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Grupo campineiro apresenta “Devaneios em Tons de Amélie – Sobre o Amor e Pequenas Coisas”

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: Juliana Hilal.

Inspirado no universo criado por Jean-Pierre Jeunet no filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, o Grupo Kê, de Campinas, apresenta nos dias 13, 14 e 21 de fevereiro Devaneios em Tons de Amélie – Sobre o Amor e Pequenas Coisas, espetáculo de dança-teatro virtual com duas sessões diárias gratuitas apresentadas ao vivo pelo YouTube e na plataforma Zoom. Com direção geral de Renata Spis e direção cênica de Juliana Hilal, o grupo traz para a cena a essência do cultuado filme francês – aquilo que distingue um ser de todos os outros, as características que tornam um indivíduo singular, único. Em tempos difíceis para sonhadores, os corpos se permitem inspirar e ser inspirados em cena.

Com um processo criativo todo baseado em laboratórios de improvisação em dança, composição coreográfica coletiva e criação dirigida sob o comando da diretora e criadora do grupo, Renata Spis e da diretora cênica, Juliana Hilal, o espetáculo é levado pela trilha sonora de Yann Tiersen, trazendo à tona as sensações, sons, cores, texturas e sabores do universo de Amélie Poulain. Devaneios em Tons de Amélie fará duas sessões diárias: nos dias 13, 14 e 21 de fevereiro (sábado às 19h e 21h domingos às 18h e 20h), pelo canal do Grupo Kê no YouTube (https://www.youtube.com/channel/UCUblXWjKm92BPOqSerlJ6fA/featured). Com realização do Ministério do Turismo, Secretaria Especial de Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e com recursos da Lei Aldir Blanc, as apresentações serão transmitidas ao vivo diretamente do Espaço Paiol de Arte e Cultura, em Campinas. Após o espetáculo, haverá um bate-papo sobre o processo criativo com o elenco e equipe pela plataforma Zoom.

O Grupo Kê | O Grupo Kê foi criado pela diretora Renata Spis em 2011 em Campinas-SP, com o objetivo de utilizar a dança e o teatro como instrumentos transformadores de artistas e público. Uma das principais características do trabalho desenvolvido é a pesquisa, além do estudo de temas atuais e de responsabilidade social. Um exemplo é o vídeo-dança Bons Moldes, que, por tratar de questões como padrões de beleza e rótulos sociais, foi escolhido para ser exibido no Simpósio da Federación Psicoanalítica da América Latina. Em nove anos de trabalho, o grupo participou de diferentes festivais, realizou três espetáculos, produziu vídeos e foi selecionado em editais nacionais e um edital internacional de Arte (Semana de Arte da Eseba/UFU, 12ª Mostra Curta Audiovisual e Encontro de Artistas Latino-Americanas). O grupo é formado por artistas com diferentes formações, experiências e tipos físicos, que se complementam durante os processos e também em cena. Com criatividade e sensibilidade, apresenta espetáculos que emocionam e levam à reflexão, contribuindo assim para a transformação e a formação de plateia.

Serviço:

Espetáculo Devaneios em Tons de Amélie – Sobre o Amor e Pequenas Coisas

Sessões Online:

13/2 – Sessões às 19h e 21h

14/2 – Sessões às 18h e 20h

21/2 – Sessões às 18h e 20h

Acesso gratuito pelo link https://www.youtube.com/channel/UCUblXWjKm92BPOqSerlJ6fA/featured

Classificação: Livre

Ficha Técnica

Direção Geral: Renata Nista Spis

Direção Cênica: Juliana Hilal

Coreografias: Renata Nista Spis e Tutu Morasi

Iluminação: Dickson Resstel

Design gráfico: Leonardo Ferrari

Filmagem e Transmissão ao Vivo: Evidence Filmes

Fotos: Juliana Hilal

Assessoria de Imprensa: Marina Franco

Produção: Paiol Produções Artísticas

Realização: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura e Economia Criativa, ProAC, Governo Federal, Lei Aldir Blanc, Grupo Kê e Paiol Produções

Elenco:

Amanda Camargo

Bel Barros

Bianca Meciano

Hannah Lara

Natália Jonas

Tutu Morasi.

Festival De Finos Filmes abre inscrições para a oitava edição

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem de Joshua_Willson por Pixabay.

Até 7 de março, realizadores brasileiros podem inscrever seus curtas-metragens no 8º Festival de Finos Filmes, que acontece de 1 a 8 de junho em formato online. Para a inscrição – no site https://www.finosfilmes.com.br –, os filmes devem ter no máximo até 20 minutos. Não há categorização por nacionalidade ou gênero.

Em 2021, o festival mantém a proposta de anos anteriores: usar filmes como pontos de partida para debates multidisciplinares com convidados e convidadas atuantes no cenário nacional.

Nos últimos anos, o evento já recebeu em suas mesas Fernando Haddad, Lázaro Ramos, Ana Maria Gonçalves, Maria Rita Kehl, Nuno Ramos, Antônio Pitanga, Pastor Henrique Vieira, Christiane Jatahy, Vera Iaconelli, Michel Laub, Camila Márdila, Bianca Santana, Eugênio Bucci, Eliane Caffé, João Paulo Miranda, Dina Alves, Silvana Bahia, Facundo Guerra, Alice Marcone, Cláudio Couto, Ricardo Calil, Maurício Pereira, Renato Cymbalista, Marta Bogea, Joana Mello e outros.

O festival é dirigido pelo cineasta Felipe Arrojo Poroger. Para a nova edição, o Finos Filmes conta com apoio do Museu de Imagem e Som (MIS-SP), Petra Belas Artes, Spcine, FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, o Goethe Institut, AgKurzfilm e German Films.

Para informações sobre regulamento e mais detalhes sobre as inscrições, acesse www.finosfilmes.com.br. Informações sobre programação e outras mostras serão divulgadas nos próximos meses.

TV Cultura estreia série sobre sobreviventes do holocausto que vivem no Brasil

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Nesta quinta-feira (11/2), a partir das 23h, vai ao ar pela primeira vez na TV Cultura a série documental Nos Campos do Holocausto, produção nacional que mostra, por meio de relatos, fotos e vídeos, a história de pessoas que sobreviveram ao extermínio judeu provocado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e vieram construir uma nova vida no Brasil. No episódio de estreia, o público acompanha a emocionante trajetória do casal Miriam Brik e Ben Abraham, que se conheceu em solo brasileiro e se dedicou a contar as atrocidades do regime de Adolf Hitler.

No documentário, Myriam relembra a invasão nazista em Lodz, na Polônia, cidade na qual morava com sua família quando criança: “Eu não estive em um campo de concentração porque, na nossa região ocupada, os alemães não mandavam para os campos, eles matavam lá mesmo. Em cada cidade, em cada aldeia, em cada lugar, há valas comuns onde os alemães matavam. Na nossa cidade, eles mataram 25.658 pessoas. E ainda mais porque estas foram a que eles registraram, mas eles matavam outros que iam encontrando nas aldeias, em casas de camponeses ou judeus escondidos na floresta, como a minha família”, diz a sobrevivente com os olhos cheios d’água.

Ben, autor de 15 livros sobre o Holocausto, passou pela terrível experiência de ocupar o campo de concentração de Auschwitz, o mais mortífero de toda a guerra. No local, onde foram exterminadas mais de 1 milhão de pessoas, Abraham passou cerca de duas semanas e foi forçado a se despedir de sua mãe: “Quando saímos dos vagões fechados, despedi-me de minha mãe e nunca mais voltei a vê-la. Uma mulher que estava junto disse que ela havia sido levada para a câmara de gás […]. No campo, chegavam diretores das fábricas alemãs e escolhiam prisioneiros para trabalho forçado na Alemanha. E eu fui mandado para Braunschweig, onde trabalhei na fábrica de Brunsvique.”

(Fonte: Assessoria de Imprensa – TV Cultura)

Cientistas analisam aumento de envenenamento por animais peçonhentos no CE; escorpião lidera casos

Ceará, por Kleber Patricio

Foto: Sippakorn Yamkasikorn/Unsplash.

Problema de saúde pública negligenciado na maioria dos países tropicais, a ocorrência de envenenamento por animais peçonhentos, como escorpiões, abelhas, aranhas e serpentes, no nordeste brasileiro ainda é pouco conhecida pelos estudiosos. Uma pesquisa da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará com as universidades federais do Recôncavo da Bahia e do Ceará revela que a incidência de envenenamento no estado do Ceará aumentou mais de seis vezes entre 2007 e 2019. O estudo está na edição de quarta (10) da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.

A pesquisa descreve as características epidemiológicas de 54.980 casos de envenenamento registrados no Ceará no período. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação online (Sinan), alimentado por profissionais de saúde com informações de doenças e agravos de notificação compulsória e analisados com base nas variáveis: número de acidentes/ano, número de acidentes por grupo zoológico, recebimento de terapia antiveneno (dose de soro), zona de ocorrência, sexo, distribuição por faixa etária e óbitos.

As faixas etárias mais afetadas foram de 10 a 19 anos e 40 a 59 anos (igualmente registrando 21,4%) e os eventos foram mais comuns entre as mulheres (52,4%). As picadas de escorpiões lideram os casos (67%), enquanto as picadas de abelhas registram a maior taxa de letalidade. As ocorrências foram 10 vezes mais comuns em áreas urbanas, principalmente nos meses mais chuvosos, e apenas 5% das pessoas tiveram acesso à soroterapia.

O exponencial aumento de registros no Ceará na última década é multifatorial, conforme explica Jacqueline Ramos Machado Braga, principal autora do estudo, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). “Além da notificação compulsória de acidentes causados por animais peçonhentos (obrigatória a partir de 2010), outros fatores, como o crescimento urbano desorganizado e o desequilíbrio ecológico, podem explicar esse aumento. Algumas espécies de escorpiões se adaptaram muito bem às condições do ambiente urbano devido à vasta oferta de alimento, resultante do acúmulo de lixo doméstico”, explica Jacqueline.

Tratamentos disponíveis no SUS | Acidentes causados por serpentes (mais comuns na região Norte), escorpiões e aranhas contam com tratamento antiveneno (dose de soro) específico para cada espécie capaz de neutralizar as toxinas de cada veneno de forma eficaz. Os soros são produzidos no Instituto Butantan, Instituto Vital Brazil, Fundação Ezequiel Dias e Centro de Produção e Pesquisa em Imunologia do Paraná e distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Saúde via Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a notificação de casos de cada região.

Impressiona o fato de que, na amostra do estudo, apenas 5,3% das pessoas envolvidas em eventos de envenenamento receberam essa terapia. “Apesar da gratuidade da distribuição, o acesso a este medicamento ainda é difícil, especialmente em regiões longínquas do Brasil”, observa Jacqueline.

Para a pesquisadora, tornar o tratamento mais acessível é o maior desafio, já que a produção de soros antipeçonhentos no Brasil não segue a prerrogativa de regionalização da Organização Mundial da Saúde (OMS), que facilitaria sua logística de distribuição para locais com maiores demandas.

Outro elemento importante é intensificar ações de capacitação de profissionais de saúde na atualização e identificação de acidentes causados por animais peçonhentos e de educação ambiental em escolas, feitas no Ceará pelo Núcleo de Controle de Vetores (Nuvet/SESA), vinculado à Secretaria de Saúde do Estado. “É importante intensificar essas ações principalmente nos pequenos municípios, no sentido de aprimorar as escolhas de condutas médicas e sensibilizar a população sobre a prevenção de acidente, além de orientar quanto aos primeiros socorros quando há envenenamento”, analisa a bióloga.

(Fonte: Agência Bori)

MuBE inaugura exposição inédita de Amilcar de Castro

São Paulo, por Kleber Patricio

Crédito das fotos: Marcus Vinicius de Arruda Camargo.

Cerca de 120 obras do artista plástico neoconcretista e designer gráfico Amilcar de Castro passam a compor as instalações internas e externas do MuBE (Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia) a partir desta quinta-feira (11). A exposição Amilcar de Castro: na dobra do mundo é uma homenagem ao centenário do multifacetado artista, que integra o rol dos maiores expoentes brasileiros na arte e cultura, acumulando títulos como o prêmio da Fundação Guggenheim e Prêmio Nacional da Funarte. A mostra é gratuita e pode ser visitada de quinta a domingo, de 10h as 16h, mediante agendamento prévio.

Dentre a seleção de trabalhos de Amilcar, há obras inéditas, que serão apresentadas pela primeira vez ao público, como a escultura horizontal, composta por duas partes, da década de 1990, disposta debaixo da marquise do MuBE, e a alta e esbelta escultura, sem título, também da década de 1990, instalada na grama do jardim do museu. Outro destaque é a participação da escultura, sem título, de 1999, com gigantescas dimensões (18 metros de altura e mais de 20 toneladas), pertencente à Universidade de Uberaba (MG), que pela primeira vez percorre mais de 480 km para ocupar novo lar temporário no MuBE a partir de março de 2021.

A mostra é realizada em parceria com o Instituto Amilcar de Castro e conta com a curadoria de Guilherme Wisnik (professor da FAU-USP, crítico de arte e curador), Rodrigo de Castro (filho do artista e diretor do Instituto Amilcar de Castro) e Galciani Neves (curadora-chefe do MuBE). “É realmente uma honra comemorar o centenário de Amilcar em um museu que conversa tanto com a proposta de trabalho do artista. É o encontro da instituição com as obras neoconstrutivas que remontam à universalidade da arte”, celebra Rodrigo de Castro, destacando que as obras sempre estiveram conectadas ao urbanismo.

Outro ineditismo da exposição é a interação entre o trabalho de Paulo Mendes da Rocha (arquiteto responsável pela concepção do MuBE) e Amilcar de Castro. “O contraste entre a horizontalidade do prédio e a verticalidade das esculturas de aço corten de Castro resultam em uma fricção única entre arte, arquitetura e história”, destaca Guilherme Wisnik, especialista em arquitetura, urbanismo e artes visuais. O curador também convida o público a celebrar o papel da ciência para nossa sociedade através do trabalho do artista: “as obras de Amilcar evidenciam a importância da engenharia e ciências exatas, essenciais para a construção de esculturas com altura e peso sobre-humanos, que as nossas mãos não alcançam nem mesmo conseguem suportar sozinhas”.

As obras estão expostas no pátio do MuBE, ao ar livre e chamam a atenção de quem passa despretensiosamente na rua pelo lado de fora, mas também atraem quem busca por uma programação cultural ao ar livre. “Estamos muito felizes por trazermos para o MuBE, esse ícone da arte brasileira, cuja obra tão bem conversa com o fato de o Museu ser esse espaço aberto que promove e incita o diálogo com a rua”, ressalta a curadora da instituição, Galciani Neves.

Uma das atrações dentro da exposição é o capítulo matéria-linha, uma seleção de trabalhos contemporâneos de artistas brasileiros diversos que dialogam com as obras do Amilcar. Carmela Gross, Lia Chaia, max willà morais, Moisés Patrício, Rubiane Maia e Carla Borba, Tomie Ohtake e Wlademir Dias-Pino fazem parte dessa seleção. “Nossa proposta é promover uma outra maneira de nos relacionarmos com o trabalho do Amilcar, trazendo uma visão atual a partir de diálogos que se relacionam com a ideia de linha, explorada pelo artista”, completa Galciani.

Mais sobre Amilcar de Castro | Nascido em Paraisópolis, Minas Gerais, em 1920, Amilcar ingressou na Escola de Arquitetura e Belas Artes em 1944 e, logo no ano seguinte, foi convidado para expor suas obras no 51º Salão Nacional de Belas Artes. Desde então, o artista seguiu seu movimento de ascensão ao rol dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos.

Em março de 1959, assina o Manifesto Neoconcreto – publicado no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil –, redigido por Ferreira Gullar e também assinado por Lygia Clark, Lygia Pape, Reynaldo Jardim, Franz Weissmann e Theon Spanudis. Nasce aí o movimento neoconcreto brasileiro, inspirado na Bauhaus – escola de vanguarda alemã.

Serviço:

Exposição Amilcar de Castro: na dobra do mundo

Horário: quinta a domingo, de 10h as 16h

Local: Rua Alemanha 221, Jardim Europa – São Paulo (SP)

Entrada: gratuita e apenas mediante agendamento prévio pelo mube@mube.art.br ou (11) 2594-2601

Até 23 de maio de 2021.

Siga o MuBE no Instagram: @mube_sp

Sobre o Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia | O MuBE, Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia, foi criado a partir da concessão do terreno situado entre a Avenida Europa e a Rua Alemanha pela Prefeitura de São Paulo à SAM – Sociedade dos Amigos dos Museus, no ano de 1986, para a construção de um Centro Cultural de Escultura e Ecologia.

Para a escolha do projeto do prédio do Museu, foi realizado um concurso vencido por Paulo Mendes da Rocha. Nascia então o MuBE e seu prédio, que é um marco da arquitetura mundial e que conta também com o jardim projetado por Roberto Burle Marx.