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‘Concertos de Eva’ apresenta Turíbio Santos no dia 7 de novembro

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Turíbio Santos. Foto: divulgação/CMEK.

Os Concertos de Eva Klabin sempre proporcionaram cultura de qualidade ao público e, mesmo estando neste momento em que as apresentações não estão podendo acontecer na Casa Museu, a programação musical da instituição, que comemora 25 anos de funcionamento, continua encantando o público através da realização das lives. Desta vez, o convidado é Turíbio Santos, um ícone do violão brasileiro. Considerado um dos maiores violonistas clássicos da atualidade, especialista em Heitor Villa-Lobos, o músico possui também profundo conhecimento da cultura popular brasileira. Sua carreira já o fez correr o mundo muitas vezes, com críticas brilhantes nos principais centros musicais. O artista já dividiu o palco com grandes celebridades musicais e foi acompanhado por renomadas orquestras nacionais e internacionais.

A Casa Museu Eva Klabin convida a todos para esta noite mais que especial, no próximo dia 7, às 19h. Nesta apresentação exclusiva, Turíbio Santos faz uma homenagem ao grande maestro Villa-Lobos, de quem recebeu lições memoráveis. No programa, apresenta estudos e prelúdios do mestre, além de composições de artistas como Chiquinha Gonzaga e Gonzagão, que para ele são músicos que possuem em suas melodias inspiração e amor pelo Brasil.

A transmissão será feita pelo canal da Casa Museu no YouTube e, para assistir, basta acessar o link: www.youtube.com/canalevaklabin. O concerto tem produção de Nenem Krieger e organização de Marcio Doctors e tem patrocínio da Klabin S.A. por meio da Lei de Incentivo à Cultura/Ministério do Turismo.

Serviço:

Concertos de Eva – Turibio Santos

Data: 7/11/2020 – 19h

Transmissão: http://www.youtube.com/canalevaklabin.

As lições da história em “Três mil anos de política”

Brasil, por Kleber Patricio

Erros do passado apenas podem ser evitados ao se refletir sobre a história – com este propósito construtivo em relação ao futuro, o escritor José Luiz Alquéres aborda a evolução da prática política ao traçar um panorama dos eventos mais importantes no curso da humanidade. São, mais precisamente, Três mil anos de política. Assim como o título, o livro publicado pela Edições de Janeiro é tão fascinante quanto objetivo. Em 232 páginas, o autor apresenta a história do pensamento político desde a origem, na China e Grécia, passando pelos romanos, a Idade Média, a Idade Moderna e os acontecimentos mais contemporâneos, como o fenômeno do nacionalismo, os modelos totalitários e o neoliberalismo.

“Uma nova classe burguesa emerge nas grandes cidades de então. Gente que privilegia não apenas a arte religiosa, mas também temas mitológicos ou laicos. Gente que participa do governo de suas cidades livres, gente que resiste a pagar taxas para reis e cortes inúteis e dispendiosas. Gente, enfim, que elege o valor liberdade – de agir, pensar, movimentar-se e de comercializar – a um patamar de importância não experimentado anteriormente pela humanidade.” (P. 107, Três mil anos de política)

Empresário, editor e filantropo, José Luiz Alquéres traduz a essência de cada período por meio de personagens que marcaram a evolução do pensamento político. Santo Agostinho, Spinoza, Montaigne, Hobbes e Marx, entre tantos personagens, mostram que a história da política é, também, a história da própria humanidade. “As ideias e movimentos políticos não surgem do azul, sem um propósito específico, mas, antes, de homens, sob circunstâncias que se encontram narradas neste delicioso livro”, pontuou o advogado e escritor José Roberto de Castro Neves, prefaciador da obra.

Depois de sumarizar as principais ideologias que prevaleceram nos regimes políticos, Três mil anos de história conduz o leitor pelos temas que dominam a atual discussão, como a crise da democracia e os efeitos da globalização. Para concluir, Alquéres não poderia ser mais eloquente ao apresentar três “razões para esperança” e os desafios, como a necessidade de garantir maior inclusão e representatividade.

Ficha técnica

Título: Três mil anos de política

Autor: José Luiz Alquéres

Editora: Edições de Janeiro

ISBN: 978-65-87061-01-6

Páginas: 232

Formato: 16 x 23 cm

Preço: R$54,00

Link de venda: https://bit.ly/3jlT64Z.

Sinopse: Três mil anos de política apresenta, de forma leve, como em uma gostosa conversa, a história do pensamento político, desde a sua origem, na China e na Grécia, passando pelos romanos, a Idade Média, a Idade Moderna e os acontecimentos mais contemporâneos, como o fenômeno do nacionalismo, os modelos totalitários e o neoliberalismo, entre outros. Nada fica de fora. Mais que relatar fatos, o livro apresenta de forma objetiva uma inteligente perspectiva do movimento dos pensamentos políticos, com uma corajosa e franca crítica. Garantindo a fluidez da leitura, o texto não se perde em citações ou referências. Faz melhor: conta a história.

Sobre o autor | José Luiz Alquéres é engenheiro, empresário e editor. Com formação complementar em Sociologia e uma longa vivência de trabalho junto a entidades de interesse público e associações empresariais e culturais, sempre esteve em contato direto com o meio político. Contribui regularmente com artigos avulsos e colunas semanais em jornais e é membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Como escritor, publicou Petrópolis (Vianna & Mosley).

Mostra coletiva reúne obras de artistas do Brasil e Portugal no SESC Pompeia

São Paulo, por Kleber Patricio

“Farsa”, de Renata Lucas. Crédito da imagem: Ilana Bessler.

Indagações sobre a complexidade do que é linguagem e a língua estão no cerne de FARSA. Língua, fratura, ficção: Brasil-Portugal, exposição coletiva que estreou dia 20 de outubro no SESC Pompeia. Com curadoria de Marta Mestre e curadoria adjunta de Pollyana Quintella, a mostra propõe uma narrativa que cruza a dimensão poética, ficcional e política da arte.

Inicialmente prevista para acontecer entre os meses de abril e julho deste ano, a mostra, que teve sua abertura adiada devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, agora pode ser visitada gratuitamente pelo público de terça a sexta, das 15h às 21h e, aos sábados, das 10h às 14h, mediante agendamento prévio pelo site SESCsp.org.br/pompeia. As visitas à exposição FARSA têm duração máxima de 90 minutos e o uso de máscara facial é obrigatório para todas as pessoas.

FARSA. Língua, fratura, ficção: Brasil-Portugal reúne obras que sublinham a fragmentação e a polifonia por meio de uma miríade de falas decoloniais não alinhadas aos discursos universais. São trabalhos de artistas de diferentes gerações, estilos e pesquisas, nomes como Andrea Tonacci, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Grada Kilomba, Gretta Sarfaty, Lygia Pape, Mariana de Matos, Mariana Portela Echeverri, Mira Schendel, Movimento Feminino Pela Anistia No Brasil, Paulo Bruscky, Pietrina Checcacci, Regina Silveira, Regina Vater e Renata Lucas, entre outros. “O título – FARSA – aponta para uma ironia, uma torção dos sentidos. Evoca tanto uma dimensão de paródia como expõe uma ferida aberta, com o propósito de reforçar a ambiguidade e a fratura que a língua e a linguagem estabelecem”, explica a curadora Marta Mestre. “Selecionamos trabalhos de artistas que torcem uma língua e que reinventam a linguagem, questionando o seu poder de colonialidade, mas também as relações de fuga e de ficção que nos permitem, coletiva e individualmente, reinventar laços sociais, políticos e poéticos com o mundo”, completa.

“Amanhã não há limites”, por Carla Filipe (esquerda) e “Copacabana Mon Amour”, por Helena Ignez (direita – projeção) . Crédito da imagem: Ilana Bessler.

O conjunto de obras em FARSA sublinha não só os usos poéticos e políticos da palavra, como a poesia visual, a montagem da fotografia, do cinema, da performance ou as estratégias de desconstrução de gênero. As obras também mostram a dimensão viral e capitalista da linguagem nos dias de hoje, que vão desde as fake news, os “memes”, até as hegemonias linguísticas ou o uso do abjeto e da escatologia na política. “É a partir da linguagem que podemos nos reinventar e traçar novas formas de existir. Se não é possível existir fora da linguagem, é através dela que sofisticamos uma imaginação que nos permite organizar o real e testar modos de viver e sonhar coletivamente, ontem e hoje”, afirma a curadora adjunta Pollyana Quintella.

A mostra conta com várias obras que serão expostas pela primeira vez no país; algumas delas seguem diretamente de instituições portuguesas como a Fundação Calouste Gulbenkian e o Museu Serralves, além de coleções privadas portuguesas e brasileiras e obras de acervos brasileiros como os do Museu de Arte do Rio de Janeiro e coleções de artistas.

A exposição está ancorada em três núcleos – Glu, Glu, Glu, Outras galáxias e Palavras mil – que trazem ao público diálogos entre obras de artistas expoentes das décadas de 1960 e 1970, com a produção de artistas que emergiram no século XXI.

“Amanhã não há Arte”, 2019, Carla Filipe. Foto: Ilana Bessler.

Em Glu, Glu, Glu, serão apresentados trabalhos que abordam a ideia de língua e de linguagem enquanto máquina de desconstrução. Assim como mecanismo voraz de deglutição e excreção dos significados, se faz prevalecer não o discurso, mas sim, os fragmentos e os cortes da realidade, expressivos em palavras e corpos.

A boca é um dos elementos com grande expressividade neste núcleo e age, aqui, como um dispositivo, abrindo caminhos para ambiguidades. Neste sentido, a linguagem está atrelada ao sexo, ao erotismo e à subjetividade. Ideia recorrente em obras como Eat Me, de Lygia Pape, Ouve-me, de Helena Almeida, Verarschung, de Pêdra Costa e Blá Blá Blá, de Andrea Tonacci.

Em Outras galáxias, evoca-se a virada distópica dos anos 1960 e 1970 na literatura e nas artes visuais, que, expondo o potencial destrutivo da humanidade e do planeta, reforçou a urgência em projetar futuros longínquos através da ficção científica e da ecologia. Os trabalhos desse núcleo afirmam a possibilidade de “transicionar” de vida, de gênero, de subjetividade e de reinventar a linguagem e o humano através da ficção e da fuga nas periferias do cosmos. O caráter lúdico é visível nas obras Júpiter, Lua chegada, Marte aterrissagem, Saturno, Visão da Terra, da série Yauti in Heavens de Regina Vater, e Fato de ouro, Fato de pedra, Fato de madeira, 2016 de Mumtazz e 7 para 8, de Dayana Lucas.

“Transformações II – I/II/III”, 1976, Greta Sarfaty + “Projeto de Silêncio”, 1962, E.M de Melo e Castro. Foto: Ilana Bessler.

Em Palavras mil, apresentam-se trabalhos que lidam com a poesia e a revolução, muitos deles reportando-se à transição entre ditadura e democracia em Portugal e no Brasil. Abordam o gesto político, íntimo e coletivo por meio do manifesto escrito ou performado, da visualidade das lutas sociais, ou da sonoridade desejante das ruas.

São percepções que transbordaram para a amplitude dos gestos nas ruas, tanto no Brasil, com a multiplicação de grupos fragmentados entre as esferas de poema, processo, poesia concreta etc., quanto em Portugal, onde poetas produziam revistas e poesias experimentais. O público poderá refletir sobre isso por meio de obras como Em Revolução, de Ana Hatherly, Amanhã não há arte, de Carla Felipe, Time on my hands, de Lucia Prancha, Ocultação/Desocultação, de Ana Vieira, ELAS DEVEM TER NASCIDO DEPOIS DO SILÊNCIO, de Jota Mombaça e What we are talking about, de Ana Pi.

Lista completa de artistas que integram a exposição:

Agrippina R. Manhattan, Alexandre Estrela, Aline Motta e Rafael Galante, Ana Hatherly, Ana Nossa Bahia e Pola Ribeiro, Ana Pi, Ana Vieira, Andrea Tonacci, Anitta Boa Vida, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Carla Filipe, Carmela Gross, Caroline Valansi, Clara Menéres, Clarissa Tossin, Dayana Lucas, Denise Alves-Rodrigues, Dj Pelé, E. M. de Melo e Castro, Ernesto De Sousa, Eva Rapdiva, Francisca Carvalho, Gal Costa, Gê Viana e Márcia de Aquino, Grada Kilomba, Gretta Sarfaty, Gretta Sarfaty e Elvio Becheroni, Helena Almeida, Helena Ignez, João Vieira, Jota Mombaça, Katú Mirim, Linn da Quebrada, Lúcia Prancha, Lygia Pape, Mariana de Matos, Mariana Portela Echeverri, Mira Schendel, Movimento Feminino pela Anistia no Brasil, Mumtazz, Música Portuguesa A Gostar Dela Própria, Neide Sá, Nelly Gutmacher, Noite & Dia, Olga Futemma, Paula Rego, Paulo Bruscky, Paulo Bruscky e Unhandeijara Lisboa, Pêdra Costa, Pietrina Checcacci, Regina Silveira, Regina Vater, Renata Lucas, Rita Natálio, Rita Natálio e Alberto Álvares, Salette Tavares, Sara Nunes Fernandes, Thereza Simões, Titica, Túlia Saldanha, Vera Mantero, Victor Gerhard, Von Calhau! e Yuli Yamagata.

Galeria virtual

“O povo brasileiro”, 1967-68, Pietrina Checcacci. Foto: Ilana Bessler.

Com o fechamento temporário do atendimento presencial das unidades operacionais do SESC, em março e a busca por meios que possibilitassem o encontro e a conexão com o público, premissas inerentes do SESC São Paulo, nasceu um espaço novo, um anexo virtual pensado para ser um ambiente acolhedor e democrático, semelhante ao espaço físico dos galpões que compõem a arquitetura icônica projetada por Lina Bo Bardi.

Foi pensada para funcionar como uma extensão da unidade física. Portanto, o espaço virtual, neste momento em que é necessária atenção e respeito aos protocolos preventivos contra o Covid-19, pretende conectar o público ao fazer artístico e democratizar o acesso às artes visuais. Assim, a exposição FARSA ganha um desdobramento no ambiente digital que amplia as possibilidades de conhecimento e reflexão sobre as obras, além de promover a participação e interação com os visitantes.

Iniciada num contexto pré-pandemia e realizado durante este momento pandêmico, a versão virtual de FARSA é um novo componente da exposição, tem vida própria e é uma reflexão, não sem alguma ironia, sobre o futuro pós-pandemia observado através da lente das artes visuais.

A plataforma traz também uma série de depoimentos de artistas que produziram obras especialmente para a exposição física; entre elas Rita Natálio (Portugal), Sara Nunes Fernandes (Portugal), Lúcia Prancha (Portugal), Aline Motta (Brasil) e Caroline Valansi (Brasil). Leituras de textos das poetas, Raquel Nobre Guerra (Portugal), Natasha Felix, Ismar Tirelli Neto e Angélica Freitas (Brasil), também somam ao site.

Uma entrevista inédita das artistas Grada Kilomba e Jota Mombaça conduzida pela curadora Marta Mestre também estará disponível no site. Na conversa, elas abordam a língua como espaço de colonialidade e poder. Realizada em Berlim, onde ambas as artistas vivem e trabalham, a entrevista disseca a ambivalência da violência e da cordialidade na língua que falamos e procura desmontar a ideia de “lusofonia”, percorrendo exemplos de trabalhos e performances recentes de ambas as artistas.

O vídeo inédito Máximo Desempenho, da artista brasileira Marina Dalgalarrondo, uma performance 3D, é uma das grandes novidades de FARSA online. A performance original de Marina trata de uma proposta ficcional de um acontecimento futuro e serve de convite à navegação no site. Ambientado por uma trilha sonora que sugere desconforto, uma figura humana vestindo uma indumentária estranha corre em uma exaurida esteira de jogging.

Segundo as curadoras da exposição, a performance indica “um desempenho máximo dos corpos, mas também máximo desempenho da linguagem, da língua, extração permanente de significados. A total integração do trabalho linguístico com a valorização do capital, e um comentário à linguagem que incorpora regras econômicas de competição, escassez e superprodução”, explicam Marta Mestre e Pollyana Quintella.

Além do desdobramento da exposição FARSA, este novo ambiente digital oferece um acervo de obras que se encontram na unidade e conteúdos relativos à história patrimonial do próprio SESC Pompeia.

Orientações de segurança para visitantes

O SESC São Paulo retoma, de maneira gradual e somente por agendamento prévio online, a visitação gratuita e presencial a exposições em suas unidades na capital, na Grande São Paulo, no interior e no litoral. Para tanto, foram estabelecidos protocolos de atendimento em acordo com as recomendações de segurança do governo estadual e da prefeitura municipal.

Para diminuição do risco de contágio e propagação do novo coronavírus, conforme as orientações do poder público, foram estabelecidos rígidos processos de higienização dos ambientes e adotados suportes com álcool em gel nas entradas e saídas dos espaços. A capacidade de atendimento das exposições foi reduzida para até 5 pessoas para cada 100 m², com uma distância mínima de 2 metros entre os visitantes e sinalizações com orientações de segurança foram distribuídas pelo local.

A entrada na unidade será permitida apenas após confirmação do agendamento feito no portal do SESC São Paulo. A utilização de máscara cobrindo boca e nariz durante toda a visita, assim como a medição de temperatura dos visitantes na entrada da unidade serão obrigatórias. Não será permitida a entrada de acompanhantes sem agendamento. Seguindo os protocolos das autoridades sanitárias, os fraldários das unidades seguem fechados nesse momento e, portanto, indisponíveis aos visitantes.

Serviço:

FARSA. Língua, fratura, ficção: Brasil-Portugal

Local: SESC Pompeia

Curadoria: Marta Mestre e Pollyana Quintella (curadoria adjunta)

Período expositivo: 20 de outubro de 2020 a 30 de janeiro de 2021

Funcionamento: terça a sexta, das 15h às 21h. Sábado, das 10h às 14h.

Tempo de visitação: Até 90 minutos

Agendamento de visitas: www.SESCsp.org.br/pompeia

Classificação indicativa: livre

Grátis

Galeria virtual

http://www.SESCsp.org.br/anexa

SESC Pompeia – Rua Clélia, 93 – São Paulo/SP

Local não dispõe de estacionamento próprio. Para mais informações, acesse o portal SESCsp.org.br/pompeia.

Onçafari inicia crowdfunding para reintrodução de onça-parda na natureza

Pantanal, por Kleber Patricio

Iniciativa “The Wild to the Wild” busca levantar fundos para viabilizar a reintrodução na natureza da Cacau.
Foto: Onçafari.

O Onçafari, criado para o estudo e conservação de onças-pintadas e lobos-guará, lançou ontem, 4/11, sua campanha anual de crowdfunding. Nesta edição, a iniciativa, denominada The Wild to the Wild, busca levantar fundos por meio de financiamento coletivo para viabilizar a reintrodução na natureza da Cacau, primeira onça-parda sob os cuidados do projeto, no Pantanal. A expectativa é arrecadar R$100 mil, com doações que podem ser desde R$10,00 até R$25 mil, pela plataforma Kickante.

A reintrodução consiste em habilitar ou reabilitar animais para que possam voltar a viver totalmente integrados ao habitat a que pertencem. O Onçafari, por meio de sua frente Rewild (Reintrodução), desenvolvida em parceria com o Cenap/ICMBio, realiza esse trabalho desde 2014 em dois recintos destinados à reabilitação e soltura localizados no Pantanal e na Amazônia.  O processo pode durar menos ou mais de um ano, dependendo das especificidades de cada caso. “Essa é primeira onça-parda que recebemos para promover essa iniciativa de reintrodução e convidamos a todos a contribuir para tornar esse trabalho possível e devolver a Cacau à natureza. É possível doar entre R$10,00 e R$25 mil, sendo que os valores geram recompensas. Entre elas, calendários, patrocinados pela Land Rover, que contam a trajetória da Cacau e outras histórias de sucesso do Onçafari na reintrodução de animais ao seu habitat natural; máscaras de proteção com uma estampa exclusiva para o Onçafari desenvolvida por Flavia Carvalho Pinto e até mesmo uma viagem de três dias ao Refúgio Ecológico Caiman, no Pantanal, onde está localizada a base do Onçafari na região”, comenta Mario Haberfeld, fundador do projeto.

O Onçafari trabalha com a reintrodução de grandes felinos desde 2014. O primeiro caso de sucesso foi o das irmãs Isa e Fera, onças-pintadas que perderam a mãe ainda filhotes e foram reintroduzidas no Pantanal. Em 2016, o projeto recebeu, na Amazônia, as irmãs Pandora e Vivara com poucos dias de vida. Após o trabalho desenvolvido com os animais, aconteceu a soltura na natureza. Em 2019, o Jatobazinho foi recebido pelo Onçafari e no momento passa pelo processo de reintrodução na Argentina, para ser o primeiro macho a ser solto na região de Esteros del Iberá. “Agora, em 2020, estamos com a Cacau, nossa primeira onça-parda, com a qual vamos promover iniciativas de observação comportamental e treinamento para a caça, e prevemos que se integrará tranquilamente ao Pantanal após o processo”, destaca Haberfeld.

Quem é a Cacau?

Reintrodução consiste em habilitar ou reabilitar animais para que possam voltar a viver totalmente integrados ao habitat a que pertencem. Foto: Onçafari.

A Cacau é uma onça-parda de cinco anos que chegou ao Onçafari em setembro, pesa 36 kg e é especialista em subir em árvores. Arisca e independente – essas são suas características primárias, o que tornou possível trazê-la para o recinto de reintrodução do Onçafari. Isso acontece porque, além de todos os recursos, tanto espaciais como financeiros, é preciso que o animal em questão não esteja apegado a comportamentos mais humanos para passar pelo processo de reintrodução – como no caso de onças que procuram carinho das pessoas, por exemplo. Como a Cacau não demonstrou esse tipo de comportamento quando a equipe do Onçafari a conheceu no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), a onça-parda foi trazida ao projeto para reabilitação biológica e comportamental para se integrar ao Pantanal depois de viver toda a vida em um espaço de poucos metros quadrados. “Todas as espécies do planeta têm direito à vida. Reintroduzir a Cacau na natureza, de onde nunca deveria ter saído, é dar a ela a chance de finalmente viver em liberdade”, ressalta Lilian Rampin, bióloga e coordenadora geral do Onçafari.

Conheça o passo a passo da reintrodução

– São avaliados a saúde e o comportamento dos animais e verificado se há condição de reintroduzi-los com sucesso à vida selvagem.

– Os animais são inseridos em uma área de semicativeiro, com as mesmas características do habitat natural, para que possam aprender a caçar e interagir com o ambiente como qualquer animal selvagem. Trata-se de um espaço onde podem ser observados, compreendidos e avaliados constantemente pelos coordenadores do projeto.

– Se considerados aptos para serem reintroduzidos na natureza, os animais são equipados com rádio-colares dotados de GPS para o monitoramento após a soltura e reintroduzidos no habitat natural.

– O Onçafari monitora as onças para avaliar se estão conseguindo lidar com os desafios na natureza e, se necessário, há um novo resgate.

Vamos contribuir?

A expectativa é chegar a R$100 mil e os interessados podem doar a partir de R$10,00. Acesse Oncafari.org/cacau.

Sobre o Onçafari

O Onçafari atua no Pantanal, Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica com o objetivo de promover a conservação do meio ambiente e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico das regiões em que está inserido por meio do ecoturismo e de estudos científicos. O projeto é focado na preservação da biodiversidade em diversos biomas brasileiros, com ênfase em onças-pintadas e lobos-guarás.

Lançamentos inéditos e retorno do Cineclube Indaiatuba são destaques da semana no Topázio Cinemas

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

O mês de novembro começa agitado no Topázio Cinemas com a estreia de dois filmes inéditos no Brasil: Jovens Bruxas – Nova Irmandade, versão da Blumhouse para o clássico de terror que acompanha um quarteto eclético de bruxas aprendizes, e Bill & Ted – Encare A Música, comédia estrelada por Keanu Reeves e Alex Winter lidando com a frustração de ainda não terem escrito a melhor música de todos os tempos.

Além disso, na próxima terça-feira, 10 de novembro, o Topázio Cinemas irá exibir O Oficial e o Espião, novo filme do diretor Roman Polanski. A sessão marca a retomada do projeto Cineclube Indaiatuba, que acontece há 15 anos no Shopping Jaraguá. O longa-metragem é ambientado em Paris, no final do século 19. O capitão francês Alfred Dreyfus (Louis Garrel) é um dos poucos judeus que fazem parte do exército. No dia 22 de dezembro de 1884, seus inimigos alcançam seu objetivo: conseguem fazer com que Dreyfus seja acusado de alta traição. Pelo crime, julgado a portas fechadas, o capitão é sentenciado à prisão perpétua no exílio. Intrigado com a evolução do caso, o investigador Georges Picquart (Jean Dujardin) decide seguir as pistas para desvendar o mistério por trás da condenação de Dreyfus.

O filme será exibido na terça-feira, 10 de novembro, às 19h30, no Topázio Cinemas do Shopping Jaraguá Indaiatuba e terá reprise no sábado, 14, em horário a ser definido e divulgado. Para a sessão Cineclube, o ingresso tem valor único de R$10,00 por pessoa.

Segurança e bem-estar

O protocolo de segurança e bem-estar adotado pelo Topázio Cinemas foi desenvolvido pelas autoridades das áreas de saúde e vigilância sanitária. Entre as principais medidas estão capacidade das salas reduzida a 40% da ocupação; bloqueio de lugares em 360°, ou seja, à frente, atrás e ao lado do espectador, garantindo o distanciamento físico e uso obrigatório de máscara para todos os clientes e em todas as áreas do cinema (a retirada é permitida exclusivamente para o consumo de alimentos e somente em sua respectiva poltrona).

Com o objetivo de incentivar a compra online, os ingressos estão mais baratos na internet do que na bilheteria e a compra de produtos da bombonière também está disponível através deste canal, com a retirada acontecendo através de uma fila exclusiva nos cinemas. A validação dos ingressos é feita através de leitores óticos, sem contato físico. O protocolo detalhado está disponível no site oficial do Topázio Cinemas: topaziocinemas.com.br/seguranca-e-bem-estar.

Facebook: fb.com/TopazioCinemas | Instagram: @topaziocinemas | Twitter: @topaziocinemas

Serviço:

Sessão Cineclube Indaiatuba

Filme: O Oficial e o Espião – drama – 14 anos – 132 min.

Local: Topázio Cinemas – Shopping Jaraguá Indaiatuba

Data: 10 de novembro de 2020

Horário: às 19h30

Ingresso único: R$10,00 por pessoa

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=OFXJELNxz2w.