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Instituto Bardi/Casa de Vidro comemora 30 anos

São Paulo, por Kleber Patricio

Instituto comemora 30 anos com sua icônica sede, a Casa de Vidro, fechada em função das medidas para conter a pandemia de Covid-19. Por PCPetrachini – Obra do próprio, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=51834501.

O Instituto Bardi comemora 30 anos com a sua icônica sede, a Casa de Vidro, fechada em função das medidas para conter a pandemia de Covid-19. Neste dia 15 de maio, data oficial do registro da instituição, tem início um programa de conversas on-line com profissionais que fazem parte da história do Instituto nestes 30 anos. Ainda como parte das comemorações da data, um novo website, a ser lançado em breve, deve ampliar os conteúdos e interfaces do atual, de modo intuitivo e rápido.

Para enfrentar o desafio imposto pelo isolamento social, desde abril o Instituto marca presença nas redes sociais com novo formato e conteúdos mais abrangentes e abordagens inéditas, apresentando aspectos da trajetória do casal Bardi pouco conhecidos do público.

Ao completar trinta anos de existência, o Instituto Bardi/Casa de Vidro comemora um intenso trabalho no sentido de manter vivo e relevante o legado de Lina Bo Bardi e Pietro Maria Bardi para a cultura brasileira.

A nova gestão de Giuseppe d’Anna na presidência do Conselho de Administração do Instituto, eleito em setembro de 2019, busca aprimorar o planejamento e administração, visando o futuro da instituição. A proposta é estruturar um comitê estratégico com profissionais e especialistas, associados ou não ao Instituto, capazes de contribuir de forma efetiva para implantar novos usos e visões do acervo, no sentido de valorizar a realização de sua missão original.

Os primeiros anos

Lina Bo e Pietro Maria Bardi desembarcando em Congonhas em 26 de fevereiro de 1947. Foto: divulgação.

Fundado pelo casal Bardi como Instituto Quadrante em maio de 1990, a instituição tem como objetivos primordiais o incentivo da cultura e das artes, sendo abrigada na antiga residência do casal, a Casa de Vidro. Diretor do Museu de Arte de São Paulo desde sua criação, Pietro Bardi já manifesta essa intenção em 1986, quando solicita o tombamento da Casa de Vidro ao Condephaat. Na ocasião, pensava em uma fundação que custodiasse a coleção de obras de arte, algumas delas ambientadas no seu “jardim-florestal”, registrando “um trecho da história da renovação da museografia nacional”.

Em 1992, Lina vem a falecer e, no ano seguinte, a instituição passa a se chamar Instituto Lina Bo e P. M. Bardi. Tem início a primeira sistematização do acervo da arquiteta e sua apresentação ao público com livro, exposição e vídeo apresentados no Brasil e no exterior, atingindo mais de vinte 20 países.

Nesses primeiros anos, com a atuação dos colaboradores de Lina – os arquitetos Marcelo Ferraz, André Vainer e Marcelo Suzuki –, o Instituto exerce um papel importante na divulgação da história da arte e arquitetura brasileira. São publicados volumes fartamente ilustrados sobre os arquitetos Afonso Eduardo Reidy, Vilanova Artigas e João Filgueiras Lima (Lelé), estabelecendo um novo padrão editorial na área.

Pietro Maria Bardi falece em outubro de 1999, pouco antes de seu centenário, que é festejado em 2000 com a publicação de sua biografia, exposições e um filme/documentário, trabalho coordenado por Marcelo Ferraz.

Desafios e conquistas

As dificuldades de manutenção da Casa de Vidro levam à suspensão de visitas em 2007. Além disso, a redução de recursos do endowment, viabilizado por Bardi quando da fundação para assegurar a missão do Instituto, tem impacto direto nas ações e projetos da instituição.

Após o falecimento da irmã de Lina, Graziella Bo Valentinetti, vice-presidente (1993 a 1999) e presidente (1999 a 2008) do Instituto, Giuseppe D’Anna assume a presidência. A casa recebe manutenção adequada, projetos de apoio à cultura (Petrobras e CEF) são bem sucedidos e o acervo tem sua importância para a pesquisa reconhecida por apoio também da Fapesp.

O reconhecimento internacional de Lina cresce e em 2010 ela recebe uma homenagem especial na Bienal de Arquitetura de Veneza. Pouco depois, a Casa de Vidro apresenta a primeira exposição em seu espaço, curada por Hans Ulrich Obrist em 2013, com dez mil visitantes. Nesse mesmo ano, o Instituto comercializa o copyright de uma edição limitada da cadeira Bardi’s Bowl para a empresa italiana Arper. Assim inicia uma série de reedições de mobiliário da arquiteta.

As comemorações do centenário de Lina ampliam seu reconhecimento, se estendendo por 12 meses, de julho de 2014 a junho de 2015, para permitir exposições, publicações e eventos em museus de prestígio no Brasil e no exterior.

Nova visão

Na presidência de Sonia Guarita do Amaral (2014 a 2019), o Instituto obtém apoio da Petrobras e inicia sua transformação em Organização Social do Estado de São Paulo. Com essa nova estrutura, apesar das dificuldades criadas pela interrupção do apoio da Petrobras em 2016, o Instituto alcança êxito na criação de novos modos de sustentabilidade financeira.

Visitas acompanhadas por serviço educativo tornam a Casa de Vidro parte do circuito cultural paulistano. O Instituto retoma sua vocação editorial e, em parceria com a Editora Romano Guerra, publica, em 2016 e 2017, as obras dos arquitetos Pedro Paulo de Melo Saraiva e Abraão Sanovicz (apoio CAU SP), o catálogo da exposição Casas de Vidro (ProAC SP/ AGC) e a reedição do livro Lina Bo Bardi (MinC/Imprensa Oficial do Estado) em 2018, marcando os 25 anos da primeira edição em 1993.

Também em 2016, a Getty Foundation, pelo programa Keeping It Modern, patrocina a elaboração de um Plano de Gestão e Conservação da Casa de Vidro, visando o futuro da primeira obra construída de Lina Bo Bardi e uma base clara de planejamento estratégico em longo prazo. Este Plano prevê ações físicas: o restauro da Casa de Vidro, estúdio e casa do caseiro, o manejo do jardim, a adequação à acessibilidade universal e criação de outras infraestruturas necessárias para o funcionamento do espaço. No tocante à memória e produção intelectual, o Plano destaca o estímulo à pesquisa no acervo, com ênfase também ao legado de Pietro Maria Bardi.

O plano apoiado pela Getty propiciou o intercâmbio de experiências com outras casas similares nos Estados Unidos: a Glass House de Philip Johnson, a Farnsworth House, de Mies Van Der Rohe e a Eames House, de Charles e Ray Eames. Esta aproximação permitiu entender métodos de gestão para a sustentabilidade financeira baseada em doações privadas, promoção de eventos, cobrança de copyrights e formatos de acesso público às obras.

Nos últimos três anos, o Instituto implementa um modo de levantamento de recursos similar. Exposições em parcerias com o MASP e outras instituições ocupam periodicamente a casa, assim como shows e eventos anuais são promovidos em um pavilhão temporário, instalado, entre dezembro e março, na área de acesso à residência dos Bardi. O Instituto Bardi/Casa de Vidro chega assim aos 30 anos cumprindo sua missão de estímulo à arte e cultura brasileira.

Instituto Bardi/Casa de Vidro

Criado em 1990 como Instituto Quadrante pelo casal Bardi, passou a chamar-se Instituto Lina Bo e P. M. Bardi partir de 1993. Hoje, como Instituto Bardi/Casa de Vidro, mantém o objetivo inicial de promover e estimular o estudo e a pesquisa nas áreas de arquitetura, design, arte e urbanismo no Brasil.

Os Bardi atuaram de forma relevante e incansável para a consolidação da área cultural no país. Historiador, crítico de arte e de arquitetura, Pietro Maria Bardi foi cofundador do MASP, dirigindo o Museu de 1947 a 1996. Lina Bo Bardi assinou o projeto arquitetônico, museográfico e educativo do MASP, atuando de forma arrojada também em design, educação, cinema, teatro e moda.

Com foco em exposições, publicações, workshops e conferências, o Instituto possibilita o acesso a diferentes aspectos do pensamento e da produção artística e cultural do país a partir do legado de Lina Bo e P. M. Bardi, preservado no acervo existente na Casa de Vidro.

Residência dos Bardi desde 1951, a Casa de Vidro, como ficou conhecida a primeira obra construída de Lina Bo Bardi, tornou-se um ícone da arquitetura moderna e representa de forma atemporal o pensamento e o modo de vida simples e engajado do casal. Tombada pelo Condephaat como patrimônio histórico em 1987, a Casa de Vidro abriga, hoje, a sede do Instituto e o acervo de Lina e Pietro, composto por mais de 40 mil itens.

Serviço:
Instituto Bardi/Casa de Vidro

Rua General Almério de Moura, 200 – Morumbi, São Paulo/SP

institutobardi.com.br

@institutobardi

(11) 3744-9902.

Volacc lança vouchers bonificados para consumo no Brechó após a quarentena

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Com o brechó fechado devido às recomendações legais de prevenção à Covid-19, a Volacc – Voluntários de Apoio no Combate ao Câncer deixa de contar com uma renda importante para manter seus projetos e oferecer assistência aos portadores de câncer. Por essa razão, a instituição está criando vouchers com benefícios para que seja possível antecipar essa receita.

Como funciona

A pessoa adquire um voucher pagando por ele um dos valores propostos: R$30,00, R$50,00 ou R$100,00. Após o pagamento (que pode ser feito via cartão de crédito parcelado ou boleto bancário), ela receberá por e-mail um voucher com o valor pago + 1 bônus de 20%; ou seja: quem comprar no valor de R$30,00 receberá um voucher de R$36,00; quem comprar no valor de R$50,00 receberá um voucher de R$60,00 e quem comprar no valor de R$100,00 receberá um voucher de R$120,00. O voucher poderá ser utilizado em compras no brechó quando for autorizada a reabertura pelas autoridades.

Dessa forma você ajuda a Volacc a dar continuidade a seus projetos e também recebe um benefício pela antecipação do pagamento. Essa contribuição é muito importante para que seja continuado o oferecimento de assistência aos usuários da instituição.

Para comprar o voucher, o endereço é www.volacc.org.br/voucher-brecho.

A VOLACC

A Volacc – Voluntários de Apoio no Combate ao Câncer é uma Organização da sociedade Civil sem fins lucrativos, com tempo de duração indeterminado, sem qualquer vinculação político-religiosa ou distinção quanto a raça, cor ou condição social. Foi constituída com a finalidade de prestar serviço de proteção social básica às famílias das pessoas portadoras de neoplasias malignas e patologias hematológicas.

Fundada por uma equipe de voluntárias em 19 de julho de 1994, a entidade foi dirigida por D. Joanna Joly por mais de 18 anos. Atualmente, Silvio Oliveira é presidente da instituição, sendo filho de uma das fundadoras e voluntário desde aquela época.

O objetivo principal da entidade é criar condições para os usuários enfrentarem a doença de forma saudável. O fortalecimento de vínculos auxilia no processo de “pertencimento”, fazendo com que o usuário se sinta alguém produtivo e realizado, auxiliando em sua socialização e convivência em sociedade.

A Volacc atende pessoas portadoras de neoplasias malignas e patologias hematológicas e suas famílias, tendo como primeiro atendimento o acolhimento do Serviço Social, através da escuta e da visita domiciliar, onde são identificadas as necessidades de orientações, intervenções, encaminhamentos e um trabalho de fortalecimento de vínculos dessas famílias. As pessoas que procuram a organização geralmente passam por situações de vulnerabilidade social e financeira, necessitando muitas vezes de um auxilio imediato, Algumas outras famílias procuram a instituição para entender um pouco mais da doença e buscam apoio emocional, pois o câncer é uma doença que atinge toda família, emocionalmente, financeiramente e psicologicamente.

Para dar o apoio necessário às famílias, a Volacc oferece alguns serviços como:

Grupo de convivência

Para assegurar um espaço de convívio grupal, as rodas de conversa desenvolvem relações de afetividade, solidariedade, convivência familiar e comunitária. É um espaço para promover o processo de valorização, onde são consideradas as questões vivenciadas no momento. É uma oportunidade de compartilhar experiências, inseguranças, medos e dúvidas, favorecendo o aprendizado e engajamento no processo de resolução de problemas.

Oficinas de geração de renda

Trabalhar nas oficinas de geração de renda estimula as habilidades e criatividade dos assistidos e suas famílias, contribuindo para uma autonomia financeira. Atualmente está em funcionamento a oficina de pães, que já formou uma turma no final do ano passado.

Aulas de Zumba

O objetivo dessas aulas é fortalecer a autoestima por meio da dança, promovendo benefícios à saúde física e mental e contribuindo na prevenção e auxiliando no tratamento psicológico dos usuários. A dança auxilia no controle da ansiedade, queima calorias e fortalece o vínculo entre eles.

Serviços emergenciais

Após o acolhimento, a assistente social pode solicitar alguns serviços emergenciais, visando atender necessidades urgentes de conforto para o usuário. São eles:​

Medicamentos – nos casos em que o medicamento não é fornecido pelos órgãos públicos, a Volacc providencia a medicação para os usuários que não podem pagar.

Cuidados de enfermagem – caso o usuário necessite de atendimento em sua residência, é oferecido o serviço de enfermagem para realizar procedimentos específicos em usuários.

Alimentação básica e suplementar – devido ao processo de quimioterapia, pode haver necessidade de dietas especiais balanceadas e suplementos. A Volacc oferece esses produtos para atender às necessidades dos usuários que não têm condições financeiras de atender à dieta.

Fisioterapia – geralmente, após procedimentos cirúrgicos como a mastectomia (retirada da mama) é necessário passar por sessões de fisioterapia para recuperação dos movimentos. Esse serviço é oferecido aos usuários que não tenham condição de pagar e necessitem do procedimento para sua recuperação.

Equipamentos de recuperação – algumas pessoas podem se encontrar acamadas ou imobilizadas devido à cirurgia ou em função do tratamento. São emprestadas cadeiras de rodas, bengalas, andadores, cadeiras de banho e outros itens de conforto, para que o paciente atravesse esse período de forma mais confortável.

Atendimento psicológico – durante o tratamento, o usuário e sua família contam com apoio psicológico para lidar com a doença e o processo de cura. Esse apoio objetiva principalmente manter a autoestima e a vitalidade, além de fortalecer vínculos familiares.

Orientação jurídica – alguns usuários têm dificuldade de fazer valer seus direitos, havendo a necessidade da intervenção judicial. Através de uma parceria com a OAB, é garantida assistência aos usuários que necessitam de orientação jurídica.

Plataforma SESC Digital incorpora lançamentos do Selo SESC

São Paulo, por Kleber Patricio

Show Toada Improvisada – Jackson do Pandeiro 100 Anos (2019). Fotos: Elisa Gaivota.

A nova plataforma digital do SESC São Paulo, lançada no mês passado, oferece acesso a amplo conteúdo do universo da cultura e das artes, em especial, a diferentes expressões físico-esportivas, aos programas socioeducativos mantidos pela instituição e ainda a um módulo de educação a distância – tudo de graça. No campo das expressões culturais, as opções para novas descobertas abrangem diferentes linguagens, das artes visuais à literatura, passando pelo circo, a dança e o teatro. E em música, a partir de agora, o ambiente passa a oferecer também os álbuns digitais lançados pelo Selo SESC. São registros sonoros de shows emblemáticos ocorridos nas unidades do SESC São Paulo com boa qualidade de captação, mixagem e masterização que já eram distribuídos pelas plataformas de streaming e que agora chegam primeiro em SESCsp.org.br/SESCdigital. E a partir desta sexta-feira, 15 de maio, o SESC Digital já disponibiliza com exclusividade o álbum Sessões Selo SESC #8: Toada Improvisada – Jackson do Pandeiro 100 Anos. Nas demais plataformas digitais de streaming, o disco chega no dia 22 de maio.

Em comemoração ao centenário de Jackson do Pandeiro (1919-1982), o violinista francês Nicolas Krassik, a cantora espanhola Irene Atienza e os brasileiros Junio Barreto, Silvério Pessoa, Mariana Aydar e Targino Gondim transformaram o repertório de cocos, rojões, sambas e frevos do Rei do Ritmo em uma Toada Improvisada com releituras registradas ao vivo pelo Selo SESC. A gravação, realizada em 31 de agosto de 2019 no palco do SESC Santana, ganhou forma neste álbum que chega agora.

Na Plataforma SESC Digital há registros que vão de peças de teatro a shows realizados nos palcos do SESC São Paulo, reprodução de obras de arte e programas do SESCTV, entre tantos outros conteúdos. Um destaque especial é a mostra por streaming com espetáculos de Antunes Filho e depoimentos de profissionais do teatro e de outras personalidades sobre o seu legado.

Sessões Selo SESC #8: Toada Improvisada – Jackson do Pandeiro 100 Anos

Toada Improvisada – Jackson do Pandeiro 100 Anos traz releituras do Rei do Ritmo com Mariana Aydar, Targino Gondim, Silvério Pessoa, Junio Barreto, Irene Atienza e Nicolas Krassik.

Ao lado do violão 7 cordas de Gian Correa, da sanfona de Cosme Vieira e da percussão de Kabé Pinheiro, o violino de Nicolas Krassik dá início à homenagem ao grande ritmista brasileiro. As clássicas O Canto de Ema, Sebastiana e Meu Enxoval ecoam embaladas em arranjos instrumentais, seguidas pela voz personalística de Junio Barreto nos forrós Morena Bela e Tum, Tum, Tum e no samba Lágrima. Logo depois, o sotaque flamenco da cantora espanhola Irene Atienza mostra como o Nordeste brasileiro se encaixa em todas as sonoridades, inclusive nas canções Bodocongó, Forró de Surubim, Chiclete com Banana e Na Base da Chinela.

Com uma relação quase hereditária com Jackson do Pandeiro, Silvério Pessoa revisita os frevos e a música da Zona da Mata nordestina em Um a Um, Papel Crepom, Cabeça Feita e Micróbio do Frevo. Na sequência, o toque de forró, samba e MPB de Mariana Aydar toma conta do disco com Casaca de Couro, Capoeira Mata Um e A Ordem é Samba. O laboratório de encontros musicais segue com Targino Gondim, acompanhado de guitarra, baixo e bateria, em meio às melodias de Amor de Mentirinha, Tem Pouca Diferença e O Canto de Ema. Por fim, todos se juntam em uníssono para celebrar a Cantiga do Sapo e Sebastiana.

Considerado um dos grandes ícones da música nordestina, Jackson do Pandeiro atravessou fronteiras culturais durante os 62 anos de vida. Promoveu diálogos na MPB e influenciou artistas de diversos gêneros como Gilberto Gil, Alceu Valença, Genival Lacerda, Hermeto Pascoal, Chico Science, João Bosco e Guinga, entre muitos outros. A própria canção Jack Soul Brasileiro, de Lenine, mostra a força poética das misturas dos forrós sambados de Jackson. Assim como a célebre composição Sebastiana, que ganhou versões nas vozes de Gal Costa, Lucy Alves, Rastapé, Silvério Pessoa e Xuxa Meneghel. Enquanto a faixa Um a Um foi do coco ao pop-rock, em uma roupagem moderna dos Paralamas do Sucesso.

Com Nicolas Krassik, Junio Barreto, Irene Atienza, Silvério Pessoa, Mariana Aydar e Targino Gondim, as obras de Jackson do Pandeiro ganham canto, coro e som em uma Toada Improvisada, com um registro contemporâneo ao olhar do diretor artístico Alessandro Soares, no Sessões Selo SESC. “Revisitamos o vasto repertório de Jackson do Pandeiro, incluindo temas menos lembrados, com arranjos criados especialmente para o projeto. Esse disco é formado por camadas que unem texturas da música ibérica, elementos do jazz, sapateado com pisada de coco, a MPB atual e a tradição rítmica do Nordeste”, afirma Alessandro.

+ Jackson do Pandeiro

Paraibano de Alagoa Grande, José Gomes Filho nasceu em 31 de agosto de 1919. Desde muito jovem tinha um talento especial de tocar pandeiro e cantar ao lado da mãe, Flora Mourão, cantadora de cocos, nas festas em que ela se apresentava. Após a morte do pai, Zé Gomes, que era oleiro, migrou para Campina Grande, onde trabalhou em uma padaria, embora soubesse que não queria fazer pão, mas música. Logo, não demorou a trocar as madrugadas ao pé do forno pelas batucadas do samba.

Inspirado nos filmes de faroeste, adota o nome artístico de Zé Jack. Contudo, após passagem pela Rádio Tabajara, em João Pessoa (PB), e pela Rádio do Jornal do Commercio, em Recife, passa a ser conhecido como Jackson do Pandeiro. Já na década de 50, recebeu o convite da gravadora Copacabana do qual saiu o disco Jackson do Pandeiro e os sucessos Forró em Limoeiro e Sebastiana.

Entre xaxado, coco, baião, outros ritmos nordestinos e até o samba, veio o título de nobreza: Rei do Ritmo. Brilhou como intérprete, percussionista, compositor e como influenciador de gerações. Manteve-se em atividade até o fim, após uma apresentação, em julho de 1982, em Brasília. Por decorrência de complicações de embolia pulmonar e cerebral, Jackson precisou partir. Mas o legado e o Pandeiro seguem até intactos.

+ SESC Digital

A presença digital do SESC São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos e atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado. Por essa razão, o SESC apresenta o SESC Digital, sua plataforma de conteúdo onde o visitante pode navegar por áudios, vídeos, imagens e publicações que compõem o acervo audiovisual da instituição, construído ao longo de seus (quase) 74 anos de história, celebrados no próximo mês de setembro.

REPERTÓRIO DO SESSÕES SELO SESC

Nicolas Krassik

1 – Abertura /O Canto da Ema/Sebastiana

2 – Meu Enxoval

Junio Barreto

3 – Morena Bela (part. Nicolas Krassik)

4 – Lágrima

5 – Tum, tum, tum

Irene Atienza

6 – Bodocongó

7 – Forró de Surubim

8 – Chiclete com Banana

9 – Na Base da Chinela (part. Silvério Pessoa)

Silvério Pessoa

10 – Um a Um

11 – Papel Crepom

12 – Cabeça Feita (part. Nicolas Krassik)

13 – Micróbio do Frevo (part. Nicolas Krassik)

Mariana Aydar

14 – Casaca de Couro

15 – Capoeira Mata Um

16 – A Ordem é Samba

Targino Gondim

17 – Amor de Mentirinha

18 – Tem Pouca Diferença

19 – O Canto da Ema (part. Mariana Aydar)

Todos os artistas

20 – Cantiga do Sapo

21 – Sebastiana

Ficha Técnica

Toada Improvisada é:

Mariana Aydar, Targino Gondim, Silvério Pessoa, Junio Barreto, Irene Atienza e Nicolas Krassik

Direção artística: Alessandro Soares

Produção executiva: Igor Fearn e Elcylene Leocádio

Técnico PA: Daniel Tápia

Técnico de monitor: Jeremias Straijer

Concepção e criação de luz: Silvestre Garcia Jr.

Iluminação: Vania Jaconi

Videocenário: Paulo Garcia

Roadie: Luís Silva

Violino: Nicolas Krassik

Sanfona: Cosme Vieira e Targino Gondim

Pandeiro, Percussão e Sapateado: Kabé Pinheiro

Violão 7 Cordas: Gian Correa

Bateria: Vinícius Gomes

Guitarra: Luiz Maya

Baixo Elétrico: Tadeu Gouveia

Voz: Mariana Aydar, Junio Barreto, Irene Atienza, Silvério Pessoa, Targino Gondim, Kabé Pinheiro e Cosme Vieira.

Captação – Audiomobile: André Sangiacomo, Fernando Ferrari e Lucas Silva

Mixado e Masterizado por Renato Coppoli no AudioFreaks!

Fotos: Elisa Gaivota

Projeto Gráfico: Alexandre Calderero

Assessoria de Imprensa: Guilherme Zambonini

Imagens/Show: SESC TV

Edição/Vídeos: Renan Abreu

Produção Executiva: Raul Lorenzeti

+ Selo SESC

Criado há 16 anos, o Selo SESC tem o objetivo de registrar o que de melhor é produzido na área cultural. Recentemente, foram lançados no mercado digital os álbuns: Sessões Selo SESC #6: Rakta + Deafkids e Sessões Selo SESC #7: João Donato + Projeto Coisa Fina. O CD-livro São Paulo: paisagens sonoras (1830-1880), da pesquisadora e cantora Anna Maria Kieffer; o DVD Exército dos Metais, da série O Som da Orquestra, O Romantismo de Henrique Oswald (José Eduardo Martins e Paul Klinck) e os CDs Dança do Tempo (Teco Cardoso, Swami Jr. e BB Kramer), Espelho (Cristovão Bastos e Maury Buchala), Eduardo Gudin e Léla Simões, Recuerdos (Tetê Espíndola, Alzira E e Ney Matogrosso), Música Para Cordas (André Mehmari), Estradar (Verlucia Nogueira e Tiago Fusco), Tia Amélia Para Sempre (Hercules Gomes), Gbó (Sapopemba), Acorda Amor (Letrux, Liniker, Luedji Luna, Maria Gadú e Xênia França), Copacabana – um mergulho nos amores fracassados (Zuza Homem de Mello) e Tio Gê – O Samba Paulista de Geraldo Filme (vários artistas).

+ Sessões Selo SESC

Atento à vasta programação musical circulante nas unidades do SESC, o Sessões Selo SESC surge com o intuito de disponibilizar registros sonoros de shows com boa qualidade e em formato digital através das plataformas de streaming (Deezer, Spotify e Apple Music, entre outras). Em formato bootleg, mas com excelente captação, mixagem e masterização, os álbuns reaproximam o público da experiência in loco e podem ser acessados a qualquer momento pela internet.

Pampers apresenta live com Palavra Cantada no sábado (16)

Brasil, por Kleber Patricio

Em busca de ajudar pais e mães a distraírem os pequenos que estão mais em casa e ajudando a criar momentos que contam, a Pampers, marca de cuidados com o bebê, irá promover no próximo dia 16/5, sábado, às 16h, uma live com Palavra Cantada. A parceria com a dupla será transmitida ao vivo por meio das plataformas Youtube (canal Palavra Cantada Oficial) e Instagram (perfil @PampersBrasil) e contará com um repertório recheado de músicas e danças que a família inteira poderá prestigiar.

A live com Palavra Cantada faz parte das ações da marca para tornar esse momento de isolamento social e pandemia um pouco mais acolhedores. Além dela, a Pampers já transmitiu cerca de 21 lives em seu perfil no Instagram, com contação de histórias para bebês, shows e bate-papos, de modo a animar a família e promover uma atividade para os bebês e crianças.

Data: 16 de maio de 2020, sábado

Horário: 16h

Local: Youtube Palavra Cantada Oficial e Instagram @PampersBrasil.

Plataforma conecta vagas de trabalho voluntário a pessoas que precisam de apoio durante quarentena

Brasil, por Kleber Patricio

Imagem editada de Photo Mix por Pixabay.

Sabia que é possível aproveitar a quarentena para prestar trabalho voluntário sem sair de casa? A campanha #FiqueNoSofá, promovida pelo Atados, iniciativa que conecta pessoas à oportunidades de voluntariado em causas sociais, tem a intenção de incentivar o voluntariado à distância, ou seja, as pessoas podem ajudar sem sair de casa, direto de seus sofás. Para isso, o Atados reúne centenas de vagas online para que os voluntários possam se engajar em projetos relacionadas ao combate à pobreza, consumo consciente, cultura e arte, direitos humanos, educação, crianças, idosos, meio ambiente, cidadania, proteção, animais, saúde, pessoas com deficiência, política, jovens, mulheres, refugiados, LGBTQ+ e sustentabilidade.

“Nossa maior ferramenta de impacto para o momento é a solidariedade. O voluntariado é uma ótima oportunidade de compartilhar a missão de sua organização com outras pessoas, ampliando ainda mais sua rede. Por isso, aproveite um tempinho livre e se engaje em uma vaga de voluntariado à distância. Nesse momento tão delicado para todo o mundo, essa atitude ajuda a fortalecer o trabalho de muitos projetos sociais”, convida Daniel Morais, fundador do Atados.

O Atados tem o propósito de mobilizar pessoas, articular soluções e recursos para impulsionar transformações e fortalecer a atuação de organizações em diversas causas sociais. Atualmente, a iniciativa disponibiliza centenas de oportunidades de vagas para voluntariado , sendo que muitas delas podem ser feitas completamente à distância. Confira a seguir algumas delas, escolha a que mais se encaixar ao seu perfil de solidariedade, inscreva-se e aguarde o contato da organização responsável. Depois, mãos à obra para iniciar o trabalho voluntário.

Escreva cartas à mão para idosos

Que tal reservar apenas duas horinhas da sua semana para escrever cartas motivacionais para um idoso? Durante a pandemia, muitos idosos se viram sozinhos e sem ninguém para conversar. Por isso, que tal resgatar o bom papel e caneta e escrever, à mão, uma cartinha para essas pessoas que não sabem – ou sequer têm acesso – à comunicação digital? Acredite, sua ação pode fazer o dia de muitos deles mais esperançosos.

Seja um vizinho solidário

Essa dica já é conhecida, mas sempre vale reforçar, pois é uma atitude que pode ser praticada por qualquer pessoa que esteja fora do grupo de risco: seja um vizinho solidário. É provável que no seu condomínio ou vizinhança haja uma pessoa que não pode se expor durante a quarentena. Por isso, vale se oferecer para ajudar em tarefas simples fazer compras no supermercado, feira ou farmácias, passear com os cachorros ou até mesmo dedicar 20 minutos para uma conversa por telefone. Essas pequenas ações podem minimizar os efeitos do tédio e solidão trazidos pelo confinamento.

Ajude quem não tem casa

A orientação das autoridades é para ficarmos em casa e intensificarmos a higiene, principalmente das mãos, com água e sabão. Mas como ficam as pessoas em situação de rua, que não têm moradia para proteção ou acesso aos itens básicos de higiene para esse momento? Para ajudar, a dica aqui é criar um ponto de apoio para oferecer, gratuitamente, itens de higiene, alimentos e cartilhas para informar a essas pessoas sobre a Covid-19. Você pode buscar pontos de doação próximos à sua casa ou criar o seu ponto, que pode servir tanto para recolher doações quanto para a retirada. Um gesto simples e que vai mudar a vida de muita gente agora.

Ofereça companhia virtual

Sabemos que o Brasil abriga diversos imigrantes, entre eles, refugiados de diversas nacionalidades. Embora haja o sentimento de acolhimento, nesse período de distanciamento social muitos podem ser sentir sozinhos e perdidos, principalmente por estarem longe de suas famílias. Ou seja, essa é mais uma oportunidade de voluntariado: é seja uma companhia virtual por meio de videochamadas. Dessa forma, é possível conhecer diferentes histórias, oferecer apoio emocional e, de quebra, ajudá-los a melhorar a fluência no português.

Apoio psicológico é fundamental

Um dos reflexos mais comuns do confinamento são os impactos psicológicos, inclusive em crianças e idosos. Apoiar esses grupos é fundamental para que todos passem por esse período da melhor forma possível. No entanto, nem todos têm condições financeiras de buscar atendimento pago. Então, profissionais da saúde mental também podem contribuir dedicando alguns momentos para terapias online, que são ajudas valiosas nesse momento tão delicado.

Sobre o Atados

O Atados é uma iniciativa social que conecta pessoas e organizações, facilitando o engajamento em diversas oportunidades de voluntariado e tem o propósito de mobilizar pessoas, articular soluções e recursos para impulsionar transformações e fortalecer a atuação de organizações em diversas causas sociais. Sua principal frente é a plataforma online, que conta com mais de 2.000 ONGs cadastradas e 130 mil voluntários. Para disponibilizar suas ferramentas gratuitamente a toda essa rede, oferece serviços de voluntariado empresarial, gestão e consultoria em responsabilidade social. Saiba mais acessando o Instagram e Facebook.