“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Com o objetivo de investigar formas de indagação da realidade e as possibilidades de emancipação social, e assim estimular uma reflexão a respeito do nosso futuro como civilização, o Coletivo Comum estreia o espetáculo ‘Universo’ no dia 14 de abril. A peça aborda questões científicas e sociais contemporâneas, como a emergência climática, o especismo e as fake news, e segue em temporada até 7 de maio na Sala Espetáculos I do SESC Belenzinho, com sessões às sextas e sábados às 21h30 e, aos domingos e feriados, às 18h30.
Há quase três décadas, o Coletivo Comum pesquisa estratégias cênicas e dramatúrgicas documentais e não psicológicas; neste trabalho, partiu de textos considerados não teatrais, especialmente uma conferência proferida em 1994 pelo físico, astrônomo e astrofísico Carl Sagan (1934–1996). No processo criativo, o coletivo estabeleceu relações entre os temas tratados por esse material com obras como “A vida de Galileu”, peça escrita e reescrita por Bertolt Brecht entre os anos 1930 e 1950, e “Os irredutíveis”, do filósofo e ativista político Daniel Bensaïd, publicada em 2008.
“Galileu, embora atravessado por contradições – vários dos seus biógrafos e o próprio Brecht salientaram suas ambiguidades e fraquezas muito humanas – é um representante da luta contra a intolerância e a perseguição ao conhecimento livre. Ele, assim como Carl Sagan, três séculos e meio depois, são melhor compreendidos a partir do embate com a igreja e com outras tentativas de domesticação do pensamento. Já Bensaïd, filósofo e militante internacionalista, profundo conhecedor do Brasil, onde esteve por diversas vezes, é uma referência do movimento socialista desde sua participação nos eventos de maio de 1968, na França”, comenta o diretor Fernando Kinas.
Coube a Kinas olhar para todas essas contribuições e desenvolver o roteiro de Universo. A ideia nunca foi fazer uma biografia de figuras historicamente relevantes, mas apresentar processos sociais decantados em experiências concretas. O espetáculo se tornou um tratado cênico que utiliza e também reflete sobre o método científico, os obscurantismos e o projeto universalista. Para isso, justapõe, com bastante ironia, um Demiurgo irritado (com direito à túnica branca, barba branca e sandálias) e uma cientista-artista-filósofa.
Para o Coletivo Comum, é urgente mostrar as conexões entre a ciência e a vida cotidiana, procurando evitar a confusão entre opinião (doxa) e conhecimento (episteme), bem como a disseminação de informações do que Sagan chama de “pensamentos imperfeitos”. Em tempos de negacionismo sobre o Holocausto, a escravidão, o aquecimento global e a eficácia das vacinas e de circulação massiva de teorias conspiratórias, isso é ainda mais importante.
“Usando um belo exemplo sobre os Kung do deserto do Kalahari, mostramos como, em praticamente cada momento da vida das pessoas, a ciência está presente. A observação dos astros, por exemplo, é algo que existe desde as primeiras civilizações. É um exemplo de deslumbramento com o desconhecido, mas também de estudo sobre as estações do ano, com implicações diretas sobre a sobrevivência”, explica a atriz Fernanda Azevedo.
Sobre a encenação
Em cena, Fernanda Azevedo e Beatriz Calló – que também assina a pesquisa dramatúrgica e a assistência de direção – expõem e contrapõem argumentos sobre a necessidade do debate baseado em fatos e valores para a construção de conhecimentos mais sólidos sobre a realidade.
Para reforçar o caráter documental do trabalho, o público entra em contato com projeções de documentos históricos e imagens ficcionais, além de fotografias recentes produzidas por satélites e sondas espaciais. Artistas audiovisuais como Luiz Cruz (na primeira etapa de pesquisas) e Gabriela Miranda estão na origem destas propostas.
Outra grande referência para a composição imagética da peça é o cineasta Harun Farocki (1944-2014). Ao retratar o mundo do trabalho e suas consequências na organização da sociedade, o diretor questiona em que medida as máquinas são responsáveis pelo controle dos corpos e o cerceamento da imaginação.
Por todos esses elementos, o cenário de Universo apresenta um ambiente curiosamente neutro. Pode ser a superfície de Marte, mas também o ateliê de um mundo ainda em construção. Julio Dojcsar, cenógrafo e artista urbano, usou como referência o filme “Stalker” (1979), mas subverteu o mundo onírico de Andrei Tarkovski.
Já a iluminação assinada por Clébio Ferreira mescla o tom farsesco, com o de um show de variedades, com a sobriedade de um laboratório de ciências. O figurino é concebido por Madalena Machado, que tem vasta experiência com vestimentas para a dança contemporânea.
Por que levar Carl Sagan para o teatro?
Dedicado a divulgar a ciência para um público não especializado, ultrapassando os muros das universidades Harvard e Cornell, onde trabalhava, Carl Sagan contribuiu – e muito – para a popularização do conhecimento. Ao longo da carreira, investigou temas relevantes, como o efeito estufa e a existência de vida extraterrestre.
Nesse sentido, um de seus mais notáveis trabalhos foi a série de TV “Cosmos: Uma Viagem Pessoal”, veiculada em 1980 em vista em 60 países. O astrofísico usava poesia e humor para expressar suas ideias, estimulando reflexões sobre nossa responsabilidade para com o planeta Terra e nossa insignificância diante do Universo. Sua clareza e despojamento fizeram o programa ser assistido por um bilhão de pessoas.
“Muito antes do período de emergência climática em que vivemos, questões envolvendo aquecimento climático, escalada nuclear, perda da biodiversidade e poluição química, já faziam parte das preocupações de Sagan”, conta Fernando Kinas. Para Sagan, a combinação entre poder econômico e ignorância científica representava um dos maiores riscos para a sobrevivência do planeta – tópico ainda mais relevante em um momento de disseminação de informações falsas e oligopólio das mídias tradicionais. Por isso, o cientista empreendia uma intensa luta contra os “pensamentos descuidados”, os charlatanismos e os autoenganos.
“No nosso dia a dia, somos esmagados pela precariedade do trabalho, pela ignorância, pela violência e por uma série de outras questões que nos impedem de pensar sobre nós mesmos. Por isso, convidamos os espectadores a usar o espaço do teatro como um local de aprendizado. Não queremos apresentar para eles uma verdade absoluta, mas oferecer um momento ao público para que ele possa pensar sobre coisas que ainda não foram bem pensadas e que, embora influenciem suas vidas, talvez não estejam no centro das suas preocupações”, afirma Fernanda.
Sinopse | Inspirado nas obras de Carl Sagan, Bertolt Brecht e Daniel Bensaïd e com uma ampla pesquisa de imagens, Universo aborda temas como o método científico, os obscurantismos e o projeto universalista. O resultado é uma experiência teatral que investiga nossa maneira de indagar o mundo e de pensarmos sobre nós mesmos e nosso futuro como sociedade. Neste trabalho, proposto pelo Coletivo Comum, estão em cena Beatriz Calló e Fernanda Azevedo (Prêmio Shell de 2013), com direção de Fernando Kinas.
Ficha Técnica
Roteiro e direção: Fernando Kinas
Texto livremente inspirado na obra de Carl Sagan, Bertolt Brecht e Daniel Bensaïd
Assistência de direção e pesquisa dramatúrgica: Beatriz Calló
Elenco: Beatriz Calló e Fernanda Azevedo
Produção: Patricia Borin
Iluminação: Clébio Ferreira (Dedê)
Pesquisa de imagens e vídeo (primeira fase): Luiz Cruz
Vídeo final: Fernando Kinas e Gabriela Miranda
Cenário: Julio Dojcsar
Figurino: Madalena Machado
Programação visual: Camila Lisboa (Casa 36)
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto Comunicação | Márcia Marques
Realização: Coletivo Comum.
Serviço:
Universo
14 de abril a 7 de maio de 2023, às sextas e sábados, às 21h30, e, aos domingos e feriados, às 18h30
Local: SESC Belenzinho – Sala Espetáculos I – Rua Padre Adelino, 1000 – Belenzinho – São Paulo – SP
Ingressos: R$30,00 (inteira), R$15,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante) e R$10,00 (trabalhador do comércio de bens, serviço e turismo credenciado no Sesc e dependentes)
Duração: 90 minutos | Classificação: 14 anos.
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)
E se quando você era criança tivesse a oportunidade de perguntar o que quisesse à uma cientista? Dividida em cinco episódios, a websérie “Pergunte à Cientista!” conta histórias sobre paleontologia, astrobiologia, física espacial, matemática e zoologia pelos olhos curiosos e desbravadores das crianças. O primeiro episódio já está disponível no Youtube e os próximos ficarão disponíveis todas as segundas feiras de abril. A fim de levar informação, entretenimento e arte para o público, a Companhia Delas vem desenvolvendo uma pesquisa que une teatro, ciência e histórias de vida. Essa pesquisa deu origem à trilogia “Mulheres e Ciência”, que já resultou na produção e estreia de dois espetáculos (“Mary e os Monstros Marinhos” e “Maria e os Insetos”) e, a partir de 2020, a Companhia produziu quatro webséries: “Maria e os Insetos” (2020), “Mary e os Monstros Marinhos”, “Olho Mágico” (2020 e 2021) e agora “Pergunte à Cientista!”.
“A pesquisa do grupo acerca de mulheres e ciência, que até agora rendeu belos e deliciosos frutos, parte de lindas histórias de vida e aposta na curiosidade que toda criança tem de buscar entender o mundo. Essa é a maneira que a Companhia Delas encontrou para levar informação, entretenimento e arte para todos”, compartilha Thaís Medeiros, diretora do projeto.
A terceira websérie da trilogia tem como foco a valorização de histórias de mulheres e da ciência, bem como a aproximação de temas científicos ao universo da criança que é, por natureza, curiosa. Os episódios retratam histórias de mulheres corajosas e inteligentes de modo a quebrar as barreiras de gênero e construir novos modelos para a infância mostrando que mulheres podem ocupar cargos importantes na ciência ou em qualquer área que desejarem contribuir.
O projeto sem fins lucrativos, que contou com o apoio de empresas como ASW, Saraband e Isay Weinfeld Arquitetura e Urbanismo Ltda via ProMAC (lei de incentivo), busca atingir crianças do centro e periferia com o intuito de descentralizar e levar informação para todos. Foi desse desejo que partiu a ideia de criar a websérie no Youtube, no Canal da Companhia. Além disso, os vídeos incluem tradução em libras. “Acreditamos especialmente ser de extrema importância para a sociedade brasileira a valorização da cultura e da ciência junto ao público infanto-juvenil”, compartilha Thaís.
Companhia Delas é um grupo de pesquisa e produção teatral formado por cinco atrizes. Desde 2001, ano de fundação do grupo, foram criados doze espetáculos, que já ganharam vários prêmios da APCA, reconhecida como a mais tradicional premiação brasileira na área de cultura. Somadas, as peças já foram assistidas por mais de 100 mil pessoas.
Créditos
Episódio ‘Paleontologia’
Direção Geral: Thaís Medeiros
Roteiro e pesquisa: Julia Ianina
Assistente de direção: Paula Weinfeld
Edição: Pedro Jorge
Efeitos Visuais: Filipe Franco
Produtora de áudio: Morel
Trilha sonora original, sound design, edição de som e mixagem: Arthur Decloedt e Charles Tixier
Atriz: Fernanda Castello Branco (Aline)
Cientista: Aline Ghilardi
Crianças Abertura: Ana Tone Silveira Correa, Elis Feldman Harari Kouyate, Antônio Cardoso Robbe, Francisco Bianchini Cassoli Charro
Cientistas do Futuro: Valentina Nazarian e Bernardo Cardoso Robbe
Tradução em libras: Natália Frazão, Trace On
Intérprete de Libras: Paloma Bueno
Assessoria em Mídias Sociais: Oh! Serviços Criativos
Agência de comunicação: Brain
Gerenciamento e inteligência de YouTube: Juliana Piva
Produção Executiva: Cecília Magalhães
Assistente de Produção: Fernanda Castello Branco
Administração: Segunda Casa Produções Artísticas e Culturais
Idealização: Companhia Delas
*Agradecimentos às mães e pais das pequenas e pequenos cientistas.
Episódio ‘Física Espacial’
Direção Geral: Thaís Medeiros
Roteiro e pesquisa: Julia Ianina
Assistente de direção: Paula Weinfeld
Edição: Pedro Jorge
Efeitos Visuais: Filipe Franco
Produtora de áudio: Morel
Trilha sonora original, sound design, edição de som e mixagem: Arthur Decloedt e Charles Tixier
Atriz: Fernanda Castello Branco (Aline)
Cientista: Alessandra Pacini
Crianças Abertura: Liz Queiroz Araujo, Gregório Modesto de Oliveira, Beatriz Nemes Bastos e Heitor Luiz Pereira
Cientistas do Futuro: Lina Aun Wong e Julia Reingruber
Tradução em libras: Natália Frazão, Trace On
Intérprete de Libras: Paloma Bueno
Assessoria em Mídias Sociais: Oh! Serviços Criativos
Agência de comunicação: Brain
Gerenciamento e inteligência de YouTube: Juliana Piva
Produção Executiva: Cecília Magalhães
Assistente de Produção: Fernanda Castello Branco
Administração: Segunda Casa Produções Artísticas e Culturais
Idealização: Companhia Delas
*Agradecimentos às mães e pais das pequenas e pequenos cientistas.
Episódio ‘Astrobiologia’
Direção Geral: Thaís Medeiros
Roteiro e pesquisa: Julia Ianina
Assistente de direção: Paula Weinfeld
Edição: Pedro Jorge
Efeitos Visuais: Filipe Franco
Produtora de áudio: Morel
Trilha sonora original, sound design, edição de som e mixagem: Arthur Decloedt e Charles Tixier
Atriz: Fernanda Castello Branco (Aline)
Cientista: Carola Carvalho
Crianças Abertura: Gregório Modesto de Oliveira, Giorgio Murbach Arbigaus Zardo, Alice Carvalho Fetter e Bento Carvalho Fetter
Cientistas do Futuro: Bernardo Lara Kaczuroski, Maia Miranda de Almeida e Laura Bussmann Albuquerque
Tradução em libras: Natália Frazão, Trace On
Intérprete de Libras: Paloma Bueno
Assessoria em Mídias Sociais: Oh! Serviços Criativos
Agência de comunicação: Brain
Gerenciamento e inteligência de YouTube: Juliana Piva
Produção Executiva: Cecília Magalhães
Assistente de Produção: Fernanda Castello Branco
Administração: Segunda Casa Produções Artísticas e Culturais
Idealização: Companhia Delas
*Agradecimentos às mães e pais das pequenas e pequenos cientistas.
Episódio ‘Zoologia’
Direção Geral: Thaís Medeiros
Roteiro e pesquisa: Julia Ianina
Assistente de direção: Paula Weinfeld
Edição: Pedro Jorge
Efeitos Visuais: Filipe Franco
Produtora de áudio: Morel
Trilha sonora original, sound design, edição de som e mixagem: Arthur Decloedt e Charles Tixier
Atriz: Fernanda Castello Branco (Aline)
Cientista: Daniella França
Crianças Abertura: Lia Castelo Branco Trigo, Anna Castelo Branco Trigo, Danilo Ojea Bosco Campos, Bernardo Cardoso Robbe e Maia Miranda de Almeida
Cientistas do Futuro: Liv Beltrame Linné, Gael Lima Rodrigues e Luiza Yumi Tanaka Labecca
Tradução em libras: Natália Frazão, Trace On
Intérprete de Libras: Paloma Bueno
Assessoria em Mídias Sociais: Oh! Serviços Criativos
Agência de comunicação: Brain
Gerenciamento e inteligência de YouTube: Juliana Piva
Produção Executiva: Cecília Magalhães
Assistente de Produção: Fernanda Castello Branco
Administração: Segunda Casa Produções Artísticas e Culturais
Idealização: Companhia Delas
*Agradecimentos às mães e pais das pequenas e pequenos cientistas.
Episódio ‘Matemática’
Direção Geral: Thaís Medeiros
Roteiro e pesquisa: Julia Ianina
Assistente de direção: Paula Weinfeld
Edição: Pedro Jorge
Efeitos Visuais: Filipe Franco
Produtora de áudio: Morel
Trilha sonora original, sound design, edição de som e mixagem: Arthur Decloedt e Charles Tixier
Atriz: Fernanda Castello Branco (Aline)
Cientista: Julia Jaccoud
Crianças Abertura: Luiza Yumi Tanaka Labecca, Alice Carvalho Fetter, Martim de Sá e Danilo Ojea Bosco Campos
Cientistas do Futuro: Luiza opúsculo meller ordonez, Melina Queiroz Araujo, Guilherme Henrique Pacheco Ferreira e Raul Martins Kirschner
Tradução em libras: Natália Frazão, Trace On
Intérprete de Libras: Paloma Bueno
Assessoria em Mídias Sociais: Oh! Serviços Criativos
Agência de comunicação: Brain
Gerenciamento e inteligência de YouTube: Juliana Piva
Produção Executiva: Cecília Magalhães
Assistente de Produção: Fernanda Castello Branco
Administração: Segunda Casa Produções Artísticas e Culturais
Idealização: Companhia Delas.
(Fonte: Brain A/G)
Nos dias 14 e 15 de abril de 2023 (sexta-feira e sábado), às 15h, com entrada gratuita, a Companhia Asfalto de Poesia (@ciaasfaltodepoesia) realiza apresentações do espetáculo de palhaçaria feminina “Par de Duas” no Cine Theatro Carlos Gomes, que fica na Rua Senador Fláquer, 110, Centro, Santo André (SP). No sábado (15), de 9h às 13h, o grupo também promove uma oficina gratuita de palhaçaria e improviso para crianças acima de 14 anos com a artista Marcela Sampaio.
O espetáculo “Par de Duas” conta a história da amizade entre Clowndette Maria e Mussarella, duas palhaças com personalidades muito diferentes que precisam vencer os desafios da convivência diária morando em uma mesma casa. Os números excêntricos musicais, danças, tapas, tombos e cambalhotas divertem o público e ilustram esse contagiante encontro entre as duas amigas e palhaças.
Com a direção de Lilian Moraes (Grupo Off-Sina e Eslipa Escola Livre de Palhaços – RJ), o espetáculo reflete sobre a amizade e a alteridade, trazendo a arte da palhaçaria de forma plena a partir de uma pesquisa sobre a presença da mulher em cena e explorando novas perspectivas, como a apropriação das mulheres sobre essa linguagem, a discussão de temas femininos e feministas por meio do lúdico e da união entre as mulheres, inspirando a comunhão da arte com homens, mulheres e crianças.
“O pensamento machista propaga que as mulheres não são companheiras ‘por natureza’, que há sempre ‘uma competição pelos homens’. Acreditamos que a melhor maneira de enfrentar essas dificuldades é rir delas. Não um riso solitário, mas sim um riso em comunidade, um riso compartilhado”, comenta o grupo.
Além das apresentações, a temporada promove uma Oficina de Palhaçaria e Improviso com a artista Marcela Sampaio. Um encontro com exercícios práticos fundamentados nos jogos teatrais e específicos da linguagem que iniciam no estado de prontidão e abertura para o jogo, passando pela estruturação do corpo cômico (uma das principais ferramentas da arte da palhaçada), pela voz, a desconstrução da linguagem falada e as diferentes melodias possíveis, e jogos da máscara do nariz vermelho.
O objetivo é convidar as pessoas participantes para a experiência da arte da palhaçaria por meio de vivências, jogos improvisacionais e técnicas específicas dessa linguagem. E, ainda, criar relações dessa linguagem com a vida cotidiana. A oficina é gratuita e é recomendada para maiores de 7 anos de idade.
Sobre a Companhia Asfalto de Poesia
A Companhia Asfalto de Poesia é formada por artistas egressos da Fundação das Artes de São Caetano do Sul e do Instituto de Artes-Unesp, que pesquisam as máscaras teatrais cômicas, em especial o nariz vermelho, uma dramaturgia autoral e o diálogo entre o humor e o universo feminino.
O grupo possui em seu repertório espetáculos infantis e adultos, além de realizar oficinas de teatro para diversas faixas etárias, intervenções e contações de história, tendo se apresentado em importantes palcos como Virada Cultural, Virada da Saúde, Circuito Sescoop de Cultura, Bibliotecas, SESCs, teatros distritais e espaços privados. Além disso, foi contemplada com prêmios como ProACs, Fomento ao Circo para Cidade de São Paulo e participou de diversos festivais.
Informações: www.ciaasfaltodepoesia.com / www.facebook.com/asfaltodepoesia e www.instagram.com/ciaasfaltodepoesia
Teaser: https://www.youtube.com/watch?v=dVimcCch5uw.
Ficha Técnica: Concepção e atuação: Amanda Massaro e Maria Silvia do Nascimento | Direção: Lilian Moraes | Assistência de Direção: Rebeka Teixeira | Direção de movimento: Ronaldo Aguiar | Cenário e Figurino: Karine Lopes | Traquitanas: Gabriel Granado e Ricardo Pena | Orientação musical: Lilian Moraes e Bruno Mota | Trilha Original e narrações em off: Rodrigo Regis | Edição de som: Rebeka Teixeira | Vídeo: Cinefoto Colapso | Iluminação: Felipe Scalzaretto e Rebeka Teixeira | Operação de som: Zé Olegário Neto | Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini | Oficineira: Marcela Sampaio | Produção geral: Amanda Massaro e Maria Silvia do Nascimento | Agenciamento e comunicação: Paula Simões – Sem Paredes Cultural
Serviço:
Temporada do espetáculo “Par de Duas” com a Companhia Asfalto de Poesia
Sinopse: O espetáculo narra a história da amizade entre as palhaças Clowndette Maria e Mussarella. Duas palhaças com personalidades muito diferentes, que decidem morar juntas para conseguir se sustentar na cidade grande. Ao se encontrarem, cada uma carrega consigo sua bagagem pessoal: personalidade, lembranças e desejos. Juntas, trocam seus relicários, suas receitas, suas formas de ver o mundo e enxergam a si mesmas no reflexo do olhar da outra. São números excêntricos musicais, danças, tapas, tombos e cambalhotas que ilustram esse contagiante encontro entre as duas amigas e palhaças. Sozinhas podem até ir mais rápido, mas juntas vão mais longe! Duração: 60 minutos | Classificação Livre – Grátis
Apresentações: 14 e 15 de abril de 2023 (sexta-feira e sábado) – Horário: 15h
Oficina de Palhaçaria e Improviso com Marcela Sampaio: 15 de abril (sábado) de 9h às 13h
Vagas: 30 – Indicação etária: a partir de 14 anos – Inscrições no local com 30 minutos de antecedência
Onde: Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes – Endereço: Rua Senador Fláquer, 110, Santo André – SP
Apresentações: 29 e 30 de abril de 2023 (sábado e domingo) – Horário: 16h
Onde: Teatro Arthur Azevedo – Endereço: Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca, São Paulo – SP
Apresentação: 7 de maio de 2023 (domingo) – Horário: 15h
Onde: Teatro Santos Dumont – Endereço: Av. Goiás, 1111 – Centro, São Caetano do Sul – SP
Apresentações: 18 de maio de 2023 (quinta-feira) – Horários: 10h e 15h
Oficina de Palhaçaria e Improviso com Marcela Sampaio: 11 de maio (quinta-feira) de 19h às 23h
Vagas: 30 – Indicação etária: a partir de 14 anos – Inscrições no local com 30 minutos de antecedência
Onde: Centro Cultural e Biblioteca Serraria – Endereço: R. Guarani, 790 – Serraria, Diadema – SP
Oficina de Palhaçaria e Improviso com Marcela Sampaio: 21 de maio (domingo) de 14h às 18h
Onde: Centro Cultural da Penha – Endereço: Largo do Rosário, 20 – Penha de França, São Paulo – SP
Vagas: 30 – Indicação etária: a partir de 14 anos – Inscrições no local com 30 minutos de antecedência.
(Fonte: Luciana Gandelini Assessoria de Imprensa)
Um projeto de expansão do centro médico e da oferta de serviços, com um Centro de Terapia Infusional para imunobiológicos e um Centro de Infusão de Quimioterapia para pacientes oncológicos, são as novidades do Vera Cruz Centro Médico São Camilo para celebrar seus 40 anos. A previsão de início das novas operações é no próximo semestre, ampliando especialidades e abrangendo ainda mais os acolhimentos para Indaiatuba e região.
O planejamento prevê, ainda, reformas de modernização e aquisições de várias naturezas, como equipamentos e insumos. “Desde a fundação, gerimos todas as esferas da unidade com o propósito de oferecermos um atendimento humanizado e toda a atenção voltada às necessidades específicas de cada pessoa. E os novos serviços se somam a isso. O Centro de Terapia Infusional para imunobiológicos, ainda inexistente na cidade, terá como foco principal o atendimento a pacientes com doenças crônicas. Já o Centro de Infusão de Quimioterapia vem para facilitar o tratamento àqueles que precisam se deslocar para se medicarem em Campinas”, explica Antonio Carlos Girotto Junior, médico pediatra e diretor de mercado das unidades Vera Cruz em Campinas e região.
A unidade, fundada em 1983, servia como consultório de especialidades médicas e prontos atendimentos infantil e adulto. Após alguns anos, passou para uma unidade de pequenas internações, salas de raios-X, procedimentos, hidratação e inaloterapia, até funcionar o pronto atendimento pediátrico e, alguns anos depois, o adulto. Em 2019, concretizou uma estrutura ainda maior, em um prédio mais moderno e robusto, que, hoje, recebe aproximadamente 300 pessoas diariamente em atendimentos pediátrico e adulto, de urgência e emergência, para a realização de exames de imagem e laboratoriais e atendimento na área dedicada a pequenos procedimentos ambulatoriais.
No mesmo ano, uniu-se à excelência do Vera Cruz Hospital, passando a integrar a Hospital Care, holding referência nacional em administração de serviços de saúde. E, no ano passado, passou a atender vidas do plano de saúde Unimed no Pronto Atendimento Infantil. Atualmente, conta com 120 médicos e 50 colaboradores, que estão à disposição, em 23 especialidades, de pacientes de 11 diferentes planos de saúde. Assim, o Vera Cruz Centro Médico São Camilo continua estreitando laços com o município. “A credibilidade, estabelecida nos alicerces da qualidade e do acolhimento digno da pessoa humana, é a nossa prioridade. Temos a preocupação em sermos diferentes e carregamos a missão de ter a vida como prioridade, sempre em alinhamento com o progresso. A vontade e a vocação de caminhar lado a lado com pacientes, bem como buscar a vanguarda e o que há de melhor em atendimento, está nas nossas veias”, destaca Maria Cristina Gomes de Oliveira, gerente da unidade.
Vera Cruz Centro Médico São Camilo
Referência em saúde em Indaiatuba há 40 anos, a unidade é conhecida na região pelo primor no acolhimento, que preza por responsabilidade e empatia. Em uma área de dois mil metros quadrados na Chácara Areal, importante bairro do município, conta com um corpo clínico de 120 médicos de 23 especialidades – tais como pediatria, ginecologia e obstetrícia, ortopedia, otorrinolaringologia, imunologia e alergologia, pneumologia adulto, psicologia, entre outras – prontos para atender a usuários de 11 diferentes planos de saúde.
Desde 2019, aumentou seus serviços, dispondo, além das consultas, de pronto atendimento pediátrico e adulto, atendimento de urgência e emergência, exames de imagem e laboratoriais e área para pequenos procedimentos ambulatoriais.
As equipes médica e de enfermagem utilizam protocolos referenciados do Vera Cruz Hospital, que possui acreditação ONA 3, nível máximo de classificação em excelência feita por um órgão certificador hospitalar no Brasil, reconhecido pelo Ministério da Saúde.
(Fonte: WGO Comunicação)
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – IPCC divulgou no último dia 20 de março um novo relatório apontando que as mudanças climáticas estão avançando em um ritmo mais acelerado do que as medidas tomadas para contê-las. Diante disso, é preciso acelerar o passo e tomar medidas mais ambiciosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
No Brasil, as iniciativas de manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade amazônica – como o pirarucu, a castanha-da-Amazônia e a copaíba – podem ajudar na redução de emissões ligadas ao desmatamento e à degradação florestal porque aliam a geração de renda à manutenção de milhões de hectares de floresta em pé e à melhoria da qualidade de vida de comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.
O tempo está acabando
Segundo o relatório do IPCC, a intensidade das medidas tomadas na próxima década definirá a gravidade da crise climática que enfrentaremos. A temperatura global já está 1,1°C acima dos níveis pré-industriais – muito próximo do limite de 1,5°C de aumento até 2100, estabelecido como meta do Acordo de Paris para evitar piores impactos das mudanças climáticas. As emissões vêm aumentando nos últimos anos e será necessário reduzi-las quase à metade até 2030 para limitar o aquecimento a 1,5°C.
No Brasil, segundo o décimo relatório de análise das emissões brasileiras do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima, as emissões de gases de efeito estufa aumentaram 40% desde 2010, quando foi regulamentada a Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC). Nesse período, as emissões de CO2 por desmatamento aumentaram 83%, em grande parte devido ao desmatamento sem precedentes da Amazônia brasileira, onde estão estocadas 49 bilhões de toneladas de carbono.
Iniciativas de manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade tem tido sucesso em evitar o desmatamento e outras atividades predatórias em Terras Indígenas (TIs) no Amazonas, apontando uma das muitas estratégias na qual o país pode investir para reduzir suas emissões.
Apenas em 2022, iniciativas deste tipo apoiadas pelo Raízes do Purus, projeto realizado pela Operação Amazônia Nativa – OPAN com patrocínio da Petrobras em seis TIs no sul e sudoeste do Amazonas, por exemplo, contribuíram para evitar as emissões de 315.709,61 toneladas de CO2 para a atmosfera e propiciaram a manutenção de um estoque de 130.473.106,85 toneladas de carbono armazenado nas florestas sob influência da área do projeto.
Soluções já existem
Essas atividades têm como base o fortalecimento da organização coletiva das comunidades indígenas para a proteção de seus territórios e a contenção de atividades predatórias diversas. Por isso, beneficiam a proteção de toda a biodiversidade e são reconhecidas como atividades “guarda-chuva”.
1 – Manejo sustentável de pirarucu
O povo Paumari do rio Tapauá, por exemplo, conseguiu reduzir muito a pesca ilegal em suas três terras indígenas na região do médio rio Purus com a estruturação de um sistema de vigilância comunitário que envolve sete bases de vigilância flutuantes e rondas em voadeiras e canoa nos locais onde costuma haver invasões. “Em meados de julho, começamos a vigilância mais intensa, porque é época de mais invasões para pesca, devido aos rios estarem mais secos”, explica Francisco Paumari, coordenador do manejo sustentável de pirarucu.
No caso dos Paumari, a vigilância tem como foco proteger os pirarucus que vivem nos lagos dos territórios e estão cada vez mais abundantes, após um período de escassez causado pela pesca predatória e ilegal. Mas a proteção dos lagos promove a circulação nas terras indígenas e inibe também outras atividades ilegais, como o desmatamento.
Além das árvores mantidas em pé, a conservação dos lagos também contribui para a redução das emissões de CO2. Recentemente, cientistas apontaram que os lagos da Amazônia absorvem três vezes mais carbono do que as florestas.
As comunidades fortaleceram sua organização coletiva, criaram a Associação Indígena do Povo da Água – AIPA e hoje comercializam o pirarucu de manejo sustentável pescado nos territórios por meio da marca coletiva Gosto da Amazônia, gerando uma renda anual para as famílias.
2 – Manejo sustentável de castanha-da-Amazônia
O manejo sustentável de castanha-da-Amazônia, realizado pelo povo Apurinã, na Terra Indígena Caititu, também contribui para a proteção do território. “Hoje, a gente tem que entender que esses territórios estão aí, com floresta em pé, por causa do trabalho de ocupação territorial que os castanheiros fazem. Não tem preço que pague”, afirma Diogo Giroto, coordenador do Programa Amazonas, da OPAN.
No período de coleta de castanha, entre dezembro e abril, as famílias indígenas se dispersam pelos diversos castanhais nativos do território, muito dos quais estão em áreas remotas. Nesse processo, se deslocam por vastas extensões e inibem invasores e ações predatórias. “São os castanheiros que sobem os igarapés, atravessam cachoeiras, passam inúmeras dificuldades, ficam lá 30, 50 dias, e dão notícias aos órgãos competentes sobre o que está acontecendo no território”, completa o coordenador.
A castanha, alimento de grande valor nutricional, é comercializada por meio de um arranjo comercial coletivo, encabeçado pela Associação dos Produtores Indígenas da Terra Indígena Caititu e é uma fonte de renda para as famílias. Além de protegerem seu território, com a organização coletiva, os indígenas estão conseguindo um valor mais justo pela castanha que comercializam.
3 – Manejo sustentável de copaíba
O povo Jamamadi da Terra Indígena Jarawara/Jamamadi/Kanamanti incorporou o manejo sustentável de copaíba em seu plano de gestão territorial e ambiental (PGTA) como uma alternativa para geração de renda sustentável e para a proteção do território. Apesar de não terem um sistema de vigilância estruturado, como os Paumari, os Jamamadi vigiam seu território durante as atividades cotidianas, como a pesca, a caça e a coleta de copaíba, que propicia a circulação dos indígenas por áreas remotas do território, e estão sempre atentos a sinais de invasores.
Sobre o Raízes do Purus | O projeto Raízes do Purus é uma iniciativa da OPAN, com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, que visa a contribuir para a conservação da biodiversidade no sudoeste e sul do Amazonas fortalecendo iniciativas de gestão e o uso sustentável dos recursos naturais das terras indígenas Jarawara/Jamamadi/Kanamanti, Caititu, Paumari do Lago Manissuã, Paumari do Lago Paricá, Paumari do Cuniuá e Banawa, na bacia do rio Purus, e Deni e Kanamari, no rio Juruá.
Sobre a OPAN | A OPAN foi a primeira organização indigenista fundada no Brasil, em 1969. Nos últimos anos, suas equipes vêm trabalhando em parceria com povos indígenas no Amazonas e em Mato Grosso desenvolvendo ações voltadas para a garantia dos direitos dos povos, gestão territorial e busca de alternativas de geração de renda baseadas na conservação ambiental e no fortalecimento das culturas indígenas.
(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)