Fotos: divulgação.

Estudantes do Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio do Colégio Integral arrecadaram 31.636 quilos em mantimentos que foram doados para o Banco Municipal de Alimentos de Campinas. Centenas de litros de leite e sacos de feijão e arroz beneficiarão 67 entidades beneficentes assistidas pelo órgão.

Esse montante representa uma média de 29,42% do que foi reunido no primeiro trimestre do ano pelo Banco de Alimentos, que contribui com cerca de 120 instituições, informa o gerente do local, Osvaldo Aparecido Vancini. Na listagem de organizações atendidas estão as que atuam junto a crianças, adolescentes, idosos, vítimas de doenças graves, dependentes químicos, desempregados, moradores de rua e pessoas com deficiência em risco social.

Segundo a nutricionista da instituição, Bruna Saleh de Angelis, o Colégio Integral vem sendo parceiro do Banco de Alimentos há três anos e já mostrou que sempre arrecada quantias bastante expressivas para uma unidade educacional. “Normalmente recebemos essa quantidade de multinacionais alimentícias. Em trotes da cidadania de universidades, por exemplo, o volume não costuma ultrapassar 5 toneladas”, compara.

As gincanas do Colégio Integral são tradicionais e fazem parte da vida de gerações de estudantes. Esta edição do evento do Ensino Médio completou 31 anos em 2018 e a GinTenn, do Ensino Fundamental 2, duas décadas. De acordo com o presidente do Instituto Integral, Ricardo Falco, as gincanas têm os objetivos pedagógico e de integração das unidades pautados na honestidade e no coleguismo. “Os alunos são estimulados em suas várias habilidades e cada um demonstra no que é bom. Não só os estudantes, mas também as famílias e toda a comunidade escolar, somos incentivados ter um olhar para o próximo”, ressalta Falco, que também é diretor da unidade Alphaville.

O diretor pedagógico da unidade Paineiras, David Apolinário, lembra que a gincana foi antecipada em um mês este ano devido a Copa do Mundo e que por isso os estudantes se estruturam logo que as aulas começaram. “Eles vendem patrocínios para as camisetas das equipes, fazem bolos para vender e organizam rifas para juntar dinheiro e, próximo à data da gincana, trocam por alimentos para assegurar que os produtos cheguem ao destino dentro da validade”, explica.

Falco ressalta que a comoção na comunidade escolar é tanta que as equipes recebem doação até do que não pontua na legislação da gincana. “A unidade Alphaville recebeu uma grande quantidade de macarrão, mas como esse item não registra contagem, os alunos do Ensino Médio tiveram a ideia de promover uma macarronada solidária num final de semana no condomínio, cobraram um valor simbólico pelo ingresso e o dinheiro arrecadado foi usado para comprar alimentos que revertem em pontuação na regra”, conta.

A verba obtida com a macarronada, rifas, venda de doces, patrocínios e até brechó rendeu R$14 mil à equipe preta da Ginteen, que acabou sendo a vitoriosa. O estudante do 9º ano João Pedro Senteio Afonso foi o capitão entre as turmas do Ensino Fundamental 2 e disse que aprendeu bastante em estar responsável pela administração de todas ações, verba e logísticas. “Aprendemos a trabalhar em equipe, a confiar mais nas outras pessoas e fizemos novas amizades. O que mais marcou foi que nunca devemos desistir porque, no final, com esforço e dedicação, tudo dá certo”, comemora João Pedro.

Maria Gabriela Polo, 17 anos e aluna do 3º ano do Ensino Médio, conta que aprendeu como capitã uma responsabilidade que a preparou para a vida adulta. “Quando decidi ser capitã passei a não pensar só em mim, mas na unidade Paineiras inteira. Amadureci muito! Percebi que quando você quer alguma coisa tem que ir atrás! E que se tiver algum problema, a solução só depende de você”, salienta.“É muito gratificante ajudar as pessoas que mais precisam com o que para gente parece tão pouco… Acredito que quando fazemos o bem, ele volta para você”, filosofa a estudante.

Além das tarefas solidárias, a gincana promove jogos recreativos, caça ao tesouro, show de talentos, competições esportivas, entre outras atividades, que envolvem os alunos no período contraturno e também aos finais de semana, inclusive com ações o dia todo numa chácara.