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Show “Bitita – As composições de Carolina Maria de Jesus” chega em abril ao SESC Pompeia

São Paulo, por Kleber Patricio

Apresentação do show Bitita no Sesc São Carlos. Foto: Mariane Camargo Soares.

O Selo SESC traz o show “Bitita – As composições de Carolina Maria de Jesus” para a capital, em duas apresentações no SESC Pompeia. Nos dias 8 e 9 de abril, os intérpretes Girlei Miranda, Mestre Nico, Nega Duda e Sthe Araujo nos vocais, junto a Xeina Barros, Maurício Badé, Cauê Silva nas percussões, sobem ao palco para celebrar a obra de Carolina Maria de Jesus. O show ainda inclui as participações especiais Lello Bezerra (guitarra), Henrique Araujo (cavaquinho) e Allan Abbadia (trombone). O projeto, lançado no SESC Digital e nas demais plataformas de streaming em 3 de março, é uma reedição do álbum “Quarto de Despejo”, divulgado em 1961 com o mesmo nome do livro que, no ano anterior, tornara Carolina uma escritora conhecida no Brasil e em vários países.

‘Bitita’ foi idealizado no contexto da curadoria da exposição “Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros”, realizada originalmente pelo Instituto Moreira Salles com itinerância no SESC Sorocaba e no SESC Rio Preto. Nascida em 1914 na cidade de Sacramento (MG), Carolina Maria de Jesus, apelidada carinhosamente de Bitita na infância, viu suas composições musicais serem reunidas em disco pela gravadora RCA Vitor em 1961. Na época, os arranjos foram feitos pelo maestro Francisco Moraes, a direção artística foi de Júlio Nagib e teve a participação do grupo Titulares do Ritmo, além da voz da própria Carolina.

Com um repertório baseado no álbum, Sthe Araujo, responsável pela direção artística e pela produção musical do projeto, também prepara mais algumas surpresas para as apresentações no SESC Pompeia. Além disso, o show conta com um figurino especial para os músicos, assinado por Luccas Morais e Renan Soares com imagens de Carolina Maria de Jesus, reforçando a importância dessa figura tão significativa para a história da população negra no Brasil.

O primeiro passo do percurso de “Bitita – As composições de Carolina Maria de Jesus” foi o lançamento do single “Moamba”. Com as vozes de Nega Duda e Sthe Araujo, a composição de Carolina Maria de Jesus conta sobre as mazelas da pobreza com versos como “Eu não tenho casa / Nem comida pra comer / Ai, meu Deus, trabalho tanto / E vivo nesse miserê”. A escritora, que transformou sua vivência como moradora na favela do Canindé, em São Paulo, em arte, voltou também para a música seu olhar perspicaz sobre a pobreza, o racismo e a moradia precária. Ela criou crônicas de um cotidiano que é reconhecido até os dias atuais em inúmeras cidades brasileiras.

Escritora de sua própria história, Carolina Maria de Jesus é uma legítima intérprete do país. Alguém que não só entendeu de modo crítico os problemas do Brasil, como inclusive os viveu em seu próprio corpo. E é através de seu legado, sobretudo em palavras escritas, que tantos outros artistas interpretam e reinterpretam suas obras, tentando superar os desafios enraizados neste território.

Serviço:

Bitita – As composições de Carolina Maria de Jesus

Com Nega Duda, Girlei Miranda, Mestre Nico, Xeina Barros, Maurício Badé, Cauê Silva e Sthe Araujo. Participações especiais: Lello Bezerra, Henrique Araujo e Allan Abbadia

SESC Pompeia

Dias 8 de abril, sábado às 21h e 9 de abril, domingo, às 18h

Teatro: R. Clélia, 93 – Água Branca, São Paulo – SP

Ingressos: R$12 (Credencial Plena), R$20 (meia) e R$40 (inteira) à venda no site a partir de 28/3 e nas bilheterias a partir de 29/3.

(Fonte: Agência Lema)

Pinacoteca de São Paulo recebe mostra “Formas Vivas”, de Elisa Bracher

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Isabella Matheus.

A Pinacoteca de São Paulo acaba de inaugurar a exposição “Elisa Bracher: formas vivas”, no 4º andar da Pinacoteca Estação. Exatos 25 anos após a primeira exibição da artista na Pinacoteca, instalações em madeira, papel e chumbo ocupam as três galerias expositivas do quarto andar do edifício propondo uma organização fluida entre questões que sempre permearam a produção de Bracher: peso, equilíbrio, composição e percurso. Com curadoria de Pollyana Quintella, os trabalhos foram desenvolvidos especialmente para esta exposição.

Desde o início dos anos 1990, Elisa Bracher explora as relações entre forma, matéria e espaço em um percurso que abrange gravuras, esculturas e desenhos que desafiam os materiais no limite de seus atributos. Em 1998, pela primeira vez a artista realizou uma mostra individual na Pinacoteca, ocasião em que expôs no pátio externo e na calçada em frente ao museu um conjunto de suas enormes toras de madeira, obras responsáveis por torná-la amplamente conhecida no cenário artístico brasileiro. Em “Elisa Bracher: Formas vivas”, o público terá acesso a uma apresentação panorâmica do trabalho de Bracher, que responde ao espaço expositivo com três grandes instalações, acompanhadas por composições musicais inéditas de Shen Ribeiro e Rodrigo Felicíssimo, desenvolvidas especialmente para a ocasião.

“‘Elisa Bracher: formas vivas’ desdobra alguns dos aspectos mais importantes da obra da artista. Primeiro, a capacidade de se engajar intimamente com os materiais e suas qualidades; depois, seu modo de lidar com o próprio corpo da instituição como matéria de trabalho. Para Bracher, não há obra antes do espaço – só há obra a partir do espaço, em resposta a ele. Por isso, muitas perguntas foram colocadas ao longo do processo. Por exemplo, quanto peso esse chão suporta? De que é feito o teto? É possível abrir as paredes e as janelas? O edifício é testado física e conceitualmente no limite de sua estrutura. Por fim, como estamos tratando de obras a um só tempo frágeis e vigorosas, é o próprio corpo do público que também é convidado a assumir uma outra postura no museu, uma vez que é preciso se colocar em um estado de cuidado e atenção redobrados para percorrê-las. Trata-se de uma produção que encontra sua força justo no embate com o mundo material e nos conflitos que daí emergem”, conta Pollyana.

“Formas vivas” tem patrocínio da Caterpillar na cota Prata.

Madeira, papel e chumbo

Na primeira sala, uma composição circular de restos de madeiras oriundas de construções rurais e antigas esculturas sugere a iminência de um desabamento, em um equilíbrio instável. Jacarandás, Perobas e Ipês são apresentados ao público como destroços e fragmentos arruinados. Destituída de causa e efeito, a força da obra, chamada de “Novo corpo”, reside em sua ambiguidade: seu esforço de estruturação é frágil, mas persistente.

Ao redor, fotografias em preto e branco da vegetação de São Bento do Sapucaí, município situado na Serra da Mantiqueira, apresentam padrões diversos de folhagens evocando a origem da mata in natura. Vistas juntas, esculturas e fotografias falam de um antes e um depois, em um jogo entre a matéria bruta e o seu usufruto. Se “Novo corpo” põe o espectador em alerta, na medida em que manifesta seu frágil equilíbrio no espaço, desenhos em papel japonês suspensos como uma fina membrana, na sala seguinte, produzem um novo estado de tensão.

Um varal de barras de ferro, responsável originalmente por auxiliar na secagem dos desenhos de grandes dimensões, cruza o espaço da segunda galeria de ponta a ponta. Transportado do ateliê da artista, na Vila Leopoldina, São Paulo, o varal permite que o público observe os papéis como um conjunto, com contornos e áreas preenchidas, traços oleosos e secos, vermelhos, amarelos e negros, em uma espécie de desenho expandido no espaço, de escala arquitetônica, enquanto também assume ares de corpo escultural. Dois vídeos projetados dialogam com os desenhos, transformando-os em coisa viva: um fluxo de óleo e pigmento preenche uma tripa dentro de uma forma de vidro como se testemunhássemos uma operação no interior de um organismo.

Na última galeria, em situação de suposta leveza, lençóis de chumbo se apresentam como retalhos moles. Enormes chapas do material sustentadas por cabos de aço têm sua maleabilidade explorada pela artista para conferir textura e plasticidade, transformando áreas lisas e intactas em matéria deformada. Optando por deixar as janelas da sala abertas, Bracher explora a própria luz natural como meio de expressão da escultura. A capacidade do chumbo de reluzir, de refletir o espaço circundante, colabora aqui para distorcer as dimensões da galeria.

Por fim, o espectador encontrará, depois de percorrer diversas camadas de chumbo, um piano de cauda repousado no espaço. Ao longo da mostra, performances musicais coordenadas por Shen Ribeiro e Rodrigo Felicíssimo serão responsáveis por explorar as propriedades sonoras do chumbo em uma extensa programação de ativações.

Serviço:

“Elisa Bracher: Formas Vivas” – 1/4 a 17/9/2023

Pinacoteca Estação

Funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h – Gratuito.

(Fonte: Pinacoteca de São Paulo)

Guitarra à Brasileira – SESC Avenida Paulista celebra o uso do violão e da guitarra nos diferentes ritmos da música brasileira com shows

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: divulgação.

De 6 a 26 de abril, o SESC Avenida Paulista celebra a guitarra em suas diferentes versões no festival Guitarra à Brasileira. A programação, com co-curadoria de Felipe Cordeiro, conta com 14 shows, com destaque para Armandinho Macêdo convida Manoel Cordeiro, nos dias 14 e 16/4, Pin Ups, que retornam aos palcos depois de três anos, no dia 12/4, Josyara, que apresenta o show “ÀdeusdarÁ”, em 11/4 e Bia Villa-Chan e Lucas Estrela convida Guitarrada das Manas que, nos dias 13 e 14/4, se apresentam em sequência no mesmo espaço, que contará com dois palcos. Além dos shows, no dia 11/4 o bate papo “Identidades da Guitarra Brasileira” reúne Kiko Dunucci e Lúcio Maia, com mediação de Felipe Cordeiro; Manoel Cordeiro ministra, de 11 a 26/4, o curso “Manoel Cordeiro e a Rítimica da Amazônia Brasileira na Guitarra e Violão – Carimbó, Guitarrada, Brega, Marabaixo e Boi-Bumbá”, com inscrições online, a partir de 28/3, e Lúcio Maia faz intervenções na entrada da unidade em dois domingos, 9 e 16/4, para aqueles que estiverem de passagem pela Avenida Paulista aberta.

Sobre o projeto  

Marginalizado no Brasil do início do século XX, o violão tornou-se o principal instrumento harmônico da música popular nacional. Diferente de outros países, aqui a palavra violão foi adotada para referir-se à guitarra acústica. Ao longo dos anos, o instrumento passou a ser tocado em todo o território nacional, sendo apropriado de formas diversas em cada região do país.

Armandinho Macedo convida Manoel Cordeiro. Foto: Lara Lins.

Dos chorões e seresteiros aos violões da região dos Pampas, da guitarra baiana à virtuosa simplicidade da bossa nova, da guitarrada amazônica e seu diálogo com os sons caribenhos às distorções do heavy metal e o apuro técnico de concertistas contemporâneos, a guitarra – elétrica ou acústica – se tornou um pilar fundamental na música brasileira.

A partir de apresentações e atividades formativas, Guitarra à Brasileira constrói um panorama das possibilidades oferecidas pelo instrumento e das sonoridades regionais únicas às quais ele deu origem por todo o país.

Texto do co-curador Felipe Cordeiro

Quando fui convidado para curar artistas de guitarra elétrica e violão para o SESC Avenida Paulista, o que me guiou foi o interesse em fortalecer o caminho para novas experiências. É um novo olhar sobre a cultura brasileira, capaz de abranger ao máximo as informações que são produzidas em variados cantos do país, e que vai gerar na prática um país mais culturalmente diverso. A guitarra elétrica e o violão são instrumentos que assinam parte relevante da sonoridade e da trajetória brasileira; incorporados de maneira absolutamente orgânica e profunda, o jeito como esses instrumentos são usados no Brasil eleva o patamar da idiossincrasia do nosso caldo cultural. Seja pelas linhas harmônicas e melódicas, seja pelo amplo arsenal de referências de músicas pretas e indígenas de todo o território ou, ainda, pelo claro “sotaque elétrico” que se expressa em algumas linguagens de guitarra elétrica no Brasil (na “guitarrada paraense” ou na invenção-uso da “guitarra baiana”, por exemplo), os guitarristas e violonistas descolonizam o olhar, não se limitando a estudar as referências que vieram com o rock, o blues e o jazz (na guitarra elétrica) ou as tradições europeias (no violão). Nós não arremedamos a linguagem internacional; nós geramos uma. Guitarra à Brasileira é uma mostra decolonial desses instrumentos consagrados no mundo todo, mas tocados, muitas vezes, de maneira genialmente peculiar no Brasil.

AGENDA DE SHOWS  

6/4 – quinta

Fábio Zanon – às 19h30 – O violonista Fabio Zanon abre a programação do Guitarra à Brasileira com repertório dedicado às peças violonísticas de Heitor Villa-Lobos e Francisco Mignone.

8/4 – sábado

Marcos Pereira e Paulo Bellinati – às 19h30 – Em ‘Xodós’, Pereira e Bellinati homenageiam grandes mestres da música brasileira, escolhendo músicas de Dilermando Reis, Garoto e Dominguinhos, adaptadas para a sonoridade desse duo.

9/4 – domingo

Marcos Pereira e Paulo Bellinati – às 17h30 – Em ‘Xodós’, Pereira e Bellinati homenageiam grandes mestres da música brasileira, escolhendo músicas de Dilermando Reis, Garoto e Dominguinhos, adaptadas para a sonoridade desse duo.

Lucas Imbiriba – às 16h – Lucas Imbiriba apresenta em seu show um estilo único de tocar violão Fingerstyle com influências da Guitarra Flamenca e do Violão Brasileiro, interpretando hinos do rock clássico, como “Stairway to Heaven” e “Bohemian Rhapsody”, além de temas de filmes e séries televisivas como “Game of Thrones”, “Piratas do Caribe” e “Canción del Mariachi”, do filme “Desperado”.

Lúcio Maia – O guitarrista pernambucano, conhecido por seus trabalhos com a Nação Zumbi e Los Sebosos Postizos, se apresentará de surpresa na calçada em frente ao SESC Avenida Paulista.

11/4 – terça

Josyara – às 19h30 – Josyara apresenta show de ‘ÀdeusdarÁ’. Com dez faixas autorais, uma em parceria com Juliana Linhares e uma com Margareth Menezes, o disco chegou às plataformas digitais em agosto de 2022. Além de compor, cantar e tocar seu violão, Josyara assina os arranjos e a produção musical deste trabalho, que traz o encontro da percussão com o eletrônico e a forte influência do universo musical afrobaiano.

12/4 – quarta

Pin Ups – às 19h30 – Pin Ups se apresenta no palco do SESC Avenida Paulista com um show que irá reunir músicas de seus sete álbuns, lançados durante mais de três décadas de carreira. Essa será a primeira apresentação da banda em três anos.

13/4 – quinta

Bia Villa Chan – às 19h30 – No show “Mulher Fênix – Um Passeio de Guitarra com Olhar Feminino”, a cantora e multi-instrumentista Bia Villa-Chan explora a versatilidade do instrumento, o empoderamento feminino e as riquezas da música brasileira num repertório que passeia por frevo, mangue beat, guitarradas paraenses e mais.

Lucas Estrela convida Guitarrada das Manas – às 20h15 – Lucas Estrela apresenta show inédito com participação de Guitarrada das Manas. Renata Beckman e Beá são artistas presentes na carreira de Lucas há alguns anos. Renata foi guitarrista na banda do artista entre 2016 e 2018. Beá marcou sua participação no álbum “Farol”, de Estrela, onde gravou sintetizadores na faixa “Reflexões”. No repertório, composições próprias e clássicos das “Tecnoguitarradas”.

* Os shows acontecem em sequência no mesmo espaço, que contará com dois palcos.

14/4 – sexta

Lucas Estrela convida Guitarrada das Manas – às 19h30 – Lucas Estrela apresenta show inédito com participação de Guitarrada das Manas. Renata Beckman e Beá são artistas presentes na carreira de Lucas há alguns anos. Renata foi guitarrista na banda do artista entre 2016 e 2018. Beá marcou sua participação no álbum “Farol”, de Estrela, onde gravou sintetizadores na faixa “Reflexões”. No repertório, composições próprias e clássicos das “Tecnoguitarradas”.

Bia Villa Chan – às 20h15 – No show “Mulher Fênix – Um Passeio de Guitarra com Olhar Feminino”, a cantora e multi-instrumentista Bia Villa-Chan explora a versatilidade do instrumento, o empoderamento feminino e as riquezas da música brasileira num repertório que passeia por frevo, mangue beat, guitarradas paraenses e mais.

* Os shows acontecem em sequência no mesmo espaço, que contará com dois palcos.

15/4 – sábado

Armandinho Macêdo convida Manoel Cordeiro – às 19h30 – Armandinho Macêdo comemora seus 60 anos dedicados à música, seus 70 anos de vida e o centenário de nascimento de seu pai, o grande Osmar Macedo, com o show “Bandolim e Guitarra Baiana”, em que apresenta clássicos de seu repertório e conta com a participação especial do mestre Manoel Cordeiro.

16/4 – domingo

Armandinho Macêdo convida Manoel Cordeiro – às 17h30 – Armandinho Macêdo comemora seus 60 anos dedicados à música, seus 70 anos de vida e o centenário de nascimento de seu pai, o grande Osmar Macedo, com o show “Bandolim e Guitarra Baiana”, em que apresenta clássicos de seu repertório e conta com a participação especial do mestre Manoel Cordeiro.

Retirante Cósmico – às 16h – O guitarrista alagoano Rafa Moraes montou essa persona musical para se apresentar nas ruas de São Paulo misturando influências de jazz, guitarrada, rock psicodélico, lambada e mais um caldeirão de canções instrumentais que irão tanto te fazer dançar quanto viajar.

Lúcio Maia – O guitarrista pernambucano, conhecido por seus trabalhos com a Nação Zumbi e Los Sebosos Postizos, se apresentará de surpresa na calçada em frente ao SESC Avenida Paulista.

AGENDA DE ATIVIDADES FORMATIVAS  

11/4 – terça

Bate-papo Identidades da Cultura Brasileira – às 18h – Quais são esses sotaques de guitarra no Brasil? Qual a originalidade em relação ao padrão rock-blues-jazz que marca o mundo euro-estadunidense? Para refletir sobre essas identidades da guitarra no Brasil, foram convidados Lúcio Maia (Nação Zumbi) e Kiko Dinucci (Metá Metá), dois experimentadores natos e instrumentistas com notórias expressões brasileiras, pra discutir o assunto.

De 11 a 26/4 – terças e quartas 

Curso: Manoel Cordeiro e a Rítmica da Amazônia Brasileira na Guitarra e Violão – Carimbó, Guitarrada, Brega, Marabaixo e Boi-Bumbá – às 19h – O escopo do curso conta com a contextualização sobre os ritmos a serem trabalhados, demonstração das várias formas de se tocar as diferentes levadas nos estúdios de gravação e dinâmicas práticas com os alunos inscritos.

Serviço:

Show | Fabio Zanon

Quando: 6 de abril de 2023, quinta, às 19h30

Onde: Arte II – 13º andar

Classificação etária: 14 anos

Duração: 60 minutos.

Ingressos: R$40,00 (inteira), R$20,00 (Meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$12,00 (Credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes). Venda a partir de 28/3, às 12h, pelo Portal SESC SP e nas bilheterias das unidades do SESC SP a partir de 29/3. Limitado a 4 ingressos por pessoa.

Show | Marcos Pereira e Paulo Bellinati – ‘Xodós’

Quando: 8 e 9 de abril de 2023, sábado, às 19h30 e domingo, às 17h30

Onde: Arte II – 13º andar

Classificação etária: 14 anos

Duração: 60 minutos

Ingressos: R$40,00 (inteira), R$20,00 (Meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$12,00 (Credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes). Venda a partir de 28/3, às 12h, pelo Portal SESC SP e nas bilheterias das unidades do SESC SP a partir de 29/3. Limitado a 4 ingressos por pessoa.

Intervenção| Lúcio Maia

Quando: 9 e 16 de abril de 2023, domingos, às 14h30

Onde: Avenida Paulista – entrada da unidade

Classificação etária: Livre

Gratuito.

Show | Lucas Imbiriba

Quando: 9 de abril de 2023, domingo, às 16h

Onde: Praça – Térreo

Classificação etária: Livre

Duração: 60 minutos

Gratuito. Sujeito à lotação.

Bate-papo | Identidades da Cultura Brasileira

Com Kiko Dinucci e Lúcio Maia, mediação de Felipe Cordeiro

Quando: 11 de abril de 2023, terça, às 18h

Onde: Biblioteca – 15° andar

Classificação etária: 14 anos

Duração: 90 minutos

Gratuito. Sujeito à lotação.

Curso | Manoel Cordeiro e a Rítmica da Amazônia Brasileira na Guitarra e Violão – Carimbó, Guitarrada, Brega, Marabaixo e Boi-Bumbá

Com Manoel Cordeiro

Quando: 11 a 26 de abril de 2023, terça e quarta, às 19h

Onde: Espaço Tecnologias e Artes – 4° andar

Classificação etária: 14 anos

Duração: 180 minutos

Inscrições: Online, a partir de 28/3 para Credencial Plena e 31/3 para público em geral. R$25,00 (inteira), R$12,50 (Meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$7,50 (Credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes).

Show | Josyara

Quando: 11 de abril de 2023, terça, às 19h30

Onde: Arte II — 13º andar

Classificação etária: 14 anos

Duração: 60 minutos

Ingressos: R$40,00 (inteira), R$20,00 (Meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$12,00 (Credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes). Venda a partir de 4/4, às 12h, pelo Portal SESC SP e nas bilheterias das unidades do SESC SP a partir de 5/4. Limitado a 4 ingressos por pessoa.

Show | Pin Ups

Quando: 12 de abril de 2023, quarta, às 19h30

Onde: Arte II – 13º andar

Classificação etária: 14 anos

Duração: 60 minutos

Ingressos: R$40,00 (inteira), R$20,00 (Meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$12,00 (Credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes). Venda a partir de 4/4, às 12h, pelo Portal SESC SP e nas bilheterias das unidades do SESC SP a partir de 5/4. Limitado a 4 ingressos por pessoa.

Show | Bia Villa-Chan

Quando: 13 e 14 de abril de 2023, quinta, às 19h30 e sexta, às 20h15

Onde: Arte II – 13º andar

Classificação etária: 14 anos

Duração: 45 minutos

Ingressos: R$40,00 (inteira), R$20,00 (Meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$12,00 (Credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes). Venda a partir de 4/4, às 12h, pelo Portal SESC SP e nas bilheterias das unidades do SESC SP a partir de 5/4. Limitado a 4 ingressos por pessoa.

Show | Lucas Estrela convida Guitarrada das Manas

Quando: 13 e 14 de abril de 2023, quinta, às 20h15 e sexta, às 19h30

Onde: Arte II – 13º andar

Classificação etária: 14 anos

Duração: 45 minutos

Ingressos: R$40,00 (inteira), R$20,00 (Meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$12,00 (Credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes). Venda a partir de 4/4, às 12h, pelo Portal SESC SP e nas bilheterias das unidades do SESC SP a partir de 5/4. Limitado a 4 ingressos por pessoa.

Show | Armandinho Macêdo convida Manoel Cordeiro

Quando: 15 e 16 de abril de 2023, sábado, às 19h30 e domingo, às 17h30

Onde: Arte II – 13° andar

Classificação etária: 14 anos

Duração: 60 minutos

Ingressos: R$40,00 (inteira), R$20,00 (Meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$12,00 (Credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes). Venda a partir de 4/4, às 12h, pelo Portal SESC SP e nas bilheterias das unidades do SESC SP a partir de 5/4. Limitado a 4 ingressos por pessoa.

Show | Retirante Cósmico

Quando: 16 de abril de 2023, domingo, às 16h

Onde: Praça – Térreo

Classificação etária: Livre

Duração: 60 minutos

Gratuito. Sujeito à lotação do espaço.

SESC Avenida Paulista

Avenida Paulista, 119, São Paulo (SP)

Fone: (11) 3170-0800

Transporte Público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m

Horário de funcionamento da unidade: terça a sexta, das 10h às 21h30; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30

Horário de funcionamento da bilheteria: terça a sexta, das 10h às 21h30; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30

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(Fonte: SESC SP)

Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresenta “Giselle”, primeiro balé da temporada 2023

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Alice Bravo.

“Giselle”, um dos balés mais famosos do mundo, que estreou em 1841 na Ópera de Paris, está de volta ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com realização AATM e patrocínio Ouro Petrobras, música de Adolphe Adam, libreto de Théophile Gautier e concepção e adaptação de Hélio Bejani e Jorge Texeira (segundo Jean Coralli e Jules Perrot), a temporada estreia no dia 5 de abril, às 19h e contará com dez récitas – sendo uma apresentação fechada para escolas públicas – com a participação do Ballet e da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal (BTM) sob a regência do maestro Jésus Figueiredo.

No libreto imaginado pelo grande poeta do romantismo francês Gautier, a jovem camponesa Giselle é traída e morre de amor, voltando para vingar-se do amante traidor na forma de uma Willi – espíritos de virgens que morreram antes de se casarem. Vingativas, elas fazem dançar até a morte os homens que encontram na estrada às altas horas da noite.

A primeira bailarina do BTM, Claudia Mota, que estará na estreia de Giselle. Foto: Carlos Villamayor.

Uma das curiosidades de ‘Giselle’ é ser um dos poucos balés dançados ainda em tutu romântico – ou seja, saias das bailarinas na altura da panturrilha que remontam as crinolinas da segunda metade do século XIX. ‘Giselle’ exige técnica e emoção de seus intérpretes, cuja expressão facial conta muito na apresentação da obra. O papel de Giselle é um dos mais ambicionados do repertório, já que exige tanto perfeição técnica, quanto graça e lirismo.

Várias das mais habilidosas bailarinas do mundo representaram esse papel ao longo dos tempos: as célebres Margot Fonteyn, Yvette Chauviré, Natalia Makarova e Carlotta Grisi (para quem o papel foi criado). O Theatro Municipal conheceu Giselle pela primeira vez em 27 de outubro de 1913, dançado pela Companhia de Bailados Russos de Diaghilev e por suas maiores estrelas, Tamara Karsavina e Vaslav Nijinski. O Corpo de Baile do Municipal apresentou-o pela primeira vez em 21 de novembro 1951, com coreografia de sua diretora Tatiana Leskova, que também dançou o papel título. Na vesperal do dia 25, Berta Rosanova deve ter sido a primeira brasileira a dançá-lo em sua versão completa. Duas de suas grandes intérpretes foram as primeiras bailarinas do TMRJ Aurea Hämmerli e Ana Botafogo.

Depois de anos apresentando a tradicional produção de Sir Peter Wright, o BTM mostra uma versão baseada na coreografia original de Jean Coralli e Jules Perrot. A iluminação é assinada por Paulo Ornellas, a cenografia é de Manuel Puoci e o figurino de Tânia Agra. A direção artística do Theatro Municipal do Rio de Janeiro é de Eric Herrero.

Arte: Carla Marins.

A presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino, comemora a estreia de Giselle nesta nova temporada de dança do ano: “‘Giselle’ é um clássico dos ballets. O espetáculo foi encenado no Theatro Municipal algumas vezes, sempre com grande sucesso. Atendendo às demandas do público, encenamos essa obra novamente, como o primeiro título de balé de 2023. Também é uma data muito especial, pois será a última interpretação de Giselle da nossa primeira bailarina, Cláudia Mota”.

“‘Giselle’ é a mais conhecida obra do compositor Adolphe Charles Adam, compositor francês, do período romântico da música. Ele escreve dezenas de óperas e 14 balés, além de muitas cantatas como ‘Oh Noite Santa!’ reconhecida canção natalina. O Ballet ‘Giselle’ foi criado em 1841 e se tornou uma referência, não só na parte coreográfica, mas também na parte musical, influenciando vários outros compositores das gerações seguintes, entre eles o próprio Tchaikovsky. Adam utiliza formas musicais muito curtas, porém sempre muito bem construídas e bem interessantes e belas”, destaca o maestro Jésus Figueiredo.

Ficha Técnica

Solistas:

5 e 15 de abril – Cláudia Mota e Cícero Gomes

6 e 11 de abril – Marcella Borges e Filipe Moreira

8,13 e 16 de abril – Márcia Jaqueline e Cícero Gomes

9 e 14 de abril – Juliana Valadão e Filipe Moreira

12 de abril – Manuela Roçado e Rodrigo Hermesmeyer

Ensaiadores: Jorge Texeira, Aurea Hammerli, Cristiane Quintan, Mônica Barbosa, Priscila Albuquerque

Figurino: Tânia Agra

Iluminação: Paulo Ornellas

Cenografia: Manoel Puoci

Confecção: Pará Produções e Eventos

Concepção e Adaptação: Hélio Bejani e Jorge Texeira, segundo Jean Coralli e Jules Perrot

Balé e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal

Regência: Jésus Figueiredo

Direção Geral: Hélio Bejani

Direção Artística do TMRJ: Eric Herrero.

Serviço:

“Giselle “com Ballet e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal

Ballet dramático em dois atos

Música: Adolphe Adam, revisada por Joseph Horovitz

Libreto: Théophile Gautier, segundo Heinrich Heine

Duração do espetáculo: Cada ato terá 45 minutos de duração, com um intervalo de 15 minutos

Datas: 5, 6, 8, 12, 13, 14 e 15 – 19h / Dias 9 e 16 – 17h / Dia 11 às 14h (somente escolas)

Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Endereço: Praça Floriano, s/nº – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

Classificação: Livre

Haverá uma palestra gratuita uma hora antes de cada espetáculo, realizada no Salão Assyrio.

CICLO DE PALESTRAS GISELLE

 5/4, quarta-feira – 18h – Salão Assyrio (récita 1)

“Os criadores de Giselle” – Jayme Chaves e Paulo Melgaço

6/4, quinta-feira -18h – Salão Assyrio (récita 2)

“O Romantismo na música e na literatura” – Edvan Moraes e Jayme Chaves

8/4, sábado -18h – Salão Assyrio (récita 3)

“O Ballet Romântico” – Teresa Augusta e Paulo Melgaço

9/4, domingo- 16h – Salão Assyrio (récita 4)

“Giselle no TMRJ” – Paulo Melgaço

11/4, terça-feira – 14h Palco/frente da cortina (escolas)

“Descobrindo os personagens” – Ana Botafogo

12/4, quarta-feira – 18h (récita 6)

‘O simbolismo em Giselle” – Jayme Chaves e Paulo Melgaço

13/4, quinta-feira – 18h (récita 7)

“Sílfides, Willis e o sobrenatural” – Jayme Chaves

14/4, sexta-feira – 18h (récita 8)

“O papel do corpo de baile no ballet clássico” – Vera Aragão

15/4, sáb – 18h (récita 9)

“A magia da cena: cenário e figurino” – Leonardo Bora

16/4, dom –16h (récita 10)

“O símbolo da leveza: a sapatilha de ponta” – Liana Vasconcelos.

Ingressos:

Na bilheteria do TMRJ ou através do site theatromunicipal.rj.gov.br

Frisas e Camarotes – R$80,00 (ingresso individual)

Plateia e Balcão Nobre – R$60,00

Balcão Superior – R$40,00

Galeria – R$20,00

Lei de incentivo à cultura – Apoio: Livraria da Travessa, Rádio MEC, Rádio SulAmérica Paradiso, Rádio Roquette Pinto – 94.1 FM

Realização Institucional: Fundação Teatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal

Realização: Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Petrobras, por meio do programa Petrobras Cultural, Governo Federal.

(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)

Selo SESC apresenta projeto ‘Relicário’, que estreia com gravação inédita de João Gilberto

São Paulo, por Kleber Patricio

 

João Gilberto em show realizado em 1998 no Sesc Vila Mariana. Foto: Divulgação/Acervo SESC Audiovisual.

Lançado pelo Selo SESC, o projeto Relicário estreia com gravação inédita do ícone da bossa nova, João Gilberto. A partir do dia 5 de abril o álbum duplo “João Gilberto, ao vivo no SESC”, com o áudio remasterizado da histórica apresentação na unidade Vila Mariana, em 1998, estará disponível gratuitamente e com exclusividade na plataforma SESC Digital. A faixa inédita “Rei sem coroa” também estará nesta data nas principais plataformas de streaming, mas o álbum completo chegará no dia 26 de abril, quando também será lançado no formato físico, em CD.

“O álbum João Gilberto (ao vivo no SESC 1998) inaugura a coleção Relicário, composta por shows gravados em nossas unidades, registros que fazem parte de nosso acervo documental. O lançamento do álbum reforça o compromisso institucional com a valorização do patrimônio imaterial do país e com a democratização do acesso aos bens culturais. Convido a todos a ouvir, de uma só vez, essas 36 canções na voz e no violão do bruxo de Juazeiro, apelido cunhado por Caetano Veloso”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor do SESC São Paulo.

O lançamento celebra os 25 anos da apresentação no SESC Vila Mariana. A unidade havia sido inaugurada em dezembro de 1997 e o pai da bossa nova era um dos primeiros grandes nomes a pisar no palco de seu teatro. João Gilberto estava em turnê para celebrar os 40 anos da bossa nova, com shows agendados em Salvador, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Maceió. São Paulo recebeu três dias de apresentações, sendo a última, em 5 de abril de 1998, a fonte para o material do projeto Relicário. Conhecido por seu perfeccionismo, na época João fez apenas quatro pedidos para a realização do show: um banco para piano, um tapete persa, uma mesa para violão e a acústica perfeita — esse último item foi colocado à prova durante a apresentação, mas o bom-humor do músico e a qualidade da gravação confirmaram o sucesso do novo espaço para apresentações.

O álbum “João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)” é fruto do trabalho de curadoria e gerenciamento do vasto acervo do SESC São Paulo. O pontapé inicial para transformar o registro do show em álbum foi em 2018, quando se iniciaram as movimentações no setor de Acervo Audiovisual do SESC para o resgate da gravação original do show realizada em fita DAT. A fita localizada no acervo do estúdio da unidade Vila Mariana passou então por um processo de remasterização. O primeiro título de Relicário ainda ganhou uma parceria especial: Bebel Gilberto, filha do intérprete, assumiu a supervisão artística do material.

Como costumava fazer em seus shows, João Gilberto mesclou sambas antigos e clássicos da bossa nova nas quase duas horas de apresentação. O destaque da gravação está na música inédita “Rei sem coroa” que, apesar de compor o repertório de alguns shows, nunca foi registrada em estúdio ou gravada oficialmente pelo artista, reforçando a importância do resgate histórico promovido pelo SESC São Paulo. A canção é uma parceria dos compositores Herivelto Martins e Waldemar Ressurreição, inspirada na história do rei Carlos II, da Romênia, que virou residente do Copacabana Palace após ser forçado a abdicar de seu trono durante a Segunda Guerra, em 1940.

Grafite do artista visual Speto no centro de São Paulo Foto: Daniel Frias.

“O Pato”, “Wave”, “Carinhoso” e “Eu sei que vou te amar” são alguns dos clássicos da MPB que compõem o repertório de 36 faixas, que traz músicas de compositores como Ary Barroso, Tom Jobim e Dorival Caymmi, além de Wilson Baptista e Herivelto Martins. A faixa instrumental “Um abraço no Bonfá”, uma homenagem ao violonista Luiz Bonfá (1922–2001), é a única música de autoria própria de João Gilberto interpretada na apresentação no SESC Vila Mariana.

O compositor e letrista Carlos Rennó, que esteve presente no show de 1998, destaca como João Gilberto vai muito além da interpretação. “É interessante observar os cortes e as trocas de palavras que ele aplica às letras originais, pondo em prática um projeto de dissecação, contenção e economia que cria espaços e retira excessos, além de acrescentar lances musicais, intervindo assim nas composições (alheias), das quais se torna, de certa forma, coautor”, observa.

Essa visão de Rennó sobre a importância deste lançamento, além das transcrições das letras com as alterações feitas por João Gilberto detalhadas, faz parte dos materiais que compõem o Relicário e serão disponibilizadas no site do projeto e no encarte do CD.

Arte da capa

Para o lançamento de “Relicário João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)”, o SESC São Paulo convidou Speto, importante nome da arte urbana, a fazer uma versão do grafite realizado por ele em homenagem ao cantor para estampar a capa do álbum. A pintura original foi realizada em 2020 na fachada de um edifício na Avenida Senador Queirós, próximo ao Mercado Municipal, em São Paulo.

Speto relata que a imagem foi desenvolvida usando o mínimo de traços possível, em referência ao minimalismo da bossa nova e, sobretudo, de João Gilberto. O grafite apresenta o artista sentado, abafando seu violão, como se estivesse silenciando o instrumento ao final de uma música, em alusão ao fim de um ato.

Sobre Relicário

O álbum “João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)” marca a inauguração de Relicário, um projeto do Selo SESC de resgate dos áudios de shows históricos realizados em unidades do SESC em São Paulo nas décadas de 1970, 1980 e 1990, remasterizados e formatados como álbuns digitais. A série também oferece o contexto histórico de cada registro por meio de textos, vídeos, fotografias e material iconográfico com folhetos, cartazes e notícias jornalísticas veiculadas na época, que poderão ser acessados pelo público, de forma gratuita no site do projeto.

Entre os dias 5 e 26 de abril, as 36 faixas de “Relicário: João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)” serão disponibilizadas com exclusividade na plataforma SESC Digital, que realizou uma adaptação especial na plataforma para receber materiais em áudio, complementando o catálogo de filmes, cursos e outros 24 mil conteúdos que compõem o serviço sob demanda do SESC São Paulo.

FICHA TÉCNICA

Título: Relicário: João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)

Álbum duplo com 36 faixas

Duração: 1:59:03

Faixas

CD 1

1 – Violão amigo (Autor: Bide / Armando Marçal)

2 – Isto aqui o que é? (Autor: Ary Barroso)

3 – Vivo sonhando (Autor: Tom Jobim)

4 – Nova ilusão (Autor: Menezes / Luiz Bittencourt)

5 – Izaura (Autor: Herivelto Martins / Roberto Roberti)

6 – Curare (Autor: Bororó)

7 – Doralice (Autor: Dorival Caymmi / Antônio Almeida)

8 – Rosa morena (Autor: Dorival Caymmi)

9 – Aos pés da cruz (Autor: Zé da Zilda / Marino Pinto)

10 – Louco (Autor: Henrique de Almeida / Wilson Baptista)

11 – Pra que discutir com madame (Autor: Janet de Almeida / Ary Vidal)

12 – Corcovado (Autor: Tom Jobim)

13 – Retrato em branco e preto (Autor: Tom Jobim / Chico Buarque)

14 – Rei sem coroa (Autor: Herivelto Martins / Waldemar Ressurreição)

15 – Preconceito (Autor: Marino Pinto / Wilson Batista)

16 – Saudade da Bahia (Autor: Dorival Caymmi)

17 – O pato (Autor: Jayme Silva / Neuza Teixeira)

18 – Meditação (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça).

CD 2

1 – Carinhoso (Autor: Pixinguinha / Braguinha)

2 – Guacyra (Autor: Heckel Tavares / Joracy Camargo)

3 – Solidão (Autor: Tom Jobim / Doca)

4 – O amor em paz (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)

5 – A primeira vez (Autor: Bide / Armando Marçal)

6 – Ave Maria no morro (Autor: Herivelto Martins)

7 – Bahia com H (Autor: Denis Brean)

8 – Samba de uma nota só (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)

9 – Caminhos cruzados (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)

10 – Lá vem a baiana (Autor: Dorival Caymmi)

11 – Ave Maria (Autor: Jayme Redondo / Vicente Paiva)

12 – Desafinado (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)

13 – Um abraço no Bonfá (Autor: João Gilberto)

14 – Chega de saudade (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)

15 – A Valsa de quem não tem amor (Autor: Custódio Mesquita / Ewaldo Ruy / João Gilberto / Bebel Gilberto)

16 – Eu sei que vou te amar (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)

17 – Wave (Autor: Tom Jobim)

18 – Esse seu olhar (Autor: Tom Jobim).

Serviço:

Relicário: João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)

Conteúdo: Álbum completo no SESC Digital e single “Rei sem coroa” disponível nas principais plataformas de streaming

Local: SESC Digital (Relicário)

Data: 5 de abril

Conteúdo: Álbum completo no SESC Digital

Local: Principais plataformas de streaming

Data: 26 de abril

Conteúdo: CD

Local: Lojas SESC SP nas unidades e site

Data: 26 de abril.

(Fonte: Agência Lema)