Hora do Silêncio e da Inclusão será realizada nos dias 4 e 11 de junho, das 18 às 20h; o som da festa também será desligado para dar mais conforto aos visitantes


Votorantim
Fotografia feita por Roger Casement no Putumayo em 1910.
O filme Segredos do Putumayo, dirigido por Aurélio Michiles e ainda inédito nos cinemas brasileiros, foi selecionado para o Hot Docs, festival anual de documentários realizado há quase 30 anos em Toronto, no Canadá. O evento, que marca a estreia internacional da produção, acontece entre os dias 29 de abril e 9 de maio.
Um dos destaques do festival É Tudo Verdade no ano passado, Segredos do Putumayo retrata a investigação feita por Roger Casement, então Cônsul Britânico no Brasil, sobre os assassinatos de 30 mil índios mantidos em regime de escravidão para coletar toneladas de borracha. No filme, a voz de Casement é interpretada pelo astro Stephen Rea, indicado ao Oscar de Melhor Ator em 1993 (e conhecido pelo público nos sucessos V de Vingança, Entrevista com o Vampiro e Traídos pelo Desejo).
Para o cineasta Fernando Meirelles, “a história, que eu desconhecia completamente me nocauteou. Agora, a maneira como ela foi contada, as imagens, o tratamento do som, montagem, a estrutura do roteiro. Tudo é um primor”. Já para o cineasta Walter Salles, o documentário Segredos do Putumayo é uma obra-prima.
O filme teve locações na Colômbia, nos arredores de Tabatinga e em Manaus entre os meses de abril e maio de 2019. Foram colhidos depoimentos de indígenas Bora, Uitoto e Okaina e Muinane, que perderam, no início do século XX, 30 mil dos seus ancestrais.
Segredos do Putumayo também apresenta depoimentos do historiador Angus Mitchell, que publicou em 1997 o inédito Diário da Amazônia, escrito por Roger Casement durante seu inquérito no Putumayo, e do escritor amazonense Milton Hatoum. O filme conta com a distribuição global da O2 Play.
Segredos do Putumayo – 83 minutos – direção de Aurélio Michiles
Estreia internacional no Hot Docs
Mais informações em http://www.hotdocs.ca/
FICHA TÉCNICA
Roteiro: Aurélio Michiles, Danilo Gullane, André Finotti
Direção De Fotografia: André Lorenz Michiles
Montagem: André Finotti
Música: Alvise Migotto
Desenho de Som e Mixagem: Ricardo Reis (ABC), Miriam Biderman (ABC)
Filme produzido por Patrick Leblanc
Produção: 24 VPS Filmes
Coprodução: Imagem Céuvagem, Fogo Filmes, Locadora Equipamentos Cinematográficos
Distribuição: O2 Play.
Sobre a distribuidora O2 Play | A O2 Play é dirigida por Igor Kupstas sob a tutela de Paulo Morelli, sócio da O2 Filmes, e faz parte do grupo O2, que tem como sócios também o cineasta Fernando Meirelles e a produtora Andrea Barata Ribeiro. Em atividade desde 2013, a O2 Play se diferencia das demais distribuidoras por trabalhar, além do cinema, TV e vendas internacionais, o VOD (Video on Demand) como uma distribuidora digital. Para mais informações acesse http://www.o2play.com.br/.
Crédito da foto: Celso Filho.
Um dos principais representantes da música popular brasileira, Martinho da Vila marca presença no sétimo episódio da websérie Pelas Quadras do Samba. Reunindo assuntos que estão bem presentes no dia a dia nacional, como coerência política, incentivo à educação e otimismo, o irreverente compositor da Vila Isabel conta como reflete tudo isso em samba. Guiado pela jornalista Fabiane Pereira, o convidado da série documental do canal Papo de Música faz uma viagem pelos mais de cinquenta anos de carreira, marcados por sambas como Menina Moça (1987), Devagar, devagarinho (1995) e Canta Canta, Minha Gente (1974), entre outros cuja relevância atravessa gerações. O papo com o sambista fluminense está no ar desde o dia 23 de março e ainda conta com as participações de Dona Ivanizia e Thales Nunes no quadro fixo A História do Samba, que traz lembranças afetivas resgatadas pelas canções preferidas dos dois convidados (assista aqui).
Foi em setembro de 1967, em São Paulo, no terceiro Festival de Música Popular Brasileira, que Martinho deu os primeiros passos de sua carreira, popularizando o Partido-Alto. Ao lado de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Erasmo Carlos, Martinho integrou a seletiva lista dos únicos dez nomes que, entre os quarenta inscritos, teriam suas músicas defendidas pelo próprio autor. “O festival era muito forte e importante, todos os artistas gostariam de participar. A direção falou: os compositores mandam as músicas e os cantores interpretam. O [cantor] Jamelão foi escolhido para defender a minha composição Menina Moça. Ele era uma grande estrela da época e viajou chegando muito próximo [do horário] da apresentação. Como ele não sabia [a música], tiveram a ideia de eu ir com ele e aí a gente cantou juntos. Aí, virei artista e o contador dançou”, brinca o cantor que, na época, trabalhava com contabilidade. Apesar de sua música ter sido eliminada na terceira chamada, Martinho acabou ganhando muito mais, um legado no samba.
Hoje, mesmo enfrentando os impactos da pandemia, o cantor mantém a positividade como única saída. “Nós estamos num momento em que os negacionistas, os raivosos, os pessimistas estão crescendo muito, mas a gente tem que resistir, porque cada ação gera uma reação. Uma ação boa gera uma reação boa, então nós temos que ser otimistas. Os otimistas foram os que mudaram o mundo”, afirma o artista vascaíno – que mesmo com o time na zona de rebaixamento, também segue esperançoso nessa área.
A música é, justamente, por onde Martinho constrói essa esperança e leva suas mensagens políticas e de afeto. “As escolas de samba, com suas músicas e seus temas, [também] ajudam muito a educar o povo brasileiro. Numa época em que desfilavam com temas da história do Brasil ensinadas no ensino primário, como a abolição, a independência etc., acabavam por ajudar as crianças nas escolas. O terceiro samba-enredo que eu fiz, lá atrás, em 1980, foi sobre Machado de Assis e eu não sabia nada dele na época, então botamos ele como enredo e foi uma aula”, conta.
Autor de mais de dez sambas-enredo da Vila Isabel e dois discos dedicados à escola, o compositor dá a letra da forma como cria as composições: “É uma música para se fazer pensando e não é para ser cantada individualmente, mas, sim, coletivamente. Depois, tem que se pensar que é uma música para cantar em movimento, então ela precisa movimentar as pessoas”, comenta o artista que, ao lado de Arlindo Cruz, Tunico da Vila, Leonel e André Diniz, assina a composição de A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo – Água no feijão que chegou mais um, o último samba-enredo campeão da escola, no Carnaval de 2013. “O samba-enredo precisa ter alegria, porque é Carnaval, mas seguido de uma dose intensa de emoção”, complementa.
Essa dose de emoção que Martinho destaca inclui atravessar temas políticos. “A maioria das minhas músicas, dos meus sambas e das coisas que falo estão envolvidas com o fator político. Se eu contar simplesmente uma história, já entra política no meio. Os sambistas, mesmo os mais românticos, trazem ali embutido uma mensagem. É difícil ter um samba alienado”, declara. Apesar disso, o compositor ressalta a naturalidade com que as mensagens políticas entram em seus versos e acredita que “o compositor não pode pensar em fazer um ‘samba político’. Ele tem que se preocupar em fazer uma música, uma composição boa que tenha as coisas principais: riqueza melódica e poética, e, a partir desse parâmetro, ele pode falar que tal música pode ser de tema político”, finaliza.
Além de Martinho da Vila, também já passaram pela websérie os artistas Altay Veloso, Manu da Cuíca, Dudu Nobre, Fred Camacho, Pretinho da Serrinha e Magal Clareou. E os próximos convidados já estão confirmados, são eles Daniel Gonzaga, Andrezinho e Mauro Diniz. O Pelas Quadras do Samba ainda se desdobrará em episódios de podcast no Spotify e em um e-book que estará disponível a partir de abril.
Assista ao episódio do Pelas Quadras do Samba com Martinho da Vila aqui.
Acompanhe os últimos episódios da websérie aqui.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
2/3 – Altay Veloso (Viradouro)
5/3 – Manu da Cuíca (Mangueira)
9/3 – Dudu Nobre (Unidos da Tijuca)
12/3 – Fred Camacho (Salgueiro)
16/3 – Pretinho da Serrinha (Império Serrano)
19/3 – Magal (Beija Flor)
23/3 – Martinho da Vila (Vila Isabel)
26/3 – Daniel Gonzaga (Estácio)
29/3 – Andrezinho (Mocidade)
31/3 – Mauro Diniz (Portela e Monarco).
Foto: Chris Montgomery/ Unsplash.
Os eventos virtuais devem receber quase o dobro de investimentos em 2021, de acordo com levantamento do LinkedIn, a maior rede social profissional do mundo. Os dados, parte do relatório O Cenário de Eventos Virtuais, realizado com mais de 200 organizações B2B no Brasil, mostram ainda que 85% dos entrevistados fizeram um evento, webnário ou palestra online nos últimos doze meses.
A maioria dos profissionais prefere este formato por não serem afetados pela pandemia, a possibilidade de levar o conteúdo a um público mais amplo e o bom custo-benefício, já que 56% tiveram cortes de orçamento. Diante da necessidade de reorganização na destinação da verba, os brasileiros foram os campeões em alocar recursos para o desenvolvimento de conteúdo. Nos próximos 12 meses, 54% dos respondentes afirmaram ter esta questão como prioridade dentro dos seus respectivos orçamentos.
De acordo com Ana Carolina Almeida, gerente de marketing do LinkedIn, priorizar esta área é também uma maneira que as empresas encontraram para conseguir a atenção do público. “Com tantos eventos virtuais acontecendo simultaneamente, investir em conteúdo de qualidade é uma estratégia de diferenciação.”
Dessa forma, as táticas de marketing digital ganham ainda força na promoção destes eventos e representam 22% do total da verba disponível. Com a transformação deste mercado, 49% dos profissionais brasileiros afirmam que gostariam de ter mais competências em mídias sociais para melhorar o perfil das organizações e 47% querem aprimorar suas competências e conhecimentos em publicidade online.
Ana Carolina reforça que este é um formato que veio para ficar. “Cerca de 79% dos organizadores de evento brasileiros afirmaram que o retorno sobre investimento (ROI) dos eventos virtuais tem sido maior do que o dos eventos físicos. E este é um sinal de que eles estão sendo bem-sucedidos, já que esta é uma das métricas mais importantes para o marketing 一 sobretudo em períodos de recessão econômica, em que as empresas tendem a adotar posturas de austeridade”, afirma.
Cerca de 83% dos profissionais continuarão organizando eventos virtuais no longo prazo. E, mesmo em um futuro cenário onde o isolamento social não seja uma realidade, 42% do total de eventos devem continuar de forma virtual com 26,5% em um modelo híbrido; apenas 31,5% serão feitos fisicamente.
Metodologia | Este levantamento foi realizado em 13 países, entre eles o Brasil, com gerentes, empresários e profissionais de marketing e eventos. Para garantir uma diversidade de opiniões, esses organizadores vêm de diferentes tamanhos de negócio, renda, experiência e especialização.
Sobre o LinkedIn | O LinkedIn é a maior rede social profissional do mundo. Está presente em mais de 200 países e conta com mais de 740 milhões de usuários, sendo deles 47 milhões de brasileiros. Ajuda a conectar os profissionais do mundo a oportunidades de emprego e a transformar a forma com que as empresas contratam, divulgam suas marcas e vendem. Sua visão é criar oportunidades econômicas para todos os usuários do mercado de trabalho.
Site: www.linkedin.com
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Twitter: https://twitter.com/linkedinbrasil.
Evento “Zoohackathon” realizado presencialmente. Imagem: divulgação/Zoohackathon.
Segundo a Renctas (Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres), aproximadamente 38 milhões de espécimes são retirados da natureza brasileira todos os anos. Diante desse problema, universitários de Empresas Juniores (EJs) propõem soluções para acabar com o tráfico que desencadeia sérios riscos ao equilíbrio ecológico.
Empresas Juniores (EJ) são organizações sem fins lucrativos lideradas por estudantes nas mais diversas áreas. Dentro de EJs, jovens têm a oportunidade de entrar em contato com o mundo empresarial e colocar em prática o que aprendem em sala de aula. A missão do Núcleo São Paulo (NSP) é transformar esses jovens em líderes e potencializar seus resultados, sempre conscientes e comprometidos com a transformação do Brasil. O projeto ZooHackthon Brasil é realizado por uma EJ do Núcleo São Paulo. A FEA Júnior, composta por alunos de Economia e Administração da USP, organiza esse evento internacional que ocorre anualmente em vários países. Engajados pela missão do NSP, equipes se dividem para desenvolver soluções inovadoras no combate ao tráfico de animais silvestres em uma maratona que dura 24 horas.
Além desse, muitos outros projetos já fizeram sucesso pela ajuda do Núcleo São Paulo. Somente no ano de 2020, o NSP investiu perto de cinco milhões de reais em educação empreendedora. Ao todo, mais de 1.000 projetos foram colocados em prática pelas 52 EJs participantes.
Criada em 2018, o NSP faz parte do Movimento de Empresas Juniores (MEJ), um dos maiores movimentos de empreendedorismo no Brasil e no mundo. Com atuação no Vale do Paraíba, Litoral Norte, Baixada Santista e Grande São Paulo, o NSP já ajudou na formação de mais de 1.200 jovens universitários.
Amanda Jordão, atual presidente do Núcleo São Paulo, aponta a importância da rede para que esses projetos de sucesso sejam realizados: “Fazer parte da rede é poder se conectar com diferentes realidades e potencializar cada vez mais os seus resultados. O Núcleo São Paulo tem a missão de formar, a partir do inconformismo, uma rede pioneira, pragmática e responsável por alcançar todo o seu potencial”.
O Núcleo incentiva que todos esses esforços resultem em projetos de excelência e impactem positivamente seu meio. Assim, contribuem com a sociedade por meio da cultura empreendedora.
Acompanhe as redes sociais do Núcleo São Paulo e conheça mais de seu trabalho:
Instagram: https://www.instagram.com/nucleosaopaulo/?hl=pt-br
Facebook: https://www.facebook.com/NucleoEJSP/
LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/nucleo-sao-paulo.
Foto: Rudy Issa/Unsplash.
Antes mesmo da pandemia, as grandes livrarias já mostravam dificuldades em se manter, muito por conta da mudança do comportamento do consumidor, que passou a adquirir os seus livros pela internet. Porém, a loja física ainda era uma opção para os leitores que gostavam de tomar um café, receber indicações ou simplesmente folhear os livros antes de comprar. As restrições de convívio social impossibilitaram essas práticas e os anúncios de fechamento das grandes livrarias, principalmente em shoppings, se tornaram frequentes. É o caso da Livraria Cultura, em recuperação judicial desde 2018 – este ano, a empresa anunciou o fechamento de três unidades, passando de 13 para sete lojas em funcionamento no período de um ano.
Mas nem tudo são más notícias: na contramão das grandes livrarias, as lojas menos famosas e segmentadas mostram que podem sobreviver à crise do setor. Para Eduardo Villela, book advisor e profissional com mais de 16 anos no mercado editorial, esse movimento no mercado se dá por diversas razões. “As grandes livrarias, normalmente localizadas em shoppings, possuem elevados custos fixos, como aluguel do espaço, e propõem-se a vender livros de todas as categorias, mas é muito frequente o leitor não encontrar o título que procura e a qualidade de atendimento ao cliente deixa a desejar. Já as livrarias menores, geralmente se especializam em um único nicho, como livros de ficção infanto-juvenil ou técnicos, disponibilizando um acervo bastante completo aos clientes. Elas oferecem um atendimento mais personalizado e profissional, feito por poucos funcionários bem treinados ou até pelo próprio proprietário. São detalhes que fidelizam os clientes e os fazem comprar delas, mesmo sabendo que os livros quase sempre custam menos nos grandes sites. Boa parte dos clientes valoriza em primeiro lugar o bom atendimento e outras experiências, como eventos de contação de histórias, saraus e a possibilidade de interação com os autores em sessões de autógrafos, estando dispostos a pagar um pouco mais do que na internet. As lojas menores sempre terão diferenciais impossíveis de serem replicados pelo varejo online”, explica o especialista.
Apesar do momento ruim enfrentado por todos os perfis de livrarias, para sobreviver, o setor deve apostar na criatividade. “Não é fácil concorrer com as gigantes do e-commerce, mas o caminho para as livrarias continuarem existindo passa pela melhora do atendimento ao cliente, inovação e oferecimento de serviços exclusivos. Tenho visto, por exemplo, livrarias menores de bairro atenderem o cliente pelo WhatsApp, realizarem delivery nas proximidades, organizarem eventos online com autores etc.”, conclui Eduardo.
Eduardo Villela é book advisor e assessora pessoas, famílias e empresas na escrita e publicação de seus livros. Trabalha com escrita e publicação de livros desde 2004. Já lançou mais de 600 livros de variados temas, entre eles comportamento e psicologia, gestão, negócios, universitários, técnicos, ciências humanas, interesse geral, biografias/autobiografias, livros de família e ficção infanto-juvenil e adulta.