatos, quando isolados, não apresentam efeitos tóxicos em mamíferos. Contudo, quando chegam ao estômago e entram em contato com outros aditivos, podem formar substâncias potencialmente carcinogênicas.

A ausência de dados sobre a segurança do consumo de aditivos alimentares é especialmente crítica para as crianças, visto que o limite máximo de adição dessas substâncias em cada alimento é definido por quilo de peso corporal, levando-se em conta o peso médio de adultos — e a população infantil tem peso menor. Além disso, proporcionalmente ao seu peso, as crianças bebem mais água e ingerem mais alimentos do que um adulto médio. “É importante lembrar que crianças têm mais tempo para desenvolver doenças crônicas ligadas à exposição de aditivos”, comenta Kraemer.

Para as pesquisadoras, a revisão ressalta a importância de se promover um debate técnico-científico ampliado com o objetivo de estabelecer parâmetros rigorosos de consumo e toxicidade de aditivos voltados especificamente ao público infantil. “Diante da constatação do risco à saúde dos consumidores, espera-se que sejam promovidas medidas que permitam aos consumidores identificar com clareza a adição de aditivos aos alimentos, incluindo a quantidade, de modo que possam fazer escolhas conscientes e informadas”, reflete Cecília Cury, advogada, coautora do estudo e líder do Põe no Rótulo, projeto que atua por regras mais claras para a rotulagem de alimentos. “Tendo como base o princípio constitucional da precaução, é dever do Estado promover medidas de proteção da saúde do consumidor”.

(Fonte: Agência Bori)

OSMC celebra o Dia do Trabalhador com concerto na Concha Acústica do Taquaral

Campinas, por Kleber Patricio

O maestro convidado Eder Paolozzi. Foto: divulgação.

A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas apresenta no dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador, um concerto gratuito na Concha Acústica do Taquaral. O evento começa às 18h, com entrada pelo portão 3 da Lagoa. O maestro convidado é Eder Paolozzi, regente titular da Nova Orquestra e da Funk Orquestra. No repertório, obras de Carlos Gomes, clássicos, músicas românticas e seleção de sambas.

Este será o primeiro concerto do ano da Orquestra na Concha. O último foi o de Natal. O maestro convidado Eder Paolozzi também já regeu a Orquestra Sinfônica de Campinas em 2019, no concerto em homenagem ao Mês da Consciência Negra com a participação do rapper Criolo e o lendário sambista Nelson Sargento.

O concerto se inicia com a “Abertura da Ópera Fosca”, uma das mais importantes obras de Carlos Gomes. “Fosca” é a segunda ópera de Gomes, quando apresentada no Teatro alla Scala de Milão fez tanto sucesso que teve quinze recitais. Esta obra, de 1873, foi dedicada ao seu irmão José Pedro de Sant’Anna Gomes.

A apresentação segue com as ‘Danças Polovetsianas’, da ‘Ópera do Príncipe Igor’, do compositor Aleksandr Borodin. Ele, como tantos outros compositores, tornou-se conhecido do grande público por adaptações de suas obras para canções populares. Os norte-americanos Robert Wright e George Forrest adaptaram a “Dança Deslizante das Donzelas” desta ópera em “Stranger in Paradise” para o musical Kismet, canção esta que teve muito sucesso na voz de Tony Bennett.

Na sequência, será a vez das ‘Danças Eslavas’ de Antonin Dvorák, que trazem os ritmos das músicas folclóricas da Morávia e da Boêmia, sua terra natal. Para alguns críticos, sua obra é a mais completa recriação de uma linguagem nacional no estilo sinfônico tradicional.

As ‘Danças Húngaras’ de Johannes Brahms acompanham o compasso da alegria e são baseadas em temas húngaros concluídos em 1879. As ‘Danças’ estão entre as obras mais populares de Brahms e foram as mais lucrativas para o compositor.

No programa também consta uma das valsas mais ouvidas no mundo: a famosa “Danúbio Azul”, de Johann Strauss II. O compositor entrou para a história da música clássica como o “Rei da Valsa”. Sua fama sobreviveu ao tempo. Ainda hoje é lembrado pelos acordes de “No Belo Danúbio Azul”, usados na trilha sonora do clássico do cinema “2001 – Uma Odisséia no Espaço” (1968), filme de Stanley Kubrick (1928-1999), um dos maiores diretores do mundo.

A “Marcha Radetzky” (que é de Johann Strauss I, pai de Strauss II) também está no repertório. Ela foi composta e dedicada ao Marechal de Campo Joseph Radetzky von Radetz. Foi apresentada pela primeira vez em 31 de agosto de 1848 em Viena e logo se tornou popular entre os soldados em marcha.

As obras do compositor e arranjador brasileiro, Cyro Pereira, também serão apresentadas a partir de temas de Tom Jobim: as ‘Jobinianas’ e também as fantasias sobre obras de Luiz Gonzaga em sua ‘Gonzaguianas’. Cyro Pereira foi o maestro dos famosos Festivais da Record e cofundador da Jazz Sinfônica.

Para encerrar, a ‘Seleção 3 Sambas’, com arranjo do maestro e compositor brasileiro Luiz Arruda Paes. Destaque para os sambas ‘Marina’, de Dorival Caymmi; ‘Samba de Verão’, de Marcos Valle e ‘Aquarela do Brasil’, de Ary Barroso.

Serviço:

Concerto 1º de Maio – Dia do Trabalhador

Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas

Concha Acústica do Taquaral

Av. Heitor Penteado, s/nº – Campinas (SP)

Entrada pelo Portão 3

18 horas

Gratuito

Regente – Eder Paolozzi

Programa

Carlos Gomes

Abertura “Fosca”

Aleksandr Borodin

Danças Polovetsianas n⁰ 17

Antonin Dvorak

Danças Eslavas, Op. 46 – n⁰ 1 e 8

Johannes Brahms

Danças Húngaras nº 1 e 5

Johann Strauss II

Danúbio Azul

Johann Strauss II

Pizzicato Polka

Johann Strauss I

Radetzky March

Cyro Pereira

Jobiniana

Cyro Pereira

Gonzaguiana

Arruda Paes

Seleção 3 Sambas

Sobre Eder Paolozzi

Eder Paolozzi é um dos protagonistas do cenário de renovação da música clássica no Brasil. Ele é regente titular da Nova Orquestra e da Funk Orquestra.

Estudou regência em Milão no prestigiado Conservatório Giuseppe Verdi, e violino no Trinity Laban Conservatory of Music and Dance, em Londres. No Brasil, estudou regência com Isaac Karabtchevsky.

Em 2014, ganhou prêmio no Festival Música Riva na Itália e foi convidado a reger a Orquestra Sinfônica da Armênia, em Yerevan.

No Brasil, esteve à frente da Orquestra Sinfônica Cesgranrio, como diretor artístico e regente titular. Também atuou como regente convidado em algumas das principais orquestras do país, como a Orquestra Petrobras Sinfônica, Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Sinfônica do Recife e Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.

(Fonte: Secretaria de Comunicação | Prefeitura de Campinas)