“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Berna Reale, “Quando todos calam # 2”, 2009, impressão fotográfica sobre papel de algodão ed. 35 + 2 PA, 66 x 100 cm. Foto: Flávio Freire.
A galeria Nara Roesler São Paulo inaugura seu calendário anual de exposições com mais uma edição do Roesler Curatorial Project. A coletiva “Meu corpo: território de disputa”, com curadoria de Galciani Neves, reúne 27 artistas mulheres expoentes de diferentes gerações cujos trabalhos evocam as experiências vivenciadas por corpos reconhecidos como de mulher. “Meu corpo: Território de disputa” abre ao público no dia 11 de fevereiro de 2023, quando a curadora realizará uma visita guiada marcada para o meio-dia.
“Viver em um corpo reconhecido como um corpo de mulher é saber que este corpo pode ser apalpado, violado, avalizado subitamente. Viver em um corpo reconhecido como um corpo de mulher é viver um corpo-escudo, um corpo-flama, apto ao embate. Estamos em estado de combate e defesa”, afirma Galciani Neves, ao definir as inquietações que deram origem a seu projeto curatorial.
Brígida Baltar, Corpo-casa [Mamás], 2020, 19 tijolos esculpidos e vitrine de ferro e madeira ed única, 100 x 118,7 x 44,7 cm. Foto: Erika Mayumi.
A mostra se organiza em três eixos principais, intitulados “A liberdade também é um combate”, “Fabular uma anatomia experiencial” e “Corpo-floresta em desbunde”. Na primeira sessão, figura “Quando todos calam #2” (2009), trabalho icônico de Berna Reale na qual a performer se deita, nua, coberta por vísceras, sobre uma mesa a céu aberto no Mercado Ver o Peso, em Belém. Reale, que também atua como perita criminal, conhece a materialidade da violência em toda sua brutalidade. Outras formas de violência visíveis, como aquela instituída pelas representações da história da arte, aparecem no trabalho de Anna Bella Geiger, assim como a dos padrões de beleza, criticados no sedutor, mas perigoso, vestido de navalhas de Nazareth Pacheco.
A linguagem desponta como estratégia que permeia a exposição na construção de narrativas elusivas e angustiantes, como as bandeiras das Terroristas del amor, o letreiro neon de Lívia Aquino, os desenhos-anotações de Letícia Parente e a colagem de notas fiscais e fotografias de Renata Felinto. As imagens também se guiam pela criação de ficções poéticas e irônicas, como no trabalho “Identidade é ficção” (2019), de Sallisa Rosa, goiana radicada no Rio de Janeiro; também pela fabulação acerca de ataques e violências, como em “Memória demarcada” (2020), da carioca Sumé Vasconcelos (Yina); assim como pelo registro de processos ritualísticos apresentado em “Dissoluções” (2021), de Rubiane Maia, capixaba radicada no Reino Unido.
Como não poderia deixar de ser, o corpo, como força de autoria, e sua anatomia, como estratégia de resistência, aparecem como um dos principais temas dos trabalhos. Os objetos poéticos de Brígida Baltar se destacam pela estranheza das formas corporais distorcidas e dialogam com as esculturas de Josi e pela organicidade minimalista presente nas obras de Flávia Vieira. Já os trabalhos de Djanira, Tadaskia e Hariel Revignet discutem temáticas relacionadas à ancestralidade. A dimensão política, por sua vez, perpassa todos os trabalhos, com destaque para os retratos de Guerrilheiras, da série Alma de Bronze de Virgínia de Medeiros. Durante meses, a artista conviveu com as lideranças femininas do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), fotografando-as em seus lares. Como é comum na prática de Medeiros, o corpo não é só o individual, mas também é um corpo coletivo, um corpo político que constrói, com o outro, o reconhecimento.
Artista participantes: Anna Bella Geiger, Berna Reale, Brígida Baltar, Djanira, Daiara Tukano, Eneida Sanches, Fernanda Gassen, Flávia Vieira, Hariel Revignet, Isabella Beneduci, Josi, Laura Berbet, Letícia Parente, Lívia Aquino, Maré de Matos, Monica Ventura, Nazareth Pacheco, Renata Felinto, Regina Parra, Rubiane Maia, Sallisa Rosa, Sumé Vasconcellos, Tadáskía, Terroristas del Amor , Vânia Medeiros e Virginia de Medeiros.
Serviço:
Coletiva “Meu corpo: território de disputa”
De 11 de fevereiro a 18 de março de 2023
Galeria Nara Roesler | São Paulo
Av. Europa, 655 – Jardim Europa – São Paulo – SP
T.: 55 (11) 2039-5454
Seg a Sex | 10h–19h
Sáb | 11h–15h.
(Fonte: Pool de Comunicação)
A Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, abre inscrições para audição do Grupo de Referência em Danças Urbanas. Os interessados devem se inscrever gratuitamente pelo portal Cultura Online até o dia 8 de fevereiro e a seletiva acontece no dia 11, às 9h, no Centro Cultural Hermenegildo Pinto (Piano).
O Grupo de Referência é destinado a adolescentes de 12 a 17 anos que já tenham conhecimento na modalidade de Danças Urbanas (Hip Hop) para integrar o grupo de referência da Secretaria de Cultura de Indaiatuba, que representa o município em festivais, concursos, premiações e apresentações. “Nossos Grupos de Referência são formados por alunos de nível intermediário e avançado nas mais diferentes modalidades, como Ballet, Jazz e Danças Urbanas”, destaca a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “Esses grupos representam a nossa cidade em festivais e concursos, além de se apresentarem nas programações regulares promovidas pela Secretaria de Cultura”.
Coordenadora dos Grupos de Referência, Daniela Candello explica a importância deste projeto. “Os Grupos de Referência surgem como uma forma de expansão do trabalho que fazemos nas oficinas culturais. São a etapa seguinte de desenvolvimento dos nossos alunos, com aulas mais técnicas e um nível de performance elevado”.
A audição acontece dia 11 de fevereiro, às 9h. Os inscritos devem chegar ao local com 30 minutos de antecedência, portando RG e CPF. “É importante destacar que os alunos selecionados devem ter disponibilidade para frequentar as aulas, que acontecem às sextas-feiras, das 16h às 18h, e aos sábados, das 8h30 às 10h30, além de ensaios extras visando apresentações”, ressalta a coordenadora.
A seletiva e as aulas do Grupo de Referência acontecem no Centro Cultural Hermenegildo Pinto (Piano), localizado na Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 5.924, no Jardim Morada do Sol. Mais informações pelo telefone (19) 3936-2584.
Audição para Grupo de Referência em Danças Urbanas
Inscrições: até 8 de fevereiro – clique aqui
Seletiva: 11 de fevereiro
Local: Centro Cultural Hermenegildo Pinto (Piano)
Endereço: Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 5.924, no Jardim Morada do Sol
Informações: (19) 3936-2584.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
Cursos gratuitos da Imersão de Férias acontecem entre os dias 18 e 22 de fevereiro. Fotos: Lillian Larangeira.
Pela primeira vez, a Associação Camerata Filarmônica de Indaiatuba (Acafi) promove sua Imersão de Férias, um festival destinado a alunos iniciantes de música de 7 a 17 anos durante o feriado prolongado de Carnaval. Gratuitos, os cursos de Cordas Friccionadas e Canto Coral serão ministrados por dois profissionais convidados: o maestro Enaldo Oliveira e Juliana Melleiro.
As inscrições são online e acontecem até 12 de fevereiro. Os cursos acontecem entre os dias 18 e 22 do mesmo mês. A iniciativa é da Acafi, com apoio da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
A programação contará com aulas presenciais e formação de prática de conjunto para apresentação no Concerto de Encerramento, com a Orquestra Didática de Cordas e o Coro Infanto-Juvenil da Imersão. Serão disponibilizadas 40 vagas de violino, 16 de viola clássica, 16 de violoncelo, quatro de contrabaixo acústico e 80 de canto coral.
As inscrições acontecem até 12 de fevereiro em https://forms.gle/fBFUxyehk3ra724g6 e o preenchimento das vagas será feito por ordem de chegada. Os alunos do Projeto Camerata Comunidade terão prioridade na seleção, mas todos podem se inscrever.
Após o preenchimento da ficha de inscrição, os interessados devem aguardar o dia 13 de fevereiro, quando a Acafi divulgará a lista de alunos com inscrição confirmada. Para as aulas de Cordas Friccionadas, o aluno deverá levar material básico para anotações, como caderno, caneta, lápis e borracha, além do instrumento musical. Se o aluno não tiver, deve entrar em contato com a Acafi para solicitar o empréstimo.
“A Imersão de Férias da Acafi acontece durante o feriado prolongado de Carnaval, propondo o caráter de real imersão ao estudo musical durante um período de férias ou descanso, como ocorre em muitos cursos e festivais pelo país”, destaca a maestrina e diretora artística da Camerata, Natália Larangeira. O evento conta ainda com coordenação pedagógica de Sabrina Passarelli.
PROGRAMAÇÃO
18 de fevereiro
9h às 12h – Aulas Coletivas de Cordas Friccionadas e Canto Coral
14h às 17h – Ensaios: Orquestra Didática de Cordas e Coro Infanto-Juvenil
20h – Concerto de Abertura da Imersão
19 e 20 de fevereiro
9h às 12h – Aulas Coletivas de Cordas Friccionadas e Canto Coral
14h às 17h – Ensaios: Orquestra Didática de Cordas e Coro Infanto-Juvenil
21 de fevereiro
9h às 12h – Aulas Coletivas de Cordas Friccionadas e Canto Coral
14h às 17h – Ensaios: Orquestra Didática de Cordas e Coro Infanto-Juvenil
20h – Concerto da Programação
22 de fevereiro
9h às 12h – Aulas Coletivas de Cordas Friccionadas e Canto Coral
Local: Centro Cultural Hermenegildo Pinto (Piano)
Endereço: Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 5.924, Jardim Morada do Sol
15h às 16h30 – Ensaio Geral: Orquestra Didática de Cordas da Imersão
17h às 18h30 – Ensaio Geral: Coro Infanto-Juvenil da Imersão
20h – Concerto de Encerramento da Imersão, com a Orquestra Didática de Cordas e Coro Infanto-Juvenil
Local: Sala Acrísio de Camargo, no Ciaei
Endereço: Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 3.665, Jardim Regina
Inscrições: https://forms.gle/fBFUxyehk3ra724g6
Informações via WhatsApp: (19) 98445-3000 ou (19) 98303-7213.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
A reciclagem é uma das boas práticas apresentadas para reduzir a quantidade de resíduos que vai para os aterros e abrange uma grande diversidade de materiais possíveis de serem transformados novamente em matéria-prima. No entanto, existem alguns resíduos que vão diretamente para o lixo devido a sua complexidade.
Pouco se fala sobre quais aspectos separam os resíduos “recicláveis” dos “não recicláveis”. A verdade é que essa classificação se dá basicamente por questões econômicas. A reciclagem se inicia com a coleta destes materiais, seguida pelo transporte, manuseio, armazenamento e, por fim, a etapa final que envolve o processamento. Quando o custo deste processo é inferior ao valor adquirido com a comercialização da matéria-prima reciclada, é possível realizar algum lucro, logo, o resíduo poderá ser considerado “reciclável”, como é o caso dos papelões e das latinhas de alumínio. Porém, quando o resultado financeiro dessa equação é negativo, os resíduos entram automaticamente para a lista dos “não recicláveis”.
No Brasil, existem muitos catadores, em grande parte, por necessidade de sobrevivência. Certos produtos e embalagens descartados não se apresentam como uma opção viável de coleta por demandarem um esforço que não se traduz em retorno financeiro e, por conta disso, acabam sendo rejeitados.
A TerraCycle, líder global em soluções de reciclagem e plataforma de reuso, torna possível reciclar exatamente os itens que são desprezados pelos agentes de reciclagem (catadores e cooperativas). “Isso é possível quando empresas como fabricantes e/ou varejistas entram na equação e passam a custear tanto a logística reversa quanto o processamento dos produtos e embalagens que foram colocados no mercado e que se tornaram resíduo no final de seu ciclo de vida”, aponta Renata Ross, gestora de Marketing e Relacionamento da empresa.
Os especialistas da TerraCycle analisam os materiais e desenvolvem processos para reciclar itens difíceis, transformando-os em matéria-prima para posterior reintrodução no ciclo produtivo. Para Renata, é muito importante que as pessoas adotem ações conscientes sobre os resíduos gerados em seu cotidiano. “Com a TerraCycle, você pode reciclar diversos tipos de resíduos costumeiramente rejeitados pelas cooperativas, tais como cápsulas de café, esponjas de cozinha, instrumentos de escrita e brinquedos, entre outros”, explica.
No entanto, Renata convida os consumidores a irem além. “Um passo importante para quem deseja reduzir a sua ‘pegada ambiental’ é estabelecer planos e metas individuais de redução do lixo gerado e incentivar pessoas próximas a fazerem o mesmo. A primeira e mais importante medida consiste na aplicação diária dos 5R ‘s, respeitando a seguinte ordem: Repense, Recuse, Reduza, Reuse e, por fim, Recicle tudo o que for possível”, finaliza.
Sobre a TerraCycle
A TerraCycle é uma empresa inovadora de gestão de resíduos que atua em 21 países com a missão de Eliminar a Ideia de Lixo®. É líder global em soluções únicas de reciclagem, conteúdo reciclado e reuso e faz parcerias com empresas, comunidades e consumidores para contribuir com a transformação de uma economia linear para circular.
No Brasil, a entidade atua por meio de Programas Nacionais de Reciclagem em parceria com instituições e consumidores, cujo propósito é oferecer o descarte correto de embalagens e produtos complexos, que podem ser enviados de forma gratuita pelas agências dos Correios e, ainda, apoiar entidades sociais e escolas públicas.
(Fonte: Seven PR)
Com duas autorias femininas na dança, o Balé da Cidade de São Paulo apresenta o espetáculo duplo “Fôlego” e “Motriz”, na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal. A primeira, “Fôlego”, com concepção e coreografia de Rafaela Sahyoun e trilha sonora de The Field; já a segunda obra da noite, “Motriz”, é assinada por Cassi Abranches, com trilha sonora original da banda BaianaSystem. As apresentações serão realizadas entre os dias 2/2 e 10/2 (exceto dia 6/2). As coreografias têm duração de aproximadamente 60 minutos, com intervalo de 20 minutos entre a primeira e a segunda, e os ingressos vão de R$12 a R$84 (inteira).
Em “Fôlego”, a coreógrafa Rafaela Sahyoun pensa um jogo incansável influxo. Entre acontecimentos interpessoais que aproximam e distanciam, ‘Fôlego’ vai gradualmente transformando o movimento do balé em uma celebração do erotismo de estar vivo. Na coreografia, a eletricidade nos corpos emergentes criam atualizações no espaço, em um gesto que vai da resistência de tempos sombrios à ação de transformação coletiva. O espetáculo tem Joaquim Tomé na produção musical e The Field em um trilha sonora repleta de texturas e reverberações potentes.
Já a apresentação da segunda metade da noite, “Motriz”, traz uma coreografia voltada para forças de origens distintas, mecânica, braço, perna, alavanca, engrenagem e máquina. O tônus e o movimento, corpo, som e arte. Motriz é a força que move. Convidados para compor a trilha sonora original do trabalho, o BaianaSystem mergulha nas nuances mais íntimas e experimentais da relação que o som tem com o nosso corpo. O grupo é um dos mais influentes e energéticos do cenário da música brasileira.
Para a criação da coreografia, Cassi pesquisou os vários significados e derivações do conceito de força e potência. “Em muitos momentos de ‘Motriz’, o que dá ritmo e pulso é a força do próprio movimento de dança para, então, a potência sonora e a corporal se unirem. Os bailarinos tremem como se tivessem recebido um choque e a corrente elétrica é descarregada por todos os poros dos corpos dançantes”, explica a coreógrafa.
Balé da Cidade de São Paulo
Programa: “Fôlego” e “Motriz”
Temporada 2 a 10 de Fevereiro
Dias 2/2, às 20h | 3/2, às 20h | 4/2, às 17h | 5/2, às 17h | 7/2, às 20h | 8/2, às 20h | 9/2, às 20h | 10/2, às 20h
Duração: 80 minutos
Ingressos: R$12,00 a R$84,00 (inteira)
Classificação indicativa: Livre.
(Fonte: Theatro Municipal de São Paulo)