“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Foto: divulgação.
A curta e emocionante vida do estilista britânico Alexander McQueen, morto em 2010, é eternizada nos cinemas com McQueen, documentário exclusivo em vídeo on demand e que estreia nesta semana no Brasil. O filme já está disponível nas plataformas iTunes/Apple TV, Now, Google Play, YouTube e Vivo Play.
Dirigido e produzido por Ian Bonhôte (Uma Corrida Pela Vida) e Peter Ettedgui, McQueen busca captar a alma transgressora e o espírito libertador do estilista. Afinal, nascido e criado em um bairro operário de Londres, tudo indicava que seu futuro seria parecido com o do pai, motorista de táxi, mas acaba se tornando um dos artistas mais originais de seu tempo. Com isso, o longa pinta um retrato emocionante da vida e da personalidade complexa de McQueen, criador de visuais tão fascinantes quanto sinistros. Desde seu aprendizado em um alfaiate até sua morte aos apenas 40 anos, o filme quebra as regras da narrativa documental com seu mosaico de fragmentos autônomos filmados em diferentes estilos.
O que se encontra aqui, assim, é uma mistura de momentos e emoções. Há trechos de sua vida pública, sempre vista e debatida nas aparições que fazia; profissional, com desfiles históricos da Givenchy, como os robôs pintando vestidos na passarela; e pessoal, no dia a dia, com filmagens caseiras e inéditas que mostram facetas nunca antes reveladas. Fãs de moda vão encontrar um material fértil e inusitado sobre o estilista britânico, que inspirou e inspira a indústria da moda até os dias de hoje, 10 anos após sua morte.
O filme chega ao streaming depois de uma bem sucedida carreira entre festivais e prêmios. Dentre outras passagens, foi indicado ao Bafta (“o Oscar inglês”) e ao Festival de Tribeca.
Sinopse
McQueen é uma visão pessoal da extraordinária vida, carreira e arte do designer Alexander McQueen. Por meio de entrevistas exclusivas com seus amigos e familiares mais próximos e arquivos recuperados, McQueen é uma autêntica celebração e um retrato emocionante de um visionário da moda inspirado e torturado, até morrer precocemente aos 40 anos. O filme é dirigido por Ian Bonhôte e co-dirigido e escrito por Peter Ettedgui.
FICHA TÉCNICA
McQueen
Título original: McQueen
Gênero: documentário
Plataformas: Apple TV (iTunes), Now, Google Play, YouTube, Vivo Play
Preço: partir de R$14,90 (aluguel)
Ano: 2020
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 101 min
País: Reino Unido
Direção: Ian Bonhôte e Peter Ettedgui
Mais informações e links para assistir no Filmmelier: https://www.filmmelier.com/pt/br/film/9467/mcqueen
Preconceito contra a obesidade compromete a saúde, dificulta o acesso ao mercado de trabalho e tratamentos adequados e afeta as relações sociais e a saúde mental. Fotos: divulgação.
A gordofobia é um neologismo criado para indicar o preconceito de pessoas que julgam o excesso de peso e a obesidade como um fator que mereça seu desprezo. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (Sbcbm) defende que o estigma contra essa população deve ser combatido com informação. “Evidências científicas mostram que o aumento de peso não ocorre apenas por falta de disciplina ou de responsabilidade pessoal mas sim por efeitos biológicos, metabólicos e genéticos”, explica o vice-presidente da Sbcbm, Dr. Fábio Viegas. “A obesidade é uma doença crônica e incurável e essa população merece respeito e acolhimento. O estigma e a discriminação pelo peso não podem ser tolerados em sociedades modernas”, afirma o especialista.
No Brasil, uma em cada cinco pessoas está com sobrepeso ou obesidade, segundo dados do Ministério da Saúde. A projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que cerca de 2,3 bilhões de pessoas estejam acima do peso, sendo 700 milhões obesas, até 2025.
O presidente da Sbcbm, Marcos Leão Vilas Bôas, lembra que a Sociedade atua em campanhas voltadas ao estigma da obesidade e visando informar a população sobre medidas de acolhimento das famílias e pacientes com obesidade.
Efeitos do estigma social
Além das doenças associadas à obesidade, como o diabetes e a hipertensão, essas pessoas enfrentam grave estigma social. Um periódico científico publicado neste ano pela Nature Medicine, assinado por mais de 100 instituições de todo o mundo, incluindo a Sbcbm, constatou que o preconceito contra a obesidade compromete a saúde, dificulta o acesso de pessoas acima do peso ao mercado de trabalho, a tratamentos adequados e afeta suas relações sociais e a saúde mental.
Projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que cerca de 2,3 bilhões de pessoas estejam acima do peso, sendo 700 milhões obesas, até 2025.
Dados desta revisão apontam que, entre os adultos obesos, cerca de 19% a 42% sofrem com a discriminação. A taxa é maior principalmente entre as mulheres e naqueles em que os Índices de massa corporal (IMC) são maiores.
Entre as crianças, os efeitos do estigma social também é preocupante. Estudos apontam que crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade vítimas de bullying são significativamente mais propensos a sofrer com ansiedade, baixa autoestima, estresse, isolamento, compulsão alimentar e depressão, se comparado com adolescentes magros.
Recentemente, a gordofobia foi utilizada para desqualificar o trabalho de parlamentares no Brasil, afastando pessoas gordas dos espaços de participação política. Deputados Joice Hasselmann, Rodrigo Maia e Sâmia Bonfim foram alvos.
Segundo a psicóloga Michele Pereira, coordenadora do Núcleo de Saúde Mental da Sbcbm, a gordofobia reforça preconceitos e sofrimento daqueles que não atendem ao padrão estético. “O aspecto físico não interfere nas outras capacidades. Não há conexão direta sobre a doença obesidade e as capacidades cognitivas. Já o sofrimento emocional e a marginalização por conta da obesidade, sim, podem levar a prejuízo em outras áreas da vida. Precisamos encontrar meios de combater todas as formas de discriminação”, explica a especialista.
Para o psiquiatra Hélio Tonelli, que também integra o Núcleo de Saúde Mental da Sbcbm, a sociedade ainda não se atentou que a gordofobia pode até ser comparada a crimes relacionados com preconceitos por raça, sexualidade e gênero e origem, o que equivale ao assédio moral. “Grande parte das pessoas que atendo dizem que na infância, ou até na fase adulta, sofreram algum tipo de restrição social por conta da gordofobia e isso traz efeitos sobre comportamentos e até na saúde mental. Existem evidências de que o preconceito e o estigma que o obeso sofre no dia a dia acabam ocasionando problemas emocionais que estimulam comportamentos alimentares disfuncionais como o comer emocional e a adição à comida, o que perpetua o ciclo da obesidade”, reforça ele.
Evidências científicas x senso comum
Embora a ideia de comer demais aliada a falta de atividades físicas possa parecer a principal causa da obesidade, evidências mostram que há uma linha mais tênue sobre a doença. Um estudo canadense utilizou acelerômetros para medir a atividade física de crianças e adolescentes de 6 a 19 anos entre 2007 a 2009. A pesquisa concluiu que as meninas com obesidade deram mais passos diários do que as que estão na faixa de peso ideal. Achados semelhantes também já foram observados em adultos.
As evidências científicas também indicam outras causas para a obesidade, incluindo a genética, fatores epigenéticos, fatores de origem alimentar, privação de sono, disritmia circadiana, estresse psicológico, desreguladores endócrinos, medicamentos e efeitos intrauterinos e inter geracionais, entre outros.
Cirurgia bariátrica é opção de tratamento
A cirurgia bariátrica é uma opção de tratamento para pacientes que não conseguiram controlar a doença apenas com o tratamento clínico convencional. É considerado o tempo de doença diagnosticada e considera-se o Índice de Massa Corpórea (IMC) entre 35 kg/m² e 39,9 kg/m², com comorbidades, ou pacientes com IMC igual ou maior do que 40 kg/m², com ou sem comorbidades, como requisitos para indicação do procedimento.
Além da perda de peso, a cirurgia traz benefícios como a remissão das doenças associadas à obesidade, incluindo diabetes tipo 2 e hipertensão, diminuição do risco de mortalidade, aumento da longevidade e melhora na qualidade de vida.
Repertório será um apanhado de várias fases da carreira do ator, cantor, compositor e multi-instrumentista. Imagem: divulgação.
O ator, cantor, compositor e multi-instrumentista André Abujamra apresentará live no Festival #CulturaEmCasa nesta quinta-feira, 7 de maio, a partir das 21h30. O repertório será um apanhado de várias fases da sua carreira e terá músicas do Karnak e de vários discos solos como Mafaro, Homem Bruxa e do último álbum, Omindá.
O acesso é por meio do site http://www.culturaemcasa.com.br. Os conteúdos da plataforma podem ser assistidos gratuitamente por televisão, computador, tablets e celulares. A plataforma foi lançada no dia 20 de abril pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e tem a gestão da Organização Social Amigos da Arte.
Serviço:
Festival #CulturaEmCasa
Live André Abumjara
7 de maio (sábado) às 21h30
Site: www.culturaemcasa.com.br
Redes Sociais:
http://www.facebook.com/culturaemcasasp/
Título mostra ao público infantil como médicos, enfermeiros e outras categorias são os “super-heróis” modernos.
Os profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate ao coronavírus ganham mais uma homenagem, que busca também deixar clara para as crianças a importância de sua atuação. A coleção de livros digitais do Leia para uma Criança ganha o título Super Protetores, que mostra ao público infantil como médicos, enfermeiros e outras categorias são os “super-heróis” modernos. Escrito por Jessé Andarilho e ilustrado por Ivy Nunes, o título se junta à coleção digital do programa de incentivo à leitura na primeira infância do Itaú Unibanco e da Fundação Itaú Social. Completando 10 anos em 2020, a campanha promove desde sua criação que “quando você lê para uma criança ela pode buscar o futuro que quiser”.
“Em um momento de tantas dúvidas e no qual as crianças estão fora de sua rotina, longe da escola, professores e amigos, é importante que elas possam entender de alguma forma o que está acontecendo. Falar dos médicos e dos demais profissionais que estão trabalhando com tanta dedicação nos permite levar o tema ao público infantil de forma lúdica, ao mesmo tempo em que fazemos uma merecida homenagem. Mesmo dentro de casa e diante de uma situação tão difícil, ainda é possível através da leitura apresentar o gesto de cidadania que existe por trás da atuação dos profissionais de saúde e também gerar a conscientização sobre a importância de ficar em casa, higienizar as mãos e utilizar as máscaras, caso seja necessário sair”, diz Juliana Cury, superintendente de marketing institucional do Itaú.
Com Super Protetores, a coleção digital alcança 16 livros, todos disponíveis em http://www.euleioparaumacrianca.com.br. O título também poderá ser enviado por WhatsApp através do bot feito em parceria com a Take para distribuir alguns deles. Para receber, basta enviar uma mensagem para o número do bot: (11) 98151-1078.
“A canção dos pássaros”, de Zeca Baleiro, integra a coleção.
Os usuários recebem a opção de baixar apenas ele ou todo o conteúdo disponível – além dos livros do Leia para uma Criança, a ação também conta com uma cartilha do Ministério da Saúde que explica o coronavírus para as crianças. A cartilha apresenta a doutora Carla, que explica para as crianças o que é o coronavírus, o que pode e não deve ser feito, como proteger as famílias – com destaque para contato com os avós – de maneira simples e educativa.
Os demais livros disponíveis para download via WhatsApp são O Cabelo da Menina, de Fernanda Takai; A canção dos pássaros, de Zeca Baleiro; Azizi, o Menino viajante, de Conceição Evaristo; A Menina das Estrelas, de Tulipa Ruiz; O Menino e o Foguete, de Marcelo Rubens Paiva e os recentes Sovaco da Cobra e A Flor que chegou primeiro, adaptações de textos escritos por Angelo Ferreira e Mayara de Aleluia Pereira, respectivamente, vencedores da Olímpiada de Língua Portuguesa de 2016. Os dois últimos também foram tema de contação de histórias pelo cantor Zeca Baleiro em seu perfil: http://www.instagram.com/p/B_lTpRiFzWv/.
Em formato PDF, os conteúdos podem ser compartilhados com outros contatos e acessados de qualquer smartphone. Apenas no mês de abril, o bot do Whatsapp enviou 4.1 milhões de livros digitais em PDF e mais de 753 mil mensagens foram trocadas na plataforma.
Livros digitais
Histórias da série de livros digitais são assinadas por autores e ilustradores convidados pelo Itaú.
As histórias da série de livros digitais – assinadas por autores e ilustradores convidados pelo banco – são idealizadas para serem lidas por adultos para crianças em sua primeira infância, pelo celular ou tablet. Unem a simplicidade da leitura com a tecnologia. As edições mais recentes, lançadas no dia 23 de abril, foram baseadas em textos escritos por estudantes que venceram a Olímpiada de Língua Portuguesa de 2016: A flor que chegou primeiro e Sovaco da Cobra.
Edições anteriores tiveram como autores escritores e artistas renomados, como Conceição Evaristo, Fernando Veríssimo, Marcelo Rubens Paiva, Tulipa Ruiz e Zeca Baleiro, entre outros, além de uma adaptação do livro Malala, a menina que queria ir para a escola, de Adriana Carranca. A coleção alcança atualmente 16 títulos, todos em www.euleioparaumacrianca.com.br.
Foto: divulgação.
A pandemia do Covid-19 e o isolamento social necessário reinventaram o comportamento dos brasileiros em relação ao trabalho, ao consumo de produtos e serviços e à convivência dentro de casa com seus familiares. Segundo pesquisa, esses novos hábitos vieram para ficar. Para entender este cenário do “novo normal” da rotina do brasileiro durante a quarentena e os indicativos de comportamento após o isolamento social, a Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado, em parceria com a Indico, plataforma de dados, levantou um estudo entre os dias 17 e 18 de abril, com mais de 3 mil brasileiros que mostra a grande mudança que o consumo está sentindo e irá sentir após pandemia.
Impactos financeiros
A conta já aparece para a maioria dos brasileiros, em que 64,8% dos entrevistados já sentiram o impacto negativo do isolamento em seus ganhos financeiros. Já para 32,5%, os ganhos financeiros permaneceram os mesmos. E para uma minoria de 2,7%, os impactos desse novo momento foram muito positivos. “Alguns setores souberem se adaptar mais rápido, como delivery de alimentos ou inclusão de novos produtos como máscaras descartáveis e álcool gel e, com isso, trouxeram uma nova renda ao negócio”, explica Ligia Mello, responsável pela pesquisa e fundadora da Hibou.
Mais da metade dos brasileiros, 53,7%, têm evitado qualquer tipo de compras desnecessárias, enquanto 34,7% têm medido melhor a necessidade de uma compra. Uma minoria (5,6%) está apenas aguardando para retomar seus hábitos de compra e, para 6,2%, ainda nada mudou. “Enquanto é normal que a maioria da população tenha freado as aquisições dado não só o momento, mas as incertezas de como o mercado brasileiro lidará com a retomada, o interessante é que um terço dos consumidores está envolvido em criar novos critérios de compras e próprios de decisão, aprendendo, por exemplo, a lidar com a espera. Quanto mais longo for o isolamento social, mais a gratificação imediata deverá ser considerada por profissionais de consumer experience e jornada de compra que façam uso de antecipação (hype), raridade e imediatismo”, explica Ligia.
Consumo consciente
Após a quarentena, 88,4% dos brasileiros pretendem comprar menos por impulso, pensando mais no que vai gastar. E isso vale também para marcas famosas e queridinhas dos consumidores, pois 72,2% afirmam que estão menos dispostos a pagarem mais caro por um produto só por ser de uma marca famosa que gostam.
“Existem marcas conhecidas e marcas conhecidas pelo que elas entregam. Se durante a última década vimos o crescimento do ‘uma marca não é quem ela diz ser, é o que dizem dela’, hoje temos essa consolidação e ao mesmo tempo, como em qualquer outra crise, caem as margens para mark-up baseado apenas em construção de imagem”, diz Marcelo Beccaro, responsável pela pesquisa e fundador da Hibou.
Em contrapartida, o consumo local ganha espaço na visão dos entrevistados e 61,5% deles estão mais dispostos do que antes a pagar um pouco mais caro por um produto que ajude a sua região ou cidade. “A restrição de mobilidade trouxe um novo olhar das pessoas para os bairros onde residem, pois antes elas só circulavam por seus bairros pela manhã ou no retorno ao trabalho, quando quase tudo já estava fechado. Agora elas passaram a conhecer o pequeno restaurante local, mercadinho da rua ou entregador de água e criou-se um laço que provavelmente será mantido após o confinamento”, diz Marcelo.
Para 31,9% dos brasileiros, até o dia 15 de março o shopping era o local preferido para as compras. Após o isolamento, ainda sem data definida, 40% dos brasileiros disseram que querem criar uma nova rotina que mistura um pouco de tudo e 31,2% querem valorizar mais o comércio de seus bairros. Para 17,7%, a compra pelo digital será sua definitiva primeira opção.
O brasileiro acredita que as marcas têm importante papel que vai além de seus produtos e serviços e esperam delas atitudes. 95,9% valorizarão aquelas conscientes. 74,62% dos entrevistados notaram alguma grande marca tomando atitudes relevantes neste momento de pandemia. As mais citadas foram Ambev, Itaú, Magalu, Boticário, Ypê, Americanas, Seara, Natura e Bradesco. “As marcas precisam ter atitude conscientes, olhando todas as suas redes de operação, apoio e consumo trazendo o melhor para a sociedade em que atuam”, explica Ligia Mello. “É importante que o C-level e agências entendam que os últimos anos da comunicação foram voltados a criar jornadas de consumo relevantes junto ao consumidor e poucas coisas criam laços tão fortes como uma experiência compartilhada. Desta vez, quem vende e quem compra não estão em lados diferentes da equação, mas do mesmo lado de uma luta quase invisível. Isso muda, mesmo que por uma janela de tempo limitada, o que significa ser uma marca ou empresa relevante e abre porta para uma memória afetiva muito mais duradoura”, conclui Beccaro.
Novas prioridades
Como o brasileiro pretende mudar seus gastos após o término do isolamento social? Quase metade dos brasileiros (45,3%) diz pretender gastar menos com o carro depois do fim do isolamento. Já os gastos com viagem devem crescer para 29,1% dos entrevistados. Dos 15 segmentos analisados, o mercado pet se mostra o menos afetado por cortes no futuro: apenas 10,7% pretendem reduzir seus gastos com bichinhos em relação a antes da pandemia.
Onde gastar mais? O confinamento mudou a importância das coisas na vida das pessoas. Manter a casa um espaço confortável e fazer viagens são os focos do investimento do brasileiro após a quarentena. As viagens ficaram em primeiro lugar, com 29,1% dos brasileiros dizendo que vão aumentar seus gastos e, 39,1%, que vão manter os gastos. Já reformas ganharão aumento para 12,3% dos brasileiros, enquanto 48,5% pretendem manter o ritmo. “Reforma residencial é um segmento que chamou atenção. O brasileiro está mais tempo em casa, prestando mais atenção nos pequenos detalhes que precisam de reparo ou merecem um upgrade. Com o ‘faça você mesmo’ em alta, estimulado pelo conteúdo digital, a busca por materiais e pequenos serviços especializados deve crescer num segundo momento. Mas essa nova relação com os espaços da casa tem outra implicação: os próximos imóveis serão vistos com um novo olhar, onde o que existe da porta pra dentro ganha relevância inédita frente ao clássico location-location-location“, explica Ligia, responsável pela pesquisa.
Saudade dos shows
55% dos entrevistados descobriram na live uma forma de se divertir e 57,6% deles pretendem continuar acompanhando se forem continuadas pelos artistas, neste momento, porém desconsiderando a parcela que já não frequentava shows e eventos, 24,9% estão dispostos a desembolsar o valor de um ticket apenas durante o isolamento e 19,9% não pagariam para ver um show de casa. Estar no local é parte da experiência – apenas 1,3% pagaria o valor integral de um show para assisti-lo no conforto do lar. “Os demais se dividem em relação ao custo. Desconto para ver de casa seria bem vindo, bem como pode assistir algo ao vivo sem ter que se deslocar de cidade, mas o DNA do show inclui fila, pessoas, deslocamento, toda uma experiência de grupo que vai além do palco em si. Existe um bom motivo para toda a produção feita, seja dos mega concertos às peças mais simples e isso fica claro na opinião de um público que está esperando para poder cantar junto”, finaliza Ligia.