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Cia OmondÉ comemora 15 anos com mostra de espetáculos no Sesc Pompeia

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto do espetáculo inédito Último Ensaio. Créditos: Rodrigo Menezes.

Criada em 2009, a Cia OmondÉ celebra seus 15 anos de existência por meio de uma série de atividades. O grupo ocupa o Sesc Pompeia com três espetáculos, incluindo o inédito ‘Último Ensaio’, um bate-papo e uma oficina. As atrações acontecem entre os dias 8 de agosto e 1º de setembro de 2024 (veja a programação completa abaixo).

O grupo abre as comemorações com a estreia de Último Ensaio, que ganha 12 apresentações entre 8 e 25 de agosto, de quinta a sábado, às 20h, e, aos domingos, às 17h. É o quarto texto escrito por Inez Viana, que também assina a direção da obra, e o primeiro criado especialmente para a Cia OmondÉ.

Foto do espetáculo inédito Último Ensaio. Créditos: Rodrigo Menezes.

Com forte traço metalinguístico, a dramaturgia aborda, sobretudo, a falta de comunicação entre as pessoas e o caos exacerbado vivido numa metrópole num futuro próximo. O pensamento mais nebuloso vem à tona, revelando o pior da condição humana, anestesiada por barbitúricos e a falta de perspectiva. “As pessoas perderam a capacidade de sentir empatia, o que deturpou os valores morais”, comenta Inez.

Nesse cenário distópico, um elenco de nove atrizes e atores está preso em uma espécie de bunker teatral para onde os espectadores vão com a intenção de se divertir, já que o mundo está em ruínas e violento. Por isso, os intérpretes passam e repassam as várias cenas, revelando ao público como funciona o processo de um ensaio.

Em um determinado momento, uma atriz revela que viu, a caminho do ensaio, uma mãe ser baleada com seu bebê no colo. A artista salva a criança, mas comete um delito ao levá-la para esse lugar onde ensaiam. O conflito se estende pelo elenco, que não quer se responsabilizar por aquele ser. “O teatro é o lugar do encontro, da elaboração de memórias, da reflexão. Epifanias são geradas através desse encontro presencial e único e, apesar de o evento em si não se repetir, ciclos da nossa História tendem a se recontar, se reiterar e se espelhar. Temos como exemplo recente, o vilipêndio e desmantelo da nossa Cultura no desgoverno Bolsonaro, que flertou com o fascismo. Portanto, vimos a necessidade de valorizarmos as/os artistas e a própria arte em si, traçando um paralelo com o fazer teatral. Propomos também um jogo para a plateia, para que ela possa pensar em que sociedade prefere viver e se faz algo para modificá-la”, explica Inez Viana.

Mata Teu Pai. Foto: Aline Macedo.

A luz é de Sarah Salgado, destaque na iluminação cênica paulistana, com vários prêmios e indicações, e a direção de movimento é de Denise Stutz, artista cofundadora do Grupo Corpo, de Belo Horizonte/MG.

Dão vida aos personagens os artistas da OmondÉ Carolina Pismel, Debora Lamm, Iano Salomão, Júnior Dantas, Leonardo Bricio, Luis Antonio Fortes e Zé Wendell, e as atrizes convidadas Jade Maria Zimbra e Lux Négre. “A ideia é eles se alternarem nos papéis”, comenta a diretora.

Ao fruir ficção e realidade, Último Ensaio sobrepõe várias camadas, criando uma linguagem que permite que as relações se estabeleçam de forma horizontal, como se cada uma/ume/um fosse responsável por fazer existir aquela companhia teatral. Ao mesmo tempo, o espetáculo está dividido em três movimentos: o ensaio, o desejo e o ensejo. Ou seja, a projeção do que importa fazer, como queremos realizar e o caminho que nos resta.

Mata Teu Pai. Foto: Ricardo Brajterman.

Nos dias 29 e 30 de agosto, quinta e sexta, às 20h, acontecem as sessões de Nem Mesmo Todo o Oceano, uma peça de 2013 inédita em São Paulo e inspirada no livro homônimo de Alcione Araújo. Adaptado e dirigido por Inez Viana, o espetáculo narra a história de um rapaz do interior de Minas Gerais que vai para o Rio de Janeiro com o sonho de exercer a medicina. No entanto, ele se torna um médico legista do DOI-Codi.

Definido pelo grupo como um thriller contemporâneo, o relato aproxima o público da história do Brasil, retratando os instantes que antecederam o golpe militar e o surgimento da repressão do regime.

Mata teu Pai é uma peça de 2017 escrita por Grace Passô. Na trama, a trajetória de Medeia é recontada de maneira a estimular uma reflexão sobre os nossos tempos. A protagonista icônica fala para suas vizinhas e cúmplices:  a síria, a cubana, a paulista, a judia e a haitiana.

Nem Mesmo Todo o Oceano. Foto: Aline Macedo.

Dirigido por Inez Viana, o trabalho conta com a performance de Débora Lamm, que divide o palco com um coro de senhoras de mais de 65 anos. As apresentações acontecem nos dias 31 de agosto, sábado, às 20h, e 1º de setembro, domingo, às 17h.

Atividades paralelas

Para encerrar a comemoração, a Cia OmondÉ também realiza o bate-papo Como a arte contribui para resgatar a história de um país? no dia 28 de agosto, às 19h. Para participar, basta retirar o ingresso gratuitamente.

A oficina gratuita De Encontro à Cena, destinada ao público com mais de 18 anos, acontece nos dias 13, 14, 20 e 21 de agosto, das 17h às 20h.

Sobre a Cia OmondÉ

Criada em 2009, a partir de um encontro teatral que resultou na montagem de As Conchambranças de Quaderna, de Ariano Suassuna, a Cia OmondÉ é a concretização de um desejo que a atriz e diretora Inez Viana nutriu por mais de duas décadas. Naquela ocasião, movidos pela vontade de compartilhar processos e criar em colaboração, nove atores de diferentes lugares do Brasil e Inez iniciaram uma pesquisa dialogando com diferentes recursos do teatro e da dança contemporâneos que se mantêm presentes nas obras atuais da companhia.

Nem Mesmo Todo o Oceano. Foto: Aline Macedo.

Com 15 anos, a OmondÉ tem em seu repertório nove peças, todas de autores brasileiros, clássicos e contemporâneos – como Ariano Suassuna, Nelson Rodrigues, Grace Passô, Jô Bilac, Alcione Araújo e Inez Viana – e segue na busca de uma linguagem cênica que dialoga com temas vigentes, contribuindo para a reflexão sobre nosso papel na sociedade.

Serviço:

Mostra da Cia OmondÉ

Data: 8 de agosto a 1º de setembro de 2024

Local: Sesc Pompeia – R. Clélia, 93 – Água Branca

Ingresso (valor de todos os espetáculos): R$60 (inteira), R$30 (meia-entrada) e R$18 (credencial plena)

Último Ensaio

Data:  8 a 25 de agosto, de quinta a sábado, às 20h, e, aos domingos, às 17h

Sinopse: Que perguntas nós fazemos para continuar seguindo nesse mundo em ruínas? Essa é a questão colocada para que nove atrizes e atores revelem o processo de um ensaio teatral de uma peça, onde fazem palavras cruzadas e buscam dar algum sentido para suas vidas enquanto não podem sair do local de apresentação; afinal, lá fora tudo está inconcebível. A ação se passa numa espécie de bunker teatral onde o público aparece para respirar um pouco e se divertir, apesar de o mundo fora dali estar caótico e violento.

Classificação: 14 anos

Duração:  80 minutos

Ficha técnica – Dramaturgia e direção: Inez Viana | Elenco Cia Omondé: Carolina Pismel, Debora Lamm, Iano Salomão, Junior Dantas, Leonardo Bricio, Luis Antonio Fortes E Zé Wendell | Elenco convidado: Lux Negre E Jade Maria Zimbra | Direção de produção: Bem Medeiros e Luis Antônio Fortes | Direção de Arte: Carla Costa | Direção De movimento: Denise Stutz | Iluminação: Sarah Salgado | Produção executiva: Matheus Ribeiro | Fotos e programação visual: Rodrigo Menezes | Assessoria de imprensa: Canal Aberto | Realização: Eu + Ela Produções Artísticas e Fortes Produções Artísticas.

Nem mesmo todo o oceano

Data: 29 e 30 de agosto, quinta e sexta, às 20h

Classificação: 16 anos

Duração: 80 minutos

Sinopse: Espetáculo inédito no Estado de São Paulo, essa adaptação de Inez Viana para o teatro do romance homônimo de Alcione Araújo narra a história de um rapaz do interior de Minas Gerais que, com o sonho de exercer a medicina no Rio de Janeiro, acaba se tornando um médico legista do DOI-Codi. Ambientado nos ‘Anos de Chumbo’ entre os instantes que antecederam o golpe militar e os primeiros momentos de repressão do regime, este relato nos aproxima da história do Brasil sob o olhar de um personagem contraditório e complexo.

Ficha técnica – Autora: Alcione Araújo | Adaptação direção e idealização: Inez Viana | Elenco: Carolina Pismel, Iano Salomão, Junior Dantas, Leonardo Bricio, Luis Antonio Fortes e Zé Wendell | Iluminação: Renato Machado | Direção de arte: Flávio Souza | Direção musical: Marcelo Alonso Neves | Consultoria dramatúrgica: Pedro Kosovski | Assistentes de direção: Carolina Pismel, Debora Lamm e Juliane Bodini | Direção de produção: Bem Medeiros | Coprodução: Luis Antonio Fortes | Realização: Cia OmondÉ.

*texto publicado pela editora Cobogó

Mata teu pai

Data: 31 de agosto e 1º de setembro, sábado, às 20h,  e, domingo, às 17h

Classificação: 14 anos

Duração: 60 minutos

Sinopse: Grace Passô reconfigura, à luz do mito de Medeia, a trajetória desta mulher e somos convidades a visitar diferentes territórios, numa reflexão sobre nosso tempo e suas

fronteiras. “Preciso que me escutem!”, é o que diz Medeia em sua primeira fala na peça. E entre expatriados e imigrantes, em estado febril, ela fala. Suas vizinhas e cúmplices – a síria, a cubana, a paulista, a judia, a haitiana – a escutam.

Ficha técnica – Texto: Grace Passô | Direção e idealização: Inez Viana | Performance: Debora Lamm | Participação: Coro de senhoras + 65 | Iluminação: Ana Luzia de Simoni e Nadja Naira | Cenário: Mina Quental – Atelier da Gloria | Figurino: Sol Azulay | Direção de movimento: Marcia Rubin | Direção musical: Felipe Storino | Caracterização: Josef Chasilew-| Direção de produção: Bem Medeiros | Coprodução: Luis Antonio Fortes | Realização: Cia OmondÉ.

*texto publicado pela editora Cobogó

Bate-papo: Como a arte contribui para resgatar a memória de um país?

Data: 28 de agosto, quarta-feira,às  19h

Valor: Grátis | Retirada de ingressos no local

Classificação: Livre.

Oficina: De Encontro À Cena

Data:  13, 14, 20 e 21 de agosto, terças e quartas, das 17h às 20h

Valor: Grátis – Inscrição Online

Classificação: 18 anos.

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

Espetáculo ‘Um homem chamado José’ apresenta leitura original e contemporânea de icônica figura bíblica

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: André Grejio.

Buscando atualizar a figura de José, cuja santidade é construída em cima do silenciamento e da renúncia ao protagonismo masculino, surgiu o espetáculo ‘Um homem chamado José’, que será apresentado gratuitamente no TUSP Butantã entre os dias 8 e 11 de agosto, de quinta a sábado, às 20h, e, no domingo, às 18h.

Com dramaturgia de Marcos Barbosa, direção de Marcos Azevedo e atuação de Otacílio Alacran, a peça é centrada no tema da paternidade. O texto aponta aspectos da dimensão simbólica do imaginário transcultural humano, em especial as ressonâncias do patriarcalismo junto à sociedade contemporânea.

Segundo Otacílio, a ideia é promover uma reflexão sobre como José, com seu jeito acolhedor e silencioso, fundou um novo conceito de masculinidade, que ia contra os princípios morais da época. “Naquele momento, uma mulher que falasse que engravidou de um certo espírito santo seria vista como adúltera e, provavelmente, acabaria apedrejada. Mas ele escolheu ficar com Maria e cuidar desse filho”, comenta.

A criação cênica nasceu do interesse de Alacran por um teatro focado no trabalho do ator. É ele quem constrói os significados de cada ação. Nesse contexto, o público acompanha o furor verbal de José, que, com a ajuda da equipe artística, contando com a preparação corporal de Élder Sereni, do trabalho musical de Fábio Cintra e da direção de ator de Marcos Azevedo, modula muito a sua voz e aposta em pausas e gestos marcantes.

“A palavra de um José, um carpinteiro, que adotou um filho – a despeito da conversa de que o menino era prova da safadeza de sua esposa (Maria). José se muda de cidade, para ter paz com a família, a família cresce. José zela pelos filhos, mas o mais velho, rebelde, entra em atrito constante com a família. José confronta o primogênito e o garoto foge de casa. Durante um tempo, tudo que tem do filho são notícias vagas, de que ele estaria envolvido em confrontos com muita gente poderosa, embora não fosse rico nem tivesse instrução nem cargo político, nada assim.” (fragmento nuclear do roteiro inicial de Marcos Barbosa)

Histórico do espetáculo

Em 25 de dezembro de 2020, Um homem chamado José foi apresentado por meio de uma transmissão online direto da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Cocaia, na Diocese de Guarulhos, São Paulo. A sessão foi impulsionada pelo 150º aniversário da declaração de São José como padroeiro universal da Igreja Católica e pela carta apostólica Patris Corde do Papa Francisco.

O trabalho finalizou o 26º Ciclo do Programa TUSP de Leituras Públicas PAI BRASIL com duas leituras dramáticas gratuitas em dezembro de 2023. Em fevereiro de 2024, a peça seguiu para mais uma leitura em Fortaleza e, em março, para a Oficina Figueira do Cambuci. Por fim, em 21 de junho, o espetáculo encerrou o XV Festival de Teatro de Fortaleza junto com o lançamento do livro-base da montagem, Um evangelho de José, de Marcos Barbosa.

Sobre a equipe

Marcos Barbosa atuou em seu trabalho com dramaturgia para o teatro junto a companhias como CELCIT (Argentina), Teatro D’Dos (Cuba), Lorraine Hansberry Theatre (EUA), Royal Court Theatre e Young Vic Theatre (Inglaterra) e tem cerca de quinze textos com diversas encenações no Brasil. Barbosa publicou Um Evangelho de José pela editora da Escola Superior de Artes Célia Helena, onde atua como professor e pesquisador.

Marcos Azevedo é ator, diretor e dramaturgo. Cursou a Escola de Arte Dramática – EAD (ECA/USP). Seu solo “Caliban” estreou no Edimburgh Festival/Escócia e fez temporada em Londres. Integrou a Cia de Ópera Seca de Gerald Thomas, onde atuou por uma década, viajando para Portugal e Croácia. É autor de “A Verdade Relativa da Coisa em Si” – Prêmio Funarte de Dramaturgia (com Beto Matos). Dirigiu várias peças com foco no ator e na performatividade. Junto ao Coletivo Phila7 há 15 anos, destaca-se “Play on Earth”, com grupos de Singapura e Inglaterra. Recentemente atuou em “Murder Mistery” e em “O Camareiro”, onde foi ator indicado ao 8º Prêmio Bibi Ferreira.

Fábio Cintra é compositor, diretor musical, regente e educador musical. É professor dos departamentos de Música e de Artes Cênicas da ECA-USP, onde desenvolve pesquisa prática e teórica na interseção entre performance, improvisação e criação sonora contemporânea para as artes da cena. No teatro, fez a direção musical e a música original de espetáculos de Carlos Alberto Sofredini, Ulysses Cruz, Gabriel Vilela e Bia Szvat, entre muitos outros no Brasil e no exterior.

Élder Sereni é pesquisador do movimento, desenvolvendo processos criativos orientados a partir da corporeidade e dos vetores de atravessamento que compõe a vida. Apresentou como bailarino, diretor de movimento e preparador corporal no Brasil, Uruguai, Itália e Bélgica. Na área acadêmica é doutor em Pedagogia das Artes Cênicas (Unesp); coordenador de curso Teatro (Etec de Artes); coordenador de projeto de Cultura e Arte (CPS) e docente em Teatro e Dança.

Otacílio Alacran é artista-investigador, ator e agente cultural no TUSP desde 2006. Integra a primeira turma do Curso Princípios Básicos de Teatro do TJA (1991). Conclui o Colégio de Direção Teatral do Instituto Dragão do Mar de Arte e Cultura. Em 2005, por Quem Dará o Veredicto? é premiado como Melhor Ator e Melhor Espetáculo Júri Popular no XII Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga. Compôs o corpo discente do I Diplomado Internacional en Creación-Investigación Escénica sob coordenação de Jorge Dubatti (UBA) e Didanwy Kent (UNAM) culminando no experimento fílmico Portunhol. Atua em O Abajur Lilás e Navalha na Carne sob a direção de Marco Antônio Braz. Codirige o espetáculo La Pasión em la Materia, de Alberto Villarreal (coprodução México-Brasil). Concebeu os solos: Porque os Teatros Estão Vazios, Os Males do Tabaco e Strindberg, voz e violão. Como integrante da Cia. Pau D’arco de Teatro atua nas produções franco-brasileiras: Sonhos & Songes e Peça para quem não veio, de Maria Shu sob codireção Bia Szvat e Anne-laure Lemaire. Atua no espetáculo EDIFÍCIO, de Lucas Mayor e Marcos Gomes, além de dirigir e atuar no espetáculo Faraó Tropical, de Rafael Cristiano, contemplado pela 8ª Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos do CCSP (2022) e fundando o coletivo AIAS do Brasil.

Sinopse | Um homem chamado José apresenta uma leitura original da figura bíblica de José, que se mostra inesperadamente contemporânea ao se revelar não-alinhada aos padrões de seu tempo, abrindo caminhos para uma nova masculinidade.

Ficha Técnica:

Atuação: Otacílio Alacran

Dramaturgia: Marcos Barbosa

Direção: Marcos Azevedo

Música: Fábio Cintra

Preparação corporal: Élder Sereni

Iluminação: Domingos Quintiliano

Técnico teatral: Marcelo Amaral

Filmmakers: André Grejio e Sérgio Freitas

Fotos: André Grejio, Micaela Menezes e Nérido Martins

Produtora associada: Iza Marie Miceli

Apoio: Oficina Figueira do Cambuci e Teatro da USP – TUSP

Realização: AIAS do Brasil.

Serviço:

Um homem chamado José

Data: 8 a 11 de agosto, de quinta a sábado, às 20h, e, no domingo, às 18h

Local: TUSP Butantã – R. do Anfiteatro, 109 – Cidade Universitária (acesso pela lateral direita do prédio, ao lado do bloco C)

Ingressos: gratuitos | Retirar no local 1h antes de cada sessão

Classificação: 12 anos

Duração: 90 minutos

Capacidade: 60 pessoas

Instagram da equipe: @otacilio.alacran @marcos_azevedo_marques @marcosbarbosadealbuquerque @fabcint @eldersereni @andregrejio @izamiceli.

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

‘I will survive’: Glória Gaynor se apresenta em Curitiba

Curitiba, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação.

Está chegando a hora de Curitiba ver de perto a poderosa voz e presença de palco magnética de Gloria Gaynor. Após se apresentar no palco principal do Rock in Rio, a cantora segue para a capital paranaense onde faz show dia 23 de setembro, às 21h, no Teatro Positivo. Os ingressos para o show na capital paranaense estão à venda a partir de R$ 250, pelo Disk Ingressos. A apresentação em Curitiba é uma parceria Cult! Produções e Polarize Eventos.

Com uma carreira que vem desde 1970, Gloria promete para a noite as músicas que embalaram e ainda embalam muitos momentos das nossas vidas, como ‘I Am What I Am’, ‘Never Can Say Goodbye’, ‘Can’t Take My Eyes Off You’ e a icônica ‘I Will Survive’.

Sua carreira musical decolou nos anos 1970, fazendo dela uma das artistas mais icônicas do gênero. O álbum ‘Never Can Say Goodbye’ (1975) marcou o início do sucesso de Gloria Gaynor. No entanto, foi em 1978 que ela alcançou fama mundial com o lançamento do disco ‘Love Tracks’, que incluiu o hit atemporal ‘I Will Survive’. A canção tornou-se um hino para a comunidade LGBTQIA+ e conquistou dois prêmios Grammy, nas categorias de Melhor Performance Vocal Feminina de R&B e Melhor Gravação Disco. ‘I Will Survive’ também recebeu um Disco de Platina, refletindo seu impacto cultural duradouro.

Ao longo de sua carreira, Gloria acumulou uma série de prêmios e reconhecimentos, incluindo diversos American Music Awards e prêmios da indústria musical internacional. Seu sucesso estendeu-se para além das fronteiras dos Estados Unidos, consolidando sua posição como uma artista globalmente influente e o legado na música disco foi reconhecido com sua inclusão no Dance Music Hall of Fame, em 2004.

Gloria Gaynor não só marcou seu nome na história da música com seus sucessos inesquecíveis, mas também quebrou barreiras ao longo de sua carreira. Sua contribuição para a música disco e sua capacidade de transcender gêneros a transformaram em uma verdadeira lenda, inspirando gerações subsequentes de artistas. Mesmo após décadas de sua ascensão à fama, Gloria Gaynor continua a ser uma figura respeitada e admirada na indústria musical.

Serviço:

Gloria Gaynor em Curitiba

Quando: 23 de setembro de 2024 (quarta-feira)

Onde: Teatro Positivo (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300)

Horários: abertura da casa às 20h e show às 21h

Ingressos: os ingressos variam de R$250,00 a R$980,00, de acordo com o setor

Vendas: Disk Ingressos

Classificação: Livre

Realização: Cult! Produções e Polarize Eventos.

(Fonte: Com Augusto Torquato)

SarauCine 2.4, do Teatro Barracão, exibe documentário e animação premiados

Campinas, por Kleber Patricio

Sede do Teatro Barracão, em Barão Geraldo, Campinas. Foto: Divulgação..

Luz, câmera, diversão! Ou seria reflexão? A edição de agosto do projeto SarauCine 2.4, que integra o Cineclube do Teatro Barracão, acontece nesta semana. Preparado(a)? Na quinta-feira (8/8), às 19h, a plateia confere o documentário ‘Esquerda em Transe’ e, no domingo (11/8), às 11h, será a vez da animação ‘O Menino e o Mundo’, indicada ao Oscar em 2016. Vale destacar que as exibições acontecem no Teatro Barracão, localizado em Barão Geraldo, em Campinas (SP). O ingresso é no chapéu (contribuição espontânea da plateia).

Com recursos oriundos da Lei Paulo Gustavo, o SarauCine 2.4 tem a curadoria assinada por Coraci Ruiz, fundadora da produtora Laboratório Cisco, e Daniel Almeida, arte-educador e produtor de cinema. A temporada do projeto, que estreou em junho e se estende até novembro deste ano, será composta de um total de 24 exibições.

O documentário

Quinta-feira (8/8), às 19h

Cena do documentário Esquerda em Transe. Imagem: Coraci Ruiz.

O documentário ‘Esquerda em Transe’ (78′, 2018), dirigido pelo experiente e premiado Renato Tapajós com produção do Laboratório Cisco, nasceu de uma inquietação sobre o que seria ser de esquerda no Brasil no Século 21. Durante o processo de reflexão, o diretor também buscou ampliar o seu olhar para conhecer e reconhecer as novas esquerdas no Brasil, com pautas que vão muito além da luta de classes, aproximando-se, dessa forma, do Levante Popular da Juventude, do MTST, dos Jornalistas Livres, dos movimentos Negro e LGBTQIA+ etc.

“Estávamos em 2016, ano do golpe jurídico parlamentar midiático contra a presidenta Dilma e, depois de quase 14 anos de governos progressistas, acreditávamos, com alguma inocência, que o nosso projeto de construção de uma sociedade mais justa, igualitária e solidária estava consolidado. O golpe serviu para nos dizer que não. E o que veio depois provou que realmente nosso projeto estava longe de estar consolidado”, destaca Hidalgo Romero, que assina o roteiro e a montagem da produção.

Com 78 minutos de duração, o documentário conta com depoimentos de Guilherme Boulos, Marilena Chauí, João Pedro Stédile, Boaventura de Souza Santos, Lira Alli, Nataly Santiago, Tiago Pará e Renan Santos.

A animação

Domingo (11/8), às 11h

Still do longa de animação O menino e o mundo. (Divulgação)

Em uma pequena casa no campo, um garoto mora com o pai e a mãe. Diante da falta de trabalho, o pai abandona o lar e parte para a cidade grande. Triste e desnorteado, o menino faz as malas, pega o trem e vai descobrir o novo mundo em que seu pai mora. Para a sua surpresa, a criança encontra uma sociedade marcada pela pobreza, exploração de trabalhadores e falta de perspectivas.

Essa é sinopse da premiada animação ‘O Menino e o Mundo’ (79’, 2013), assinada pelo diretor Alê Abreu. Em 2014, recebeu o Crystal Awards – prêmio máximo no mais importante festival de animação do mundo, o Festival de Annecy, na França, e, em 2016, concorreu ao Oscar de melhor longa-metragem de animação. No rol de reconhecimentos, ainda constam prêmios no Grande Prêmio Brasileiro de Cinema (2015) e no Annie Awards (2016).

“O filme Menino e o Mundo trata de temas muito relevantes para a formação da sociedade brasileira, como a imigração dentro do país, a desigualdade social e as ameaças de poderes autoritários.  Só que ele faz isso de uma maneira muito poética, muito bonita, trazendo elementos visuais e sensoriais para também conhecermos um pouco mais do Brasil. É uma animação maravilhosa que cativa tanto crianças quanto adultos”, avalia Coraci Ruiz, curadora do SarauCine 2.4.

O projeto | O SarauCine 2.4 tem como principais objetivos a promoção do convívio diverso no espaço do Teatro Barracão, a difusão de obras audiovisuais brasileiras e a discussão de temáticas pertinentes à nossa sociedade. A partir de exibições de longas e curtas, documentários e ficções, além de oficinas de roteiro, mesas redondas e rodas de conversa; o projeto promove a programação continuada e de qualidade na cidade.

SarauCine 2.4 | Edição de Agosto

Quinta-feira (8/8), às 19h

Exibição de Esquerda em Transe

Domingo (12/8), às 11h

Exibição de O Menino e o Mundo

Onde:  Teatro Barracão (Rua Eduardo Modesto, 128, Vila Santa Isabel, em Barão Geraldo, Campinas/SP)

Quanto: Ingresso no chapéu (contribuição espontânea)

Informações: (19) 99883-9872 e @teatrobarracaocampinas.

(Fonte: Assessoria de Imprensa Teatro Barracão)

Mais de 80% de têxteis descartados são incinerados, aterrados, ou vazam para o meio ambiente

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Andrej Lišakov/Unsplash.

A Fundação Ellen MacArthur acaba de lançar o relatório Transcendendo os Limites da Política de REP para Têxteis, que mostra como políticas de Responsabilidade Estendida do Produtor (REP) são necessárias para enfrentar a poluição por materiais têxteis, isto é, roupas, calçados e roupas de cama. Atualmente, mais de 80% desses materiais, quando são descartados, acabam incinerados, aterrados ou vão parar no meio ambiente independentemente de ainda estarem ou não em condições de uso. O dado indica a necessidade de implementar ações urgentes para mudar o atual sistema de produção têxtil para que este deixe de ser poluente e desperdiçador.

Os resíduos de produção têxtil têm se tornado um problema de poluição em todo o mundo e são uma consequência direta do nosso sistema econômico linear, que gera valor econômico a partir da produção, consumo e descarte de produtos. Roupas e calçados, em sua maioria, não são projetados para durar e nem para serem reciclados e retornarem ao mercado como novos produtos após o fim do seu ciclo de vida. Como agravante, a infraestrutura de coleta e reciclagem de resíduos têxteis ainda está subdesenvolvida, com taxas de coleta e triagem ficando em torno de 14% em média e atingindo, no máximo, 50%.

Para resolver esse cenário, é necessário tanto a ação voluntária das empresas para redesenhar os seus produtos e modelos de negócio de maneira a não gerar resíduos têxteis, como políticas públicas que acelerem a ampliação e a implementação de infraestrutura para coleta e triagem dos têxteis que são descartados. Neste contexto, a Responsabilidade Estendida do Produtor (REP) tem se mostrado uma abordagem de política ambiental eficiente para desenvolver as condições para que os produtos permaneçam na economia por mais tempo e não virem poluição ambiental.

Infográfico sobre economia circular para têxteis. Imagem: Divulgação/Fundação Ellen MacArthur.

Com a REP, a responsabilidade de um produtor por um produto é estendida ao estágio pós-consumo do seu ciclo de vida. Isso significa que as empresas que colocam produtos no mercado – incluindo os importadores – são responsáveis pelo seu gerenciamento após serem descartados pelos consumidores. Essa responsabilidade pode ser financeira, organizacional ou ambas. E as empresas podem cumprir com tal responsabilidade individualmente, implementando seus próprios sistemas de coleta, classificação, reuso e reciclagem, ou coletivamente, unindo esforços para estabelecer um sistema compartilhado. Em um esquema coletivo de REP, as empresas obrigadas delegam sua responsabilidade (total ou parcialmente) a uma entidade terceirizada e, mediante o pagamento de taxas, financiam essa organização para cobrir as despesas necessárias e alcançar os resultados exigidos pela política de REP.

De acordo com Pedro Prata, Oficial de Políticas para a América Latina na Fundação Ellen MacArthur, as políticas de REP são uma forma de criar as condições para estimular uma mudança necessária no mercado atual de produção têxtil. “Vivemos uma crise na produção têxtil, como roupas e calçados, com praticamente nenhuma preocupação com seus impactos ambientais e sociais. Ao mesmo tempo, existe uma tendência a olhar o consumidor como o único responsável pelas consequências do atual sistema linear de produção. Este relatório mostra que, para enfrentar o problema da poluição por têxteis, precisamos envolver todo o setor produtivo, inclusive de importação, para redefinir a maneira como se produz e como se responsabiliza por essa produção. Se determinado produto é mais danoso para o meio ambiente, precisa contribuir mais no sistema de responsabilidade estendida do produtor.”

Os esquemas de REP têm se mostrado um mecanismo eficiente para financiar o desenvolvimento da infraestrutura necessária para manter um produto em circulação na economia. Além disso, ao criar políticas REP para têxteis, os formuladores de políticas podem incluir aspectos que vão além da gestão de resíduos e resolvem o problema da poluição por descarte na fonte. Isto significa, por exemplo, estimular o design circular dos produtos e estender a utilização dos produtos têxteis.

Sobre a Fundação Ellen MacArthur

A Fundação Ellen MacArthur é uma organização internacional sem fins lucrativos que desenvolve e promove a ideia de uma economia circular para enfrentar alguns dos principais desafios da atualidade, como as mudanças climáticas, a perda da biodiversidade, desperdício e poluição. Trabalhamos com líderes dos setores público e privado, assim como acadêmicos, para construir conhecimento, explorar oportunidades colaborativas e projetar e desenvolver iniciativas e soluções para uma economia circular. Progressivamente mais baseada em energia renovável, uma economia circular é movida pelas ideias de eliminação de desperdício, reutilização de materiais e produtos e regeneração da natureza para criar resiliência e prosperidade para os negócios, o meio ambiente e a sociedade. Para mais informações: www.ellenmacarthurfoundation.org | @circulareconomy.

(Fonte: Sherlock Communications)