Pesquisadores da USP e do Hospital Sírio-Libanês alertam para impactos da pandemia e recessão no cenário atual


São Paulo
Fotos: Adriano Gambarini.
Em Lábrea, cidade do sul do Amazonas que é a quarta no ranking de cidades brasileiras que mais emitem gases de efeito estufa, a Terra Indígena Caititu, território do povo Apurinã, é uma oásis verde que estoca e absorve carbono da atmosfera. Próxima ao centro do município, e cercada pelo desmatamento, a área de 308 mil hectares é conservada por meio de iniciativas protagonizadas pelos povos indígenas, como a implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) e o manejo sustentável de castanha-do-Brasil. As atividades são apoiadas pelo projeto Raízes do Purus, realizado pela Operação Amazônia Nativa (OPAN), com patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental.
O sul do Amazonas, região de fronteira com os estados de Rondônia e Mato Grosso, tem os maiores índices de desmatamento do estado. Os efeitos do avanço da fronteira agrícola na região foram identificados na segunda edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) Municípios, produzido pelo Observatório do Clima, onde Lábrea e Apuí figuram entre as dez cidades que mais emitem gases causadores do efeito estufa no país.
Cercado e pressionado pela intensa degradação ambiental, o povo Apurinã tem conseguido garantir que, ao menos dentro de seu território, a floresta continue fornecendo os serviços ecossistêmicos fundamentais para o equilíbrio do clima do planeta.
Produção de alimentos saudáveis com floresta em pé
Os Apurinã estão reflorestando uma área equivalente a 13 campos de futebol por meio da implementação de SAFs, modalidade de plantio agroecológico que produz alimentos sem desmatar ou usar agrotóxicos. Até o final do projeto Raízes do Purus, em 2024, prevê-se que os Apurinã estarão manejando 18 hectares de SAFs, contribuindo para a remoção de 4.366 toneladas de carbono e outros gases de efeito estufa anualmente.
Nos SAFs, diferentes espécies são combinadas para produzir um sistema ecológico saudável. Assim, áreas antes degradadas, que não tinham mais capacidade de absorver e estocar carbono, tornam-se altamente produtivas e voltam a prestar esses e outros serviços ecossistêmicos, como a contribuição para o conforto térmico, e para o regime de chuvas.
E não são apenas as espécies vegetais que ajudam a impedir a emissão de gases de efeito estufa. “Os SAFs são estratégicos na mitigação das mudanças climáticas, porque eles potencializam muito a capacidade do solo, através da vida microbiana, de reter esses gases, evitando que subam para a atmosfera”, explica Sebastião Pinheiro, referência nacional da Agroecologia, que assessorou a implementação dos primeiros SAFs na TI Caititu, em 2014.
Hoje, os Apurinã cultivam 22 unidades de SAFs, em 20 aldeias. “A diferença de temperatura dentro dos SAFs e em área aberta é de pelo menos 10°C. As frutas atraem também animais, pássaros, formigas, insetos, que são importantes para a conservação do ecossistema”, explica Antonio de Miranda Neto, indigenista da OPAN.
Os SAFs fornecem alimentos saudáveis e orgânicos para os Apurinã, e o excedente é comercializado em Lábrea, gerando uma renda sustentável para os indígenas. O urucum, por exemplo, é usado pela família do cacique Marcelino Apurinã para produzir um colorau que é referência de qualidade na região.
Cuidando das anciãs da floresta
Ameaçada de extinção, a castanheira (Bertholletia excelsa) é uma espécie grandiosa em muitos sentidos. São árvores que atravessam séculos e podem chegar a mais de 1000 anos de idade. Imponentes, as castanheiras adultas alcançam de 30 a 50 metros de altura e podem ter troncos de mais de 2 metros de diâmetro.
Essa espécie precisa da biodiversidade conservada para se reproduzir, pois suas flores são polinizadas por alguns tipos de insetos que são atraídos por orquídeas encontradas perto das árvores de castanha. Sem estas orquídeas e insetos, as castanheiras não dão frutos.
O povo Apurinã maneja e conserva 116 mil hectares de castanhais na Terra Indígena Caititu, onde estão estocadas 61.651.509 toneladas de carbono. Em 2021, os castanhais removeram 183.661 toneladas de carbono da atmosfera.
Além de manejar os castanhais, os Apurinã protegem todo o território para impedir o desmatamento, que ameaça diretamente a reprodução das castanheiras. Na temporada de coleta da castanha, os manejadores circulam por grandes extensões territoriais e visitam pontos remotos da TI, inibindo a ação de invasores.
“Os indígenas conservam a natureza. E isso não é valorizado pela maioria, como deveria ser. Estamos conservando a nossa terra com nossos conhecimentos, nossa força e nossa luta”, opina Maria dos Anjos, liderança da aldeia Novo Paraíso.
Sobre o Raízes do Purus | O projeto Raízes do Purus é uma iniciativa da OPAN, com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, que visa a contribuir para a conservação da biodiversidade no sudoeste e sul do Amazonas fortalecendo iniciativas de gestão e o uso sustentável dos recursos naturais das terras indígenas Jarawara/Jamamadi/Kanamanti, Caititu, Paumari do Lago Manissuã, Paumari do Lago Paricá, Paumari do Cuniuá e Banawa, na bacia do rio Purus, e Deni e Kanamari, no rio Juruá. www.raizesdopurus.com.br.
Sobre a OPAN | A OPAN foi a primeira organização indigenista fundada no Brasil, em 1969. Nos últimos anos, suas equipes vêm trabalhando em parceria com povos indígenas no Amazonas e em Mato Grosso, desenvolvendo ações voltadas para a garantia dos direitos dos povos, gestão territorial e busca de alternativas de geração de renda baseadas na conservação ambiental e no fortalecimento das culturas indígenas.
(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)
Foto: Ousa Chea/Unsplash.
Por Élcio Abdalla* — O Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador (a) Científico (a) foi criado em 2001 com o objetivo de conscientizar a sociedade civil sobre a importância da inovação científica para todos, estimular pesquisas e o interesse da população. O dia 8 de julho foi escolhido por ser também a data de criação, no ano de 1948, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A ciência vem mudando o mundo e a forma como vivemos há milhares de anos, mas, a partir do século XIX, as invenções e descobertas tomaram um novo rumo e aceleraram diversos processos, como maquinários, remédios, experiências espaciais e formas de cultivo na agropecuária, entre outros inúmeros avanços.
Se a importância de se investir em ciência e tecnologia foi fundamental para o desenvolvimento e progresso da humanidade, a partir de 2020 essa percepção ficou ainda mais evidente. E, talvez em um dos poucos momentos da nossa história, a ciência foi vista como palpável, parte das discussões de pessoas de fora do ambiente acadêmico, assunto de mesa do bar a jantares de família. O aparecimento da Covid-19, que levou a uma pandemia global, fez com que as sociedades consultassem os cientistas para entender o que acontecia e como poderíamos amenizar a situação. A criação das vacinas em tempo recorde, que vêm sendo fundamentais no controle do coronavírus em todo mundo, sacramentaram aquilo que já era real: investir, estimular e valorizar a ciência é essencial para o progresso.
Note-se que, após o advento da ciência moderna, sobreveio a civilização moderna. Reis e imperadores em séculos anteriores, mesmo em países importantes e ricos da época, sofriam as agruras do subdesenvolvimento. Mesmo Luis XIV, o Rei Sol, vivia na época pior que um cidadão moderno. A ciência Moderna nos trouxe o desenvolvimento, a saúde, a educação, a riqueza material, a tecnologia. Do GPS à melhor alimentação, em tudo temos as mãos da ciência em atividade.
No Brasil, porém, vamos caminhando para o exato oposto. O Governo Federal não só vem, desde o início da crise de saúde, desmerecendo o conhecimento científico, como vem tomando ações efetivas para acabar com a produção científica no Brasil, cujo setor vem resistindo de forma resiliente, mas que não sobreviverá sem investimentos.
Em maio, o governo federal oficializou um bloqueio de R$1,8 bilhão no orçamento da Ciência, Tecnologia e Inovação. Pouco tempo depois, anunciou que esse valor subiria para R$ 2,5 bi, o que deve ser decretado agora em julho. Todo esse valor deve ser retirado do FNDCT, dinheiro arrecadado de impostos destinado especificamente para pesquisa. Ele cairá de R$4,5 bi para R$2 bi, o que significa 55,5% menos recursos do que o orçamento efetivado em 2021. Levantamento do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies) aponta pelo menos 52 projetos que serão altamente prejudicados com esses bloqueios. Entre eles, estão os programas Ciência no Mar e Ciência Antártica, além de pesquisas em bioinformática, mitigação de mudanças climáticas e nutrição e defensivos agrícolas sustentáveis, entre outros.
Para o futuro do Brasil, esse desprezo pela ciência vai custar caro. Os quatros países que mais investem em pesquisa estão na frente em inovação. Eles são Coreia do Sul e Alemanha, que investem quase 4% em pesquisa; e Japão e Estados Unidos, que repassam cerca de 3%. No Brasil, esse montante é um pouco maior que 1%. E vale lembrar: essas quatro nações têm PIB maior que o nosso. Ou seja, elas direcionam mais dinheiro não só percentualmente, mas também, e principalmente, em valores absolutos.
A pandemia da Covid-19 deixou ainda mais claro o gap entre os países líderes em ciência. Nos EUA, só para pesquisas envolvendo a Covid-19 foram destinados mais de 6 bilhões de dólares. No Brasil, apenas US$100 milhões. As vacinas vêm se mostrando efetivas na preservação de milhares de vidas e, graças à ciência, foram desenvolvidas em tempo recorde.
E, embora o cenário atual tenha mostrado a importância do investimento em pesquisa, a ciência está presente além da medicina.
Como no caso do radiotelescópio BINGO, inédito no país e que conta com pesquisadores do Brasil, da China, África do Sul, Reino Unido, Coréia do Sul, Portugal e França. O objetivo é explorar novas possibilidades na observação do Universo a partir do céu brasileiro. Entender e conhecer o nosso céu traz conhecimentos importantes e estratégicos sobre o que acontece em cima de nós, quais fenômenos, que tipo, por exemplo, de satélites, estão passando por aqui. É informação importante para toda a sociedade.
*Elcio Abdalla é físico teórico brasileiro com reconhecimento internacional e importante liderança na pesquisa de física teórica no Brasil. Com doutorado e pós-doutorado pela Universidade de São Paulo, é atualmente professor titular do Instituto de Física dessa universidade, além de coordenador do Projeto Bingo, radiotelescópio brasileiro que está sendo construído no interior da Paraíba que fará o mapeamento da parte escura do universo e estudará sua estrutura intrínseca.
(Fonte: Digital Trix)
Chef Mauro Mason: pratos do Pais Basco no festival em Campinas. Foto: divulgação.
O País Basco é a região histórico-cultural em que residem os bascos, localizada no extremo norte da Espanha e no extremo sudoeste da França, cortada pela cadeia montanhosa dos Pireneus e banhada pelo Golfo da Biscaia. E nesta região de 20.664 km², bem na divida com a França, está a cidade de Irun, com cerca de 63 mil habitantes, reconhecida por sua rica gastronomia, que atrai turistas do mundo todo. Foi em Irun que o chef Mauro Mason decidiu, ainda cursando gastronomia nos Estados Unidos, passar uma temporada de nove meses para apender as técnicas gastronômicas do País Basco. E durante todo o mês de julho ele vai levar à mesa dos clientes do Benedito Restaurante, em Campinas, um pouco do que aprendeu com o Festival “A gastronomia do País Basco pelo o Olhar do chef Mauro”.
Frutos do Mar, carnes bovinas, suínas e macarrão, tradicionais naquela região, são os ingredientes principais que compõem sete pratos criados especialmente para esta experiência gastronômica, que tem como proposta transportar os amantes da boa comida ao país que o recebeu. E para enriquecer ainda mais este conhecimento, o Benedito Restaurante e a distribuída Wine Brends uniram-se para oferecer vinhos diferenciados para uma harmonização perfeita.
Para quem gosta de lulas, a indicação é o “Calamares com Purê de lantejas Neras e Endivia Grelhada (mini lulas salteadas com purê de lentilha e tinta de lula, endívia grelhada). Para este prato, recomenda-se uma harmonização com vinho Viña Eguia This is Not Another Malbec.
O Carrileras al Vino com Calabraza e Amendas (corte de bochecha bovina com molho de vinho tinto acompanhado com abóbora na manteiga com sálvia e amêndoas), é uma das iguarias mais requisitadas pelos moradores e visitantes do País Basco. Ela tem uma harmonização perfeita com um Pacheco Pereda C’est La Vie Rose.
Para quem gosta de carne suína, o chef Mauro preparou o “Cochinillo Assado com Lentejas”, barriga de porco assada em baixa temperatura por oito horas, acompanhado de lentilha refogada com bacon e legumes. E para beber com este prato, a indicação é o vinho Viña Eguia De Martino Gallardia Cinsault.
“Pancita de Cerdo com Couscous Marroquino” é outro prato escolho para o festival. Ele é feito com panceta de rolo, assada e pururucada com couscous marroquino, perfeito para ser acompanhado com um vinho Viña Eguia De Martino Gallardia Cinsault.
Tem também uma receita com carne suína: o “Termitas de Res com Guisantes e Purê”. Trata-se de uma releitura do cupim espanhol assado por 12 horas, acompanhado de ervilha torta e purê de mandioquinha. A receita harmoniza com um Viña Eguia This is Not Another Malbec.
O “Pasta Nera com Camarones e Queso Frances” é um prato em homenagem tanto ao País Basco como a França, que são divididos por um rio. Trata-se de um espaguetti nero de sépia ao molho de vinho branco, manteiga e ervas com camarões e queijo de cabra boursin, harmonizado com um Pacheco Peneda One Bottle Of Bubbles.
Para fechar as opções do menu especial, um prato típico espanhol: o “Fideuá Marinera”, uma paella diferente das encontradas no Brasil, elaborada com macarrão cabelo de anjo, frutos do mar e açafrão. Esta receita harmoniza com o Pacheco Pereda C’est La Vie Rose.
Os pratos do festival “A gastronomia do País Basco pelo o Olhar do Chef Mauro” podem ser degustados até o dia 31 de julho, de quinta a sábado no almoço e jantar, e domingo, apenas no almoço.
(Fonte: Comunicação Estratégica)
Fotos: divulgação.
Os artistas Genivaldo Amorim, residente em Valinhos e natural de Umuarama, Paraná, e Jorge Dias, natural de Maputo, Moçambique, protagonizam a exposição “Espécies Nativas”, que será instalada no Parque Municipal Monsenhor Bruno Nardini, ou Parque Festa do Figo, localizado em Valinhos, entre os dias 5, data em que acontece a sua abertura, e 28 de agosto. A visitação será aberta ao público e gratuita.
Uma das obras que estarão expostas será “As Caravelas São Sempre Perigosas”, de Genivaldo Amorim, uma grande instalação composta de 18 peças, com cerca de 160 cm cada, feitas de arame, tecido e espuma, dispostas em cinco fileiras com quatro e três peças em cada uma delas. Por um lado, as peças vermelhas dentro da estrutura metálica lembram o corpo transparente das águas vivas, que deixa vislumbrar seus órgãos internos. Por outro, a disposição das peças no espaço, com os cabos de aço de sustentação, nos remete a um outro tipo de caravela, a embarcação, e nos perigos que ela muitas vezes representava. Uma grande instalação composta por 18 peças, feitas de arame, tecido e espuma.
Também de Genivaldo Amorim, a mostra vai trazer “Peçonhas”, que deriva de outra criação do artista, “Bicho de Corpo Mole, Mas de Pele Boa”. Na nova obra, as peças vermelhas, feitas de tecido pintado e espuma, que antes ficavam na posição horizontal, serão montadas verticalmente, e a cada uma delas será acoplada uma espécie de escultura feita de arame, como um exoesqueleto que estrutura esse corpo mole. A instalação será composta por 30 peças com cerca de 150 cm cada, dispostas em diversas alturas no espaço.
Jorge Dias trará para a exposição “Casulos”, uma obra que foi instalada pela primeira vez no Brasil após o período de formação do artista na Universidade Federal do Rio de Janeiro e já passou por diversos países, acompanhando sua trajetória. Composta, a princípio, predominantemente por roupas usadas – que faziam pensar sobre a história daqueles que as usaram –, ela se transformou ao longo do tempo e passou, aos poucos, a incluir em sua trama materiais mais efêmeros, como papéis, sobras industriais, cordas, barbantes, linhas e espuma, além dos tecidos.
A partir de 2003, a obra passou a ser exposta em espaços exteriores – como o Museu Nacional da Arte de Maputo, Moçambique – o que ressaltou sua efemeridade, fazendo com que sofresse diversas mudanças, também, devido aos impactos do sol, do vento e da chuva, com alterações em suas cores e texturas, e com que se deteriorasse e caísse ao chão. Ao seu redor, nasciam novas plantas e flores. “Era uma verdadeira transformação”, afirma Jorge Dias, que deseja que seus Casulos possam ser uma representação da mudança – individual e social – para novas formas de ser.
Todos os materiais são derivados dos locais onde a obra é produzida, o que possibilita uma maior conexão do artista com cada local. “Casulos” retorna agora ao Brasil produzida com plástico reciclado coletado aqui, em solo brasileiro. Ao final da exposição, os materiais serão reaproveitados ou descartados de forma ecológica.
Além da “Casulos”, o artista Jorge Dias também vai trazer “Fluxos: Linhas e Cores”, construída com materiais simples, basicamente bolas e linhas, que dão forma ao trabalho a partir do acúmulo, repetições e tensões das linhas, que estruturam o conjunto. Essa é uma obra que respeita a arquitetura ou as estruturas (materiais ou naturais) disponíveis no local. As disposições desses pontos de ancoragem são os elementos que darão a conformação final ao trabalho.
A curadoria da mostra será de Andrés Inocente Martín Hernández. A exposição é um projeto realizado com o apoio do ProAC Edital/2021 e será realizada no Pavilhão Vereador Antônio Palácio Netto em Valinhos.
Sobre Genivaldo Amorim
Nascido em Umuarama PR em 1973, Genivaldo Amorim vive e trabalha em Valinhos (SP) desde 1991. Trabalha com instalações, pintura, desenho, objeto, fotografia, videoarte e outras mídias. Sua produção nasce geralmente da identificação de potencialidades de diálogos e do estabelecimento de novas camadas de significados e inter-relações entre sistemas, situações e espaços comuns e artísticos.
Premiado em diversos salões, editais e programas de exposições, além do Brasil, onde expôs em museus como MACC (Campinas SP), Casa das Onze Janelas (Belém PA), MARCO (Campo Grande MS), MAB (Blumenau SC), SESC Tocantins (Palmas TO) e MuBE (São Paulo SP), entre outros, realizou exposições individuais e coletivas em museus e galerias em países como Alemanha, Camboja, Namíbia, Uruguai e Moçambique. É também produtor cultural e curador, e um dos fundadores do Ocupe.Arte, projeto independente de arte sediado em Valinhos.
Sobre Jorge Dias
Nascido em Maputo em 1972, estudou cerâmica na Escola Nacional de Artes Visuais (ENAV) e escultura na Escola de Belas Artes (EBA) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É um dos fundadores do Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique (MUVART). Participou da Feira de Arte de Lisboa, da Bienal de São Tomé e Príncipe e do projeto “Africalls?” em Las Palmas, Espanha. Fez a curadoria para Moçambique na Feira de Arte Madrid (ARCO 06), para Agência Espanhola de Cooperação Internacional (AECI) e para a Bienal TDM de Moçambique. Expôs com o artista brasileiro Nelson Leiner no Centro Cultural de Lagos, em Portugal. Foi curador e diretor adjunto do Museu Nacional de Arte de Moçambique, diretor da Escola Nacional de Artes Visuais (ENAV) e atualmente é diretor do Centro Cultural Brasil-Moçambique, em Maputo.
Sobre Andrés Inocente Martín Hernández, o curador
É artista visual, curador, pesquisador, professor, crítico de arte, produtor cultural, pós doutorando no IA Unesp, Doutor e Mestre em Teoria, Crítica e Produção em Artes Visuais e Licenciado em Educação. Nascido em Cuba, mora e trabalha em São Paulo desde 1998. É autor dos livros “Obras Comentadas – MAM-SP”, “MUnA-UFU” e “Avanti Campinas”, além de “Transgressões Cerâmicas”. Trabalhou como curador e produtor na área de curadoria e exposições na Bienal de Havana (Centro de Arte Contemporáneo Wifredo Lam), Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) e Luciana Brito Galeria, além de membro do Conselho Consultivo de Arte do MAMAM (Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães) em Recife. É um dos fundadores e curador chefe do SUBSOLO Laboratório de Arte, espaço independente de arte localizado em Campinas SP.
Exposição ‘Espécies Nativas’
Artistas: Genivaldo Amorim e Jorge Dias
Local: Pavilhão Vereador Antônio Palácio Netto (dentro do Parque Municipal Monsenhor Bruno Nardini, o Parque da Festa do Figo), em Valinhos
Endereço: R. Dom João VI, 82 – Jardim Planalto, Valinhos – SP
Abertura: 5 de agosto, às 20h00
Visitação: 6 a 28 de agosto
Horários: quartas a sextas, das 13h às 18h; sábados e domingos, das 9h às 17h
Entrada: gratuita
Classificação indicativa: livre.
(Fonte: Onix Press)
Foto: Cris Jatobá.
No dia 9 de julho de 2022, sábado, o SESC Belenzinho recebe Pepe Bueno & Os Estranhos para o lançamento do álbum “Bagunça”. A apresentação ocorre na Comedoria da unidade, que segue com apresentações em novo formato, com público sentado e cadeiras e mesas à disposição da plateia.
No novo show, além do repertório de inéditas, todas cantadas em português, o grupo traz referências desde Guilherme Arantes a Rita Lee & Tutti Frutti, passando pelas versões que estão no disco, como “Agora Eu Sei”, gravada por Roberto Carlos em 1972, uma versão em espanhol para “Dentadura Postiça”, clássico de Raul Seixas, além de psicodelias e rocks de Pepe Bueno misturados ao blues com muita brasilidade.
Na apresentação no SESC Belenzinho, Pepe Bueno (baixo e voz), Xande Saraiva (guitarra e voz), Chico Suman (guitarra e voz), Gabriel Martini/Junior Muelas (bateria) e Alberto Sabella (teclado) sobem ao palco da Comedoria acompanhados por convidados especiais como Ricardo Vignini (viola), Sergio Duarte (gaita), Tata Martinelli(voz), Xando Zupo (guitarra), Fernando Ceah (voz) e o vocalista Fabian Famin do grupo Raíces de América.
REPERTÓRIO DO SHOW
Se Abra | Baião Blues | Calma | Não muda mais | Carona | Caipira Pira | Tempo, um mundo diferente | Nada é Concreto | Rotina | Discou | Agora, eu sei | Tudo Isso | Último dia de verão |Doses Depois | África | Pelo Mar| Xerox Plastificado| Coração Devaneio.
O álbum
O álbum ‘Bagunça’, de Pepe Bueno & Os Estranhos, tem produção de Gabriel Martini e Pepe Bueno. Gravado no Orra Meu Estúdios e no Área 13 Estúdios, conta com 8 faixas, entre autorais e releituras, como pode ser percebido já na primeira faixa autoral “Discou”, uma mistura de rock com disco music, seguindo com “Baião Blues” (Pepe Bueno/ Xande Saraiva/Chico Suman) na mistura de rock com baião, e na faixa título, a balançada “Bagunça” (Pepe Bueno, Marcio Gonçalves e Vagner Nascimento), e no rock rural, “Caipira Pira” (Pepe Bueno/Cesar de Mercês).
Capa do álbum.
Pepe segue bem eclético no seu novo trabalho, nas releituras da balada gravada por Roberto Carlos, “Agora Eu Sei” (Edson Ribeiro/Helena dos Santos) e “Dentadura Postiza”, de Raul Seixas, esta última cantada em espanhol pelo vocalista do Raíces de América, Fabian Famin, e o rock pesado de “Nada é Concreto” (Pepe Bueno/ Fabian Famin), que traz riffs fortes de guitarra.
Finalizando o disco, a faixa “Coração Devaneio”, uma das músicas inéditas do álbum, que teve a letra composta por Xande Saraiva, fala sobre desigualdade social, racismo, fome e realidade brasileira sob o ponto de vista de um violeiro do interior, que não tem muita clareza sobre sua própria ideologia, ao mesmo tempo anda pelo país todo apenas vivendo e cantando: “Viajando no mundo / Pouco sonhos na vida / Hoje não comeu nada / Mente evoluída / Minha música não é de branco / Não é de preto / Minha música é coração devaneio”, demonstrando bem que a banda Pepe & Os Estranhos está em um momento plural da carreira.
Ficha Técnica do álbum
Pepe Bueno (Baixo e Voz)
Xande Saraiva (Guitarra e Voz)
Chico Suman (Guitarra e Voz)
Rodrigo Hid (Guitarra, Teclado e Voz)
Gabriel Martini / Junior Muelas (bateria)
Alberto Sabella (Teclado)
Convidados do álbum:
Ricardo Vignini – Viola e Violão em “Coração Devaneio”
Cezar de Merces – Voz e Gaita “Caipira Pira”
Fabian Famin – Vozes em “Nada é Concreto” e “Dentadura Postiza”
Tata Martinelli – Vozes em “Bagunça”, “Dentadura Postiza” e “Agora eu sei”
Fernando Ceah – Voz em “Agora eu sei”
Xando Zupo – Guitarra em “Nada é Concreto”
Victor Hugo – Metais em “Discou” e “Bagunça”
Marcello Schevano – Guitarra em “Discou”
Marcio Gonçalves – Guitarra em “Bagunça”
Vagner Nascimento – Guitarra em “Bagunça”
Diogo Oliveira – Guitarra em “Bagunça”
Tony Babalu – Guitarra em “Dentadura Postiza”
Produzido por Gabriel Martini e Pepe Bueno
Gravado no Orra Meu Estúdios e AREA 13 Estúdios
Capa assinada por Sandro Saraiva
Pepe e Os Estranhos – Baião Blues (Lyric Video)
Pepe e Os Estranhos – Meu Baião Blues (Lyric Video).
Serviço:
Pepe Bueno & Os Estranhos – Lançamento do álbum “Bagunça”
Participações de Ricardo Vignini (Moda de Rock), Sergio Duarte, Tata Martinelli, Xando Zupo, Fabian Famin (Raíces de América).
Dia 9 de julho de 2022 – sábado, às 20h30
Local: Comedoria (160 lugares)
Duração: 90 minutos
Recomendação etária: 18 anos
Ingressos: R$40 (inteira); R$20 (meia entrada); R$12 (Credencial plena do SESC)
Ingressos à venda no portal sescsp.org.br (https://www.sescsp.org.br/programacao/pepe-bueno-os-estranhos/) a partir de 28/6 às 12h00, e nas bilheterias das unidades do SESC São Paulo a partir do dia 29/6, às 17h
SESC Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000 – Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
Estacionamento
De terça a sábado, das 9h às 22h. Domingos e feriados, das 9h às 20h.
Valores: Credenciados plenos do SESC: R$5,50 a primeira hora e R$2,00 por hora adicional. Não credenciados no SESC: R$12,00 a primeira hora e R$3,00 por hora adicional.
Para espetáculos pagos, após as 17h: R$ 7,50 (Credencial Plena do SESC – trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo). R$15,00 (não credenciados).
Transporte Público: Metrô Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m).
(Fonte: Graciela Binaghi | Assessoria de Imprensa Pepe Bueno & Os Estranhos)