Iniciativa acontece durante a 23ª Semana Nacional de Museus e convida o público a refletir sobre inclusão e criatividade


São Paulo
Fotos: divulgação.
A deputada estadual Leticia Aguiar apresentou projeto de lei reconhecendo como de relevante interesse cultural do Estado de São Paulo o antigo “Caminho do Ouro Paulista”, rota turística que abrange os municípios de Taubaté, Lagoinha, Cunha e Pindamonhangaba. O Projeto de Lei nº 89/2022 também autoriza os Municípios integrantes da rota turística, a constituírem consórcios, observadas as normas legais, com o objetivo de promover a manutenção e expansão do referido percurso.
Após ampla e extensa pesquisa nos documentos seiscentistas do Arquivo Histórico Municipal Felix Guisard, de Taubaté, na coleção das atas da Câmara, no repertório das sesmarias e fontes bibliográficas, com a leitura de cronistas quinhentistas e de autores contemporâneos que se preocupam com o tema, além da cartografia regional, tendo como base os mapas do IBGE atualizados, abrangendo os municípios de Taubaté, Lagoinha e Cunha, assim como nas leituras cartográficas históricas e contemporâneas que disponibilizam documentos do Arquivo Histórico do Exército, comprova-se a existência desse caminho.
Atualmente, partindo da captação da água do Rio Una, esse roteiro até então esquecido abrange os municípios de Taubaté, Pindamonhangaba, Lagoinha, Cunha e, através de seus bairros rurais, em direção ao litoral, na cidade de Parati.
O roteiro encontra-se registrado na Carta Corográfica da Capitania de São Paulo, 1766, copiado do Major Umbelino Alberto Limpo, em 1869, constando nas “Leituras cartográficas históricas e contemporâneas” do Arquivo Histórico do Exército.
Uma vez redescoberto o roteiro – o caminho entre as vilas de Parati e Taubaté – um caminho velhíssimo, anterior ao Caminho Velho, faz-se necessário seu reconhecimento oficial como um dos caminhos mais antigos do Brasil Colonial.
(Fonte: gabinete da deputada)
Participantes também conhecerão a vida de artistas da arte tumular, como Lélio Coluccini, que está enterrado no próprio cemitério. Foto: divulgação.
Mais uma edição do passeio “Saudade e suas vozes” será realizada neste sábado, dia 30 de julho, no Cemitério da Saudade, em Campinas. A participação é gratuita, mas é preciso se inscrever pelo e-mail: oqueteassombra@gmail.com.
O encontro para início da caminhada será às 9h, na frente do Cemitério da Saudade. Haverá arrecadação de alimentos não perecíveis para o Banco de Alimentos de Campinas e de agasalhos e cobertores para a Campanha do Agasalho 2022. A iniciativa tem apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Setec e Sanasa.
O historiador Cridinei Gabriel estará no passeio e, segundo os organizadores, serão contadas as histórias sobrenaturais do Bonde da Morte e de assombrações do próprio cemitério, tendo por base o livro “Muito Além da Saudade”, de Élcio Henrique Ramos. Também serão relembradas histórias sobre os milagreiros dos cemitérios: Maria Jandira, Toninho do Boi Falô, os Três Anjinhos, a Desconhecida e outros.
Os monitores do passeio falarão, ainda, a respeito dos personagens da cidade que estão enterrados do cemitério, como Francisco Glicério, Mário Gatti, Vieira Bueno e até Hércules Florence, um dos inventores da fotografia.
Fatos sobre a vida de artistas da arte tumular, como Lélio Coluccini e Marcelino Velez, serão transmitidos aos participantes. Tanto Coluccini quanto Velez estão enterrados no Cemitério da Saudade de Campinas.
Serviço:
Passeio “Saudade e suas vozes”
Dia: 30/7
Horário: a partir das 9h
Local: Cemitério da Saudade. Praça Voluntários de 32 s/n, Campinas (SP)
Entrada franca
Inscrição: oqueteassombra@gmail.com.
(Fonte: Secretaria de Comunicação | Prefeitura de Campinas)
Foto: divulgação.
A 21ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro abriu a votação para o prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular. Concorrem na categoria Voto Popular os 15 filmes finalistas em Melhor Longa-Metragem Ficção, Melhor Longa-Metragem Documentário e Melhor Longa-Metragem Comédia. Escolha seu favorito (link).
O GP do Cinema Brasileiro está confirmado para agosto de 2022 e acontecerá no Rio de Janeiro. Realizada pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, a maior premiação do audiovisual nacional voltará a ser presencial, depois de dois anos em formato remoto por causa da pandemia. Este ano, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro conta com o Apoio da RioFilme, Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública (SEGOVI) e da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Acompanhamento e Apuração da PwC Brasil.
O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro tradicionalmente acontecia no Rio de Janeiro, mas passou a ser itinerante em 2019 e, nos últimos três anos, foi realizado em São Paulo, com apoio dos governos municipal e estadual. O contrato de apoio para a edição deste ano foi assinado entre a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais e a RioFilme, a Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública (SEGOVI) e a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
Ao todo serão 32 prêmios, em quatro grandes categorias: longa-metragem, curta-metragem e séries brasileiras, escolhidos pelo amplo júri formado por profissionais associados à Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais. A Mostra Filmes Finalistas está sendo realizada de forma gratuita no Rio de Janeiro, Ceará, Bahia, Rio Grande do Sul e Paraíba. Confira mais informações neste link.
Filmes indicados ao prêmio de Melhor Filme na categoria Voto Popular:
7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto. Produção: Andrea Barata Ribeiro, Bel Berlinck e Fernando Meirelles por O2 Filmes, Ramin Bahrani e Alexandre Moratto por Noruz Films.
Depois a louca sou eu, de Julia Rezende. Produção: Mariza Leão por Atitude Produções e Empreendimentos.
Deserto Particular, de Aly Muritiba. Produção: Antonio Gonçalves Junior por Grafo Audiovisual.
Homem Onça, de Vinícius Reis. Produção: Gisela Câmara e Vinícius Reis por Tacacá Filmes.
Marighella, de Wagner Moura. Produção: Bel Berlinck, Andrea Barata Ribeiro, Fernando Meirelles por O2 Filmes e Wagner Moura por Maria da Fé.
A sogra perfeita, de Cris D’Amato. Produção: Sandi Adamiu, Marcio Fraccaroli e André Fraccaroli por Paris Produções.
O Auto da Boa Mentira, de José Eduardo Belmonte. Produção: Luciana Pires, Monica Monteiro e Fátima Pereira por Cine Group.
Quem Vai Ficar com Mário?, de Hsu Chien Hsin. Produção: Virginia Limberger por Sincrocine Produções.
Um casal inseparável, de Sergio Goldenberg. Produção: Roberto Berliner por TvZero e Sergio Goldenberg por Trópicos Arte e Comunicação.
8 presidentes 1 juramento – a história de um tempo presente, de Carla Camurati. Produção: Carla Camurati por Copacabana Filmes e João Jardim por Fogo Azul Filmes.
A última floresta, de Luiz Bolognesi. Produção: Caio Gullane; Fabiano Gullane por Gullane, Lais Bodanzky e Luiz Bolognesi por Buriti Filmes.
Alvorada, de Anna Muylaert e Lô Politi. Produção: Lô Politi por Dramática Filmes, Ivan Melo por Cup Filmes e Anna Muylaert por África Filmes.
Chacrinha, eu vim para confundir e não para explicar, de Micael Langer e Cláudio Manoel. Produção: Angelo Salvetti, Cosimo Valerio e Altino Pavan por Media Bridge Produções.
Cine Marrocos, de Ricardo Calil. Produção: Eliane Ferreira e Pablo Iraola por Muiraquitã Filmes e Ricardo Callil por Olha Só Filmes.
(Fonte: Palavra Assessoria em Comunicação)
“Iluminação”. Fotos: Marcelo Oséas.
Especialista em cultura brasileira, o fotógrafo documental Marcelo Oséas inaugura a sua primeira galeria fotográfica no centro histórico da cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, a Marcelo Oséas Galeria. A partir do dia 31 de julho, às 16h01, o espaço abre as portas e recebe a exposição “Quase Dez Anos”, que revisita a trajetória do artista na fotografia que retrata diferentes povos do Brasil, como os ribeirinhos da Amazônia e os artesãos de Alagoas, ao longo de 21 imagens capturadas nas viagens realizadas pelo país.
Quase Dez Anos
Unindo um recorte de fotografias já conhecidas com outras inéditas do fotógrafo, a mostra é construída por elementos que compõem os modos de viver que existem, resistem e se adaptam ao Brasil contemporâneo. Na seleção, “estão retratados elementos que compõem a forma de vestir, de festejar, de navegar, de comer, de trabalhar e de se viver de diferentes grupos do país”, explica Oséas.
“Cuia”.
Entre as imagens que foram produzidas ao longo de quase 10 anos — a década de trabalho será celebrada em 2023 —, o destaque é a fotografia “O Céu da Dona Laudinete”. A fotografia retrata o teto do ateliê desta artesã que mora no litoral de Alagoas e trança belas cestarias, com a fibra de coco — uma das matérias-primas locais desta região tão rica.
A foto inédita “A Cuia” é um outro exemplo da riqueza de elementos produzidos pelos povos brasileiros. Na imagem, o fotógrafo Oséas registra aquele utensílio que, por natureza, nasce pronto. Apesar da aparente simplicidade, o fruto da cuieira é trabalhado pelos ribeirinhos do Amazonas e ganha marcadores únicos daquela cultura. Hoje, a tradição de fazer cuias é considerada um patrimônio cultural pelo Iphan.
Além do Amazonas e de Alagoas, as fotos da exposição ‘Quase Dez Anos’ foram tiradas em expedições para o Vale do Jequitinhonha (Minas Gerais), o agreste de Pernambuco, Maranhão, Bahia, Paraty, Ubatuba e Ilhabela (litoral de São Paulo). Nessas viagens, Oséas dialogou e fotografou indígenas, caiçaras, quilombolas, ribeirinhos e caipiras de forma social e ecologicamente responsável.
Marcelo Oséas Galeria
“Curumim”.
A Marcelo Oséas Galeria é fundada em um prédio em ruínas, o que não se traduz em nenhum demérito ao espaço. Na verdade, a ideia foi preservar as histórias da construção, localizada em uma esquina do centro histórico da cidade de Paraty.
A construção original das paredes e a estrutura aparente do telhado foram mantidas. Somando a estes elementos já existentes, uma treliça de ferro aramada foi instalada no teto e os quadros descem por cabos visíveis. Enquanto isso, o chão é feito em pó de xadrez vermelho. Do lado de fora, banquinhos estão instalados, como mais um espaço de convivência para locais e turistas.
Todo o mobiliário da galeria é feito com sobras de madeiras, coletadas em estaleiros da cidade de Paraty. Sem iniciativas de reaproveitamento, como esta, todo o material seria incinerado. Este trabalho foi feito por arquitetos locais.
Responsabilidade social e ambiental
Para o artista Oséas, o exercício de fotografar não deve ser apenas clicar as imagens e partir. A melhor foto é feita a partir do diálogo e da troca, o que implica também em contrapartidas sociais. Cada grupo que é fotografado recebe um percentual de venda das fotos por meio de financiamentos para iniciativas que o próprio grupo desenvolve.
Outro ponto de compensação é o ecológico. A cada fotografia comercializada pela galeria — em tiragens limitadas de 50 impressões — uma árvore é plantada. O plantio das mudas é feita através da organização TNC (The Nature Conservancy), o que permite o replantio de espécies típicas de cada bioma beneficiado.
Sobre Marcelo Oséas @marcelooseas
“O céu da Dona Laudinete”.
Fotógrafo documental, Marcelo mora entre as cidades de Paraty e São Paulo. Estudou Ciências Econômicas pela Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA-USP) e atuou por nove anos em grandes companhias brasileiras, assim como no terceiro setor. Migrou integralmente para a fotografia em 2012.
Sua produção está relacionada às expressões artísticas autóctones latino-americanas, assim como culturas tradicionais, como a indígena, caiçara e andina. Mantém como campo de pesquisa os processos de assimilação da sociedade de consumo dos elementos culturais nativos, com sua consequente integração ou eliminação.
Publicações, prêmios e exibições: 2015: Exposição coletiva no V Salão Nacional de Arte Fotográfica de São Caetano do Sul, com a foto “Contato Inicial”; 2016: Convidado a integrar como membro vitalício do Lens Culture Awards, devido ranking de destaque entre fotógrafos de 141 países; 2017: Lançamento de seu primeiro livro “Agridoce Agrestino”; 2018: Foto “Iluminação” pré-selecionada como finalista do prêmio Paraty em Foco; 2019: Exposição individual na Galeria Yankatu, intitulada “Uma Crônica Munduruku”; 2019: Exposição “Duas Crônicas” no Museu A Casa, compartilhada com a designer Maria Fernanda Paes de Barros e 2020: Viagem pelo projeto “Brasis Que Vi” do arquiteto Gabriel Fernandes, para 12 Estados brasileiros (pausado por conta da pandemia).
Serviço:
Exposição “Quase Dez Anos”
A partir do dia 31 de julho de 2022
Local: Marcelo Oséas Galeria – Rua Dr. Pereira, 125 – Centro Histórico de Paraty – RJ.
(Fonte: Fidel Forato Assessoria de Imprensa)
Fotos: Weber Pádua.
Já disse um crítico que a importância de uma banda se mede pela quantidade e qualidade de músicas “indispensáveis” que acabaram ficando de fora do repertório de seu show. Com quase 30 anos de contribuições para as festas, os romances e para a vida dos brasileiros, o Skank já ouviu muito que “faltou esta” e “faltou aquela”. Pois na “Turnê da Despedida”, que celebra a história da banda antes de sua separação por tempo indeterminado, o desafio é encaixar num mesmo roteiro tudo que esses caras já deixaram gravado no coração do público desde o comecinho dos anos 1990. E é nessas horas retrospectivas que a gente vê que foi muita coisa – mesmo para generosas duas horas (ou mais) de show. Depois do período de pandemia, o Skank está de volta aos palcos, com todos os cuidados necessários. E no dia 5 de agosto, a banda se apresenta em Campinas, na Expo Dom Pedro.
Foram nove álbuns de estúdio, alguns deles presença obrigatória em listas de melhores de todos os tempos do pop-rock nacional e que somam mais de cinco milhões de exemplares vendidos; três ao vivo que registraram para a posteridade o nível de ataque e a catarse de seus shows em diferentes fases da carreira; e uma coleção de sucessos que não encontra paralelo nas últimas três décadas no país. Foram cerca de 40 hit singles, 29 deles entre as 100 mais tocadas do ano no Brasil (muitas vezes defendendo sozinhas o pop-rock num mar de sertanejo universitário), 25 em trilhas de novela, dois mega-hits que marcaram fases distintas e igualmente bem sucedidas do grupo (“Garota Nacional” em 1996 e “Vou deixar” em 2004) e um sem-número de favoritas dos fãs que vez por outra aparecem de surpresa nos shows. “Algo parecido”, o single inédito lançado em 2018, passou dos 30 milhões de plays em pouco mais de um ano. E ainda temos a nova “Simplesmente”, delicada balada folk lançada especialmente para acompanhar a Turnê da Despedida. Que belíssimo problema será montar o repertório dos shows.
Até onde podemos enxergar, esta será a última oportunidade de assistir a Samuel Rosa (guitarra e voz), Lelo Zanetti (baixo), Henrique Portugal (teclados) e Haroldo Ferretti (bateria) tocando seus clássicos, juntos, num mesmo palco. Em novembro de 2019, a banda anunciou a separação motivada pelos desejos individuais de experimentar novos caminhos – musicais e pessoais. Sem brigas, sem decadência, sem barracos públicos e sem descartar a possibilidade de reuniões futuras. Pontuais? Comemorativas? Definitivas? Só o tempo dirá. Por hora, é melhor aproveitar a Turnê da Despedida como se não houvesse amanhã.
A separação do Skank é uma forma de colocar um ponto final (ou um ponto-e-vírgula) numa carreira iniciada na curva entre a moda do rock brasileiro dos anos 1980 e uma nova década que apontava para a brasilidade, para o ritmo e para as misturas. Inicialmente uma simpática banda de vinda de Minas Gerais tocando música de inspiração jamaicana, rapidamente o Skank tanto apontou caminhos para toda uma nova geração (de Chico Science, Raimundos, Pato Fu, Jota Quest, Mundo Livre SA, O Rappa e tantos outros) como ganhou musculatura e tamanho de mercado. Isso ali por 1996, quando chegou no incrível feito de ter, no mesmo período de doze meses, dois álbuns diferentes com mais de um milhão de exemplares vendidos – “Calango” e “O Samba Poconé”.
Foram tempos de turnês internacionais, hits no mercado latino e a confiança para arriscar a mudança que viria nos anos seguintes: canções mais melódicas, com mais violões e guitarras e climas psicodélicos. Em meio a momentos tão diferentes, algumas características continuavam: os sucessos na boca do público, as canções na vida das pessoas, os grandes shows pra lavar a alma e a coerência com sua própria história, de olhar para frente e encarar os desafios.
É essa coerência que levou Samuel, Lelo, Henrique e Haroldo a dependurar as chuteiras por hora e buscar desafios em outros territórios. A Turnê de Despedida é a versão da banda para aqueles jogos em que os craques do futebol juntam os amigos, num clima incrível de festa e gratidão. Os craques estarão no palco, os amigos somos todos nós que estivemos juntos a eles por tanto tempo. E vai ser um jogo de goleadas, isso todo mundo sabe.
Serviço:
Skank | Turnê de Despedida
Local: Expo Dom Pedro
Data: dia 5 de agosto | sexta-feira
Horário: a partir das 21h
Preço: ingressos a partir de R$80
(Fonte: Assessoria de Imprensa | Skank)