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Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresenta “Giselle”, primeiro balé da temporada 2023

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Alice Bravo.

“Giselle”, um dos balés mais famosos do mundo, que estreou em 1841 na Ópera de Paris, está de volta ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com realização AATM e patrocínio Ouro Petrobras, música de Adolphe Adam, libreto de Théophile Gautier e concepção e adaptação de Hélio Bejani e Jorge Texeira (segundo Jean Coralli e Jules Perrot), a temporada estreia no dia 5 de abril, às 19h e contará com dez récitas – sendo uma apresentação fechada para escolas públicas – com a participação do Ballet e da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal (BTM) sob a regência do maestro Jésus Figueiredo.

No libreto imaginado pelo grande poeta do romantismo francês Gautier, a jovem camponesa Giselle é traída e morre de amor, voltando para vingar-se do amante traidor na forma de uma Willi – espíritos de virgens que morreram antes de se casarem. Vingativas, elas fazem dançar até a morte os homens que encontram na estrada às altas horas da noite.

A primeira bailarina do BTM, Claudia Mota, que estará na estreia de Giselle. Foto: Carlos Villamayor.

Uma das curiosidades de ‘Giselle’ é ser um dos poucos balés dançados ainda em tutu romântico – ou seja, saias das bailarinas na altura da panturrilha que remontam as crinolinas da segunda metade do século XIX. ‘Giselle’ exige técnica e emoção de seus intérpretes, cuja expressão facial conta muito na apresentação da obra. O papel de Giselle é um dos mais ambicionados do repertório, já que exige tanto perfeição técnica, quanto graça e lirismo.

Várias das mais habilidosas bailarinas do mundo representaram esse papel ao longo dos tempos: as célebres Margot Fonteyn, Yvette Chauviré, Natalia Makarova e Carlotta Grisi (para quem o papel foi criado). O Theatro Municipal conheceu Giselle pela primeira vez em 27 de outubro de 1913, dançado pela Companhia de Bailados Russos de Diaghilev e por suas maiores estrelas, Tamara Karsavina e Vaslav Nijinski. O Corpo de Baile do Municipal apresentou-o pela primeira vez em 21 de novembro 1951, com coreografia de sua diretora Tatiana Leskova, que também dançou o papel título. Na vesperal do dia 25, Berta Rosanova deve ter sido a primeira brasileira a dançá-lo em sua versão completa. Duas de suas grandes intérpretes foram as primeiras bailarinas do TMRJ Aurea Hämmerli e Ana Botafogo.

Depois de anos apresentando a tradicional produção de Sir Peter Wright, o BTM mostra uma versão baseada na coreografia original de Jean Coralli e Jules Perrot. A iluminação é assinada por Paulo Ornellas, a cenografia é de Manuel Puoci e o figurino de Tânia Agra. A direção artística do Theatro Municipal do Rio de Janeiro é de Eric Herrero.

Arte: Carla Marins.

A presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino, comemora a estreia de Giselle nesta nova temporada de dança do ano: “‘Giselle’ é um clássico dos ballets. O espetáculo foi encenado no Theatro Municipal algumas vezes, sempre com grande sucesso. Atendendo às demandas do público, encenamos essa obra novamente, como o primeiro título de balé de 2023. Também é uma data muito especial, pois será a última interpretação de Giselle da nossa primeira bailarina, Cláudia Mota”.

“‘Giselle’ é a mais conhecida obra do compositor Adolphe Charles Adam, compositor francês, do período romântico da música. Ele escreve dezenas de óperas e 14 balés, além de muitas cantatas como ‘Oh Noite Santa!’ reconhecida canção natalina. O Ballet ‘Giselle’ foi criado em 1841 e se tornou uma referência, não só na parte coreográfica, mas também na parte musical, influenciando vários outros compositores das gerações seguintes, entre eles o próprio Tchaikovsky. Adam utiliza formas musicais muito curtas, porém sempre muito bem construídas e bem interessantes e belas”, destaca o maestro Jésus Figueiredo.

Ficha Técnica

Solistas:

5 e 15 de abril – Cláudia Mota e Cícero Gomes

6 e 11 de abril – Marcella Borges e Filipe Moreira

8,13 e 16 de abril – Márcia Jaqueline e Cícero Gomes

9 e 14 de abril – Juliana Valadão e Filipe Moreira

12 de abril – Manuela Roçado e Rodrigo Hermesmeyer

Ensaiadores: Jorge Texeira, Aurea Hammerli, Cristiane Quintan, Mônica Barbosa, Priscila Albuquerque

Figurino: Tânia Agra

Iluminação: Paulo Ornellas

Cenografia: Manoel Puoci

Confecção: Pará Produções e Eventos

Concepção e Adaptação: Hélio Bejani e Jorge Texeira, segundo Jean Coralli e Jules Perrot

Balé e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal

Regência: Jésus Figueiredo

Direção Geral: Hélio Bejani

Direção Artística do TMRJ: Eric Herrero.

Serviço:

“Giselle “com Ballet e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal

Ballet dramático em dois atos

Música: Adolphe Adam, revisada por Joseph Horovitz

Libreto: Théophile Gautier, segundo Heinrich Heine

Duração do espetáculo: Cada ato terá 45 minutos de duração, com um intervalo de 15 minutos

Datas: 5, 6, 8, 12, 13, 14 e 15 – 19h / Dias 9 e 16 – 17h / Dia 11 às 14h (somente escolas)

Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Endereço: Praça Floriano, s/nº – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

Classificação: Livre

Haverá uma palestra gratuita uma hora antes de cada espetáculo, realizada no Salão Assyrio.

CICLO DE PALESTRAS GISELLE

 5/4, quarta-feira – 18h – Salão Assyrio (récita 1)

“Os criadores de Giselle” – Jayme Chaves e Paulo Melgaço

6/4, quinta-feira -18h – Salão Assyrio (récita 2)

“O Romantismo na música e na literatura” – Edvan Moraes e Jayme Chaves

8/4, sábado -18h – Salão Assyrio (récita 3)

“O Ballet Romântico” – Teresa Augusta e Paulo Melgaço

9/4, domingo- 16h – Salão Assyrio (récita 4)

“Giselle no TMRJ” – Paulo Melgaço

11/4, terça-feira – 14h Palco/frente da cortina (escolas)

“Descobrindo os personagens” – Ana Botafogo

12/4, quarta-feira – 18h (récita 6)

‘O simbolismo em Giselle” – Jayme Chaves e Paulo Melgaço

13/4, quinta-feira – 18h (récita 7)

“Sílfides, Willis e o sobrenatural” – Jayme Chaves

14/4, sexta-feira – 18h (récita 8)

“O papel do corpo de baile no ballet clássico” – Vera Aragão

15/4, sáb – 18h (récita 9)

“A magia da cena: cenário e figurino” – Leonardo Bora

16/4, dom –16h (récita 10)

“O símbolo da leveza: a sapatilha de ponta” – Liana Vasconcelos.

Ingressos:

Na bilheteria do TMRJ ou através do site theatromunicipal.rj.gov.br

Frisas e Camarotes – R$80,00 (ingresso individual)

Plateia e Balcão Nobre – R$60,00

Balcão Superior – R$40,00

Galeria – R$20,00

Lei de incentivo à cultura – Apoio: Livraria da Travessa, Rádio MEC, Rádio SulAmérica Paradiso, Rádio Roquette Pinto – 94.1 FM

Realização Institucional: Fundação Teatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal

Realização: Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Petrobras, por meio do programa Petrobras Cultural, Governo Federal.

(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)

Selo SESC apresenta projeto ‘Relicário’, que estreia com gravação inédita de João Gilberto

São Paulo, por Kleber Patricio

 

João Gilberto em show realizado em 1998 no Sesc Vila Mariana. Foto: Divulgação/Acervo SESC Audiovisual.

Lançado pelo Selo SESC, o projeto Relicário estreia com gravação inédita do ícone da bossa nova, João Gilberto. A partir do dia 5 de abril o álbum duplo “João Gilberto, ao vivo no SESC”, com o áudio remasterizado da histórica apresentação na unidade Vila Mariana, em 1998, estará disponível gratuitamente e com exclusividade na plataforma SESC Digital. A faixa inédita “Rei sem coroa” também estará nesta data nas principais plataformas de streaming, mas o álbum completo chegará no dia 26 de abril, quando também será lançado no formato físico, em CD.

“O álbum João Gilberto (ao vivo no SESC 1998) inaugura a coleção Relicário, composta por shows gravados em nossas unidades, registros que fazem parte de nosso acervo documental. O lançamento do álbum reforça o compromisso institucional com a valorização do patrimônio imaterial do país e com a democratização do acesso aos bens culturais. Convido a todos a ouvir, de uma só vez, essas 36 canções na voz e no violão do bruxo de Juazeiro, apelido cunhado por Caetano Veloso”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor do SESC São Paulo.

O lançamento celebra os 25 anos da apresentação no SESC Vila Mariana. A unidade havia sido inaugurada em dezembro de 1997 e o pai da bossa nova era um dos primeiros grandes nomes a pisar no palco de seu teatro. João Gilberto estava em turnê para celebrar os 40 anos da bossa nova, com shows agendados em Salvador, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Maceió. São Paulo recebeu três dias de apresentações, sendo a última, em 5 de abril de 1998, a fonte para o material do projeto Relicário. Conhecido por seu perfeccionismo, na época João fez apenas quatro pedidos para a realização do show: um banco para piano, um tapete persa, uma mesa para violão e a acústica perfeita — esse último item foi colocado à prova durante a apresentação, mas o bom-humor do músico e a qualidade da gravação confirmaram o sucesso do novo espaço para apresentações.

O álbum “João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)” é fruto do trabalho de curadoria e gerenciamento do vasto acervo do SESC São Paulo. O pontapé inicial para transformar o registro do show em álbum foi em 2018, quando se iniciaram as movimentações no setor de Acervo Audiovisual do SESC para o resgate da gravação original do show realizada em fita DAT. A fita localizada no acervo do estúdio da unidade Vila Mariana passou então por um processo de remasterização. O primeiro título de Relicário ainda ganhou uma parceria especial: Bebel Gilberto, filha do intérprete, assumiu a supervisão artística do material.

Como costumava fazer em seus shows, João Gilberto mesclou sambas antigos e clássicos da bossa nova nas quase duas horas de apresentação. O destaque da gravação está na música inédita “Rei sem coroa” que, apesar de compor o repertório de alguns shows, nunca foi registrada em estúdio ou gravada oficialmente pelo artista, reforçando a importância do resgate histórico promovido pelo SESC São Paulo. A canção é uma parceria dos compositores Herivelto Martins e Waldemar Ressurreição, inspirada na história do rei Carlos II, da Romênia, que virou residente do Copacabana Palace após ser forçado a abdicar de seu trono durante a Segunda Guerra, em 1940.

Grafite do artista visual Speto no centro de São Paulo Foto: Daniel Frias.

“O Pato”, “Wave”, “Carinhoso” e “Eu sei que vou te amar” são alguns dos clássicos da MPB que compõem o repertório de 36 faixas, que traz músicas de compositores como Ary Barroso, Tom Jobim e Dorival Caymmi, além de Wilson Baptista e Herivelto Martins. A faixa instrumental “Um abraço no Bonfá”, uma homenagem ao violonista Luiz Bonfá (1922–2001), é a única música de autoria própria de João Gilberto interpretada na apresentação no SESC Vila Mariana.

O compositor e letrista Carlos Rennó, que esteve presente no show de 1998, destaca como João Gilberto vai muito além da interpretação. “É interessante observar os cortes e as trocas de palavras que ele aplica às letras originais, pondo em prática um projeto de dissecação, contenção e economia que cria espaços e retira excessos, além de acrescentar lances musicais, intervindo assim nas composições (alheias), das quais se torna, de certa forma, coautor”, observa.

Essa visão de Rennó sobre a importância deste lançamento, além das transcrições das letras com as alterações feitas por João Gilberto detalhadas, faz parte dos materiais que compõem o Relicário e serão disponibilizadas no site do projeto e no encarte do CD.

Arte da capa

Para o lançamento de “Relicário João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)”, o SESC São Paulo convidou Speto, importante nome da arte urbana, a fazer uma versão do grafite realizado por ele em homenagem ao cantor para estampar a capa do álbum. A pintura original foi realizada em 2020 na fachada de um edifício na Avenida Senador Queirós, próximo ao Mercado Municipal, em São Paulo.

Speto relata que a imagem foi desenvolvida usando o mínimo de traços possível, em referência ao minimalismo da bossa nova e, sobretudo, de João Gilberto. O grafite apresenta o artista sentado, abafando seu violão, como se estivesse silenciando o instrumento ao final de uma música, em alusão ao fim de um ato.

Sobre Relicário

O álbum “João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)” marca a inauguração de Relicário, um projeto do Selo SESC de resgate dos áudios de shows históricos realizados em unidades do SESC em São Paulo nas décadas de 1970, 1980 e 1990, remasterizados e formatados como álbuns digitais. A série também oferece o contexto histórico de cada registro por meio de textos, vídeos, fotografias e material iconográfico com folhetos, cartazes e notícias jornalísticas veiculadas na época, que poderão ser acessados pelo público, de forma gratuita no site do projeto.

Entre os dias 5 e 26 de abril, as 36 faixas de “Relicário: João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)” serão disponibilizadas com exclusividade na plataforma SESC Digital, que realizou uma adaptação especial na plataforma para receber materiais em áudio, complementando o catálogo de filmes, cursos e outros 24 mil conteúdos que compõem o serviço sob demanda do SESC São Paulo.

FICHA TÉCNICA

Título: Relicário: João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)

Álbum duplo com 36 faixas

Duração: 1:59:03

Faixas

CD 1

1 – Violão amigo (Autor: Bide / Armando Marçal)

2 – Isto aqui o que é? (Autor: Ary Barroso)

3 – Vivo sonhando (Autor: Tom Jobim)

4 – Nova ilusão (Autor: Menezes / Luiz Bittencourt)

5 – Izaura (Autor: Herivelto Martins / Roberto Roberti)

6 – Curare (Autor: Bororó)

7 – Doralice (Autor: Dorival Caymmi / Antônio Almeida)

8 – Rosa morena (Autor: Dorival Caymmi)

9 – Aos pés da cruz (Autor: Zé da Zilda / Marino Pinto)

10 – Louco (Autor: Henrique de Almeida / Wilson Baptista)

11 – Pra que discutir com madame (Autor: Janet de Almeida / Ary Vidal)

12 – Corcovado (Autor: Tom Jobim)

13 – Retrato em branco e preto (Autor: Tom Jobim / Chico Buarque)

14 – Rei sem coroa (Autor: Herivelto Martins / Waldemar Ressurreição)

15 – Preconceito (Autor: Marino Pinto / Wilson Batista)

16 – Saudade da Bahia (Autor: Dorival Caymmi)

17 – O pato (Autor: Jayme Silva / Neuza Teixeira)

18 – Meditação (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça).

CD 2

1 – Carinhoso (Autor: Pixinguinha / Braguinha)

2 – Guacyra (Autor: Heckel Tavares / Joracy Camargo)

3 – Solidão (Autor: Tom Jobim / Doca)

4 – O amor em paz (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)

5 – A primeira vez (Autor: Bide / Armando Marçal)

6 – Ave Maria no morro (Autor: Herivelto Martins)

7 – Bahia com H (Autor: Denis Brean)

8 – Samba de uma nota só (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)

9 – Caminhos cruzados (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)

10 – Lá vem a baiana (Autor: Dorival Caymmi)

11 – Ave Maria (Autor: Jayme Redondo / Vicente Paiva)

12 – Desafinado (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)

13 – Um abraço no Bonfá (Autor: João Gilberto)

14 – Chega de saudade (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)

15 – A Valsa de quem não tem amor (Autor: Custódio Mesquita / Ewaldo Ruy / João Gilberto / Bebel Gilberto)

16 – Eu sei que vou te amar (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)

17 – Wave (Autor: Tom Jobim)

18 – Esse seu olhar (Autor: Tom Jobim).

Serviço:

Relicário: João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)

Conteúdo: Álbum completo no SESC Digital e single “Rei sem coroa” disponível nas principais plataformas de streaming

Local: SESC Digital (Relicário)

Data: 5 de abril

Conteúdo: Álbum completo no SESC Digital

Local: Principais plataformas de streaming

Data: 26 de abril

Conteúdo: CD

Local: Lojas SESC SP nas unidades e site

Data: 26 de abril.

(Fonte: Agência Lema)

“Los Hermanos – Musical Pré-Fabricado” estreia no Teatro Casa Grande

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

“Abre os teus armários, eu estou a te esperar”. Chegou ao Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, “Los Hermanos – Musical Pré-Fabricado”. O espetáculo, uma produção da Sapo Produções e da Plano Criativa com texto e direção de Michel Melamed, revisita, reinventa e realoca a obra da cultuada banda carioca, formada por Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Bruno Medina e Rodrigo Barba, que estourou nas rádios com o hit “Anna Júlia”, em 1999. A “controversa” música, aliás, dá início a uma narrativa bem-humorada, disruptiva e inovadora criada por Melamed para a montagem, que conta com um plural e diverso time de artistas formado por Ariane Souza, Estrela Blanco, Felipe Adetokunbo, Leandro Melo, Matheus Macena, Mattilla, Paula Fagundes e Yasmin Gomlevsky. Eles são acompanhados por uma banda de seis músicos.

Episódico e surpreendente, o espetáculo não remonta o grupo em cena de forma convencional – vai além: revela histórias curiosas por trás das músicas dos Los Hermanos que nunca antes foram contadas. “Eu conversei com o Amarante, por exemplo, e ele relembrou coisas do momento de composições, inspirações. São coisas que a gente não sabia. Então, só quem vier ao espetáculo… (risos). É uma peça para ser apreciada não só por fãs porque é um espetáculo teatral a partir de uma obra musical, uma grande obra musical”, diz Michel Melamed.

Assim, “Sentimental”, “Morena”, “Casa Pré-Fabricada”, “Veja Bem Meu Bem”, “A Flor” e “Conversa de Bota Batidas”, entre outras, ocupam o palco e dialogam com outras épocas e obras da cultura pop, apresentando desde o nascimento dessas canções até sua execução, passando por situações cotidianas e até inimagináveis. “O que justifica o espetáculo é a obra deles, rica, profunda, atemporal. Ela permite múltiplas interpretações. Um clássico, como Shakespeare, por exemplo, é remontado, pois permite infinitas abordagens, tem diversas camadas. Por isso também o nosso espetáculo não se refere apenas a quatro caras do fim dos anos 90 do Rio. Pode estar no passado, no futuro, em outros lugares. E nosso elenco é assim, formado por todo tipo de gente maravilhosa: pretos, brancos, LGBTQIAP+… A obra deles está viva hoje, dialogando com o presente”, diz o autor e diretor.

Esse mosaico criado por Melamed funciona justamente sem tempo nem espaço, reunindo a poesia das letras da banda e também rock, comédia e drama. A montagem se desenrola em quatro grandes cubos brancos no palco. “Curiosamente, nos últimos projetos, quando sento para escrever, o cenário tem nascido junto, seja no teatro ou na TV. Comecei a trabalhar com as formas geométricas e então a ideia das molduras de LED com cada cor tendo um significado. Atrás dos cubos, totens com os mais diversos refletores. A luz é um objeto cênico, escultórico; não existe apenas para iluminar o ator, assim como acontece nos shows de música.”

Grande homenagem ao grupo Los Hermanos, o espetáculo exalta não só o cancioneiro do grupo, mas a legião de fãs que os cultuam até hoje. ” Los Hermanos são importantes porque a obra deles é importante”, define Melamed.

O que levou Felipe Argollo e Paula Rollo a produzirem o musical foi um grande desejo de homenagear a banda e os fãs, uma montagem de fã para fã. “E para isso, alguns pilares foram necessários: um diretor e roteirista que adorasse tanto quanto nós a obra dos Los Hermanos, que tivesse uma linguagem estética primorosa e soubesse colocar em cena a catarse que sentimos nos shows do Maracanã e do Anhembi – diretores musicais que conhecessem a importante trajetória criativa de cada disco da banda e tudo o que os quatro álbuns revelam”, explicam os produtores.

“E, por fim, como dois produtores de teatro musical, queríamos levar ao palco um espetáculo que chegasse a todos os públicos, do fã da banda, ao fã do gênero musical, do fã de teatro, ao fã de música, até ao novo espectador, àquele que temos a honra de arrebatar com a arte! Consideramos que fomos felizes em todas as nossas bases de sustentação, pois ‘Los Hermanos – Musical Pré-Fabricado’ é divertido, inteligente, criativo, moderno, energético!”, concluem os idealizadores.

“Los Hermanos – Musical Pré-Fabricado” é apresentado pelo Ministério da Cultura por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com o patrocínio da Mapfre e Rico, copatrocínio da Americanet e Aiwa e apoio da Riachuelo.

Sobre a produção do espetáculo | Em 2023, a Sapo Produções completa 15 anos de expertise e execução na área de espetáculos teatrais, casting e produção executiva e técnica de projetos incentivados e privados. A montagem atual é uma coprodução e idealização entre a Sapo, do produtor geral Felipe Argollo, junto com a empresa Plano Criativa, da produtora geral Paula Rollo, que possui vasta experiência na elaboração de projetos culturais para atender editais públicos e privados e foi responsável pelo gerenciamento de grandes projetos, tais como “Raia 30 – o musical”, “Gilberto Gil – Aquele Abraço – o musical”, ”Zeca Pagodinho – uma história de amor ao samba”, “Chaplin – o musical” e “Dinos Experience – mega show”, dentre outros.

Serviço:

Los Hermanos – Musical Pré-Fabricado

Teatro Casa Grande

Endereço: Avenida Afrânio de Melo Franco, 290 A – Leblon, Rio de Janeiro – RJ

Temporada: até 7 de maio

Dias e horários: quintas e sextas, às 20h, sábados, às 21h, domingos, às 19h

Abertura da casa: 1 hora antes do início do espetáculo

Duração: 140 minutos (com intervalo de 15 minutos)

Classificação Indicativa: 14 anos (menores de 18 anos devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis)

Ingressos: R$75 (balcão), R$200 (plateia) e R$220 (plateia VIP)

Venda Online de Ingressos

Funcionamento da Bilheteria – Teatro Casa Grande: terça e quarta, das 12h às 18h, quinta a domingo, das 15h até 30 minutos após o início da última sessão.

Ficha Técnica

Dramaturgia e Direção Artística: Michel Melamed

Elenco: Ariane Souza, Estrela Blanco, Felipe Adetokunbo, Leandro Melo, Matheus Macena, Mattilla, Paula Fagundes e Yasmin Gomlevsky

Músicos: Bianca Santos, Estevan “Cípri” Barbosa, Evelyne Garcia, Felipe Pacheco Ventura, Marcelo Cebukin, Pedro Coelho e Yuri Villar

Direção Musical: Felipe Pacheco Ventura e Pedro Coelho

Arranjos Vocais e Preparação Vocal: Claudia Elizeu

Cenografia: Marieta Spada e Michel Melamed

Iluminação: Adriana Ortiz

Figurinista: Luiza Marcier

Adereços e Produção de Objetos: José Cohen e Lucila Belcic

Visagismo: Rubens Libório

Coreografias e Preparação Corporal: Daniella Visco

Design de Som: Gabriel D’Angelo e Rodrigo Oliveira

Assistência de Direção: Luisa Espindula

Cenotécnico: André Salles

Produção de Elenco: Felipe Ventura

Projeto Gráfico: Olivia Ferreira e Pedro Garavaglia / Estúdio Radiográfico

Fotografia: André Mantelli

Assessoria de Imprensa: Barata Comunicação

Coordenação de Comunicação: Marcelo Mucida

Produção Técnica: Fred Tolipan

Produção Executiva – Temporada RJ: Monna Carneiro

Assistência de Produção: Mariana Teixeira

Produção Geral: Felipe Argollo e Paula Rollo

Idealização e Produção: Sapo Produções Artísticas e Culturais e Plano Criativa.

(Fonte: Dobbs Scarpa Comunicação)

Manguezais do Sudeste brasileiro são mais vulneráveis às mudanças climáticas

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil.

Áreas de mangue no Sudeste e Sul estão mais vulneráveis às consequências das mudanças climáticas em comparação a manguezais de outras regiões do Brasil. É o que indica estudo publicado na última quarta (29) em capítulo de livro da editora científica “Springer Nature” por pesquisadores do Instituto Tecnológico Vale (ITV), da Universidade Federal do Pará (UFPA), da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade de São Paulo (USP). Segundo o trabalho, as características geomorfológicas dos ecossistemas de mangue do Brasil influenciam na sua capacidade de adaptação ao aumento do nível do mar.

“A ideia do trabalho era entender como os mangues se comportam frente a essa tendência e quais serão as diferentes reações em cada setor da costa brasileira, que são bem distintos um dos outros”, comenta Pedro Walfir Souza Filho, geólogo, professor da UFPA e do ITV e autor principal do trabalho. Para tal, a pesquisa usou características geológicas, geomorfológicas, oceanográficas e climáticas e identificou quatro grandes setores costeiros em que vegetação de mangue ocorre no Brasil: Norte, Nordeste, Leste e Sudeste. O trabalho constatou que o nível de vulnerabilidade à subida do mar é maior nos ecossistemas do setor Sudeste.

“O principal fator que controla essa vulnerabilidade é a morfologia costeira”, explica Souza Filho. Na região Norte, cujas áreas de costa são formadas por extensas planícies, os manguezais podem se expandir e colonizar novos habitats rio acima, em direção ao continente a partir do aumento do nível do mar e, consequentemente, da salinidade do solo. Já no Sudeste, cujo litoral tem proximidade com regiões de até mil metros de altitude, com destaque para as Serras do Mar e da Mantiqueira, há menos perspectiva para expansão do ecossistema. O pesquisador menciona rodovias, estradas e barragens construídas por ação humana como outros fatores capazes de ameaçar a sobrevivência dos mangues à medida que o nível do mar sobe.

Além da geomorfologia costeira, Souza Filho também destaca a variação da maré como outro fator que influencia na capacidade de adaptação dos mangues. “A maré na região Norte chega a variar até seis metros, o que gera extensas planícies alagáveis propícias para o desenvolvimento de mangues, cujas franjas litorâneas chegam a ter 30 quilômetros de largura”, relata o pesquisador. Em comparação, as marés na região Sudeste variam alguns centímetros apenas, o que também limita a capacidade de ocupação de habitat, e qualquer variação no nível do mar coloca em risco a sobrevivência futura dos manguezais.

Segundo o pesquisador, já é possível notar como os manguezais estão respondendo às mudanças climáticas e como isso está afetando as pessoas que dependem do ecossistema para o sustento. Por exemplo, consequências do aumento do nível do mar ou de ações humanas, como assoreamento de rios, salinização de estuários ou soterramento de manguezais afetam a disponibilidade de várias espécies que servem de sustento às comunidades próximas. “Do mangue, os locais tiram o caranguejo e a ostra, por exemplo”, diz Souza Filho.

A pesquisa, no entanto, alerta que a variabilidade biogeográfica dos manguezais e condições ambientais ao longo da costa brasileira fazem com que prever com exatidão o efeito da elevação do nível do mar nos mangues ainda seja um desafio. “Se depender apenas do nível do mar, estamos falando de alterações progressivas, que não são um alarme para a próxima década, mas sim de uma escala de tempo histórica de dezenas de anos à geológica de centenas a milhares de anos para frente”, afirma o autor. Por isso, o trabalho indica que mais pesquisas são necessárias para distinguir fatores multidimensionais que podem afetar os manguezais.

(Fonte: Agência Bori)

Prefeitura de Indaiatuba realiza entrega de ovos de páscoa e caixas de bombom para 34 projetos sociais

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Leonardo Cruz.

Na manhã da última quinta-feira (30), a Prefeitura de Indaiatuba oficializou, por meio do Fundo Social de Solidariedade (Funssol), a entrega de ovos de páscoa e caixas de chocolate para 34 projetos sociais municipais. Ao todo, 3.200 ovos foram repassados e, por meio de arrecadação da campanha Páscoa Solidária, 1.430 caixas de bombom.

Os projetos assistidos com esta ação foram APAE, Bolha de Sabão, CAPS Infantil, Casa da Fraternidade, Casa da Previdência, Cecal, Ciaspe, Cirva, Vicentinos, Educandário Deus e a Natureza, Espaço Avançar, Gente Eficiente, IAPC, ABID, Lar de Velhos Emanuel, Manaem, Paasi, Residência Inclusiva, Sisni, Volacc, Projeto Vida Feliz, Amor Solidário, Casa da Esperança, Gruvec, Mãos Ajudadoras, Pastoral São Francisco de Assis, Restaurar, Rever a Cidadania, Sóbrasil, Turma do Tuty, Um ato de Amor, Soldadinhos de Cristo, Lar São Francisco, Recuperando Vidas com Amor e Reciclagem.

“Este ano encerramos a campanha com muita gratidão. Conseguimos atender quatro entidades a mais que no ano passado. Superamos nossas expectativas e, muito mais que isso, conseguimos levar a essência da Páscoa que é a fé para as pessoas que estavam esperando por um chocolate. Gostaria de agradecer toda a colaboração das empresas e da população para que tornasse possível esse montante que estamos repassando hoje para as entidades distribuírem as pessoas que estão em vulnerabilidade social”, relata a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Maria das Graças Araújo Mássimo.

(Fonte: Secretaria de Relações Institucionais e Comunicação)