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Arte & Cultura

Campinas

Centro Cultural Casarão será palco do Festival Arreuní! 2024

por Kleber Patrício

O Festival Arreuní! 2024 trará músicos, cantadores e compositores ao Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, Campinas (SP) para uma série de apresentações a partir de 5 de maio (domingo), às 15h, com entrada gratuita. A proposta é divulgar as diferentes vertentes da música tradicional brasileira, reunindo artistas de culturas distintas para compartilhar a diversidade e […]

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Prefeitura promove campanha educativo sobre descarte correto do lixo

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Equipe da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente durante ação de orientação no Parque Ecológico. Fotos: divulgação.

Uma equipe da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente da Prefeitura de Indaiatuba promoveu na manhã de sábado (29/4) uma ação de educação ambiental no Parque Ecológico, com a distribuição de sacolinhas para a população armazenar o lixo produzido durante os passeios e descartar em uma das lixeiras distribuídas no local. A ação faz parte da Campanha Cidade Limpa, lançada pela Prefeitura em abril com a proposta de pedir o apoio dos munícipes e orientar sobre os serviços disponíveis para atender a demanda de descarte do lixo reciclável, móveis e equipamentos velhos e entulhos de pequenas reformas.

Durante toda a manhã, a equipe da Pasta percorreu a pé os dois primeiros trechos do Parque abordando as pessoas que estavam passeando com pets, fazendo piqueniques e praticando esportes. No campo de rugby, foram expostos dois caminhões da Operação Cata Bagulho lotado de móveis, objetos e galhos que foram retirados das ruas da cidade em apenas um dia de trabalho. No local, também foi montado o Ecoponto Móvel com uma agente ambiental da Corpus, empresa responsável pela limpeza urbana do município, atendendo à população. O SAAE levou seu Laboratório das Águas para a ação.

O secretário de Serviços Urbanos, Guilherme Magnusson, acompanhou todo o trabalho de sua equipe e reforçou sobre a importância da população colaborar com a limpeza urbana. “Descantando nosso lixo da forma correta e no local certo, deixamos nossa cidade muito mais limpa, bonita e ainda cuidamos do meio ambiente. Esse é um cuidado que não é responsabilidade apenas da Administração Municipal; é um cuidado que todo cidadão precisa ter. A Prefeitura oferece muitos espaços gratuitos para o descarte correto de todo tipo de material e queremos orientar os munícipes como é simples usá-los”, ressaltou.

Além da ação de sábado, a Campanha Cidade Limpa está presente em outdoors, redes sociais e site da Prefeitura. O objetivo da campanha é mostrar que fazer o descarte de materiais de forma correta em Indaiatuba é fácil e não custa nada.

A Prefeitura mantém serviços gratuitos como a Operação Cata Bagulho, que atende toda a cidade com um cronograma para a retirada de móveis e objetos velhos nos bairro; 38 Ilhas Ecológicas, que recebem papel, plástico, metais e vidro, além de óleo de cozinha usado; quatro Ecopontos, que além de todos os materiais permitidos nas Ilhas Ecológicas e no Cata Bagulho, ainda recebem entulhos gerados por pequenas obras de reforma, com volume equivalente a uma caixa de água de mil litros, lixo eletrônico, pilhas e baterias; e o Projeto Bairro Limpo, com seus mutirões de limpeza nos bairros. Os munícipes só precisam escolher qual a opção que melhor atende suas necessidades.

Confira os endereços das Ilhas Ecológicas e Ecopontos aqui.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

85% das mulheres na música já sofreram discriminação, revela levantamento da União Brasileira de Compositores

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Um levantamento que ouviu mais de 250 autoras, cantoras, produtoras, intérpretes e profissionais do setor da música do Brasil ilustra a gravidade da discriminação e do assédio na indústria. A edição 2023 do relatório do Por Elas Que Fazem a Música – uma iniciativa da União Brasileira de Compositores (UBC) – revela dificuldades e experiências pessoais de mulheres dispostas a contar em detalhes a realidade de um meio que é silenciosamente hostil a elas. Prova disso é que 85% afirmaram ter sofrido discriminação de gênero em algum momento da sua carreira. Muitas deixaram depoimentos sobre pequenos e grandes embaraços ligados ao simples fato de serem mulheres – e você poderá ler alguns deles no final deste texto.

Outro dado alarmante é o de vítimas de assédio na indústria musical. 76% das participantes contaram já terem sofrido algum tipo de assédio no meio. Entre os dias 16 e 29 de março de 2023, 256 mulheres responderam ao levantamento, disponibilizado nas redes sociais da UBC por meio de um formulário digital.

“A UBC apresenta um relatório de grande importância para o mercado fonográfico, que vai além e é também um retrato da sociedade. Um olhar profundo sobre a realidade da profissional mulher, musicistas, compositoras, intérpretes e produtoras neste lugar. Os dados e os relatos mostram o quanto ainda estamos, como mulheres, sendo vistas e tratadas erroneamente. O relatório é mais um importante passo a ser dado rumo a um futuro mais justo para todas as mulheres do mercado. É preciso, precioso, esclarecedor, inteligente, impactante e empoderador. A UBC tem o compromisso e segue acreditando na inclusão, diversidade e principalmente no respeito entre todos, entre profissionais e no protagonismo feminino, em busca de equilíbrio e equidade”, afirma Paula Lima, autora, cantora e presidente da UBC.

Seguindo as classificações do IBGE, a maioria das participantes da pesquisa se identificou como branca (67%), seguidas de pardas (18%) e pretas (13%). Participaram também mulheres indígenas (1,5%) e amarelas (0,5%).

Como se trata de uma pesquisa respondida por iniciativa própria das profissionais, sem que tenham sido aplicados critérios científicos de representação geográfica, etária ou étnica na seleção das participantes, os resultados devem ser lidos como um retrato desse universo específico, o das respondentes. Mas a experiência empírica revela que, em muitos aspectos, elas podem perfeitamente refletir, com mais ou menos precisão, o conjunto das mulheres no mercado musical brasileiro.

Paula Lima, autora, cantora e presidente da UBC. Foto: Diego Melo.

A maioria das respondentes tem entre 31 e 40 anos (36%), seguidas de um número também expressivo de mulheres na faixa entre 41 e 50 anos (24%). As idosas foram minoria, representando 2% apenas, e nenhuma menor de idade respondeu à pesquisa.

A maior parte das respondentes é solteira (51%) e a grande maioria (63%) não tem filhos, o que lança alguma luz sobre a dicotomia entre poder dedicar-se à carreira ou formar uma família, frequentemente imposta às mulheres não só no meio musical, mas no mercado como um todo.

O levantamento aponta, entretanto, que há avanços relacionados à aceitação da diversidade de gênero. Quase a totalidade das respostas vieram de mulheres cisgênero, sendo a maioria delas heterossexuais (65%), seguidas de bissexuais (21%) e homossexuais (10%). As mulheres transgênero representaram 2% das respostas, sendo 1,5% delas bissexuais e 0,5% heterossexuais.

Com iniciativas como a pesquisa e o relatório anual Por Elas Que Fazem a Música, a UBC pretende ressaltar a necessidade urgente de equiparação de direitos, condições de trabalho e rendimentos entre homens e mulheres no mercado musical, algo que beneficiaria toda a cadeia produtiva.

“Março, o ‘mês da mulher’, acabou, mas o debate deve ser fomentado o ano inteiro. Temos acompanhado casos recentes de discriminação e assédio na indústria do entretenimento e essa análise mostra que no mercado musical não é diferente. Recebemos relatos fortes de mulheres igualmente fortes que participaram da pesquisa. Transformar essa dor em dados, nos mostra a urgência de debatermos novos modelos de pensamentos e relações”, ressalta Mila Ventura, gerente de comunicação da UBC e coordenadora do projeto.

A pesquisa está disponível na íntegra no site da UBC.

DEPOIMENTOS

As informações mostradas neste levantamento foram obtidas por meio das respostas de 256 mulheres a um formulário digital, disponibilizado nas redes da UBC durante o período de 16 a 29 de março. Todos os depoimentos abaixo tiveram sua divulgação autorizada por suas autoras, de forma anônima ou não.

“O cara me chamou pra cantar em um evento super importante e depois de eu ser confirmada ele começou a dar em cima de mim. Porém eu não dei bola e quando chegou o dia do evento ele tirou minha participação. Mc’s que me chamaram para feat e quando perceberam que eu não iria ficar com eles desistiram”. Isabella Letícia Bom Soares

“Já passei por todo tipo de assédio e situações desagradáveis. Aos 13 eu já trabalhava como cantora. E sofri um estupro viajando a trabalho. Realmente já passei por muita coisa. Desde ‘brincadeiras’ inconvenientes, tentativas de contato físico à força, até propostas do tipo ‘eu te ajudo você me ajuda’ – tratando-se de favores sexuais em troca de patrocínio. Comecei a trabalhar com 9 anos de idade e acreditem, homens adultos me assediavam mesmo eu sendo pequena, magrinha e criança. Não foi fácil. Mas tô aqui, na luta, com a esperança de que as jovens cantoras de hoje e do futuro sejam respeitadas, protegidas e possam trilhar seus caminhos com liberdade e respeito acima de tudo”. Mel Maia (Melissa da Maia Koslouski)

“Já cheguei ao ponto de bloquear homens que acham que podem tudo. Pessoalmente em shows passados, já ouvi de donos de bares e casas de Show que o cachê seria maior caso usasse menos roupa ou se rolasse um after party particular. Por esse e outros motivos desisti de tocar ao vivo e acabei focando no trabalho online. Pelo menos bloquear o ser inconveniente dá um pouco de paz”. Fabiana Bellentani Cabral de Oliveira

“Precisava de um estúdio para começar a gravar minhas composições e não tinha contato algum com alguém do meio artístico; um rapaz do Facebook viu o meu cover na internet e decidiu ceder o espaço de um estúdio sertanejo para gravar minhas composições. Ele me convidou um dia antes da minha ida a ir para uma festa e durante a conversa ele soltou sem querer que a intenção era ter relações sexuais comigo como forma de pagamento pelas horas que eu teria gravando as minhas músicas no estúdio”. Autora pediu para manter relato no anonimato

“De tantas discriminações que já sofri, a que mais me marcou e quase me fez desistir desse mercado foi quando, em uma live de um renomado produtor musical, que inclusive já trabalhou com os Racionais, eu me ofereci pra uma vaga de estágio e ele respondeu prontamente que estava procurando um estagiário e não uma namorada. É assim que somos vistas”. Fabiana Bellentani Cabral de Oliveira

“Toco com uma banda composta apenas por mulheres e, no último festival que eu toquei, fui totalmente desrespeitada pela equipe de som e palco; não nos permitiram nossa passagem de som conforme o combinado, nos trataram o tempo todo como se não soubéssemos o que estávamos fazendo e, no final de tudo, cortaram a minha última música comigo ainda em cima do palco”. Autora pediu para manter relato no anonimato

“Sou uma mulher negra e empresária, mas sou constantemente confundida com dançarina ou familiares dos artistas que represento”. Ana Paula Paulino

“Uma vez subi no palco para tocar (sou DJ) e, mesmo estando com meus aparatos em mãos, fui bruscamente puxada pelo braço pelo dono do club, pois ele achou que eu era uma frequentadora que estava invadindo a cabine para tietar o artista anterior a mim”. Rafaella De Vuono.

(Fonte: Lupa Comunicação)

Instituto Anelo receberá prêmio em festival de cinema na Itália

Campinas, por Kleber Patricio

Na foto, cena do videoclipe com Gipson Pierre à frente. Fotos: Cláudio Alvim.

O Instituto Anelo receberá um prêmio durante a 16ª edição do Festival Internacional de Cinematografia Social “Tulipani di Seta Nera”, a ser realizado entre os dias 4 e 7 de maio na cidade de Roma, na Itália. A instituição campineira, que oferece aulas gratuitas de música no Distrito do Campo Grande, será representada no evento por seu fundador, Luccas Soares, que viaja para a Itália com as despesas pagas pela organização Ripartiamo onlus, parceira do festival.

A homenagem acontece no dia 6 de maio no complexo The Space Cinema Moderno dentro da programação da seção #socialclip, uma das quatro que compõem a mostra. Na ocasião, Luccas vai falar sobre o trabalho do Anelo. Além disso, será exibido o videoclipe de “Nosso Lugar”, música de autoria de Deivyson Fernandez, Josimar Prince, Luccas Soares e Marisa Molchansky.

“Receber uma homenagem como essa nos enche de alegria porque é o projeto sendo reconhecido lá fora, sendo representado lá fora. E não só o nosso projeto, mas o Distrito do Campo Grande, o Jardim Florence (onde fica a sede do Anelo), a cidade de Campinas e o nosso país”, diz Luccas Soares, que encara o prêmio como um presente de aniversário – o Anelo completa 23 anos no dia 10 de maio. Para ele, exibir o videoclipe de “Nosso Lugar” no Tulipani di Seta Nera supera qualquer expectativa. “Participar de um festival de cinema dá credibilidade para a produção audiovisual do Anelo, que é feita com muita simplicidade e, ao mesmo tempo, com excelência”, afirma.

O fundador lembra que uma das propostas do videoclipe de “Nosso Lugar” é apresentar o Anelo como um lugar que acolhe o diferente. Ao mesmo tempo, diz, a diferença entre as pessoas não é tão grande assim. “A gente pode sim conviver no mesmo espaço, independentemente de opiniões político-partidárias, raça, gênero, até mesmo religião e costumes, tendo como bandeiras o respeito, a gratidão e, claro, o acolhimento. Por isso, estamos honrados e felizes”, completa.

Nosso Lugar

O videoclipe de “Nosso Lugar”, a ser exibido no festival italiano, é uma produção da Sete Mares Filmes e do próprio Instituto Anelo, tendo sido lançado em dezembro de 2022. Com direção de Cláudio Alvim, envolveu mais de 60 pessoas, entre alunos, professores, colaboradores, voluntários, músicos ligados ao Anelo e convidados especiais, além da equipe técnica. Entre essas pessoas estão haitianos, indígenas e descendentes de orientais. Helena Whyte, cofundadora do movimento Minha Campinas, foi a patrocinadora do clipe.

Na foto, cena do videoclipe com Dorothy Jn Baptiste, Gaëlle Jn Baptiste e Ashmide Jn Baptiste.

“Quando recebi a notícia de que o clipe foi convidado para o festival, fiquei muito orgulhoso, não pensando no resultado do meu trabalho como diretor, mas acho incrível a sensação de poder contribuir com pessoas e com iniciativas como o Anelo, que são reconhecidas pelo que fazem. Eu já tive outros trabalhos que rodaram festivais, mas não assinando como diretor. Então, certamente, esse videoclipe já está deixando um registro importantíssimo na minha carreira como diretor e cinematógrafo”, diz o diretor Cláudio Alvim, que é graduado em Música pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e trabalha há 13 anos com audiovisual.

Para assistir o vídeo no YouTube: https://youtu.be/bO-_z-_7gbI.

Festival existe desde 2007

O “Tulipani di Seta Nera”, que quer dizer “tulipas de seda negra”, é organizado pela associação de promoção social L’Università Cerca Lavoro desde 2007 e foi idealizado por Paola Tassone, que atualmente responde pela Direção Artística do festival. A mostra tem como objetivo valorizar o trabalho de jovens criadores que, por meio de suas obras, potencializam o conceito de diversidade, além de outras questões sociais importantes. As produções audiovisuais selecionadas estão divididas em quatro categorias: curta-metragem, filme documentário, #socialclip e web série.

O trabalho do Instituto Anelo chegou até a organização do festival por meio da cantora italiana Susanna Stivali, parceira de longa data do Instituto Anelo, que mostrou o vídeo “Nosso Lugar”, e Grazia De Michele, famosa cantora, compositora e professora de canto que é a diretora artística da seção #socialclip do “Tulipani di Seta Nera”.

Além de Luccas Soares representando o Instituto Anelo, #socialclip homenageará outras três pessoas: Daniela Lucangeli, professora de Psicologia do Desenvolvimento na Universidade de Pádua, especialista em psicologia da aprendizagem e presidente da instituição Mind 4 Children; Alfredo Santoloci, idealizador da BIO – Blind International Orchestra, a primeira orquestra que recebe músicos cegos e deficientes visuais, e Ava Alami, musicista iraniana.

Saiba mais:

– Sobre o Instituto Anelo: anelo.org.br | facebook.com/institutoanelo | Instagram: @institutoanelo| YouTube: Instituto Anelo Oficial | Linkedin: Instituto Anelo.

– Sobre o 16º Festival Internacional de Cinematografia Social “Tulipani di Seta Nera”: https://www.tulipanidisetanera.it/index.php.

(Fonte: Lalá Ruiz Assessoria de Imprensa)

Artesanal Cia de Teatro estreia espetáculo “Azul” no CCBB RJ

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Fotos: João Julio Mello.

A partir do dia 13 de maio, a longeva e premiada Artesanal Cia. de Teatro estreia nacionalmente seu mais novo trabalho para o público infanto-juvenil: “Azul”. Como em todo o repertório da Artesanal (contando 14 espetáculos – dez infanto-juvenis e quatro para adultos e jovens), a direção é de Henrique Gonçalves e Gustavo Bicalho, que assina também o texto e dramaturgia ao lado de Andrea Batitucci. Adultos e crianças a partir de três anos de idade estão convidados a adentrar em uma história de amor entre irmãos unidos pela diferença. O elenco conta com Alexandre Scaldini, Brenda Villatoro, Bruno de Oliveira, Carol Gomes, Marise Nogueira e Tatá Oliveira, com narração de Cleiton Rasga. A temporada vai até o dia 6 de agosto, sempre aos sábados e domingos, às 16h, no Teatro III do CCBB Rio de Janeiro. Ingressos a R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia entrada). O espetáculo ainda circulará pelos Centros Culturais Banco do Brasil em Brasília, Belo Horizonte e São Paulo. O Banco do Brasil patrocina o projeto.

A narrativa é transmitida por meio dos olhos de Violeta, uma menina de quatro anos que está ansiosa pela chegada de seu irmãozinho, Azul. O que ela não imagina é que ele acabará ocupando um espaço inesperado na vida da família. Entre os ciúmes e a aceitação de um irmão tão diferente, Violeta descobre que é preciso aprender a lidar com o que a vida propõe para a solução natural dos conflitos. Afinal, o amor entre os irmãos é maior do que qualquer diferença que possa existir entre eles.

O espetáculo é mais uma imersão do grupo no teatro de animação, com uso de bonecos e máscaras executados pelo artista visual Dante. A trilha sonora traz marchinhas de carnaval, blues, clássicos da música erudita e música minimalista, agindo como elemento narrativo da cena e oferecendo ao público um espetáculo lúdico e engraçado, que vai emocionar as pessoas de todas as idades. “A música deste espetáculo é bem peculiar, porque é usada como uma forma de comunicação com o Azul. A irmã estuda piano e descobre que ele gosta de ouvir quando ela está tocando”, conta Gustavo, que também é responsável pela trilha sonora.

Apesar de não lidar diretamente com a questão do TEA (Transtorno do Espectro Autista), a peça aborda o tema através das percepções de Violeta, que tenta não só compreender o universo do irmão, como busca maneiras de interagir com ele. De forma leve, lírica e bastante incomum, o texto propõe uma visão sobre as relações dentro de uma família que tem um integrante que vivencia o mundo de forma singular. “O primeiro sentimento é o ciúme e depois vem a competição, que, pouco a pouco, vão sendo substituídos pela relação de afeto e confiança. Com isso, temos uma história familiar que se desenvolve dentro de uma dinâmica muito parecida com toda e qualquer família que tem mais de um filho”, diz Henrique Gonçalves.

“Há uma questão na peça que nos é colocada de forma bastante sutil, mas Azul não é o irmão que Violeta esperava ganhar. A família precisa descobrir formas de se comunicar com o menino. Logicamente, o TEA é um espectro muito amplo e não temos como abordar todas as questões relativas a isto. Azul (o irmão) está no espectro autista e tem o seu jeito de ser”, avalia o diretor e autor Gustavo Bicalho.

Para construir o personagem, a Cia contou com a assessoria de Cris Muñoz, atriz, também autista, que tem doutorado e desenvolve uma pesquisa em arte e inclusão. Ela também é mãe de uma menina autista. Segundo Cris, ao abordar de maneira positiva, lúdica, sem discriminação ou romantização a questão do autismo, o espetáculo está propondo um olhar de respeito ao sujeito, de humanização das diferenças e respeito à diversidade. “A família é parte indissociável da vida; nela construímos afetos, construções, aprendemos comportamentos e partilhamos momentos que irão fazer parte do nosso entendimento sobre nós mesmo enquanto indivíduos e enquanto grupo com o qual nos identificamos”, reflete. “Azul” terá uma sessão com acessibilidade em Libras em data ainda a ser confirmada pela produção do espetáculo.

Os atores também têm experiência em aulas para crianças dentro do espectro autista e todo o processo do ensaio traz um momento de conversas e troca de experiências. Segundo a equipe, esta produção está sendo um processo bem rico de aprendizado sobre o tema.

Sobre a Artesanal Cia. de Teatro

Investindo em uma linguagem inovadora e contemporânea, a Artesanal Cia. de Teatro vem agregando desde sua fundação, em 1995, diversas indicações, premiações e o reconhecimento pela imprensa, público e crítica especializada. O foco do trabalho da Cia. encontra-se na pesquisa de uma linguagem narrativa, fundamentada na convergência de diversas técnicas de linguagem, como o teatro de animação (bonecos, sombras e máscaras), canto, cinema e videografismo, explorando a relação do ator com esses elementos.

O maior diferencial do grupo está em exibir um trabalho autoral com extremo rigor estético, textos inteligentes, produções cuidadosas e bem elaboradas, que agradam ao público familiar de todas as faixas etárias. Com 28 anos de atividade no cenário da produção teatral carioca, a Artesanal Cia. de Teatro é tanto uma referência nacional como internacional, com passagens em diversos festivais de teatro pelo Brasil, China e uma residência artística na Alemanha. Site: www.artesanalciadeteatro.com | Instagram: @artesanalciadeteatro.

Ficha Técnica:

Texto e Dramaturgia: Andrea Batitucci e Gustavo Bicalho

Elenco: Alexandre Scaldini, Brenda Villatoro, Bruno de Oliveira, Carol Gomes, Marise Nogueira e Tatá Oliveira

Narração: Cleiton Rasga

Direção Artística: Gustavo Bicalho e Henrique Gonçalves

Concepção, Criação e Confecção de Bonecos e Máscaras: Dante

Direção de Movimento dos Atores e Preparação Corporal: Paulo Mazzoni

Direção de Movimento dos Bonecos e Preparação Técnica Máscara Teatral :Marise Nogueira

Preparação Vocal: Verônica Machado

Figurinos e Adereços: Fernanda Sabino e Henrique Gonçalves

Cenário, Objetos, Adereços de Cena e Baleia: Karlla de Luca

Cenotécnico: Antônio Ronaldo

Direção de Palco: Alexandre Scaldini

Desenho de Luz: Rodrigo Belay

Operação de Luz: Peder Salles

Trilha Musical: Gustavo Bicalho

Desenho de Som Luciano Siqueira

Operação de Som: Pedro Quintaes

Projeto Gráfico: Dante

Direção de Palco: Alexandre Scaldini e Edeilton Medeiros

Programação Visual: Dante

Fotografia: Christina Amaral e João Julio Mello

Cinematografia: Chamon Audiovisual

Assessoria de Imprensa: Alexandre Aquino e Cláudia Tisato

Mídias Sociais: Tatá Oliveira

RP: Evandro Rius

Assistência de Produção: Bruno de Oliveira e Edeilton Medeiros

Consultoria em Acessibilidade Cultural: Cris Muñoz

Acessibilidade em Libras: Jadson Abraão – JDL Traduções

Produção: Marta Paiva

Direção de Produção: Henrique Gonçalves

Idealização: Artesanal Cia. de Teatro

Realização: Centro Cultural Banco do Brasil

Patrocínio: Banco do Brasil.

Serviço:

Azul – Espetáculo da Artesanal Cia. de Teatro

Estreia dia 13 de maio de 2023

Temporada: 13 de maio a 6 de agosto de 2023 – sábados e domingos às 16h

Classificação indicativa: Livre (recomendado a partir dos 3 anos)

Duração: 50 minutos

Centro Cultural Banco do Brasil – Teatro III

Capacidade: 63 lugares

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

Contato: (21) 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br

Mais informações em bb.com.br/cultura

Siga o CCBB nas redes sociais: Facebook Instagram

Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia), emitidos na bilheteria física ou site do do CCBB – bb.com.br/cultura

Meia-entrada para estudantes e professores, crianças com até 12 anos, maiores de 60 anos, pessoas com deficiência e seus acompanhantes e casos previstos em Lei. Clientes BB pagam meia entrada com Ourocard.

(Fonte: Assessoria de imprensa CCBB RJ)

Cisne Negro Cia de Dança comemora 44 anos com apresentações no SESC Bom Retiro

São Paulo, por Kleber Patricio

A Cisne Negro Companhia de Dança comemora 44 anos de existência com três apresentações no SESC Bom Retiro no primeiro final de semana de maio com o espetáculo “Lampejos: uma degustação visual” e “Goitá”, destinado ao público infanto-juvenil. O final de semana recebe também outras apresentações com Cia Gente (RJ) e Camaleão Grupo de Dança (MG).

Com 44 anos de existência, a Cisne Negro Cia de Dança tem em seu repertório vários espetáculos com uma matriz popular e brasileira, além de uma história dedicada à dança. Detentora de prêmios e críticas nacionais e internacionais, a Companhia acredita que a cultura é uma ferramenta de transformação e socialização: “Lampejos: uma degustação visual” é a junção de três obras da Cisne Negro Companhia de Dança: “A Luz que há em ti…” (2018), “Cálice” (2019) e “Lampejos: uma degustação visual” (2022).

Em “Cálice” (2019), a impotência diante da censura e opressão. Foi encomendada pelo jornalista, escritor e educador Gilberto Dimenstein (1956–2020), com música de Chico Buarque de Holanda e Gilberto Gil. Coreografia/Figurinos: Dany Bittencourt. Bailarinos: Renata Soares e Mário Gilberto.

O espetáculo “A luz que há em ti…” (2018) apresenta a capacidade de percepção do mundo e das pessoas e se dá pela luz que é refletida em nós e para dentro de nós. Revelação, Conhecimento e, sobretudo, Autoconhecimento. Coreografia e Concepção: Roberto Amorim. Música: Johann Sebastian Bach. Figurinos: Balletto. Assistente de Coreografia: Patrícia Alquezar. Desenho de Luz: Roberto Amorim.

Lançado em 2022, “Lampejos: Uma degustação visual” apresenta uma coreografia única, inspirada na dança Butoh, tema do mestrado da coreógrafa e criadora Andressa Miyazato, transcendendo o tempo cronológico e nos apresentando uma degustação visual e cênica de sentimentos, sensações e memórias.

A criação também se inspira no reencontro de Andressa Miyazato com a Cisne Negro Companhia de Dança, companhia que foi lar da bailarina por anos. “‘Lampejos’ é a expressão do meu reencontro com a Cisne Negro, companhia em que atuei por 7 anos e que foi meu grande desejo fazer parte. A coreografia conta um pouco do meu trajeto profissional, mas expressa também o sentimento de estar de volta à matriz da companhia onde tudo começou”, explica a coreógrafa.

Coreografia/Concepção: Andressa Miyazato. Música e Interpretação: Jean-Jacques Lemêtre. Engenheiro de Som, Gravações em Paris: Yann Lemêtre. Estúdio, Produção e Gravação no Brasil: Marcello Amalfi. Assistente de coreografia: Rafael Abreu. Figurinos: Adriana Hitomi/Plie. Desenho de Luz: Cristiano Paes. Dia 6 e 7/5. Sábado, das 20h às 21h. Domingo, das 18h às 19h. Livre. Ingressos: R$40 (Inteira), R$20 (Meia) e R$12 (Credencial Plena).

Para crianças

O espetáculo “Goitá”, destinado ao público infanto-juvenil, aborda o universo da cultura popular brasileira por meio dos bonecos de Mamulengos, transformando-os em “bailarinos”. A pequena cidade de Glória do Goitá, localizada a 60km de Recife, é considerada a capital brasileira do Mamulengo e inspira o espetáculo, que homenageia e reverencia o universo do Mamulengo Pernambucano.

O espetáculo conta com a idealização e coreografia de Ana Catarina Vieira, artista que participou das duas companhias, assistência de coreografia de Patrícia Alquezar, criação de bonecos de Dino Soto, trilha sonora do Quinteto Violado, com referência especial a Dudu Alves, edição musical de Cesar Maluf e figurinos com criação e concepção de André Santana e Elson Leite (Atelieles) e Balletto.

O elo entre as duas Companhias permitiu a construção e ousadia em integrar as linguagens da dança ao teatro popular de bonecos e de se aventurar na criação de uma linguagem artística própria, trazendo assim uma nova proposta para o público.

Ficha Técnica – Direção Artística: Hulda Bittencourt e Dany Bittencourt. Direção Cênica e Dramaturgia: Beto Andreetta. Idealização e Coreografia: Ana Catarina Vieira. Assistente de Coreografia: Patrícia Alquezar. Trilha Sonora: Quinteto Violado. Arranjo Musical: Cesar Maluf. Criação de Bonecos: Dino Soto. Confecção de Bonecos: Juciê Batista, Dino Soto, Roni, Beto Andreetta. Criação de Luz: Cristiano Paes. Figurinos. Criação: André Santana e Atelieles (Elson Leite e Márcio Peres). Confecção: Atelieles. Acessórios: Balletto. Produção Pia Fraus: Jackson Íris e Beto Andreetta.

Na sexta (5), o teatro do SESC Bom Retiro, recebe às 20h, o espetáculo “Vírgula”, com a Cia Gente (RJ). Uma peça de dança-teatro escrita e dirigida pelo dramaturgo e antropólogo Paulo Emílio Azevedo. Com nove personagens (referência implícita aos nove círculos do inferno da “Divina Comédia”) dialogam entre gestos, movimentos e textos performáticos para fazer nascer uma ode à lentidão. 14 anos. Ingressos: R$40 (Inteira), R$20 (Meia) e R$12 (Credencial Plena). Os espetáculos “Fio do meio ato nº 2, a travessia desacreditada do esbarrão” e “Vertigem”, com a Cia Gente (RJ), acontecem no dia 6/5, sábado, 17h. “Fio do meio ato nº 2, a travessia desacreditada do esbarrão”, obra de autoria do dramaturgo e antropólogo Paulo Emílio Azevedo, toma como célula o movimento do esbarrão. Nele, observa e provoca uma via de mão dupla: a capacidade de mover corpos e também desse mover abrir espaços de conversação. Na sequência, o espetáculo “Vertigem”, a terceira parte da “Estética do Desequilíbrio”, foi criada no ano de 2020, durante a pandemia do coronavírus. Dada as difíceis condições do momento, o desastre se transformou em solução estética: ARTE. Dia 6/5, sábado, às 17h. Local: Praça de convivência. 14 anos. 45 minutos. No domingo (7), o espetáculo “Verga”, com Camaleão Grupo de Dança (BH), espetáculo de dança contemporânea e urbana que transita entre a resistência e a liberdade como possíveis formas de reação às relações de poder, onde resistir não significa apenas reagir, mas também criar. Dia 7/5, domingo, às 16h. Local: Praça de convivência. Livre.

Ingressos | A venda de ingressos é realizada na semana anterior ao espetáculo, na Terça Online, a partir das 12h, pelo site sescsp.org.br/bomretiro e, na quarta, presencialmente, em todas as unidades do SESC São Paulo.

Serviço:

Vírgula

Com a Cia Gente (RJ)

Dia 5/5, sexta, das 20h às 21h10. Local: Teatro. 14 anos. Ingressos: R$40 (Inteira), R$20 (Meia) e R$12 (Credencial Plena).

Lampejos: uma degustação visual

Com Cisne Negro Companhia de Dança

Dia 6 e 7/5. Sábado, das 20h às 21h. Domingo, das 18h às 19h. Livre. Ingressos: R$40 (Inteira), R$20 (Meia) e R$12 (Credencial Plena).

Fio do meio ato nº2, a travessia desacreditada do esbarrão e Vertigem

Com a Cia Gente (RJ)

Dia 6/5, sábado, às 17h. Local: Praça de convivência. 14 anos. 45 minutos.

Goitá

Cisne Negro Companhia de Dança

Dia 7/5. Domingo, 12h.

R$25 (Inteira), R$12,50 (Meia) e R$8 (Credencial Plena). Crianças até 12 anos não pagam. Livre.

Verga

Com Camaleão Grupo de Dança (BH)

Dia 7/5, domingo, às 16h. Local: Praça de convivência. Livre.

Máscara | É recomendável o uso de máscara nos espaços fechados do SESC.  Nos ambientes de acesso às clínicas odontológicas, ambulatórios e locais de exames dermatológicos, o uso continua obrigatório.

Estacionamento do SESC Bom Retiro - (Vagas Limitadas) | O estacionamento do SESC oferece espaço para pessoas com necessidades especiais, carros de baixa emissão, carros elétricos e bicicletas. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.

Valores: R$5,50 a primeira hora e R$2 por hora adicional (Credencial Plena). R$12 a primeira hora e R$3 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos à noite R$7,50 (Credencial Plena). R$15 (Outros).

Horários: terça a sexta: 9h às 20h; sábado: 10h às 20h; domingo: 10h às 18h. Importante: em dias de espetáculos, o estacionamento funciona até o término da apresentação.

Transporte gratuito | O SESC Bom Retiro oferece transporte gratuito partindo da estação da Luz. O embarque e desembarque ocorrem na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz. Horários: Ida > sexta e sábado, 17h30 às 19h50.  Volta > ao término do espetáculo, de volta à Estação Luz.

SESC Bom Retiro      

Alameda Nothmann, 185. Campos Elíseos, São Paulo – SP. Telefone: (11) 3332-3600

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(Fonte: SESC Bom Retiro)