Hora do Silêncio e da Inclusão será realizada nos dias 4 e 11 de junho, das 18 às 20h; o som da festa também será desligado para dar mais conforto aos visitantes


Votorantim
A filósofa, psicanalista e poeta Viviane Mosé. Fotos: divulgação.
Ninguém com mais propriedade do que mulheres para discutir temas relevantes sobre o universo feminino, a condição das mulheres, suas demandas e a relação com a cultura. Por isso o SESC PR promove a partir do dia 20 de abril o projeto SESC Mulheres. Ao longo de 2021, serão cinco os encontros, ao vivo e transmitidos pelas mídias sociais do SESC PR.
A proposta do projeto é abrir um espaço de debates e conversas apresentado por mulheres, mas destinado aos mais variados públicos. “Queremos apresentar e discutir o protagonismo feminino no setor cultural com o SESC Mulheres. Há, em muitas cadeias produtivas do setor, a presença de mulheres empreendedoras não só lutando por seu espaço, mas inovando em diversos campos e possibilitando que outras mulheres possam ser inseridas no setor”, destaca a analista da Gerência de Cultura do SESC PR, Mayara Elisa de Lima Cirico.
De acordo com o gerente de Cultura do SESC PR, Marcio Norberto, será uma oportunidade para viabilizar debates importantes no campo da cultura a partir do olhar de mulheres que trabalham e vivem o setor cultural no Brasil.
A iluminadora, diretora e atriz Nadja Naira.
Mercado de Trabalho | No dia 20 de abril, a partir das 19h, terá início o primeiro encontro do SESC Mulheres, com o tema Mercado de Trabalho e com a participação da filósofa, psicanalista e poeta Viviane Mosé e da atriz, iluminadora e diretora teatral Nadja Naira.
Viviane Mosé é poeta, filósofa e psicanalista, graduada em Psicologia, especialista em Elaboração e Implementação de Políticas Públicas e doutora em Filosofia. Autora de 12 livros, com duas indicações do Prêmio Jabuti. De 2005 a 2008, escreveu e apresentou a série Ser ou não Ser, no programa Fantástico, na Rede Globo e na TV Cultura, trazendo temas de filosofia em uma linguagem cotidiana. Durante sete anos, fez comentários diários na Rádio CBN com Carlos Heitor Cony e Arthur Xexéu. Além disso, é comentarista no programa Encontro, com Fátima Bernardes.
Nadja Naira trabalha há mais de 25 anos em teatro como iluminadora, diretora e atriz. Mora em Curitiba, mas mantém parcerias artísticas em todo o país. Tem diversas criações premiadas, trabalha com importantes diretores e grupos de teatro, colabora com companhias de dança e performance e com diversos grupos de música. Integra a Companhia Brasileira de Teatro desde 2020, tendo participado de todas as produções.
Serviço:
Projeto SESC Mulheres
1º Encontro com Viviane Mosé e Nadja Naira
Data: 20 de abril de 2021 (terça-feira)
Horário: às 19h
Transmissão ao vivo pelo canal do SESC PR no Youtube
Mais informações: www.SESCpr.com.br.
Foto: Cristian Newman/Unsplash.
Um estudo epidemiológico revela cenário preocupante de crescimento no número de casos e taxas de mortalidade atribuídas às demências no Brasil. Em três décadas, a proporção de pessoas com demência e a taxa de mortalidade associada a essa condição aumentaram em mais de duas vezes no país. Até 2050, a doença de Alzheimer, responsável por sete em dez casos de demência, pode quadruplicar na população brasileira, se medidas efetivas de prevenção não forem adotadas. As observações são de pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade de Queensland, na Austrália, em artigo publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia.
Os dados são de pesquisa domiciliar do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) realizada em 2015 e 2016 com aplicação de questionário a 9.412 adultos a partir de 50 anos. O questionário contemplou questões sociodemográficas como sexo, etnia, renda e nível de educação, questões clínicas, relacionadas a acesso aos serviços de saúde e comportamentais, como percepção geral de saúde, qualidade de sono e grau de interação social. A análise dos dados mostra que a proporção de pessoas com Alzheimer no Brasil aumentou 127% em três décadas.
Pioneiro em descrever o perfil socioeconômico, comportamental e clínico de pessoas com doença de Alzheimer no país, o trabalho mostra que é menor a chance de pessoas negras serem diagnosticadas com a doença e é mais comum a amostra de pacientes ser representada por aposentados ou desempregados. Os pacientes com essa doença são mais propensos a ter mais consultas com clínico geral e sofrem mais quedas. Também são maiores a frequência e a duração de hospitalizações, quando comparadas aos participantes sem a doença. Por sua vez, eles são menos propensos a fazer exames oftalmológicos regulares e a visitar um dentista.
Mais tristes, deprimidos e com outras morbidades | Os pacientes com Alzheimer ouvidos na pesquisa relatam ter pior qualidade de vida no âmbito físico e emocional, sofrendo mais com quadros de solidão, depressão e tristeza. “Dois em cada três idosos relataram que se sentiam deprimidos ou tristes na maior parte do tempo”, destaca Natan Feter, um dos autores do estudo, pesquisador da Universidade de Queensland e da UFPel.
O trabalho revela também que os pacientes com Alzheimer têm maior probabilidade de serem diagnosticados com diabetes, depressão, doença de Parkinson e acidente vascular cerebral, em comparação com adultos mais velhos sem diagnóstico da doença. “No geral, eles apresentam uma pior saúde física e mental e, como consequência, uma deterioração da qualidade de vida. Há também maior iniquidade no acesso a medicamentos e diagnóstico precoce de doenças. Esperamos que os gestores, políticos e profissionais da saúde possam usar essas informações para ajudar a melhorar a qualidade de vida de pessoas com doença de Alzheimer no Brasil”, deseja Feter.
O envelhecimento é um fato de risco importante para a doença de Alzheimer. No estudo, a probabilidade de diagnóstico médico da doença na amostra estudada aumenta 11% para cada ano aumentado com o envelhecimento. O desafio coletivo de enfrentamento da doença é ainda maior, visto que a população brasileira com 60 anos ou mais aumentará em 284,2% de 2000 a 2050, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para enfrentar o cenário, segundo os pesquisadores, será preciso investir no cuidado interdisciplinar para atenuar a frequência e intensidade dos sintomas dos pacientes, reduzir a necessidade de hospitalização e melhorar a qualidade de vida do paciente e dos cuidadores.
(Fonte: Agência Bori)
14/4 | 20h | Notas Contemporâneas – Geraldo Azevedo. Foto: divulgação.
O MIS – Museu da Imagem e do Som segue com novidades na programação do #MISemCasa, que traz semanalmente conteúdos virtuais inéditos para todos os públicos. Na terça-feira, o Ciclo de Cinema e Psicanálise discute, ao vivo, o longa austríaco Quando a vida acontece – que retrata a relação de um casal que enfrenta problemas com fertilidade e todos os desdobramentos desse conflito. Já os fãs de música brasileira conferem, na quarta-feira, a entrevista exclusiva que o cantor e compositor Geraldo Azevedo concedeu ao MIS durante sua participação no programa Notas Contemporâneas. Para fechar a semana com muita literatura, no domingo acontece o MIS Ex-Libris, que discute ao vivo a obra Arrancados da Terra com a presença do autor, Lira Neto.
Todas as atividades ao vivo contam com intérprete de Libras durante a transmissão. O #MISemCasa acontece em conjunto com o #Culturaemcasa, desenvolvido pela Secretaria de Cultura.
O MIS agradece aos patrocinadores, apoiadores institucionais e operacionais e patronos: Youse, Kapitalo Investimentos, Cielo, TozziniFreire Advogados, Bain & Company e Telhanorte.
Programação #MISemCasa | YOUTUBE MIS | 12 a 18/4
13/4 | terça-feira | 20h – ao vivo | Ciclo de Cinema e Psicanálise – Quando a vida acontece | A cada quinze dias, o Ciclo de Cinema e Psicanálise (programa realizado pelo MIS, em parceria com a Folha de S. Paulo e a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (Sbpsp) traz debate sobre um filme mediado por Luciana Saddi, coordenadora de Cinema e Psicanálise da Diretoria de Cultura da Sbpsp. Em seguida, o público pode participar com perguntas no chat da transmissão ao vivo, integrando novas perspectivas sobre a obra discutida.
Esta edição, que ocorre em 13 de abril, enfoca o longa Quando a vida acontece (dir. Ulrike Kofler, Austria, 2020, 93min., 16 anos, disponível na Netflix). O drama austríaco, que retrata a relação de um casal que enfrenta problemas com fertilidade e todos os desdobramentos desse conflito, será debatido por Gina Khafif Levinzon (Sbpsp) e Cláudia Collucci (Folha de S. Paulo), com mediação de Luciana Saddi.
14/4 | quarta-feira | 20h | Notas Contemporâneas – Geraldo Azevedo | O programa Notas Contemporâneas registra depoimentos de significativos nomes do cenário musical brasileiro, erudito e popular, cuidando da manutenção da prática de história oral do MIS, um dos pilares de criação do museu. Durante o #MISemCASA, uma série de edições inéditas a partir desse material vem sendo apresentada, com organização e curadoria da historiadora Rosana Caramaschi, responsável pela entrevista, pesquisa e roteiros desde o primeiro programa, em 2011. Esta edição traz entrevista com o cantor e compositor Geraldo Azevedo, que participou do Notas Contemporâneas no ano de 2015.
Geraldo Azevedo (Petrolina, PE, 1945) é cantor, compositor e violonista. Autodidata, ganhou seu primeiro violão aos cinco anos de idade e sempre foi incentivado pela família. Iniciou a sua trajetória musical profissionalmente aos 18 anos, tendo se mudado para o Recife a fim de estudar. Seu trabalho faz uma mistura entre as harmonias da Bossa Nova e a viva influência da música negra. Nesta edição especial, o público pode conferir trechos de seu depoimento e sucessos como Dia branco, Táxi lunar e Moça Bonita, tocados pela Banda MIS.
18/4 | domingo | 17h – ao vivo | MIS Ex-Libris – Arrancados da Terra | Um domingo ao mês, o #MISemCasa realiza um bate-papo ao vivo sobre literatura, que visa debater novos suportes tecnológicos, tais como o e-book. Em abril, o programa MIS Ex-Libris traz o lançamento da obra Arrancados da Terra, com a presença do autor, Lira Neto, grande biógrafo na atualidade. O livro fala sobre os perseguidos pela Inquisição na Península Ibérica, narrando a grande travessia dos pioneiros que formaram a primeira comunidade judaica das Américas, incluindo o Brasil, e que ajudaram a construir Nova York. A mediação é de José Luiz Goldfarb, curador do projeto.
Durante o bate-papo ao vivo, os participantes que enviarem um e-mail para mis.exlibris2020@gmail.com receberão gratuitamente um PDF com material inédito do autor.
Lira Neto é escritor e jornalista. Recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura em quatro ocasiões (2007, 2010, 2013 e 2014) e uma vez o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA (2014). Graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e doutorando em História pela Universidade Nova de Lisboa. É autor de treze livros; entre eles, a biografia Getúlio, editada em três volumes (2012, 2013 e 2014), Padre Cícero: poder, fé e guerra no sertão (2009), Castello: A marcha para a ditadura (2020) e Arrancados da Terra (2021), todos pela Companhia das Letras.
Cursos | O MIS está com inscrições abertas para diversos cursos online. São opções nas mais variadas áreas do conhecimento: cinema, HQ, fotografia, escrita criativa, videoclipes, séries, história da arte e música. Condições especiais: os interessados em participar de mais de um curso agora ganham abatimento nos valores com combos de desconto. E todos os idosos, a partir dos 60 anos, têm 50% de desconto em cada inscrição. A lista completa e todos os detalhes podem ser conferidos no site do Museu: http://www.mis-sp.org.br/cursos.
Exposições virtuais e Acervo Online MIS | Além da programação digital #MISemCASA, o Museu MIS apresenta cinco exposições virtuais realizadas em parceria com o Google Arts & Culture: Moventes (que traz imagens de situações de deslocamento em diferentes tipos de trabalho itinerante); A Coleção Guilherme Gaensly no acervo MIS: uma paisagem humana (que presenta imagens históricas sobre o cultivo do café no interior paulista); Cinema paulista nos anos 1970; Lambe-lambe: fotógrafos de rua em São Paulo nos anos 1970 e A mulher na Revolução de 32. Além das exposições virtuais, o público também pode conferir parte do Acervo MIS, que está digitalizado e pode ser acessado neste link. No Acervo Online, os visitantes encontram informações sobre os itens que compõem os acervos museológico e bibliográfico do MIS e, em alguns casos, terá amplo acesso ao conteúdo das coleções de fotografia, áudio e vídeo. Tendo como base um banco de dados desenvolvido especialmente para o acervo do Museu, o Acervo Online apresenta-se ao público como um instrumento para a exploração dos milhares de itens que fazem parte do acervo MIS.
Serviço:
#MISEMCASA
Site www.mis-sp.org.br
Redes sociais:
Facebook: museudaimagemedosom
Twitter: @mis_sp
Instagram: @mis_sp
YouTube: /missaopaulo.
Série estreia no Canal Futura no dia 15 de abril com iniciativas de empreendedores desenvolvidas a partir da fabricação digital e do trabalho colaborativo. Fotos: divulgação.
Inovação, tecnologia e criação colaborativa em projetos de impacto ambiental e social, em um mundo conectado com um futuro sustentável – assim é a nova temporada de Conexão Maker, que estreia no próximo dia 15 de abril, às 22h, no Canal Futura. Parceria do Futura com o Serviço Social da Indústria (SESI), a série acompanha o desenvolvimento de projetos e protótipos a partir das possibilidades trazidas pela fabricação digital e a cultura do “faça você mesmo”.
Apresentada pela consultora em inovação Gabi Agustini, a série mostra um protótipo inovador por episódio, acompanhando sua implementação enquanto a equipe criadora é orientada por um maker colaborativo. Nesta temporada, os episódios ganham três novos quadros e uma nova forma de avaliação final: agora, um representante do público-alvo a ser impactado pelo protótipo avalia o desenvolvimento do produto, tornando a análise mais direta e real.
Com produção da CineGroup, o programa é gravado em diferentes espaços maker, ambientes coletivos que promovem a experimentação e a conexão de ideias entre diferentes iniciativas do universo da tecnologia.
Gabi Agustini é a apresentadora do Conexão Maker.
A série estará disponível em página especial na plataforma Canais Globo e no Globoplay com acesso gratuito e sem cadastro. A estreia vai contar ainda com uma live no Instagram do Futura, dia 15, às 19h, em que a apresentadora Gabi Agustini vai conversar com a arquiteta e designer Rita Wu, pesquisadora ligada ao universo maker e que desenvolve trabalhos sobre a relação entre corpo e tecnologia.
Nesta temporada, Conexão Maker também contará com uma websérie de cinco episódios no canal do Futura no YouTube, com estreia no dia 16. Realizada por uma ex-participante da oficina de audiovisual Geração Futura, a websérie mostrará as histórias de criadores dedicados à cultura maker.
Temporada trará drone de reflorestamento e nano-satélite | O primeiro episódio apresenta o Oráculo Arco-íris, um projeto de arte itinerante em espaços públicos que cria figurinos a partir de materiais reciclados e planeja usar técnicas de impressão 3D para aprimorar as indumentárias.
Ao longo da temporada, vão ser abordados projetos que tratam de acessibilidade, educação, impacto ambiental e arte, entre outros temas. São protótipos como um drone de reflorestamento para áreas remotas ou de difícil acesso; um nano-satélite estacionário de monitoramento meteorológico voltado para agricultores de comunidades quilombolas e periféricas; uma impressora em braille de baixo custo; uma interface de comunicação com computadores controlada apenas pelo movimento dos olhos e um medidor que funciona como ferramenta de conscientização do gasto de energia.
Os 10 episódios acompanham ainda o desenvolvimento de um sensor de distância e obstáculos para ser utilizado como indumentária por cegos; um mecanismo de abertura de portas feito para prevenir a contaminação por contato com superfícies; uma arquibancada modular de fácil montagem e que promove integração comunitária; uma máquina recicladora de sobra de filamentos de impressoras 3D e figurinos artísticos usados para performance em espaços públicos.
Conexão Maker | Em um momento em que repensamos as formas de consumo e produção, a nova temporada de Conexão Maker vem mostrar projetos com impacto ambiental e social, em um mundo conectado com um futuro sustentável.
Estreia: 15/4 (quinta-feira), às 22h. Episódios inéditos toda quinta-feira.
Sobre o Futura | O Futura é uma realização da Fundação Roberto Marinho e resultado da parceria entre organizações da iniciava privada unidas pelo compromisso de investir socialmente e líderes em seus segmentos: SESI-DN/Senai-DN, Fiesp/SESI-SP/Senai-SP, Fundação Bradesco, Itaú Social, Globo e Sebrae. Além da TV, o Futura pode ser assistido gratuitamente, a qualquer hora e em qualquer lugar, nos Canais Globo e Globoplay.
Grupo Metallumfonia faz parte da programação do festival. Foto: divulgação.
A Igreja Nossa Senhora de Lourdes, um dos símbolos da Helvetia, colônia suíça fundada em 1888, na cidade de Indaiatuba, no interior de São Paulo, vai sediar o Festival de Música Histórica, que levará ao público apresentações de obras do período colonial, especialmente renascentista e barroco, nos dias 26, 27 e 28 de abril. Ao todo, serão nove concertos de grupos de câmara de diversas formações, que serão transmitidos ao vivo pelo canal da Direção Cultura no Youtube e no Facebook.
A curadoria do festival é do maestro Parcival Módolo, especialista em música dos séculos XVII e XVIII com passagens por diversas orquestras dentro e fora do Brasil. O maestro vai participar das transmissões comentando aspectos relevantes sobre as formações, repertório e o contexto histórico das obras apresentadas. Pelo fato de o festival estar voltado à música antiga, os grupos trazem instrumentos menos conhecidos, como cravo e pianoforte. Com isso, a iniciativa pretende ampliar repertórios culturais e contribuir para a formação de público para as artes.
Mesmo sem a presença de público, a centenária capela representa o cenário ideal para este tipo de evento. “Festivais de música acontecem em localidades que tenham alguma tradição musical ou algum vínculo com compositores e intérpretes importantes. No caso da música histórica – colonial, barroca –, é comum que o interesse do festival seja por compositores locais, por sua produção ou tradição musical, desde que tenha valor artístico e que já possa ser entendida como histórica. São assim vários festivais musicais, em várias partes do mundo. O maior e mais próximo de nós é o Festival de Música Barroca na Bolívia, também conhecido como Festival de Música Barroca Missiones de Chiquitos. O festival nasceu em 1996, em edições bienais, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, mas espalhou-se por diversas localidades próximas, que foram antigas reduções jesuíticas e franciscanas naquele país”, explica o maestro Parcival Módolo. “Deste modo, os grupos trarão peças de compositores europeus e ao menos uma obra de compositor brasileiro, principalmente dos séculos XVI, XVII e XVIII”, antecipa ele.
Na segunda-feira, dia 26, o grupo paulistano Arsis Piano Trio faz a abertura do evento. Composto por Fábio Chamma (violino), Liliane Kans (pianoforte) e Angelique Camargo (violoncelo), o trio conta com uma réplica de um fortepiano da época de Mozart, modelo Stein de 1784, e segue essa filosofia com os instrumentos de corda, usando cordas de tripa e arcos típicos do período clássico.
A noite conta também com a participação do Trio de Madeiras, com Sérgio Cerri (flauta transversal), João Carlos Goehring (oboé e corne-inglês) e Francisco Amstalden (fagote), integrantes das Orquestras Sinfônicas de Campinas, da Unicamp e de Ribeirão Preto.
Arsis Piano Trio fará a abertura do festival no dia 26. Foto: divulgação.
Quem encerra a noite de abertura é o quinteto de metais Metallumfonia, reunindo os músicos Paulo Ronqui (trompete), Jefferson Anastácio (trompete), Isaac Emerick (trompa), Robson de Nadai (trombone) e Fransoel de Carli (trombone e baixo), que atuam na Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e Orquestra Sinfônica da Unicamp.
Na terça-feira, 27, o primeiro concerto da noite é com o conjunto Capella Campinas. Edmundo Pacheco Hora, Marcus Held e Raiff Dantas Barreto se espelham na interpretação referenciada pelos tratados de época, utilizando instrumentos originais ou cópias fiéis. Para o Festival de Música História, o grupo preparou um programa centrado no fortepiano, o Piano do século XVIII.
Na sequência, se apresenta o Quinta Essentia Quarteto, o principal representante da flauta doce no Brasil e um dos mais importantes grupos de música de câmara brasileiros da atualidade, formado por Gustavo de Francisco, Renata Pereira, Francielle Paixão e Marina Mafra.
O grupo Sopros de Antanho faz o encerramento da segunda noite, trazendo músicos e pesquisadores da Unicamp que, apaixonados pela sonoridade dos instrumentos de sopro, misturam timbres renascentistas e barrocos com metais modernos. Integram o grupo Paulo Ronqui (Trompetes e Flugel-horn), André Freitas (Flautas doce e crumhorns), Thomas Lewinsohn (Flautas doce e crumhorns), Robson de Nadai (Trombone Tenor e Flauta doce) e Fransoel Decarli (Trombone baixo).
O maestro Parcival Modolo, curador do festival. Foto: divulgação.
No último dia de lives, quarta-feira, 28, a abertura é do grupo La Follia, formado por Rogério Peruchi, Glaúcia Pinotti, e Helena Jank. Follia é um termo usado para uma modalidade musical do período barroco que surgiu em Portugal na segunda metade do século XV. As interpretações de música barroca serão apresentadas por meio da flauta transversal, violino e cravo, instrumento muito utilizado no século 18.
O Trio Siruiz, com Patrícia Gatti (cravo), Esdras Rodrigues (rabecas) e Roberto Peres, o ‘Magrão’ (percussão) traz como convidada a cantora, regente, poeta e professora de canto Ana Salvagni e os Barrocos da Acafi finalizam a programação. Integrantes da Associação Camerata Filarmônica de Indaiatuba (Acafi), Alexandre Cruz (direção musical e violino barroco), Isabel Kanji (cravo), Ludmila Thompson (soprano), Marcus Held (violino barroco) e Sabrina Passarelli (violoncelo barroco) se especializaram no repertório musical europeu escrito nos séculos XVII e XVIII e utilizam réplicas e instrumentos originais do então conhecido período barroco.
O Festival de Música Histórica é um projeto da Direção Cultura Produções, viabilizado pelo ProAC Expresso LAB (Lei Aldir Blanc). A Direção Cultura, desde 1999, presta consultoria e desenvolve projetos culturais, sociais e esportivos em parceria com empresas, artistas, ONGs e órgãos públicos.
Serviço:
Festival de Música Histórica
Datas: 26 a 28 de abril, às 19h
Transmissão: pelo Facebook e Youtube Direção Cultura:
Facebook: https://www.facebook.com/direcaocultura
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCAvJREooEEnPiGZziioqVmg
Mais informações: www.direcaocultura.com.br.
PROGRAMAÇÃO
26/4 – (2ªf) – 19h
– Arsis Piano Trio
– Trio Madeiras
– Metallumfonia
27/4 – (3ªf) – 19h
– Capella Campinas
– Quinta Essentia Quarteto
– Sopros de Antanho
28/4 – (4ªf) – 19h
– La Follia
– Trio Siruiz & Ana Salvagni
– Barrocos da Acafi.