“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Giuliana Del Nero Velasco, pesquisadora do IPT, conversa com Vagner Barbosa no BW Talks sobre a importância das florestas urbanas. Foto: divulgação.
A arborização nas cidades traz inúmeros benefícios, como o sombreamento, a diminuição da temperatura, a redução da temperatura da superfície do asfalto, o equilíbrio do microclima, a retenção da poluição do ar, e a contribuição para melhorar o ciclo hidrológico em ambiente urbano. “A vegetação urbana, de forma delicada, proporciona qualidade de vida para as pessoas nas cidades”, pontuou Giuliana Del Nero Velasco, pesquisadora da unidade de Cidades, Infraestrutura e Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), durante o BW Talks “Democracia Verde: Florestas Urbanas e Qualidade de Vida nas Cidades”, promovido no dia 6 de outubro.
Segundo a pesquisadora, é um desafio lidar com a natureza na cidade, ainda mais em grandes centros urbanos, que possuem diversos problemas e que direcionam poucos recursos para a arborização. Contudo, a seu ver, é importante priorizar as florestas urbanas e enxergar o tema como uma necessidade básica que se reverte em bens econômicos, uma vez que a vegetação colabora com a saúde da sociedade local.
O termo florestas urbanas já é comumente utilizado fora do Brasil e abrange desde áreas particulares até territórios maiores, como grandes parques públicos e avenidas. Nesse sentido, as calçadas são importantes e podem ser a principal ligação das pessoas com a natureza, principalmente para aquelas que não têm parques próximos de sua residência, por exemplo. “É urgente se ter um viário descente com árvores. Por isso, a necessidade de se ter uma política pública voltada para essa tema”, ponderou Giuliana.
Nesse sentido, ela contou no evento online do Movimento BW – iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) –, que está em tramitação na Câmara Federal a Política Nacional de Arborização Urbana (PNAU) e que os municípios têm avançado nessa área, por meio dos Planos Diretores Municipais, a fim de ter regras mais claras, boas práticas de plantio, manejo, manutenção e cuidado. Também o engajamento da sociedade, com a formação de coletivos para o plantio e manutenção da vegetação nas cidades, tem sido um destaque positivo.
Outro ponto tratado no BW Talks foi a importância do cuidado com o manejo e a manutenção dessas árvores. “Não conseguimos cuidar delas se não soubermos como ela está”, explicou Giuliana. Foram catalogadas cerca de 650 mil árvores no viário de São Paulo, mas ainda não há um inventário qualitativo de modo a se realizar uma manutenção preventiva de acordo com cada situação. Em sua avaliação, há ainda uma desigualdade no plantio, pois há uma dificuldade para realizar a arborização nas periferias, enquanto em áreas nobres, a prática está consolidada.
Desse modo, o caminho para um contingente maior de áreas de florestas urbanas passa pela educação, que fornecerá informações, dando condições para uma gestão participava no cuidado da vegetação. Um exemplo disso foram as oficinas realizadas pelo IPT no CEU Três Pontes na Zona Leste (SP), com o objetivo de despertar o interesse das crianças para a arborização urbana. O Guia “Ideias para Ensinar Plantando”, com o resumo das oficinas, pode ser acessado neste link.
O BW Talks “Democracia Verde: Florestas Urbanas e Qualidade de Vida nas Cidades” está disponível no site oficial do Movimento BW.
(Fonte: Mecânica Comunicação Estratégica)
A combinação da liderança feminina com variáveis de recursos humanos como disponibilidade de mão-de-obra pode potencializar a capacidade fiscal de municípios. Em Minas Gerais, a capacidade fiscal de prefeituras lideradas por mulheres se mostrou 12% melhor do que as prefeituras lideradas por homens. É o que afirmam pesquisadores da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), Indiana University e Texas Tech University, em artigo publicado na revista “Journal of Policy Studies” na última quinta (13).
O estudo se valeu de dados financeiros e de recursos humanos entre 2003 e 2015 referentes a 822 municípios de Minas Gerais. Destes, 449 foram governados por mulheres em pelo menos um ano dentro do período analisado. As informações foram obtidas por meio das bases de dados do Ministério da Economia e das prefeituras e dos resultados eleitorais disponibilizados pelo Superior Tribunal Eleitoral.
O artigo avalia o desempenho fiscal dos municípios considerando a sua capacidade fiscal, a autonomia e a solvência. Variável com maior resultado comparativo, a capacidade fiscal se refere ao quanto as prefeituras são capazes de arrecadar a partir de taxas e impostos, por exemplo, e dividir essa receita entre a população através dos serviços prestados. “Em nossa amostra e de maneira bruta, municípios chefiados por mulheres apresentam capacidade fiscal média de 100,7 reais per capita, enquanto municípios chefiados por homens registram 91,1 reais per capita”, explica o pesquisador Ricardo Gomes, um dos autores do estudo.
Quando a liderança feminina é combinada a variáveis de recursos humanos e fatores como características da gestão dos prefeitos, a capacidade fiscal é de 11,8 reais per capita a mais. O estudo também destaca que municípios geridos por mulheres, por exemplo, têm maior disponibilidade de mão-de-obra.
Segundo Gomes, a novidade da pesquisa está em mapear a capacidade de gestão fiscal dos municípios para além de variáveis normalmente consideradas, como o tamanho da população, escolaridade e renda per capita. Características no comportamento feminino também podem explicar o desempenho fiscal. “Um fato muito interessante que a pesquisa aponta é a falta de significância estatística para as variáveis de escolaridade e formação profissional dos prefeitos e prefeitas. Seria de se esperar que isto fizesse a diferença para aqueles prefeitos sem formação profissional”, comenta o pesquisador.
O próximo passo da pesquisa, de acordo com Gomes, será criar uma escala para comparar o tamanho dos municípios para verificar se os resultados se mantêm e, também, ampliar a análise para municípios de outros estados de modo a perceber se fatores relacionados às diferenças regionais poderiam ter algum impacto nos resultados. “Existe uma percepção de que os fatores regionais, como desenvolvimento econômico e cultura, possam, também, influenciar o desempenho fiscal dos municípios”, explica.
(Fonte: Agência Bori)
Um lugar inusitado serve de palco para a mais nova peça alternativa do Rio de Janeiro: “Realpolitik”. No 14º andar do Edifício Herm Stoltz, no Centro da cidade, um jornalista em estado terminal de câncer (Oscar Calixto) vai ao encontro de um CEO de uma empresa de mineração (Pedro Osório) responsável pela morte de mais de 150 pessoas devido ao rompimento de uma barragem. Antigos conhecidos, eles se reencontram em um escritório de forma abrupta, relembram um pouco do passado, discutem valores, passam por dificuldades emocionais, enaltecem os conceitos da vida e questionam o que realmente tem importância diante de situações tão difíceis.
Com texto inédito da premiada autora Danielle Pereira de Carvalho e direção de Marcello Gonçalves, o espetáculo é um programa totalmente diferente do habitual. Quem for assistir conseguirá usufruir um cenário real e ainda ter uma experiência além do teatro, visitando a exposição do artista plástico Victoriano Rezende em um espaço de quase mil metros quadrados. As apresentações acontecem de quinta a sábado, às 19h, até o dia 29 de outubro.
A exposição no espaço de mil metros quadrados no Centro do Rio
A ideia de montar esse espetáculo surgiu quando o ator Pedro Osório foi ajudar o seu irmão em uma mudança no Canadá e ele aproveitou para assistir a algumas peças de teatro em um Festival em Toronto. Uma delas, “Athabaska”, se passava em um escritório de um prédio comercial. Por coincidência, a cunhada de Pedro trabalhava nesse prédio e não acreditou que ele tinha assistido a uma peça lá. O ator teve que provar que era verdade mostrando o bilhete da peça.
“A história girava em torno de um CEO de uma petroleira que recebia um jornalista que o confrontava com as questões ambientais. Achei essa ideia super interessante como espectador, de estar no ambiente onde a ação se passa. Trouxe para a autora Daniela Pereira de Carvalho, minha colega de CAL com quem já tinha trabalhado em outra peça.Estragaram todos os meus sonhos seus cães miseráveis. E durante a pandemia, pelo período de uns seis meses, ela foi desenvolvendo o texto com as tragédias brasileiras como a de Brumadinho, dos meninos que foram queimados do Flamengo e do estrago em Petrópolis que de anos em anos acontece, e eu sou petropolitano! Nessa montagem, a gente mostra como os diretores e responsáveis pelas empresas lidam com o pós-tragédia e vem a público tentar contornar e ‘limpar’ a imagem da empresa”, conta Pedro Osório.
“Assim que lemos a peça, a primeira impressão foi que ela daria um filme incrível. E foi então que nasceu a ideia de realizá-la numa sala comercial. Difícil mesmo foi achar o espaço ideal. Tentamos coworkings inicialmente, mas não tínhamos verba – apenas amor, ideias e muita vontade de realizar o trabalho. Falamos com amigos e acabou surgindo a sala do edifício Herm Stoltz com o apoio total à nossa ideia”, conta Oscar Calixto.
O texto de Daniela busca entender o custo de uma vida no negócio das grandes corporações. Como conseguir lidar com as reflexões humanas? Um tema atual e qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.
Vídeo: https://drive.google.com/file/d/1hEuX8cCWugyVShORDLArirVQGZJxB7X6/view?usp=drivesdk.
Ficha Técnica
Texto: Daniela Pereira de Carvalho
Direção: Marcello Gonçalves
Elenco: Pedro Osório e Oscar Calixto
Assistência de Direção: Anna Paula Borges
Iluminação: Paulo César Medeiros
Figurinos: Ana Roque
Direção de Movimento: Daniel Leuback
Direção de Produção: Pedro Osório, Oscar Calixto e Marcello Gonçalves
Produtoras: Louise Clós, Malu Falangola e Nathalia Menezes
Assessoria de Imprensa: Alexandre Aquino e Cláudia Tisato
Design Gráfico: Pólem Comunicação
Fotos: Jackeline Nigri
Trilha Sonora: Marcelo H
Sonorização: Leandro Lobo
Intervenção Cenográfica e Exposição Permanente: Victoriano Resende.
Serviço:
Realpolitik
Local: Edifício Herm Stoltz – Presidente Vargas, 409, 14º andar – Rio de Janeiro (RJ)
Temporada: 9/9 a 29/10/2022
Dias: quinta a sábado
Horário: às 19h
Ingressos: de R$15,00 a R$60,00
Capacidade: 60 pessoas
Classificação: 16 anos
Duração: 70 minutos
Link de vendas pela plataforma Sympla: https://www.sympla.com.br/eventos?s=Realpolitik&tab=eventos.
(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)
Nos dias 26 e 27 de outubro, o SESC Sorocaba receberá o show especial “Edu Lobo convida Vanessa Moreno e Ayrton Montarroyos”.
Tendo a fundamental obra de Edu Lobo como fio condutor, os artistas irão se revezar e se unir em canções que pertencem à memória afetiva, musical e cultural brasileira. Para acompanhar o trio, um quarteto de grandes músicos: Cristóvão Bastos (piano/ direção musical), Jurim Moreira (bateria), Jorge Helder (baixo acústico) e Mauro Senise (sopros).
Ingressos pelo SESC:
Credencial plena: R$9,00
Meia entrada: R$15,00
Inteira: R$30,00
Local: Bilheteria do Teatro
Venda on-line a partir de 18/10, terça, às 12h
Venda presencial a partir de 19/10, quarta, às 17h
Produção e criação: Marco de Almeida/MdA International.
(Fonte: MdA International)
Indaiatuba será a próxima cidade a receber a turnê pelo interior paulista do projeto Sentimentos, do Trio Macaxeira, no dia 19 de outubro, às 20h, no Centro Cultural Hermenegildo Pinto (Piano). Antes do show, às 16h, o Trio fará uma oficina gratuita de “Prática de Conjunto em Ritmos Brasileiros”, que também será no Centro Cultural. As duas atividades são abertas e gratuitas.
Para garantir vaga, basta chegar uma hora antes de cada atividade e levar um litro de leite ou de óleo, que serão doados para o Fundo Social de Solidariedade (Funssol). A realização é do ProAC (Programa de Ação Cultural) do Governo do Estado de São Paulo com apoio da Secretaria Municipal de Cultura.
O projeto Sentimentos nasceu a partir da construção de cinco anos de carreira do Trio Macaxeira e conta com diversas iniciativas regionais. O grupo, que tem notoriedade no que diz respeito à pesquisa da música instrumental e reinvenção de composições que fazem parte de um repertório já estabelecido no universo musical brasileiro, também participa da criação de novas músicas que ressoem nos diversos elementos fundamentais que constituem a identidade de uma música genuinamente nacional.
O projeto une show e formação, com programação até novembro em cinco cidades do interior de São Paulo que foram escolhidas para receber o projeto: Campinas, Itapira, Socorro, São José dos Campos e Indaiatuba. A turnê começou pela cidade de Socorro em setembro.
Em cada uma destas cidades, o projeto estabelece parcerias com as respectivas secretarias de cultura e instituições de ensino musical para a realização dos workshops, além de oficinas online sobre as atividades de circulação do projeto. Ao todo serão três oficinas no formato de live com membros da produção do projeto e também convidados externos.
O objetivo é disseminar e estimular o conhecimento sobre a música instrumental brasileira e dividir os processos que envolvem a produção. Essas oficinas buscam levar ao público informações a respeito das diversas funções presentes na produção de um disco, com a participação de seus principais integrantes em formato de bate-papo, o que ajudará os espectadores a entenderem cada uma das funções e a terem uma referência para produzir os seus próprios autorais.
O trio
O Macaxeira é um trio de música instrumental que se formou em Campinas, composto por Eduardo Pereira (bandolim de 10 cordas), Maurício Guil (violão de 7 cordas) e Fernando Junqueira (bateria). A formação instrumental não usual do trio é resultado de uma mistura de elementos que dialogam com tradições heterogêneas da música instrumental.
O bandolim e o violão de 7 cordas são instrumentos ligados ao choro, enquanto a bateria é um instrumento que surgiu inicialmente no contexto da criação do jazz nos Estados Unidos. De tal modo, a música do Trio Macaxeira carrega esta característica híbrida, que transita entre a fundação da música brasileira e suas influências externas mais contemporâneas.
O novo projeto nasceu de uma série de composições do músico Eduardo Pereira (o bandolinista do trio) chamada Sentimentos, que têm por objetivo representar, dentro do campo da música, os diversos afetos de cada um dos idiomas que constituem a música brasileira e que seus variados ritmos podem expressar.
Coadunando com a característica contemporânea da abordagem estética do trio, o disco conta com a direção musical do baterista, produtor e compositor Edu Ribeiro e também com participações do músico Teco Cardoso e o sanfoneiro Toninho Ferragutti, três representantes de gerações distintas da música instrumental brasileira moderna cujas composições têm em comum o diálogo com a tradição musical nacional.
O álbum “Sentimentos” foi gravado no estúdio Dapávirada, em São Paulo, e será lançado no formato de CD e nas plataformas de streaming disponíveis. No processo de estúdio também foram registradas seis das nove composições em vídeo, além da realização de um making off do processo de gravação.
Prática de Conjunto em Ritmos Brasileiros – Workshop com Trio Macaxeira
Data: 19 de outubro
Horário: 16 horas
Inscrições: uma hora antes do início do workshop
Local: Centro Cultural Hermenegildo Pinto (Piano)
Sentimentos – Show com Trio Macaxeira
Data: 19 de outubro
Horário: 20 horas
Ingressos: trocar por um litro de leite ou óleo uma hora antes do show
Local: Centro Cultural Hermenegildo Pinto (Piano)
Endereço: Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 5.924, Jardim Morada do Sol.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)