“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Proteger e conservar uma parcela significativa dos recifes de corais rasos do banco de Abrolhos, que são os recifes de maior biodiversidade do Atlântico Sul. Esse é o principal objetivo do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, que completa 40 anos de criação neste mês de abril. Com 87.943 hectares, a unidade de conservação abriga um alto número de espécies endêmicas do Brasil, a exemplo dos budiões. “O budião-azul é a espécie que corre maior risco de extinção dentre as cinco das grandes espécies que temos aqui no Brasil”, destaca o doutor Carlos Hackradt, professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e coordenador geral do Projeto Budiões, que reúne cientistas em um trabalho de observação, coleta de dados e educação ambiental para a conservação desses peixes.
A pesca dos peixes budião-azul tem tornado a espécie cada vez mais rara. No Nordeste do país, as populações decaíram drasticamente, acima dos 30%, desde a intensificação da atividade pesqueira, iniciada entre as décadas de 80 e 90. Já na costa dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, ele já é considerado funcionalmente extinto, ou seja, “não cumpre mais o seu papel ecológico nessas regiões”, explica o professor Carlos. No entanto, o Parque de Abrolhos permanece como um refúgio para esses animais. Além da abundância, lá as espécies conseguem viver por mais tempo, entre 15 e 20 anos, atingindo até 65 centímetros de comprimento, no ápice da maturidade reprodutiva. “O Scarus trispinosus ou budião-azul é a maior e mais ameaçada espécie de budião que temos no Brasil. No Parque Nacional Marinho de Abrolhos ela ocorre em grandes quantidades e com grandes tamanhos. Como o parque é grande, ele protege uma proporção grande dessa população. É uma área prioritária nas nossas pesquisas”, completa.
Espécie ameaçada de extinção, o budião-azul tem no Parque de Abrolhos um refúgio para reprodução intensa. Foto: Carlos Hackradt.
Neste mês, o Projeto Budiões, patrocinado pela Petrobras, preparou uma série de vídeos para homenagear algumas pessoas envolvidas na criação e manutenção do Parque. Uma delas é a doutora Zelinda Leão, professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que foi pioneira nas pesquisas sobre os recifes de corais de Abrolhos, na década de 70, junto ao seu orientador, o francês Jacques Laborel. “Nosso trabalho serviu como base para a descrição da região de Abrolhos e para a criação do parque”, revela a professora, que inclusive já foi homenageada com o nome de uma espécie de budião, o Scarus zelindae, conhecido popularmente como budião-banana e descrito em 2001.
Chefe do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) ICMBio Abrolhos, o biólogo Erismar Novaes Rocha fala com orgulho do que o parque vem conquistando nessas quatro décadas. “Temos programas de monitoramento e modelo de visitação muito bem estruturados. Há um acompanhamento e uma vigilância intensa. Por isso percebemos a efetividade dessa unidade de conservação como bastante significativa e em crescente consolidação”. Sobre a conservação dos budiões, Erismar ressalta o papel do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos como refúgio seguro para a espécie. “A unidade possibilita que algumas espécies tenham o local como espaço de reprodução intensa, uma área segura para sua multiplicação, permitindo repovoar o oceano do entorno”.
Sobre o Projeto Budiões
Popularmente conhecida como budião-banana, a espécie Scarus zelindae foi descrita em homenagem à Professora Zelinda Leão. Foto: Caio Salles.
Pela sua função na manutenção do frágil equilíbrio dos ambientes recifais, esses peixes se tornaram o foco do nosso Projeto, o Projeto Budiões.
Após o período inicial de foco nas ações digitais, devido à pandemia e recomendação de saúde para distanciamento social, aos poucos o Projeto Budiões inicia suas atividades presenciais com saídas a campo com o objetivo de coletar dados e adquirir conhecimentos científicos que auxiliem na conservação dos ambientes recifais e dos budiões.
Com o patrocínio Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, novas perspectivas e ações para a Conservação, Educação Ambiental e Pesquisa Científica são realizadas em nossas áreas de atuação: Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Além de realizar todas as atividades com zelo e dedicação, nossos principais compromissos são: integrar pessoas, realizar pesquisas e monitoramentos e propor e implantar políticas públicas para que a conservação dos budiões e dos ambientes recifais aconteça de fato.
Para saber mais, acesse: www.budioes.org.
A série de vídeos criados em homenagem aos 40 anos do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos pode ser acessada nas redes sociais do Projeto Budiões.
Instagram: @budioes
Facebook: @budioes
YouTube: Projeto Budiões
LinkedIn: Projeto Budiões.
(Fonte: Livia Cabral Assessoria de Imprensa)
No dia 22 de abril, sábado, o maestro Isaac Karabtchevsky retorna ao pódio à frente da Orquestra Sinfônica Heliópolis para um concerto especial no Teatro Arthur Rubinstein, no Clube Hebraica. Com participação do pianista Pablo Rossi, é interpretado um tríptico da música do século XX, partindo da conexão entre três compositores judeus: George Gershwin (1898–1937), Gustav Mahler (1860–1911) e Leonard Bernstein (1918–1990). A apresentação acontece às 20h e os ingressos vão de R$70 (meia-entrada e membros do Clube Hebraica) a R$140 e estão a venda no site.
Abre o repertório um dos maiores sucessos de um compositor que acumulou sucessos: o sensacional concerto para piano “Rhapsody in Blue”, de George Gershwin. Composto originalmente para banda de jazz – Gershwin foi um dos mais prolíficos autores do gênero –, a peça ajudou a definir a identidade da música clássica norte-americana e é uma das obras concertantes mais populares do século XX. No Clube Hebraica, quem encara o desafio de sua partitura cheia de suingue é o pianista Pablo Rossi. Acostumado com os palcos desde muito cedo – ele fez sua estreia ao lado da Osesp com apenas 13 anos – Rossi é um dos principais pianistas brasileiros em atividade e é formado pelo prestigiado Conservatório Tchaikovsky, de Moscou, onde também realizou seu mestrado. Parceiro de longa data do Instituto Baccarelli, Pablo Rossi volta a se apresentar com a Sinfônica Heliópolis após 4 anos – seu último concerto com a Orquestra foi em 2019, na Sala São Paulo.
Segue-se ao concerto de Gershwin uma pequena pérola do austríaco Gustav Mahler. Um dos maiores compositores da história, Mahler é responsável por algumas das obras mais emblemáticas do século XX, marcando a transição entre a música Romântica e Moderna. Famoso especialmente por suas sinfonias, tem sua ‘Quinta’ reconhecida como uma de suas obras-primas – tanto que um de seus movimentos, o quarto, ganhou fama própria, sendo apresentado como uma peça à parte. É o ‘Adagietto’ para cordas e harpa, uma peça breve e delicada que o público do Teatro Arthur Rubinstein vai poder apreciar na interpretação sempre poderosa e sensível do maestro Isaac Karabcthevsky.
Fecha o concerto uma das peças mais icônicas da música norte-americana: as danças sinfônicas de “West Side Story”, de Leonard Bernstein. Escrita para um musical da Broadway, que atualizava a história de Romeu e Julieta para a Nova York dos anos 1950, com conflitos raciais entre gangues rivais, a obra une elementos da música clássica ao jazz e ritmos latino-americanos, resultando em uma obra explosiva, empolgante e de elevada dificuldade técnica. Assim como “Rhapsody in Blue” – cuja influência é mais que perceptível – as danças sinfônicas de “West Side Story” servem como símbolo de uma das vertentes da música realizada nos Estados Unidos: uma confluência de ritmos e estilos extremamente popular e atraente, mas sem nunca perder o rigor típico da produção clássica.
E sob o comando de Isaac Karabtchevsky, regente titular da Orquestra e diretor artístico do Instituto Baccarelli, o público pode esperar não apenas um espetáculo brilhante e cheio de nuances, mas também uma verdadeira aula sobre parte da história da música.
Sobre o Instituto Baccarelli
O Instituto Baccarelli é uma das organizações sem fins lucrativos mais respeitadas no Brasil por proporcionar ensino de excelência combinando três eixos de grande importância: social, educacional e cultural. É responsável por formar a primeira orquestra sinfônica do mundo em uma favela, a Orquestra Sinfônica Heliópolis, que conta com o maestro Isaac Karabtchevsky como diretor artístico e regente titular, quebrando diversas barreiras e incentivando o surgimento de outros projetos similares no país. Sua sede está instalada na comunidade de Heliópolis, São Paulo, onde opera como agente de transformação social há 26 anos, mostrando um futuro com mais perspectivas a centenas de crianças e jovens. Ali, beneficia anualmente 1200 alunos em situação de vulnerabilidade por meio de programas de ensino de excelência que se dividem em: Musicalização Infantil, Canto Coral, Aulas de Instrumentos (classes coletivas e individuais) e Prática Orquestral, com reais oportunidades de profissionalização na música para aqueles que desejam construir uma carreira.
A instituição também assiste as famílias dos beneficiados com a distribuição de alimentos e outros itens de primeira necessidade, além de disponibilizar atendimentos de uma equipe de assistentes sociais.
Em 2022, assumiu a gestão de 12 unidades dos CEUS, em contrato firmado com a Secretaria Municipal de Educação, e ampliou seu campo de atuação, levando esta consistente trajetória de transformação social em Heliópolis para outras regiões da cidade, em conformidade com os objetivos, planos e políticas estabelecidas pela SME para as áreas de educação, cultura, esporte, lazer, recreação e tecnologia da cidade de São Paulo. Para mais informações, acesse www.institutobaccarelli.org.br.
Serviço:
Orquestra Sinfônica Heliópolis
Isaac Karabtchevsky, regente
Pablo Rossi, piano
Data: 22/4/2023, sábado
Horário: 20h
Local: Clube Hebraica – Rua Hungria, 1000 – Pinheiros, São Paulo/SP.
(Fonte: Agência Blue Chip)
Com texto inédito da premiada autora Renata Mizrahi, vencedora do Prêmio Shell em 2015 por “Galápagos”, o espetáculo adulto “O Poeta Aviador” será apresentado na sexta-feira, dia 14 de abril, às 20h, no Teatro Municipal Castro Mendes, em Campinas. A entrada é gratuita.
A comédia dramática coloca uma lupa sobre uma família inter-racial às voltas com questões do filho pré-adolescente de 11 anos. Eles precisam se reinventar diante de uma situação-limite: Cláudio (Julio Adrião) está com a sua empresa de advocacia à beira da falência e vive uma crise no casamento com Sheila (Flávia Santana). No meio disso tudo, o filho Lucas (Hugo Germano) é internado em um hospital. Contudo, o espetáculo é leve e para toda a família, como assegura a autora Renata Mizrahi, que começou a escrever a peça há dez anos.
Hugo Germano, que recentemente esteve no ar na novela “Mar do Sertão”, tem se divertido nos ensaios ao dar vida a Lucas, um menino de 11 anos. O ator tem 31.
Durante a internação, Lucas desenvolve uma grande amizade com Rafael (Vicente Coelho), que é voluntário no hospital, e também conhece o amor pela primeira vez com Carminha, a garota do quarto ao lado. O grande sonho do menino é se tornar aviador e cruzar os céus, para desgosto do pai, vivido por Júlio Adrião, que implica com todas essas coisas, inclusive o interesse de Lucas pela poesia.
“O Poeta Aviador” tem direção de produção de Bruno Mariozz em parceria com Adriana Jungbluth. O projeto, a partir da parceria de Renata Mizrahi com a produtora, escritora e roteirista Adriana Jungbluth – através da Martina Produtora de Conteúdo Audiovisual —, ganhou o edital ProAC 2022.
Serviço:
Espetáculo “O Poeta Aviador”
Dia e hora: 14/4, sexta-feira, às 20h
Local: Teatro Municipal Castro Mendes – Rua Conselheiro Gomide, 62 – Vila Industrial, Campinas (SP)
Entrada grátis
Classificação: 12 anos
Ingressos podem ser retirados no dia na bilheteria do Teatro.
(Fonte: Prefeitura de Campinas)
Está procurando diversão em família? Que tal curtir um bom livro com as crianças? Uma viagem pelas páginas de uma bela história tem o poder de estimular o hábito da leitura desde cedo e cria conexão entre pais e filhos. A leitura ainda permite que os pequenos explorem a imaginação, se familiarizem com as letras e adotem a prática para o resto da vida.
“A leitura possibilita o desenvolvimento de uma série de habilidades muito importantes, por exemplo, o raciocínio lógico, a criatividade, o pensamento crítico. Possibilita a aquisição de novas referências, então amplia o vocabulário. Possibilita ainda uma melhoria da escrita. Quem lê mais, escreve melhor”, explica a pedagoga e diretora geral da Escola Lumiar, Graziela Lopes.
Com tantos pontos positivos, estimular a leitura é tarefa fundamental, principalmente em um país no qual os dados não são favoráveis aos livros. Para se ter uma ideia, segundo o último levantamento feito pela Retratos da Leitura no Brasil, o brasileiro não chega a ler cinco livros por ano. Em nações como França e Suécia, este número quase triplica. “É importante que a família possibilite, às crianças, o acesso a livros que sejam interessantes para ela. Ter momentos de leitura em conjunto, frequentar bibliotecas ou livrarias, também servem como incentivo”, diz Graziela.
Não adianta apenas falar, os exemplos são mais eficazes. Por isso, é importante apresentar o mundo dos livros às crianças cedo para que tenham referência de que ler é gostoso. “O contato com livros ou alguém contar uma história e mostrar que vem de um livro, faz a diferença no interesse. Também é preciso deixar a criança ler do jeito dela, interpretando as figuras, tendo contato com as letras. Assim ela percebe que esses símbolos que estão no papel representam algo e vai entendendo e aumentando a possibilidade de criar hipóteses de escrita desenvolvendo habilidades fundamentais para a alfabetização e letramento”.
A escola também tem papel primordial nessa trajetória. Incentivá-los no ambiente escolar pode ajudar a transformar o Brasil em um país com mais leitores. Além de trabalhos em sala de aula, apresentá-los a um universo de obras literárias em uma biblioteca pode abrir portas para reforçar o novo hábito. Mas esse ambiente precisa ser pensado para atrair a atenção e ser convidativo.
Criando conceito
Na Escola Lumiar, a estrutura da biblioteca foi planejada para transformar o espaço em um local que desperte o interesse dos alunos. Há ambientes para interação, iluminação especial e uma arquitetura que possibilita a utilização inovadora da área. O corpo docente também se dedica à escolha de um acervo com gêneros literários e temas que sejam indicados para cada faixa etária e perfil dos estudantes. “Cabe à escola entender quais são os conteúdos adequados para cada faixa etária e trazer temas que sejam atuais e relevantes para cada etapa. Entender as preferências de cada turma e de cada criança e sugerir opções interessantes, principalmente quando os estudantes estão começando a ler, é fundamental para gerar prazer na leitura”.
Compreender o interesse dos alunos e auxiliá-los a também fazerem as próprias escolhas é outro método utilizado para incentivar as turmas. “Apresentar uma diversidade de possibilidades e gêneros para ampliar repertório, mas deixá-los escolher aquela temática que vai ser mais envolvente para eles, é uma possibilidade muito bacana de engajamento”, diz a especialista.
Outro ponto importante para a Escola Lumiar é respeitar o momento e o ritmo de cada criança. O caminho tem sido equilibrar o tipo de leitura para atender as necessidades dos alunos, assim eles ganham confiança para prosseguir sua jornada.
“Temos crianças menores que, às vezes, dão conta de ler livros mais densos. Há outras que demoram um pouco mais para desenvolver esse tipo de habilidade. Então, diversificar o tipo de leitura numa mesma turma é uma possibilidade muito interessante para deixar o nível adequado para cada um. Nem muito fácil, nem muito difícil. Assim garantimos melhores oportunidades para que aprendam mais vocabulário e desenvolvam fluência”.
Foco também na adolescência
Projetos diferenciados para garantir a atenção dos adolescentes são desenvolvidos. Na Lumiar, as bibliotecas são olhadas como um espaço também de troca de ideias. A escola apresenta uma diversidade de estilos, de escritas e de gêneros textuais. “Se a gente não toma cuidado com o engajamento, fica mais complicado na adolescência. A biblioteca pode ser utilizada para diferentes tipos de atividade. Pode ser um local onde se contam histórias, onde se fala sobre literatura, onde descobrimos gêneros novos ou mesmo assuntos que nem sabíamos que existiam e que passam a fazer parte da lista de coisas que queremos conhecer mais”.
Outra maneira de envolvê-los ocorre com as comissões. A atividade acontece com alunos dos dois aos 17 anos. O interesse de alguns estudantes pela biblioteca é tão grande que decidem montar e fazer parte de comissões relacionadas com o cuidado da biblioteca ou que utilizem esse espaço para realizar suas ações. Um dos objetivos dos estudantes é aprimorar o espaço. Refletindo sobre uma melhor maneira de organizá-lo, se aprofundam na descoberta dos gêneros literários e têm ainda a oportunidade de desenvolver uma série de habilidades relacionadas à gestão. “Temos até comissões de estudantes do Ensino Médio e do Fundamental 2, criadas para ler histórias para estudantes do Infantil e Fundamental 1. As comissões são, na prática, uma oportunidade fantástica para engajá-los e envolvê-los na gestão participativa, um pilar importante da metodologia Lumiar”, conta a diretora geral.
Seguindo a sistemática da escola, que trabalha com as metodologias ativas, os estudantes estão constantemente criando e desenvolvendo projetos. Escrever um livro é um produto final bastante popular entre as turmas. Muitas obras já foram redigidas pelos alunos e elas também podem ser encontradas nas bibliotecas Lumiar. Esse espaço também é palco para autores de livros infantis, infanto-juvenis e ilustradores, mestres de projetos na Lumiar, conduzirem atividades com os estudantes, conectando suas paixões. Existem ainda os bookclubs, que são clubes formados pelos alunos para leituras, discussão e reflexão de obras literárias específicas.
Os educadores também estão preparados e atentos para propor atividades que visem promover a leitura de forma prazerosa para que o aluno fique entusiasmado com o processo e crie aptidões e gosto pelo universo dos livros. Esta é a dica de ouro que vale, inclusive, para outras instituições de ensino. “É importante que o professor compreenda o momento em que os estudantes estão, seus interesses e necessidades de aprendizagem. A partir daí, pode propor um momento de leitura mais independente, no qual cada um possa escolher o seu livro, auxiliando o aluno a garantir que aquela obra é adequada para idade e etapa de desenvolvimento dele. Ou pode trazer uma leitura com uma linguagem um pouco mais difícil para ampliar o repertório e propor que seja feita em grupo, em voz alta, parando em momentos estratégicos para ajudar a turma na compreensão, por exemplo”.
Além de incentivar a imaginação e outras habilidades, a leitura tem também outro poder, avalia Graziela. “Quando lemos narrativas com boas tramas, isso traz a possibilidade de se viver histórias que não são as nossas. Também estimula o desenvolvimento da empatia e do pensamento crítico. Traz ainda bagagem para a pessoa perceber melhor a si mesmo e o mundo. Eu diria que a leitura tem um papel bastante central no desenvolvimento de cidadãos responsáveis, conscientes e autorais”, finaliza.
Dicas para criar o hábito da leitura
– Apresente o mundo da leitura para seu filho. Conte uma história e mostre de onde ela vem. Mostre as figuras, deixe que ele manuseie as páginas e até conte a história do jeito dele.
– Deixe a criança ler do jeitinho dela, interpretando as figuras, tendo contato com as letras e descubra que esses símbolos que estão no papel representam algo. Assim, vão aumentando a possibilidade de criar hipóteses de escritas para depois serem alfabetizadas.
– Crie um momento de leitura em família. Ver que os pais e irmãos se divertem em meio a livros vai criar mais estímulos. Afinal, os pequenos também aprendem pelo exemplo.
– Respeite o momento da criança. Quando ela está começando a fase da alfabetização, ainda tem dificuldade de ler num ritmo rápido. Então, nada de críticas. Ao contrário, a estimule a seguir no próprio ritmo e valorize cada conquista.
– Apresente uma variedade de materiais para ler e que trazem informações interessantes, revistas, jornais, placas na rua, avisos. Assim ela embarca no mundo da leitura e percebe a importância das palavras escritas de uma forma diferenciadas. Isso gera engajamento e estimula positivamente a alfabetização.
Fonte: Graziela Lopes, pedagoga e diretora-geral da Escola Lumiar
Sugestão de livros:
A casa da árvores
Autora: Marije Tolman
Indicação: 3 a 7 anos
O Cabelo de Lelê
Autora: Valéria Belém
Indicação: 3 a 8 anos
Como vai o Planeta?
Autor: Quino
Indicação: 6 a 8 anos
Flicts
Autor: Ziraldo
Indicação: 8 a 10 anos
Contos africanos
Autor: Ernesto Rodriguês Abad
Indicação: acima de 10 anos
A menina que roubava livros
Autor: Markus Zusak
Indicação: acima de 13 anos
O outro pé da sereia
Autora: Mia Couto
Indicação: acima de 15 anos
Quarto de despejo
Autora: Maria Carolina de Jesus
Indicação: acima de 16 anos.
(Fonte: Rosangela Jacob, diretora-pedagógica da Escola Lumiar Vila Olímpia e Betini Comunicação)
O Festival Dança em Trânsito está realizando o Palco Carioca e, desde fevereiro, vem contando com apresentações de relevantes companhias e grupos cariocas de dança, sempre aos sábados e domingos, às 20h, na Sala de Espetáculos Maria Thereza Tápias, situada no Espaço Tápias, na Barra da Tijuca. Nos dias 15 e 16 de abril, será a vez da Laso Cia. de Dança, de Carlos Laerte, mostrar “Dança que Atravessa Pele”.
Em “Dança que Atravessa Pele”, a Laso Cia. de Dança apresenta o espetáculo em que desenvolve uma narrativa sobre a busca da bailarina, interpretada por Isabel Mamede, por seu pertencimento e história em uma anatomia variante – aliada à perspectiva do coreógrafo Carlos Laerte, que propõe um jogo de cena colocando em evidência a força de uma geração que reproduz uma nova dança de maneira potente, neste novo lugar de poder.
“Nos corpos em diásporas, há uma urgência em resgatar uma identidade/liberdade que fomenta uma conversa livre conectada à natureza e sua ancestralidade”, diz Laerte.
Ficha Técnica
Fotografia: Daniel Calvet
Direção de movimento: Carlos Laerte
Bailarina: Isabel Mamede
Figurino: Wanderley Gomes
Cenografia: Renata Abreu
Fotografia: Daniel Calvet
Sobre Carlos Laerte | É diretor e coreógrafo, natural do Rio de janeiro. Bacharel em Cinema com especialização em documentário, concluiu sua formação artística em Nova York. Contemplado como diretor e roteirista no festival de cinema no Templo Glauber – RJ. Criou a Laso Cia de Dança Contemporânea, onde desenvolve um trabalho próprio de pesquisa corporal e dramatúrgica trazendo o cinema em suas pesquisas coreográficas ao criar uma intercessão entre os dois universos. Com mais de 14 obras em seu repertório, a cia vem recebendo premiações e críticas importantes no segmento de dança/teatro. Coreografou para algumas cias como a Curitiba Cia de Dança com estreia no Teatro Guaíra e Teatro Municipal do Rio de Janeiro -TMRJ. Leciona, coreografa e ministra oficinas por todo território nacional e internacional, como o Center Nacional de La Danse de Paris, Festival Move Berlim, Alemanha e Festival de dança de Joinville, onde também atua como jurado.
Palco Carioca em abril | O Palco Carioca segue até o fim do mês com a Esther Weitzman Cia. de dança (22 e 23/4) e encerra com Regina Miranda, Atores&Bailarinos (29 e 30/4).
Dança em Trânsito
Em 2023, o Dança em Trânsito circulará, durante o ano inteiro, por aproximadamente 33 cidades brasileiras e uma cidade estrangeira. Vai selecionar artistas e companhias brasileiras de norte a sul do Brasil para compor a programação das cidades, e receber artistas e companhias internacionais.
Há 20 anos, o projeto Dança em Trânsito reúne apresentações artísticas, formação, capacitação, reflexão e intercâmbio entre grupos de dança de diversas cidades do Brasil e do mundo. O festival, realizado em circuitos, possibilita trocas de experiências entre artistas nacionais e internacionais convidados, e incentiva o desenvolvimento das linguagens da dança.
Em Tempo: O projeto de aulas de manutenção para profissionais de dança, que acontecem todas as sextas-feiras no Espaço Tápias, das 13h às 14h30, de forma gratuita para participação de profissionais de dança e artes cênicas, também conta com artistas cariocas em parceria com o Dança em Trânsito.
Programação Palco Carioca – primeiro circuito do projeto Dança em Trânsito
ABRIL:
15 e 16/4 – Laso Cia. de Dança – Carlos Laerte com “Dança que Atravessa Pele”
22 e 23/4 – Esther Weitzman Companhia de Dança com “O que imagino sobre a morte”
29 e 30/4 – Regina Miranda e Atores Bailarinos com “Naitsu- Noites Com Murakami”.
Serviço:
Palco Carioca
Temporada: 11 de fevereiro a 30 de abril
15 e 16 de abril – “Dança que Atravessa Pele” com a Laso Cia. de Dança, de Carlos Laerte
Local: Espaço Tápias – Sala de espetáculos Maria Thereza Tápias
Dias: sábados e domingos – às 20h
80 lugares
Ingressos: Inteira $30,00 / Meia $15,00 – *pela plataforma Sympla
Endereço: Av. Armando Lombardi, 175 – 2º andar – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro (RJ).
(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)