“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Imagem de Photo Mix por Pixabay.
A Skill Lab Brasil, escola de tecnologia do SEG – SEDA Education Group, acaba de lançar dois cursos gratuitos inteiramente desenvolvidos para mulheres: Introdução à Análise de Dados e Introdução à Programação WEB. A iniciativa busca reduzir a desigualdade de gênero no mercado de tecnologia.
Dos mais de 580 mil profissionais no país, apenas 20% são mulheres, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). A educação é a única alternativa para reduzir essa desigualdade. “Nosso objetivo é apresentar às mulheres o mundo de tecnologia e programação como forma de incentivar sua inserção nesse mercado de trabalho”, afirma Priscilla Mariano, diretora acadêmica da escola.
Com 48 horas de duração cada, os cursos serão transmitidos online e 100% ao vivo, sendo ministrados em dois dias por semana, à noite, com três horas por aula. Cada curso terá somente uma turma, com a quantidade máxima de 60 alunas. A Skill Lab está em busca de patrocinadores para viabilizar a formação de novas turmas. “Entendemos que incentivar a inserção das mulheres no mercado de TI é uma questão de responsabilidade social de todas as empresas”, acrescenta Priscilla.
A ementa dos cursos foi pensada exclusivamente para o público feminino. O de Introdução à Análise de Dados, por exemplo, fará com que as alunas entendam conceitos fundamentais de programação em computadores e como dar os primeiros passos para construir um algoritmo. Serão apresentados os conceitos básicos da linguagem Python e sua aplicação em atividades práticas. As alunas aprenderão ainda sobre as principais técnicas e ferramentas utilizadas para a estruturação de dados e como aplicá-los em atividades reais. Com o curso, as participantes terão a oportunidade de criar um portfólio que pode ser a chave para suas inserções no mercado de trabalho em diversas profissões, como back end developer e cientista de dados, por exemplo.
Já no curso de Introdução à Programação Web, as alunas conseguirão desenvolver as principais habilidades e técnicas exigidas pelo mercado nessa área. Com foco no front-end, seu objetivo é fazer com que as participantes consigam utilizar técnicas e ferramentas para o desenvolvimento de sites modernos e interativos. As alunas irão aprender conceitos de HTTP, HTML5 e CSS3, além de JavaScript. O foco é colocar mão na massa, promovendo um aprendizado prático.
Os cursos não estabelecem nenhum pré-requisito. Mesmo mulheres que nunca tenham tido contato com linguagens computacionais conseguirão criar seus primeiros projetos ao longo do período. As aulas começam nos dias 29 e 30 de março e as interessadas devem se inscrever em https://skilllabbrasil.com.br/mulheres. As inscrições serão aceitas até dia 20 e os resultados serão divulgados em 23 de março.
Serviço:
Cursos de tecnologia gratuito para mulheres
Introdução à Análise de Dados e Introdução à Programação WEB
Duas aulas por semana, online e ao vivo no período noturno
Inscrições até dia 20 de março
Divulgação das turmas em 23 de março
Link para inscrição: https://skilllabbrasil.com.br/mulheres
Sobre a SEDA Intercâmbios: www.sedaintercambios.com.br.
Para muitos, a Segunda Guerra Mundial se resumiu aos campos de batalha na Europa e Ásia. No entanto, o mundo inteiro foi envolvido no sangrento duelo, com dezenas de países participantes durante as diversas fases do conflito. Recursos básicos para exércitos, como tropas, armas, combustível e alimentos, foram obtidos em grande parte na América Latina e, claro, no Brasil – é o que mostra a premiada repórter Mary Jo McConahay em América Latina sob Fogo Cruzado, lançamento da Editora Seoman (selo do Grupo Editorial Pensamento).
Fascinada por memórias de guerras e acontecimentos históricos, Mary desenha um mapa das batalhas por riquezas e recursos produzidos na América Latina e usados pelas nações envolvidas na Segunda Guerra. Ganhadora do Lowell Thomas Travel Journalist of the Year, prêmio equivalente ao Pulitzer, Mary Jo McConahay prova em América Latina sob Fogo Cruzado que o continente foi bastante ativo durante o conflito e, muitas vezes, também teve um papel decisório em diversas ações durante a Segunda Guerra.
Conscientes da necessidade de controlar não apenas a ideologia do povo, mas também o capital necessário para se manterem vivos na batalha, países como Alemanha e Estados Unidos vieram até as Américas em busca de “insumos” como a infantaria do Brasil, o petróleo do México e a borracha da Guatemala. Sequestram ainda famílias latinas, usando-as como moeda de troca para repatriar prisioneiros de guerra.
As Américas também serviram como refúgio para judeus e nazistas (esses últimos, ajudados pela Igreja Católica, que criou rotas de fuga para genocidas como Josef Mengele e Klaus Barbie). Fornecer tantos recursos aos países em guerra teve o custo de milhares de vidas humanas aos subservientes latino-americanos – é o que mostra Mary Jo neste livro, que ainda traz muitos fatos pouco comentados sobre período, como o envio de 25 mil soldados brasileiros para a Europa para lutar ao lado dos Aliados – o único país latino-americano a realizar tal ato – e o papel do comércio do México na venda do Petróleo para o regime nazista. “Descobri que uma guerra sombria para o hemisfério ocidental repercutiu em todos os países e que a América Latina influenciou a guerra global. Este livro conta a história das pessoas por trás dos acontecimentos que se desenrolaram no continente latino durante o conflito global. Para fazer justiça à sutil complexidade das manobras interligadas dessa contenda mortal, preferi apresentar a complicada história da Segunda Guerra Mundial na América Latina em narrativas conectadas, como azulejos em um mosaico que, visto em conjunto, dão a visão do todo”, completa Mary Jo McConahay.
Crédito da foto: Nancy McGirr.
Sobre a autora | Mary Jo McConahay, repórter premiada, recebeu o Lowell Thomas Travel Journalist of the Year, prêmio equivalente ao Pulitzer no gênero. Desde a infância, deixou-se fascinar pelas histórias sobre a Segunda Guerra Mundial contadas pelo pai, um oficial veterano da Marinha dos Estados Unidos. Ela já viajou por mais de 80 países e cobriu os conflitos dos anos 1980 na América Central e os processos econômicos no Oriente Médio. Formada pela Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), ela trabalha como jornalista independente cobrindo a América Latina. Escreve reportagens para diversas publicações e é documentarista. Mora em São Francisco.
Sobre o Grupo Editorial Pensamento | Mais que livros, inspiração. Desde 1907, o Grupo Editorial Pensamento publica livros para um mundo em constante transformação e aposta em obras reflexivas e pioneiras. Na busca desse objetivo, construiu uma das maiores e mais tradicionais empresas editoriais do Brasil. Hoje, o Grupo é formado por quatro selos: Pensamento, Cultrix, Seoman e Jangada, e possui em catálogo aproximadamente 2 mil títulos, publicando cerca de 80 lançamentos ao ano. Ao longo de sua trajetória, o Grupo Editorial Pensamento aposta em mensagens que procuram expandir o corpo, a mente e o espírito. Mensagens que emanam energia positiva e bem-estar. Mensagens que equilibram o ser. Mensagens que transformam o mundo.
Serviço:
Livro América Latina Sob Fogo Cruzado
Autora: Mary Jo McConahay
Editora: Seoman
Preço: R$66,00
Páginas: 392.
Fotos: divulgação.
O cenário de veículos recreativos, mais conhecidos como motorhomes, tem crescido desde 2018 e teve seu ápice em 2020 por causa da pandemia do coronavírus. A procura por liberdade durante as viagens, mudanças de roteiros e a oportunidade de se instalar num dia na praia e no outro no campo fez com que muitos viajantes repensassem o formato de desbravar o mundo em quatro rodas. E estes veículos não são encontrados apenas nas regiões do Sul do Brasil ou nos Estados Unidos e na Europa – muito pelo contrário: hoje é mais fácil ter este tipo de carro personalizado de acordo com as preferências e gostos individuais sem perder a sofisticação e conforto depois de longas distâncias.
Além da crescente busca pelas casas rodantes, o perfil de viajantes que procuram motorhomes também mudou. Segundo Julio Lemos, proprietário da Estrella Mobil Motorhomes, empresa especializada na fabricação e na personalização de veículos recreativos, localizada em Santa Branca, interior de São Paulo, novas identidades surgem todos os dias: desde pessoas que trabalham em home-office, a famílias e casais que viram nos veículos uma oportunidade de se desvincular de hotéis e resorts. “São novos perfis que têm descoberto as vantagens do motorhome, como aqueles que decidem trabalhar em numa espécie de home-office na estrada; pessoas mais novas que hoje estão conseguindo comprar os veículos e o perfil mais tradicional de família, que pretende rodar o mundo com os amigos e não querem ficar em casa por conta da pandemia”, afirma Júlio.
Levantamento sobre perfis | Em 2018, na fábrica da Estrella Mobil, o perfil do público que adquiria motorhomes era formado, em sua maioria, por aposentados e profissionais liberais, que lideravam o ranking com 80% nas vendas. Os 20% restantes eram compostos por jovens, profissionais que já trabalhavam em home-office e pessoas com mais de 40 anos.
Com a pandemia, foi observado um aumento expressivo nas aquisições feitas por pessoas que já tinham o plano de um dia adquirir um motorhome no futuro e anteciparam o planejamento, pessoas que passaram a ocupar funções em home office de forma definitiva e principalmente pessoas que se sentiram impactadas pelo isolamento e resolveram cair no mundo tendo como quintal de casa uma paisagem diferente a cada parada, ocupando de 20% para 35% no volume de vendas totais.
De modo geral, o mercado de vendas de motorhomes entre 2019 e 2020 teve aumento de 40% ao ano desde o início da pandemia e a tendência é de que ele se mantenha até o fim de 2021.
A tecnologia dos motorhomes foi outro ponto que teve transformações desde a década de 70, isso porque empresas de maquinarias específicas para este setor se instalaram no país, depois de perceberem uma oportunidade de mercado brasileiro. “A qualidade dos produtos produzidos no Brasil melhorou muito nos últimos 20 anos. Hoje, temos diversos equipamentos específicos para motorhomes, como aquecimento de água, ar-condicionado a janelas especiais. São produtos que têm agradado muito o público, que procura o máximo de conforto”, finaliza Julio.
Pêdra Costa em foto de Sanni Est.
A programação da 3ª edição de Frestas – Trienal de Artes, plataforma transdisciplinar realizada pelo SESC São Paulo em sua unidade de Sorocaba, está com inscrições abertas para mentoria artística Anti-análise, da artista e performer Pêdra Costa. A atividade, que está com inscrições abertas até o dia 5 de março, acontece entre os dias 22 de março e 2 de abril, com atendimentos online às 8h, 9h15, 10h30, 11h45, 13h e 14h15. A mentoria, segundo sua criadora, é voltada para pessoas que estão iniciando na arte de trabalhar com o próprio corpo e com as próprias ideias. Nesse formato online, ela ocorre por meio de uma conversa de 50 minutos, individual, em dupla ou coletiva, focada numa ideia e/ou num projeto de performance, inédito ou não.
A participação é gratuita e os encontros acontecem pela plataforma Zoom. Para participar da convocatória, basta preencher o formulário disponível neste link. A atividade é destinada a pessoas que moram ou que emigraram do Brasil, que não são artistas da performance, mas querem criar nessa área e/ou que não se consideram artistas, mas têm desejos e ideias e que talvez nunca tenham apresentado e/ou que começaram a criar e expor performances, mas não estão no mercado de arte e, talvez, desejem fazer parte dele.
São bem-vindas ideias relacionadas direta ou indiretamente aos temas do corpo em cena, performances online ao vivo ou previamente gravadas, videoperformances, performances para vídeo, performances a partir da autobiografia, performances solipsistas, performances no mercado das artes, autorias, dissidências, potências, segurança do/da performer, críticas, estratégias anticoloniais, anarquia, pós-pornografia, conhecimentos não-hegemônicos, fracassos, deslocamentos geopolíticos, criações etc. “A Anti-análise é uma mentoria voltada para pessoas que têm desejos e ideias e/ou que já apresentaram performances conectadas com uma vocação de pôr em crise o status quo. Performance aqui é compreendida como uma ação artística que nasce do desejo, organiza-se como cena a partir das próprias ideias e se materializa no corpo”, diz Pêdra.
3ª edição de Frestas – Trienal de Artes | A partir do título O rio é uma serpente, a 3ª edição de Frestas – Trienal de Artes, plataforma transdisciplinar realizada pelo SESC São Paulo em sua unidade de Sorocaba, traz ao público desdobramentos que constituem o processo curatorial conduzido por Beatriz Lemos, Diane Lima e Thiago de Paula Souza.
A fim de aproximar artistas locais de produções regionais e internacionais e estabelecer o diálogo entre questões sociais próprias ao contexto brasileiro e às reflexões da esfera global, a Trienal apresenta desde outubro uma programação pública e online de atividades, debates e oficinas – ações que promovem discussões diversas do campo da arte contemporânea – e, em 2021, trará o lançamento de publicações e a inauguração da exposição.
Para Danilo Santos de Miranda, diretor do SESC São Paulo, com a realização desta edição de Frestas, “o SESC reafirma a direção que procura apontar com sua ação cultural, fomentando experiências simbólicas dedicadas a buscar saídas em meio a uma conjuntura cujas vias parecem conduzir a lugares onde não gostaríamos de chegar, embora já tenhamos chegado. Emblemática desses ‘lugares’, a pandemia de Covid-19 se interpôs na trajetória de Frestas, exigindo que seu curso fosse alterado. Nesse retraçado, a Trienal duplica sua aposta na resiliência, desenvolvendo mais imediatamente o seu Programa de Estudos no ambiente virtual para realizar, em breve, sua etapa presencial”.
O rio é uma serpente | A partir do convite do SESC São Paulo para atuarem pela primeira vez em conjunto, Beatriz Lemos, Diane Lima e Thiago de Paula Souza assumiram a curadoria da 3ª edição de Frestas. A proposta do trio é trazer para a prática o debate sobre economias de acesso, refletir sobre as políticas e poéticas de exibição, investigar quais estratégias de solidariedade são possíveis, bem como aquilo que dizem os corpos que, habitando estruturas de poder assimétricas, estão a criar um vasto mundo fora do mundo.
Ao questionar os limites entre o negociável e o inegociável na realização de uma exposição de arte contemporânea nos tempos atuais, a Trienal investiga as possibilidades, as potências e os desafios que transitam por múltiplos ecossistemas naturais, espirituais e subjetivos, reunindo um conjunto de tecnologias forjadas por outros corpos que, em tempos e espaços históricos distintos, foram condicionados a agenciar permanências e acessos como único modo de garantir a manutenção de suas existências.
A serpente como metáfora expandida por sua ampla cosmologia nas mais diferentes narrativas míticas e culturais atua como mirada para discutir o tempo não linear e os efeitos das inúmeras contradições destravadas pelo avanço do capital neoliberal e pelos processos sistêmicos de captura de subjetividades como geração de valor e reencenação de uma ética colonial.
Das curvas dos rios navegados durante a viagem de pesquisa dos curadores em outubro de 2019, surgiram as palavras cheias de imagem que deram nome ao título-estopim da 3ª edição de Frestas. Segundo o trio curatorial, “foram as formas serpenteadas por um tempo não linear que nos ajudaram a traduzir as experiências intangíveis dos contratos, conflitos e acordos que vivenciamos, bem como das estratégias de solidariedades praticadas por todos aqueles que fazem parte da plataforma Frestas. O rio é uma serpente porque se esconde e camufla e, entre o imprevisível e o mistério, cria estratégias em seu próprio movimento”.
A pesquisa para esta 3ª edição se iniciou com processos de escuta e trocas com diferentes agentes culturais de Sorocaba e região, expandindo-se para Boa Vista e para a terra indígena Raposa-Serra do Sol, em Roraima; Manaus e arredores do rio Tupana, no Amazonas; Belém, no Pará; Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí e Alcântara e São Luís, no Maranhão.
Ao desaguar em Sorocaba, O rio é uma serpente retoma o diálogo com a cidade articulando olhares para suas geografias e possibilidades de afetação, encontro e memória com agentes, coletivos, grupos, artistas, centros de cultura independente, rádios e bibliotecas comunitárias. Desse modo, cria novas paisagens questionando de que forma códigos e linguagens são criados e quais mecanismos compactuam com a manutenção de infraestruturas que regulam dinâmicas de poder, legitimam discursos, condicionam acessos, travam a crítica e forjam uma ideia de pacificação e consenso.
Sobre a Trienal | Frestas é uma iniciativa trienal estruturada em três eixos – programa público, publicações e exposição – que compõem a ampla agenda cultural realizada pelo SESC São Paulo. É, sobretudo, uma plataforma transdisciplinar que promove novas atuações e reflexões num campo mais amplo das artes visuais, trazendo também a atenção do público e do circuito de maneira mais descentralizada. Frestas trata de passagem, de racha, de ruptura; ou seja, é uma abertura para um novo lugar democrático de atuação.
A realização do projeto ocorre na unidade do SESC localizada em Sorocaba, a 100 quilômetros da capital do estado. Desde 2014, a Trienal de Artes vem se dedicando a discutir e a problematizar as questões urgentes que pautam os dias de hoje. Pela dimensão e relevância do programa, Frestas tem colaborado com a ampliação da cena artística contemporânea no estado de São Paulo. Além disso, tem também contribuído com a capacitação de arte-educadores, com a formação de redes de profissionais da cultura fora das capitais e, em âmbito local, incentivado, por consequência, o fomento às artes no interior do estado, bem como a descentralização das atividades culturais.
Serviço:
Mentoria Artística Anti-análise com Pêdra Costa
Inscrições: até 5 de março
Seleção: até 10 de março
Envio de e-mail para os selecionados, lista de espera e não selecionados: 11 de março
Período de confirmação de interesse dos selecionados: de 11 a 16 de março
Período de confirmação de interesse da lista de espera: de 17 a 19 de março
Encontros: de 22 de março a 2 de abril (horários disponíveis: 8h, 9h15, 10h30, 11h45, 13h, 14h15)
3ª edição de Frestas – Trienal de Artes | O rio de é uma serpente
Local: SESC Sorocaba
Curadoria: Beatriz Lemos, Diane Lima e Thiago de Paula Souza.
Período: de outubro de 2020 a setembro de 2021
SESC Sorocaba
Acompanhe:
Isabel Marçal (esquerda) e Milena Fanucchi, fundadoras do Instituto Bem do Estar. Foto: divulgação.
O ideal contemporâneo da mulher-maravilha, capaz de realizar inúmeras tarefas, tem sobrecarregado o gênero. Com tanta pressão externa para serem perfeitas e cumprirem papéis diversos, elas acabam sufocadas e correndo o risco de desenvolver problemas psicológicos, como ansiedade, transtornos alimentares, depressão e questões associadas ao ciclo reprodutivo. Não é à toa que a prevalência de doenças graves da mente é quase 70% maior nas mulheres; elas têm duas vezes mais chances de ser afetadas pelo Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), depressão e síndrome do pânico – segundo a organização americana Anxiety and Depression Association of America (ADAA). Para transformar o mês de março em espaço para debater a saúde mental feminina, o Instituto Bem do Estar anuncia a campanha Ser mulher, a saúde da mente delas. Com o apoio do Instituto PHI, a iniciativa prevê disponibilizar gratuitamente um conteúdo qualificado sobre a temática, que pode ser acessado no site https://www.bemdoestar.org.
Segundo Isabel Marçal, cofundadora do Instituto Bem do Estar, as pesquisas apontam que as mulheres têm menor probabilidade de procurar tratamento quando apresentam sofrimento psíquico. “Elas têm medo do estigma da doença mental, da pessoa que não dá conta da própria vida. A falta de ajuda qualificada agrava o problema e o sentimento de solidão, algo que é reforçado pela falta de informação e pela cultura das mulheres fortes e inabaláveis. Nesse contexto, nos associamos ao Instituto PHI para criar a campanha Ser mulher, a saúde da mente delas. A ideia é disponibilizar conteúdo para dar suporte a novas conversas sobre um tema que ainda é tabu no Brasil”, afirma Isabel.
Para Milena Fanucchi, também cofundadora do Instituto Bem do Estar, um grande passo para combater o estigma que envolve a saúde mental feminina reside na melhora do diagnóstico e do tratamento. “Um dos pilares é a educação transformadora e sem juízo de valor. Acreditamos que fornecer informações sobre os transtornos e os tratamentos, além de ações de autocuidado – que podem ser tomadas para prevenir e diminuir a incidência dos diversos transtornos – seja um dos caminhos. Precisamos, também, falar mais, refletir e transformar o cenário da saúde da mente delas; essa campanha vai exatamente nessa direção”, afirma, acrescentando que, além do conteúdo, a campanha contará com uma pesquisa que investiga a saúde da mente das mulheres no Brasil.
PROGRAMAÇÃO
A partir de 8 de março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, será lançada a campanha Ser Mulher, a saúde da mente delas, que contará com uma programação semanal de diversos conteúdos:
– Artigos escritos por especialistas: a psicanalista Jéssica Magalhães traz uma reflexão sobre a mulher e a globalização; a psicóloga Erika Scandalo aborda as questões decorrentes da autonomia corporal e a cultura do corpo perfeito; o psiquiatra Ricardo Feldman discute a depressão pós-parto; Débora Andrade, especialista em comunicação não violenta, expõe e reflete sobre como cuidar do nosso lugar como mulher, entre outros temas sobre saúde da mente feminina.
– No YouTube, uma série de quatro vídeos divididos por públicos femininos (menina, jovem e adulta, mulheres na quebrada e as 60+).
– E-book contendo informações importantes, como os sintomas de alerta para os transtornos mentais que acometem as mulheres e dicas de como elas podem cuidar da sua saúde da mente, entre outros.
– Colunas editoriais do Instituto Bem do Estar: Cozinha Consciente, com a nutricionista Camila Kneip; Estar em Movimento, com a bailarina e educadora física Paula Neves e Estar na Pele, com mulheres comuns falando sobre suas vivências com a saúde da mente.
– Conteúdos diversos para redes sociais repletos de dicas, como vídeos sobre cuidados para futuras e recém-mães produzidos por uma especialista em Yoga e doula.
– Lançamento do podcast do Bem do Estar com algumas meditações, uma playlist somente para elas e muita reflexão.
Para completar a programação, a campanha convidou influenciadoras para se engajar na campanha ao longo do mês de março.
Canais
Canal do Youtube: Instituto Bem do Estar
Facebook: @institutobemdoestar
Instagram: @institutobemdoestar
Linkedin: www.linkedin.com/company/instituto-bem-do-estar/
www.bemdoestar.org/ser-mulher-saude-da-mente-delas.
Sobre o Instituto Bem do Estar | Fundado em 2018 por Isabel Marçal e Milena Fanucchi, o Instituto Bem do Estar é um negócio social sem fins lucrativos voltado à promoção da saúde da mente. Com o propósito de desafiar as pessoas a mudar o próprio comportamento em relação à saúde da mente, a organização colabora com a prevenção de doenças psicológicas e contribui para uma sociedade mais consciente e saudável. Para isso, possui três objetivos que visam à transformação social necessária a uma sociedade que está em falência emocional: Conscientizar informa a população sobre os cuidados para uma saúde da mente de qualidade, estimulando a busca pelo autoconhecimento e o despertar da empatia por meio de conteúdo digital, campanhas de conscientização, mostras e exposições culturais; Conectar promove experiências do cuidado com a mente, proporcionando ferramentas que contribuem com o desenvolvimento socioemocional individual e coletivo por meio de atividades práticas, como vivências, workshops e palestras, além da divulgação de locais de atendimento terapêutico gratuitos ou por contribuição consciente; Mobilizar entende o contexto sobre saúde da mente e o impacto na sociedade, gerando estatísticas e articulando agentes públicos e privados, visando ao acesso a políticas públicas via pesquisas e práticas de advocacy. (www.bemdoestar.org)
Sobre o Instituto PHI | Fundado em 2014 por Luiza Serpa, o Instituto PHI (Philantropia Inteligente) tem a missão de influenciar indivíduos e empresas a conduzir, de maneira estratégica, o planejamento da filantropia pessoal, familiar ou corporativa. A organização assessora cidadãos e companhias em um processo pontuado por maior profissionalização e impacto social. O objetivo do PHI é disponibilizar recursos para iniciativas de transformação social – o foco está nos resultados e na alocação de forma eficiente. Desde a criação, o Instituto já apoiou 857 projetos, movimentando R$97,6 milhões para o terceiro setor e impactando direta e indiretamente mais de 1 milhão de pessoas. Luiza é responsible leader da Fundação BMW e fellow da Skoll Foundation; a diretora-executiva do Instituto integra o conselho consultivo estratégico da rede Latimpacto. Em 2020, foi eleita empreendedora social pela Folha de S.Paulo; possui 16 anos de experiência no setor social e há nove anos atua com orientação para famílias e empresas para uma filantropia estratégica. (www.institutophi.org.br)