Hora do Silêncio e da Inclusão será realizada nos dias 4 e 11 de junho, das 18 às 20h; o som da festa também será desligado para dar mais conforto aos visitantes


Votorantim
Fotos: divulgação/Museo Salvatore Ferragamo.
Silk é o título da nova exposição do Museo Salvatore Ferragamo. A exposição visa ilustrar, através do arquivo da maison, o longo processo criativo por trás das estampas de seda – em particular os lenços, que por sua natureza de pintura experimentam a perfeita união entre a intuição criativa e o artesanato industrial de alto nível. Fundamental para a realização do caminho da exposição, do ponto de vista curatorial para o projeto de montagem, é a forma como foram desenvolvidas inspirações e ideias por trás de cada desenho, como múltiplas colagens de diferentes referências: um mood board que permite reconstruir o itinerário criativo e cultural na origem de cada estampa de seda.
O sonho de Salvatore, fundador da empresa, era transformar sua marca de renome internacional em uma marca de moda que se vestisse da cabeça aos pés. Foi a partir dos anos 70 que este sonho se tornou realidade graças a uma de suas filhas, Fulvia, que lançou a produção contínua de acessórios de seda. A magia da seda surgiu no mundo da Ferragamo tornando-se um sinal de grande distinção da marca graças também aos temas de suas estampas de seda inspiradas pela natureza e pelos animais que povoam paisagens exóticas, selvas e savanas fantásticas.
Com suas exposições, o Museo Salvatore Ferragamo pretende promover o diálogo entre arte e moda envolvendo artistas contemporâneos. A exposição começa com uma instalação dos dois artistas chineses, Sun Yuan & Peng Yu, intitulada Were creatures born celestial?, que conceitualmente exemplifica como a Rota da Seda tem sido um terreno fértil para encontros e trocas entre Oriente e Ocidente.
Em apoio à exposição e para quebrar qualquer obstáculo à experiência da visita no local, uma visita virtual exclusiva disponível em italiano e inglês, acessível de todo o mundo, conduzirá os visitantes dentro do museu. As seções da exposição podem ser visitadas usando seus dispositivos, a qualquer momento, no museo.ferragamo.com. Um documentário sobre a exposição e muito mais, também será distribuído a partir de 29 de abril na Sky Arte.
Graças aos guias e entrevistas ao curador e a outros protagonistas, você descobrirá o andamento das seções da exposição a partir da entrada do Palazzo Spini Feroni, o palácio que também foi o tema impresso no primeiro lenço feito pela maison, mesmo antes de Ferragamo decidir criá-los e produzi-los em série – um precursor de uma aventura que começaria apenas dez anos mais tarde, em 1971, quando sua filha Fulvia ingressou na empresa.
Com curadoria de Stefania Ricci
Expositora Judith Clark
Instalação de Sun Yuan & Peng Yu
Em colaboração com a GALLERIA CONTINUA
Foto: divulgação/portal Fiocruz.
O virologista e chefe substituto do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo da Fiocruz, Fernando do Couto Motta, debateu na noite de 23 de março, durante o Foro Inteligência, o risco iminente da chegada de novos supervírus. Ele alerta que os vírus deverão trazer cada vez mais prejuízos devido à modificação do ambiente – seja por meio do aquecimento global, da derrubada de florestas, da abertura de estradas ou da domesticação de animais silvestres. “Essas situações nos colocam em contato com novos reservatórios de parasitas e forçam os vírus a se adaptar, com a busca de novos hospedeiros como o ser humano”, explica Couto Motta.
O pesquisador acrescenta que, “para completar a tragédia”, a população mundial se tornou extremamente numerosa e reunida em centros urbanos, o que permite uma grande concentração de hospedeiros. “Nesses casos, a evolução tende a favorecer vírus de ação rápida e devastadora. A realidade em que vivemos automaticamente seleciona agentes mais virulentos”, diz o virologista. Ele acrescenta ainda que eliminar vírus é uma tarefa extremamente difícil, porque até hoje não se sabe se eles de fato têm vida.
Couto Motta chama atenção para o perigo que a facilidade com que os vírus mudam e trocam genes traz para a vida humana. Essa característica permite que eles evoluam rápido e se multipliquem em diferentes grupos. “Ninguém sabe dizer quantas doenças eles causam. O que se conhece são algumas maneiras como eles causam tanto estrago”, reforça o pesquisador.
Ao contrário de bactérias, que possuem uma batelada de pequenos órgãos para produzir energia, Couto Motta descreve os vírus como nada mais do que “um conjunto de DNA e enzimas embrulhado para presente em uma camada de proteína”. Um presente de grego, diz ele. “Para se replicar, ele precisa invadir outros seres e se apropriar dos instrumentos de que eles dispõem. Os vírus têm algumas características de seres vivos, como gerar descendentes, e não têm outras, como uma existência autônoma”, afirma o virologista.
De qualquer forma, os vírus reúnem uma enorme complexidade no minúsculo espaço que ocupam. Milhares de vezes menores que uma bactéria, só podem ser vistos com potentes microscópios eletrônicos. Não se sabe como surgiram. É provável que sejam bactérias que perderam várias organelas e a capacidade de viver por conta própria ou pedaços de células que se desprenderam. O fato é que são antigos a ponto de terem interferido na evolução de quase todas as espécies. Uma prova disso veio com o mapeamento do genoma humano, quando foram encontradas sequencias genéticas de vírus escondidas no nosso DNA.
Como a SARS e o Covid-19 provaram, atualmente é muito fácil para um parasita pegar um avião e aparecer em outro lugar do mundo. “Portanto, não fique surpreso se outras grandes epidemias se alastrarem pelo mundo mais vezes”, observa o virologista.
A saída para lidar com o problema está nas vacinas. Para Couto Motta, o programa nacional de vacinas do Brasil sempre foi um exemplo. “Somos um dos poucos países produtores de vacinas. O Brasil sempre importou tecnologia para adaptar e produzir a própria vacina, temos esse conhecimento”, finaliza.
Sobre o Foro Inteligência | O Foro Inteligência reúne o BRICS Policy Center e a Insight, com o apoio do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-Rio e da Casa de Afonso Arinos. Com a proposta de manter um canal aberto com países como China, Rússia, Índia e África do Sul, visa apresentar palestras, cursos e seminários abordando problemas brasileiros não convencionais e que tangenciam as nações do bloco.
O BRICS Policy Center fará a ponte com os países emergentes. Pela primeira vez, assuntos brasileiros profundos, como as facções criminosas, a questão das fronteiras do país, a ameaça dos supervírus e bactérias, gargalos da industrialização da indústria brasileira e verdades e mentiras sobre o interesse do capital estrangeiro em investir no Brasil serão acessados a partir de um olhar convergente com o eixo dos demais países emergentes.
Criador da ONG ‘Gerando Falcões’ foi eleito pela revista Forbes um dos jovens mais influentes do país. Foto: divulgação.
Na segunda-feira (29/3), o empreendedor social Edu Lyra, criador da ONG Gerando Falcões, será o entrevistado do Roda Viva. A edição vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura, site da emissora, Twitter, Facebook, YouTube e LinkedIn. Lyra tem recebido apoio de alguns dos maiores empresários do País para seu plano de criar a maior rede de projetos sociais do mundo.
Atualmente, a Gerando Falcões atua em dez comunidades espalhadas pelo Brasil, oferecendo cursos de capacitação profissional e treinamento para que os jovens tenham acesso ao mercado de trabalho. Nomeado pelo Fórum Econômico Mundial como um dos jovens brasileiros que podem ajudar a mudar o mundo, ele também foi incluído pela revista Forbes na lista dos 30 jovens mais influentes do País. Com um curso de liderança em Harvard, Lyra tem uma intensa agenda de palestras para empresários, que acaba conquistando para levar adiante seus projetos.
Nascido numa favela, Edu Lyra venceu todos os obstáculos para se tornar um empreendedor social de sucesso. Ao oferecer treinamento profissional aos jovens da periferia, a ONG Gerando Falcões preenche um vazio deixado pelos governos, ao longo de décadas.
A bancada de entrevistadores será formada por Érica Fraga (repórter especial da Folha de S.Paulo), Jeferson Delgado (colaborador do UOL Tab e criador e apresentador do canal Favela Business), Angelica Mari (jornalista e colunista da Forbes Brasil), Nina Silva (ceo movimento Black Money) e Teco Medina (economista e colunista da CBN). Haverá ainda a participação do cartunista Paulo Caruso.
Frame do Video “A Caixa”, de Monica Zonta.
Com patrocínio da EDP Brasil e IBM com recursos da Lei Rouanet, o Festival do Minuto formará 7.000 professores da rede pública a partir de abril no Minuto Escola, um curso on-line de audiovisual focado no Formato Minuto.
O audiovisual é muito bem recebido na escola e reorganiza o circuito afetivo da sala de aula, pois é capaz de criar empatia direta nos alunos, propondo uma linguagem em que eles já são parcialmente alfabetizados; de inverter a relação de poder do saber entre professores e alunos, já que dos botõezinhos os alunos geralmente entendem mais e de exercitar o fazer coletivo, excelente para o confronto e a acomodação das ideias e egos. Além disso, os diferentes tipos de inteligências dos alunos são estimulados: o tímido desenha o storyboard, o organizado e “CDF” vira o produtor, os expansivos atuam nas cenas, o observador e meticuloso assume a câmera e, assim, sucessivamente. Ainda potencializa o uso do celular, transformando-o num poderoso instrumento de descoberta de novos conhecimentos e sentidos. Por fim, há uma qualificação das relações online: muito além dos likes, a produção dos vídeos-minutos envolve corpos em movimento, suor e dinâmicas coletivas complexas.
Minuto escola impactará oito estados brasileiros com ajuda de parceiros | O Minuto Escola garante sua execução junto a professores das redes públicas em cidades de oito estados brasileiros: São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Tocantins, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Esta atuação conta com patrocínio de EDP Brasil, EDP Renováveis e IBM.
O projeto Minuto Escola também conta com apoio institucional do Instituto Ethos e do Instituto EDP, além do apoio das Secretarias Estaduais de Educação do Espírito Santo e de São Paulo. Em Porto Alegre (RS), o Minuto Escola tem também o apoio institucional do Programa de Alfabetização Audiovisual, da Cinemateca Capitólio e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Já na Bahia, o apoio institucional é da Secretaria da Educação do Governo do Estado da Bahia, do Instituto Anísio Teixeira e do Instituto Arapyaú.
Para Marcelo Masagão, coordenador do projeto Minuto Escola e criador e curador do Festival do Minuto, a quarentena decorrente da pandemia da covid-19 “nos obrigou a fazer o curso 100% online e isso nos mostrou que podemos dar escala ao Minuto Escola. Até 2020, anualmente oferecíamos o curso para 300 professores; em 2021, nosso objetivo é formar 10 mil professores em 8 estados da federação. O audiovisual é muito bem recebido na escola e sua ação reorganiza o mapa afetivo dentro da sala de aula; por sua vez, os vídeos produzidos extrapolam os muros da escola e possibilitam que uma polifonia de anseios e desejos da comunidade escolar se dissemine na cidade.”
Frame do video “Um Dia… Vida de Mãe Professora na Pandemia”, de Sandra Costa.
Minuto Escola tem também como coordenadora a educadora e professora Moira Toledo. Ela é pós-doutora em Educação pela UFRJ, leciona nas Pós-Graduações de Roteiro e Escrita Criativa na FAAP e assina a direção de vários curtas-metragens ficcionais, programas documentais e médias-metragens para TV. Atua a 20 anos desenvolvendo projetos de formação de professores para o uso do audiovisual na educação e lecionando em e/ou coordenando projetos de educação audiovisual.
Vídeos de destaque realizados por professores que fizeram o curso em 2020
– A Caixa, com depoimento da professora de matemática Monica Zonta: http://videonaescola.com.br/pt-BR/contents/1698.
– Um dia… Vida de mãe professora na pandemia, com depoimento da professora do ensino fundamental Sandra de Oliveira: http://videonaescola.com.br/pt-BR/contents/1699.
Vinheta do Minuto Escola | https://www.dropbox.com/s/x29pu857hkjgmew/Vinheta%20Minuto%20Escola%202021.mp4?dl=0.
Ação conjunta ao Festival do Minuto | Paralelamente, o Festival está lançando cinco concursos temáticos. Eles estão relacionados à Educação e a disciplinas escolares, conforme a seguir:
– Concurso Bordas (Geografia): http://festivaldominuto.com.br/pt-BR/contents/49572
– Concurso Ao pé da letra (Gramática): http://festivaldominuto.com.br/pt-BR/contents/49569
– Concurso Inércia (Física): http://festivaldominuto.com.br/pt-BR/contents/49566
– Concurso A ordem dos fatores não altera o produto (Matemática): http://festivaldominuto.com.br/pt-BR/contents/49575
– Concurso Ao vencedor, as batatas! (História e Literatura): http://festivaldominuto.com.br/pt-BR/contents/49578
– Concurso Minuto Escola Pública (tema livre).
Esses concursos são abertos a alunos e professores do Brasil e do Mundo e visam envolver a comunidade escolar que não está participando diretamente do curso a também se engajar no projeto. Essa cooperação potencializa a relação da comunidade escolar com a cidade e com o mundo, levando a produção para além dos muros da escola, sendo que muitos vídeos do Minuto Escola acabam sendo amplamente divulgados ou até premiados no Festival do Minuto.
Esses concursos estão com inscrições abertas até o dia 17 de outubro. Os melhores vídeos serão premiados com o Troféu Minuto.
Curso 100% on-line | O curso possui uma carga horária de 45h, sendo 6h de aulas síncronas via plataforma on-line e 39h assíncronas, dentre videoaulas, tutoriais e atividades remotas.
O curso utiliza a estratégia pedagógica de engenharia reversa, destrinchando mais de 100 vídeos-minutos do acervo do Festival. Para a conclusão do curso, há uma prova multiteste e a avaliação de exercícios de vídeos-minutos, garantindo um certificado apenas aos professores que participarem em 100% das atividades do curso.
Segue link de parte do conteúdo do curso:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLEYDwvJOvS4dDlWMqUmuwOKGDSxq2mFUp.
Formação de 10 mil professores em 2021 | Atualmente, o Minuto Escola conta com patrocínio da EDP Brasil, EDP Renováveis, IBM e realização do Ministério do Turismo. O projeto já possui recursos para a formação de 7 mil professores, mas o objetivo final é a formação de 10 mil professores em 2021.
O que é o Festival do Minuto? | Criado no Brasil em 1991, inspirou a criação de festivais do minuto em mais de 50 países. A partir de 2007, o Festival tornou-se permanente e on-line, passando a realizar dezenas de concursos no decorrer do ano. É um celeiro de novos talentos e conta, em seu acervo, com vídeos de diversos profissionais reconhecidos: Carlos Nader, Anna Muylaert, Beto Brant, Adams Carvalho, Tata Amaral, Kiko Goifman, Sara Não tem nome, entre muitos outros.
Minuto Escola | O Festival do Minuto sempre teve um forte vínculo com a educação: vídeos do Festival são utilizados em sala de aula para discutir os mais variados assuntos, além do formato Minuto ser usado para trabalhos finais dos alunos. O Minuto Escola já havia sido realizado no estado de São Paulo em 2010 e 2012, com o apoio da Secretaria Estadual de Educação e em 2012, no Tocantins, com o apoio da Secretaria de Educação do Estado do Tocantins. Posteriormente, o projeto foi realizado junto à Secretaria Municipal de Educação de São Paulo nos anos de 2016, 2018 e 2019, formando anualmente 200 professores da rede municipal. O diferencial da edição de 2020 foi o formato integralmente on-line, facilitando o acesso remoto de professores municipais que se encontram em casa nesse momento de isolamento social. Isso incentivou o Festival a dar escala ao projeto.
Coelho recebendo atendimento. Foto: Matheus Campos.
A Páscoa está aí e um dos seus símbolos é o coelhinho. Muitos têm a ideia de presentear as crianças com o animalzinho, além dos ovos de chocolate, mas o coelho é um bichinho de estimação que requer cuidados detalhados e a família que receberá o novo membro precisa, antes de tudo, conhecer a responsabilidade envolvida e concordar com a nova rotina de ter um pet em casa.
A recomendação é da veterinária Morgana Prado, especialista em Animais Silvestres no Hospital Veterinário Taquaral, em Campinas. “Muitos escolhem o coelho porque é um animal silencioso, carinhoso, se dá bem com crianças e há grande variedade de raças e tamanhos, inclusive bem pequenos. Mas o coelho não é um objeto que se dê de presente sem todo um planejamento anterior. Há grande índice de abandono. Por essas e outras, é fundamental conversar com um veterinário antes de adquirir”, frisa.
No entanto, salienta Morgana, a mentalidade das pessoas vem mudando e o conhecimento de que o coelho não é uma espécie para ser “esquecida” no quintal se expande cada vez mais. Entre os animais silvestres atendidos no Hospital Veterinário Taquaral, é uma das espécies mais populares, atrás somente da calopsita.
A veterinária Morgana Prado com a paciente “Neném” no colo. Foto: Julia Camargo.
Entre as peculiaridades da espécie está a necessidade de um manejo nutricional adequado para não só manter sua saúde e energia, como também para estimular o desgaste dos dentes. Segundo Morgana, os dentes crescem continuamente e, se não forem aparados naturalmente com o uso, estão fadados à má oclusão dentária, que gera muitos problemas. “Eles param de comer, apresentam alteração gastrointestinal, os dentes criam pontas, causam feridas na boca e podem resultar em óbito se as devidas providências não forem tomadas”.
Ao contrário do que muitos imaginam, a alimentação do coelho não deve ser à base de cenoura, alface e ração. Morgana explica que a cenoura é muito calórica e deve ser ministrada com parcimônia. A alface não é indicada porque tem pouca fibra e muita água, podendo provocar diarreia. A veterinária afirma que uma ração de qualidade pode fazer parte da dieta, mas ela destaca que 70% da sua alimentação deve ser o feno. Os outros 30% podem variar entre verdura verde escura, folhas de árvores frutíferas, capim fresco, legumes e frutas. “Casca de melancia e de melão são ótimas para exercitarem os dentes”, sugere Morgana.
As refeições fartas e variadas deixam as gaiolas sujas e este é outro zelo essencial que se deve ter com coelhos: não deixar acumular restos de comida, fezes e urina no recinto, que precisa ser limpo diariamente.
Morgana avisa que os coelhinhos se adaptam em viver em apartamento – só não devem ficar em gaiolas muito pequenas. “E cuidado com os momentos de soltura para brincar, pois, se não ficar de olho, eles roem fios e móveis. Na maior parte do tempo, ele pode ser mantido em cercadinho”, orienta.
Coelhos devem passar por visitas periódicas ao veterinário. Foto: Matheus Campos.
Ter um quintal para os coelhos é o ideal, mas é preciso manter o espaço adequado para o animal. A especialista lembra que eles adoram terra, apreciam cavar e fazer túneis. Uma ótima iniciativa é disponibilizar brinquedos de madeira para que ele possa desgastar os dentes.
Outro cuidado de quem tem coelho, principalmente os de pelo longo, é a escovação periódica. De acordo com a veterinária, eles são limpos, não exalam mau cheiro e não precisam de banho, a não ser que estejam com uma enfermidade que demande essa limpeza. Por se se lamberem o tempo todo, ingerem pelos, o que leva à formação de bolas de pelo. Isso pode levar o animal a um quadro de estase gástrica, que é a diminuição da motilidade intestinal; por isso, a escovação é importante. Uma dica da especialista para evitar as bolas de pelo é oferecer mamão e suco de abacaxi, que ajudam a inibir essa formação.
As visitas ao veterinário devem ser de semestrais a anuais, exceto quando o animal apresenta algum mal-estar entre esses períodos. Na consulta, o especialista verifica o animal como um todo – peso, pelagem e a pele –, pois não são raros problemas como sarna, dermatite e fungo, entre outras patologias dermatológicas. O acompanhamento do crescimento dos dentes é feito visualmente e também através do raio x.
Curiosidades dos coelhos
– Existem cerca de 30 raças; entre elas, 170 variações, obtidas devido ao fácil e rápido cruzamento;
– São mamíferos lagomorfos herbívoros. Não são roedores. A dentição – dois dentes incisivos inferiores e dois superiores – é o que diferencia coelho de roedor;
– Entre os animais de estimação, há a preferência por pequenos, como o lion (coelho leão), o fusilop, Nova Zelândia pelo vermelho e Nova Zelândia branco;
– Podem pesar entre 1 kg e 3 kg
– Existem muitas cores. As mais comuns são branco, preto, cinza, caramelo e amarelo;
– Vivem entre 8 e 10 anos;
– Uma única gestação pode gerar até 8 filhotes;
– A gestação dura de 28 a 35 dias;
– Cio silencioso;
– A castração é recomendada para evitar surgimento de tumores em ovário, útero e hiperplasia uterina em fêmeas idosas, além de cistos ovarianos nas fêmeas e tumores nos testículos dos machos;
– Castração em fêmeas a partir de 6 meses e, em machos, a partir dos 4 meses;
– Dependendo da criação, podem se tornar territorialistas, com hábito de preferir ficar no seu canto e, quando incomodados, mordem. Não dá para prever.
Dicas da veterinária
– Se tem outro tipo de bicho na mesma casa, é melhor ter espaço para separar;
– O adestramento de filhotes é bem-sucedido;
– Quando filhote, é impossível saber o sexo. A partir dos 4 meses dá para ter mais certeza porque os testículos ficam aparentes;
– São espertos e ajudam a desenvolver respeito, cuidado, amor, responsabilidade;
– Indicados para crianças com mais de 3 anos;
– São dóceis e, na maioria dos casos, gostam de ficar no colo.