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Pinacoteca de São Paulo inaugura mostra panorâmica de Maria Leontina

São Paulo, por Kleber Patricio

Natureza-morta, 1949, têmpera sobre cartão, 27 x 31,8 cm. Acervo da Pinacoteca de São Paulo.

A Pinacoteca de São Paulo inaugura “Maria Leontina: da forma ao todo”, que ocupa as três galerias de exposições temporárias do segundo andar da Pinacoteca Luz. Com curadoria de Renato Menezes e Thierry Freitas, a mostra investiga o modo como Maria Leontina se relacionava com os objetos que colecionava, tão caros em sua produção, na busca incessante pela tradução em imagens do que as mãos poderiam sentir. Observando o percurso da artista da figuração até a abstração lírica, famosas séries como: “Sant’Anas”, “Jogos e Enigmas” e “Páginas” poderão ser vistas pelo público.

Um dos nomes mais importantes da arte brasileira, Maria Leontina teve uma produção profundamente especulativa. Acumuladora de referências e objetos pelos quais nutria imenso afeto, a artista via na arte popular, na estatuaria religiosa e nos artefatos indígenas um manancial de contradições plásticas, de onde surge esse interesse primordial em seu trabalho. Na década de 1950, Leontina chamou a atenção da crítica com suas naturezas-mortas, que poderão ser vistas na primeira sala desta exposição. Na mesma época, a artista realizou uma enorme série de desenhos tracejados em que revisita a obra do artista suíço Paul Klee, de quem foi admiradora. A mesma sala contará também com um conjunto de desenhos produzidos pelos internos do Hospital Psiquiátrico do Juqueri, quando a artista orientou o setor de artes plásticas. Esse conjunto de trabalhos realizados pelos internos poderá ser visto pelo público pela primeira vez. Retratos e autorretratos produzidos no mesmo período complementam a sala.

A abstração  

A relação de Maria Leontina com a abstração se aprofunda na passagem da artista por Paris, nos anos de 1951 e 1952. Quando retorna ao Brasil, a artista se depara com um cenário de consolidação das conquistas geométricas celebradas por seus contemporâneos, embora nunca tenha aderido a nenhum grupo, associação ou movimento. A segunda sala da mostra contempla um extenso conjunto da fase geométrica da artista, apresentando séries como: “Jogos e Enigmas” (1954), “Da paisagem e do tempo” (1957), “Narrativa” (1957) e “Os episódios” (1959/1960). “A mostra explicita o caminho gradual que Leontina realiza da figuração até a abstração. Essa transformação é avistada com clareza, por exemplo, em pinturas da série ‘Jogos e os enigmas’, nas quais figuras humanas aos poucos se fundem e se convertem em formas geométricas. Essa série precede um período no qual Leontina realiza uma sensível e profunda incursão pela geometria em busca de uma abstração plena”, comentam os curadores.

Na última sala expositiva, o fascínio de Maria Leontina pelo livro como objeto aparece na relação estabelecida entre a série “Sant’Anas”, realizada no início de sua carreira, e “Páginas”, realizada nos anos 1970. Destaca-se, nessa sala, dedicada à abstração lírica e às obras em pequenos formatos, o conjunto de estudos preparatórios para os vitrais que concebeu para a Paróquia da Santíssima Trindade, na Praça Olavo Bilac, no centro de São Paulo. Nesses estudos, Maria Leontina parece ter encontrado uma oportunidade privilegiada para testar as suas séries “Formas”, “Estandartes” e “Vestes” em um novo formato, combinando, dessa vez, luz e cor.

A exposição “Maria Leontina: da forma ao todo” tem patrocínio do banco J.P. Morgan, na cota Prata.

Sobre a artista | Maria Leontina Mendes Franco da Costa (São Paulo, 1917–Rio de Janeiro, 1984) foi uma pintora, gravadora e desenhista. Em 1942, a artista estuda pintura com Waldemar da Costa (1904–1982) e em 1943 começa a expor em salões de arte. Inicialmente, sua obra é pautada no figurativismo de cunho expressionista, mas se aproxima da abstração a partir de uma passagem por Paris entre 1951 e 1952, período em que frequenta o ateliê de Johnny Friedlaender (1912–1992). Em 1960, em Nova York, recebe o prêmio nacional da Fundação Guggenheim e, em 1975, o prêmio pintura da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA).

Sobre a Pinacoteca de São Paulo | A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade e em diálogo com as culturas do mundo. Museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais. A Pina também elabora e apresenta projetos públicos multidisciplinares, além de abrigar um programa educativo abrangente e inclusivo.

Serviço:

Maria Leontina: da forma ao todo

Período: 13/5 a 10/9/2023

Curadoria: Thierry Freitas e Renato Menezes

Pinacoteca Luz (2º andar)

De quarta a segunda, das 10h às 18h

Gratuitos aos sábados – R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia-entrada).

(Fonte: Pinacoteca de São Paulo)

Metrópolis exibe edição especial em homenagem a Rita Lee nesta sexta-feira (12/5)

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação (Canto da MPB).

Em homenagem a Rita Lee, o Metrópolis, da TV Cultura, apresenta uma edição especial para relembrar a grandiosidade da rainha do rock brasileiro, que faleceu na noite da última segunda-feira (8), aos 75 anos. Vai ao ar nesta sexta-feira (12/5), a partir das 19h20, com apresentação de Cunha Jr. e Adriana Couto.

O programa revisita momentos marcantes da cantora ao longo dos anos. No estúdio, Lucinha Turnbull toca Rita Lee. A cantora, compositora e guitarrista brasileira foi a primeira mulher a tocar guitarra no país. Lucinha abriu o show dos Mutantes no Teatro Oficina, em 1972, formou com Rita, recém-saída do célebre trio, a dupla Cilibrinas do Éden para, em seguida, integrar o Tutti Frutti, que acompanhava a rainha do rock.

Ainda nesta edição, o Metrópolis traz uma matéria que destaca outro grande nome do rock, Tina Turner, que acaba de ganhar uma exposição no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo.

(Fonte: TV Cultura)

Clássico contra o autoritarismo, “O Arquiteto e o Imperador da Assíria” se apresenta gratuitamente em São Paulo neste mês

São Paulo, por Kleber Patricio

Cena do espetáculo. Fotos: Bob Sousa.

“O Arquiteto e o Imperador da Assíria”, do grupo Garagem 21, se apresenta gratuitamente em teatros de São Paulo em maio. As apresentações acontecem no Teatro Arthur Azevedo, entre os dias 12 e 14 de maio, sexta e sábado, às 20h30 e, domingo, às 19h.

As apresentações são gratuitas – basta retirar o ingresso com uma hora de antecedência na bilheteria ou na Sympla. Mais recente montagem do clássico escrito em 1967 pelo dramaturgo espanhol Fernando Arrabal, a obra é uma das peças fundamentais da reflexão sobre o pós-guerra e o totalitarismo que culminou no confronto. Na temporada atual, Helio Cicero segue na interpretação do Imperador, enquanto o personagem do Arquiteto passa a ser interpretado pelo ator Pedro Conrado. A direção é de Cesar Ribeiro.

Obra representa uma continuidade da proposta de Cesar Ribeiro em dirigir peças que abordam sistemas diversos de violência. 

Situada em uma ilha deserta, a peça se inicia com um desastre aéreo, que leva seu único sobrevivente a entrar em contato com um nativo que jamais teve contato com outro ser humano. A partir dessa interação, o sobrevivente busca impor ao outro suas ideias de cultura e civilização, retratando a violência cultural inserida no processo de formação da sociedade.

“Utilizando a cultura para seduzir o Arquiteto sobre as supostas maravilhas da civilização, além da construção da linguagem, há o processo de formação do Estado e do conhecimento de toda a estrutura social, em que entram conceitos como política, religião, família, relações afetivas, artes, filosofia e a própria noção de humano, termos desconhecidos pelo nativo e sempre apresentados pelo Imperador de modo distorcido, trazendo conexões com as ideias de fake news e pós-verdade”, analisa o diretor.

Apesar de preservar o texto original de Arrabal na adaptação, o grupo inseriu trechos de obras de outros autores, como do dramaturgo irlandês Samuel Beckett e o editorial do dia seguinte ao golpe militar de 1964. Segundo o diretor, trata-se de inserções pontuais que complementam frases de Arrabal e reforçam as semelhanças que regimes totalitários têm entre si.

O cenógrafo J. C. Serroni optou por criar um terreno distópico próximo a uma estética contemporânea que remete a jogos eletrônicos e HQs. O desastre também deixa rastros, a cabine e a poltrona do avião, que se tornam, respectivamente, a cabana e o trono do Imperador.

A inspiração para esse cenário apocalíptico é múltipla. Há elementos da saga japonesa “Ghost In The Shell”; do artista plástico suíço H. R. Giger, reconhecido pela estética metalizada e futurista de Alien; do cinema expressionista alemão e das propostas cênicas do encenador polonês Tadeusz Kantor. O figurino de Telumi Hellen também responde a uma estética futurista fundida à moda elisabetana, com influências do estilista britânico Gareth Pugh.

Com elementos narrativos contra o autoritarismo e críticas ao governo de Jair Bolsonaro, o diretor Cesar Ribeiro pontua que a obra segue atual. O ponto central da encenação é abordar como determinados modos da narrativa, que representam uma visão da realidade, servem a um projeto totalitário de poder que se pretende salvador, mas que, para exercer essa ideia de salvação, constrói a destruição do outro, do divergente, seja por meio de crimes diretamente executados por agentes do Estado ou por diversos mecanismos de coerção e perseguição.

Sobre o grupo Garagem 21

O grupo Garagem 21 surgiu em 2009, na cidade de São Paulo, fundado por Cesar Ribeiro. Desde o princípio, centra suas pesquisas na investigação da ideia de poder e suas extensões no corpo social. Do ponto de vista estético, procura um híbrido do teatro com outras linguagens, como quadrinhos, videogames, desenhos animados e dança contemporânea, em busca de uma forma de fazer teatro relacionada à transformação social propiciada pelas novas tecnologias e capaz de fomentar um público contemporâneo e alheio ao teatro, além da continuidade do público usual.

Neste período, encenou as seguintes peças: “O Arquiteto e o Imperador da Assíria (2021), “Esperando Godot” (2016), “Cigarro Frio em Noites Mornas” (2012), “Fim de Partida” (2011), “Fodorovska” (2010), “Somente os Uísques são Felizes” (2009) e “Sessenta Minutos para o Fim” (2009).

“O arquiteto e o imperador da Assíria” foi selecionado no Prêmio Zé Renato de Produção do segundo semestre de 2019, no Prêmio Zé Renato de Circulação do primeiro semestre de 2022 e no edital ProAC de Circulação do mesmo ano. “Esperando Godot” foi indicado ao Prêmio Shell de Figurino e selecionado no Edital ProAC de Circulação de 2017. O Grupo Garagem 21 ainda prepara para 2023 a montagem de “Dias Felizes”, texto de Samuel Beckett com atuação de Lavínia Pannunzio e Helio Cicero.

A companhia apresentou-se também em diversos festivais, como Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto (SP), Festival de Teatro de Curitiba (PR), Funalfa – Festival Nacional de Teatro de Juiz de Fora (MG), Floripa Teatro (SC), Festival de Teatro de Lages (SC), Festival de Teatro de Campo Mourão (PR), Festival de Teatro de Catanduva (SP), FestCamp (Campo Grande/MS), Festival Nacional de Teatro Pontos de Cultura (Floriano/PI), Mostra Jacareiense de Artes Cênicas (Jacareí/SP), Festival de Teatro da Unicentro (Guarapuava/PR), Festivale – Festival Nacional de Teatro do Vale do Paraíba (São José dos Campos/SP) e Festival Nacional de Comédia (Alegre/ES). Apresentou-se ainda na primeira e na segunda edição da Festa do Teatro e na edição 2010 da Virada Cultural.

Sinopse | Em uma ilha isolada, um desastre aéreo conduz ao relacionamento entre o único sobrevivente do acidente e um nativo que nunca teve contato com outro ser humano, em que o primeiro tenta impor ao outro sua ideia de cultura e civilização.

FICHA TÉCNICA

Este projeto tem apoio da 15ª Edição do Prêmio Zé Renato para a Cidade de São Paulo

Texto: Fernando Arrabal

Direção, tradução e adaptação: Cesar Ribeiro

Elenco: Helio Cicero e Pedro Conrado

Direção de produção: Kiko Rieser

Cenário: J. C. Serroni

Desenho de luz: Aline Santini

Figurinos: Telumi Hellen

Sonoplastia: Raul Teixeira e Mateus Capelo (efeitos sonoros) e Cesar Ribeiro (músicas)

Visagismo: Louise Helène

Assistência de produção: Lara Paulauskas

Arte gráfica: Patrícia Cividanes

Fotos: Bob Sousa

Registro em vídeo: Nelson Kao

Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques.

Serviço:

O Arquiteto e o Imperador da Assíria

Teatro Arthur Azevedo

12 a 14 de maio, sexta e sábado, às 20h30, e domingo, às 19h

Endereço: Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca, São Paulo – SP

Teatro Alfredo Mesquita

2 a 4 de junho, sexta e sábado, às 20h30, e domingo, às 19h

Endereço: Av. Santos Dumont, 1770 – Santana, São Paulo – SP

Duração: 120 minutos | Classificação: 16 anos | Ingresso: Gratuito – Retirar no Sympla ou na bilheteria uma hora antes do espetáculo.

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

Marlene Stamm retrata sutilezas do cotidiano em exposição no Centro Cultural Correios

São Paulo, por Kleber Patricio

Série “6 horas de luz”. Fotos: divulgação/OMA.

O Centro Cultural Correios apresenta “Há silêncio em tudo”, exposição individual de Marlene Stamm. A mostra ocupa o espaço com cinco séries com aproximadamente 800 obras em aquarela, em um trabalho manual repetitivo e solitário da artista, que se torna quase obsessivo.

Na série “6 horas de luz”, por exemplo, Stamm sucessivamente acende fósforos e cronometra o tempo até que se apaguem. Fazendo registros em aquarela de cada um deles, a artista soma o tempo das chamas até que se alcancem 6 horas de luz, resultando em 530 aquarelas individuais que tomam conta de toda uma parede.

Uma das aquarelas que compõem a série “6 horas de luz”.

Em “Inventário”, a artista registra em aquarela documentos e cartas emprestados de amigos, entre os quais estão registros de nascimentos, casamentos e separações, comprovantes de compras de itens e certificados. Nas mãos de Stamm, estes papéis normalmente relacionados à burocracia se tornam registros indiretos das trajetórias de vida e das lembranças de seus proprietários.

O valor real das coisas e a força impregnada nelas com o passar do tempo são elementos sempre presentes nos trabalhos da artista. Com uma produção sensível, Stamm convida a reparar naquilo que é trivial e sutil, pois é das sutilezas do dia a dia que se formam nossos dias e, consequentemente, nossas histórias.

“Há silêncio em tudo” tem entrada gratuita e fica em cartaz até 10 de junho.

Serviço:  

Exposição “Há silêncio em tudo”

Centro Cultural Correios SP 

Endereço: Praça Pedro Lessa, s/n – Vale do Anhangabaú, Centro, São Paulo – SP.

Visitação: 9 de maio a 10 de junho

Horário: segunda a sexta-feira, das 10h às 17h

Entrada gratuita

Acesso para pessoas com deficiência

Classificação etária: Livre

Como chegar: Metrô – Estação São Bento, saída para o Vale do Anhangabaú

Informações: (11) 2102-3691

E-mail: centroculturalsp@correios.com.br.

(Fonte: OMA Galeria)

Em exposição no Paço Imperial, Anna Braga participa de bate-papo na sexta (12)

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Anna Braga – “Puro Álibi”. Fotos: Wilton Montenegro.

No dia 12 de maio, às 15h, a artista multimídia Anna Braga fará uma conversa com o público na exposição “Submersões”, em cartaz no Paço Imperial até o dia 21 deste mês. Há 20 anos sem fazer uma exposição individual em uma instituição no Rio de Janeiro, a artista falará sobre os trabalhos que apresenta na mostra panorâmica, que tem curadoria de Fernando Cocchiarale.

Na exposição, são apresentadas 36 obras, entre instalações, pinturas, desenhos, fotografias, vídeos e objetos inéditos, que trazem temas como temas centrais a ecologia, a violência e questões de gênero. Os trabalhos, que ocupam três salões do Paço Imperial, em uma área total de mais de 300 m², pertencem a três séries distintas: “Ternas Peles”, “Memória Submersa” e “Puro Álibi”.

Anna Braga – Série “Memória Submersa”.

Na primeira sala está a série “Memória Submersa”, que reflete, de forma poética, sobre ecologia, a partir do distrito de Atafona, em São João da Barra, no litoral campista, que está desaparecendo após sucessivas ressacas do mar. Por meio deste trabalho, a artista faz uma veemente crítica à destruição da natureza, partindo de um exemplo local para falar globalmente sobre a questão da ecologia.

Seguindo o percurso da exposição, na segunda sala está a série “Ternas peles”, composta por sete trabalhos, nos quais a artista cria interseções entre o nu artístico das estátuas gregas e imagens femininas presentes em antigos classificados de jornais da seção de termas e massagens. Anna intervém manualmente nos periódicos, com pintura ou desenho e os fotografa, exibindo-os de três formas diferentes: como se fossem filmes usados para a impressão; impressos, mostrando a aproximação com a estatuária grega e em uma instalação que se assemelha à cabeça da Medusa, com longas faixas feitas a partir da página em negativo, como fios de filmes. Com esta instalação, a artista pretende falar sobre o silêncio imposto sobre as mulheres e sobre os corpos trans. O resultado é uma potente reflexão sobre questões de gênero a partir de corpos dissidentes, marginalizados e transexuais.

Na terceira e última sala, está a série “Puro Álibi”, composta por 12 trabalhos produzidos a partir do detalhe de uma fotografia publicada em um jornal de grande circulação que mostra uma fila humana em um presídio. Nesta série, a artista destaca as sombras, transformando-as em novas figuras e dando um novo significado para a imagem para falar sobre o tema da violência.

Sobre a artista

Nascida em Campos dos Goytacazes, RJ, Anna Braga é formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com mestrado em Sociologia pela UFRJ e extensão em Filosofia e Arte Contemporânea pela PUC-Rio. Frequentou o ateliê da artista Anna Bella Geiger e os ateliês de Elena Molinari, Maria Freire e Hilda Lopes em Montevidéu, no Uruguai. Fez curso de Arte e Filosofia e Arte Crítica na EAV Parque Lage entre 2000 e 2001 e especialização em Arte e Filosofia na PUC Rio em 2008.

Anna Braga – Série “Ternas Peles”.

Ao longo de sua trajetória, realizou diversas exposições, no Brasil e no exterior. Dentre as coletivas, destacam-se “Obranome”, no Mosteiro de Alcobaça, em Portugal, em 2013, e na EAV Parque Lage, em 2009, “30 anos de videoarte”, na EAV Parque Lage, em 2004, e “Questões Diversas”, no Centro Cultural Correios, em 1998, entre outras. Dentre as principais exposições individuais, destacam-se “Visitando Ternas Peles” (2022), no Estúdio Dezenove, “Memória Submersa” (2017), no Museu Nacional da República, em Brasília, “Ternas Peles” (2003), no Palácio do Catete, Museu da República, e “Transobjetos” (1996), na Caixa Cultural em Brasília, entre outras.

Possui obras em importantes acervos, como Museo de Arte Contemporanea de Uruguai; Centro Cultural da Caixa Econômica Federal, Brasília, DF; Centro Cultural dos Correios e Telégrafos, Museu Postal, Rio de Janeiro e Museo Nacional da República (MUN), em Brasília.

Serviço:

Conversa com a artista Anna Braga na exposição “Submersões”, no Paço Imperial

Dia 12 de maio, às 15h

Paço Imperial

Praça XV de Novembro, 48 – Centro – Rio de Janeiro – RJ

Terça a domingo, das 12h às 17h

Entrada gratuita.

(Fonte: Midiarte Comunicação)