Hora do Silêncio e da Inclusão será realizada nos dias 4 e 11 de junho, das 18 às 20h; o som da festa também será desligado para dar mais conforto aos visitantes


Votorantim
Desenho ilustrativo para inspirar novas artes é apresentado pela empresa parceira do Acnur no projeto, Alive and Kicking. Imagem: Acnur/divulgação.
A Agência da ONU para Refugiados (Acnur) considera o esporte e a arte ferramentas com potencial transformador, seja pela linguagem universal que detêm, seja pelo potencial de mobilizar a opinião pública sobre temas globais – como o deslocamento forçado de pessoas. Além de as atividades esportivas serem práticas comuns na vida de pessoas refugiadas, são exercícios físicos e sociais que incentivam o desenvolvimento dessas pessoas, fortalecendo seus vínculos com a comunidade local. Levando em consideração a importância dos esportes como facilitador da integração de pessoas refugiadas e considerando a preparação de um time de atletas refugiados nas Olimpíadas de Tóquio desde ano, o concurso de arte Juventude #ComOsRefugiados, promovido pelo Acnur, lança sua segunda edição com a temática O esporte nos une.
Até o dia 25 de junho, pessoas entre 10 e 30 anos (refugiadas ou não) poderão enviar desenhos para a iniciativa, por meio do site acnur.org.br/concurso. Uma banca avaliadora composta por refugiados, artistas e atletas fará a seleção das propostas que serão encaminhadas de todas as partes do mundo – inclusive do Brasil.
Além do concurso geral sobre o tema, as cinco melhores criações serão transformadas em estampas de bolas de futebol (#BolaDosSonhos), produzidas por quenianos e refugiados que vivem no Quênia, com apoio da empresa fabricante de bolas Alive and Kicking. “Iniciativas como essa fortalecem a convivência pacífica entre pessoas refugiadas e as comunidades que as acolhem. As práticas esportivas ajudam os refugiados a serem integrados na sociedade, fazerem amigos e a desenvolverem um sentimento de pertencimento no novo local. Além disso, essas pessoas trazem consigo experiências, culturas e capacidades diversas de contribuições ao país”, afirma Luiz Fernando Godinho, Oficial de Comunicação do Acnur no Brasil.
Acnur e atividades esportivas | Segundo dados da publicação (em inglês) Sports for Protection Toolkit: Programming with Young People in Forced Displacement Settings, elaborada pelo Acnur, quanto mais os jovens refugiados se envolvem com a sociedade local, maior é a capacidade de influenciar decisões, agregar valores e promover desenvolvimentos na estrutura social. Ainda de acordo com o documento, pesquisas realizadas com pessoas refugiadas mostram que participantes de programas esportivos desenvolvem um sentimento maior de pertencimento, o que ajuda adolescentes e jovens a impactarem positivamente os sistemas sociais nos níveis familiares e da comunidade.
O poder transformador dos esportes também é visível quando se fala em práticas esportivas de alto rendimento. Em janeiro de 2020, o Acnur foi homenageado com a Taça Olímpica por contribuição ao esporte. E para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, segue trabalhando com o Comitê Olímpico Internacional na preparação de uma nova equipe de atletas refugiados. A equipe estreou em 2016, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, com grande apoio público à causa. A relação dos participantes do Time de Atletas Refugiados Olímpicos e Paralímpicos será divulgado em breve, pelos canais do Acnur.
Nota sobre o concurso | A edição inaugural do Concurso de Arte Juventude #ComOsRefugiados foi realizada em 2020 com o tema Todos contam na luta contra a Covid-19, inclusive os refugiados. O Acnur recebeu cerca de 2 mil desenhos de 100 países e concedeu sete prêmios em todo o mundo, que foram transformados em animações pelo estúdio japonês Speed Inc.
Clique aqui para acessar o texto no site oficial do Acnur.
Foto: Dimitry Anikin/Unsplash.
Os deputados e deputadas da Assembleia Legislativa de São Paulo decidiram na quarta-feira (19/5) pela proibição da queima, comercialização, armazenamento e transporte de fogos de artifício e demais artefatos pirotécnicos com estampido dentro do Estado.
O texto substitutivo do Projeto de Lei 369/2019, de autoria do deputado Bruno Ganem (Podemos) e coautoria da deputada Maria Lúcia Amary (PSDB), foi aprovado em Plenário com 52 votos favoráveis, 6 contrários e 2 abstenções e exclui da regra os produtos com efeitos sonoros fabricados em São Paulo, mas comercializados em outros Estados.
O armazenamento e transporte desses artefatos também continuam permitidos, desde que façam parte do processo de logística e comercialização reservado a outras localidades. Já os fogos que produzem apenas efeitos visuais, sem ruído, permanecem legais.
Sessão extraordinária foi realizada em ambiente virtual. Foto: divulgação/Alesp.
Se o projeto for sancionado pelo Executivo, indivíduos que descumprirem a regra poderão ser multados em mais de R$4.300. O valor é ainda maior ao considerar as empresas – pessoas jurídicas ficam sujeitas a um pagamento superior a R$11,6 mil pela infração. Essas quantias podem ser dobradas quando houver reincidência em menos de seis meses.
Além de destacar a importância do projeto para a causa animal, a deputada Marina Helou (Rede), que foi relatora da proposta nas comissões e autora do texto alternativo aprovado em Plenário, argumentou que “fogos de estampido hoje são um problema no relacionamento com pessoas idosas, com crianças, bebês e autistas”.
A deputada Maria Lúcia Amary disse que o projeto tem alcance social, trata da saúde e também da causa animal. “Quando a gente fala sobre a questão dos autistas, pessoas que têm crianças especiais têm problemas seríssimos com relação ao estampido dos fogos”, disse. Ela contou que na cidade de Santos, no litoral paulista, já foram autorizados os fogos de artifício que iluminam sem o estampido. “Por conta disso, não se perde a beleza da comemoração, apenas foi retirado o barulho. Além disso, estamos falando das pessoas autistas, idosos, hospital onde as pessoas estão internadas”, afirmou.
Já para o deputado Douglas Garcia (PTB), o projeto pode gerar desemprego. Em contrapartida, o deputado Arthur do Val (Patriotas) defendeu que “economicamente não vai haver prejuízo, uma vez que você pode produzir os fogos, mas sem barulho”. O mesmo foi argumentado por Ganem. “É importante ressaltar que os fogos vão continuar existindo, mas não aqueles que causam sofrimento”, afirmou.
A redação final do projeto será elaborada e, em seguida, será encaminhada para sanção ou veto, total ou parcial, do governador João Doria. O chefe do Executivo tem 15 dias úteis para tomar a decisão. Do contrário, o Parlamento faz a promulgação da medida. Se sancionada pelo Executivo, a proposta entra em vigor na data em que for publicada no Diário Oficial do Estado. A partir da publicação, o governo terá três meses para regulamentar a lei e apontar os órgãos que serão responsáveis pela fiscalização. (Fonte: Assessoria de Imprensa/Alesp).
Fotos: Ju Quelotti.
Edu Pio lança o CD/DVD infantil Uma Volta na live Brinca-show. Nesse segundo trabalho, Edu apresenta canções lúdicas e brincantes que remetem à Orla da Lagoa da Pampulha de uma maneira lúdica.
A primeira canção do disco se chama Super Pamp. A canção apresenta o propósito do Super Pamp no mundo –proteger as crianças, as pessoas, a cidade, os animais, a natureza, a Pampulha, a brincadeira e as artes. E mais: um super-herói tem que ter uma música. A segunda canção do disco tem o mesmo nome do álbum: Uma Volta. Essa canção brinca com o jeito mineiro de simplificar distâncias – para dar uma volta na Lagoa da Pampulha, basta ir em um pé e voltar com o outro. A terceira música se chama Capivara, animal que habita a Lagoa e é tão conhecida dos belo-horizontinos. Na quarta faixa do álbum, Edu transforma o Mineirão em uma canção: Gigante de Concreto. A quinta música, Bilu, Bilu, Belô, Belô, Edu brinca com o Museu de Arte da Pampulha. Na sexta canção, Edu convida as crianças a Correr no Parque Ecológico. Em Jacaré, sétima canção do álbum, Edu constrói uma imagem de paz para o Jacaré da Pampulha – o Jacaré levanta para dançar na Lagoa. A Praça de Iemanjá é retratada no disco com a canção Trem Legal, oitava música do disco. Na nona música do disco, Edu convida as crianças a brincar de Advinha. Será que todo mundo já sabe tudo sobre a Orla? Por fim, a última música do álbum é um Recado. A décima música do disco de Edu convida o ouvinte para uma reflexão. Recado fala sobre a poluição da Lagoa, assim como a sujeira da Orla, um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte e Patrimônio Imaterial da Humanidade.
A construção da ordem do álbum é pensada em uma narrativa para simular um passeio a pé pela Orla da Lagoa da Pampulha. Esse passeio é recheado de situações lúdicas para apresentar um dos cartões postais mais belos de Belo Horizonte para as crianças. O intuito é valorizar o patrimônio histórico e imaterial de Belo Horizonte, ressaltando a importância deles para a humanidade. O passeio mostra que os animais também merecem atenção. É importante ressaltar que eles merecem carinho, cuidado e respeito. Por falta de informação, ou mesmo por crueldade, os animais da Lagoa sofrem com violência.
Para esse passeio, Super Pamp ganha a companhia de dois novos integrantes para a sua trupe. Benjamim, seu filhinho, sendo o Super Pampinho, e Anáuma, uma menina especial com síndrome de Down. Uma volta visa estimular crianças, pais e o público em geral a imaginar, a movimentar e a brincar. Super Pamp quer que todos percebam a importância da cidade, a importância do brincar, a importância da preservação dos animais e a importância do amor e do respeito ao próximo. Tem o foco de encantar as crianças e também o objetivo de fazer com que adultos se permitam ser crianças, onde todos podem aprender novas experiências e serem livres, sem julgamento.
O CD/DVD possui 10 canções autorais do artista Edu Pio. Para gravar as 10 canções autorais do álbum Uma Volta, Edu contou com um time de renomados músicos no cenário mineiro e brasileiro. O álbum teve a participação de importantes e competentes profissionais. Arranjos: Rafael Macedo; Guitarra: Samy Erick; Piano: Arthur Versiani; Baixo: Luiz Felipe; Bateria: Bê Caldeira; Rafael Pansica gravou violão em 4 faixas e Du Macedo gravou cavaco em 4 faixas. Edu gravou voz em todas as canções e violão em 5 canções. O disco contou com a participação especial de uma linda criança: Lili Barroso. Ela deixou o registro de sua voz em 4 faixas. O projeto teve produção executiva e direção artística por Edu Pio; produção musical por Edu Pio/Rafael Macedo e engenharia de áudio por Fabrício Galvani. Para dar vida em forma de animações para as canções, o DVD teve participação do Alê Paz (ilustrações) e Igor Wagner (animação digital 2D).
Edu Pio vai lançar o CD/DVD Uma Volta, um espetáculo infantil que o artista chama carinhosamente de Brinca-show, com transmissão ao vivo no seu canal do YouTube www.youtube.com/superpamp no dia 29/5 às 11h. Edu estará com o seu violão, seu berimbau de boca, sua panela e sua voz acompanhado do baterista Bê Caldeira e muitas brincadeiras acompanhando as canções.
Além do Brinca-show de estreia, Edu fará mais três apresentações com convidados especiais. No dia 19/6, Super Pamp se apresenta com sua amiga Bolacha Star, personagem da artista Sheyla Barroso. No dia 10/7, Super Pamp estará acompanhado da artista Chris Lobo. No dia 31/7, Super Pamp estará acompanhado da artista Erika Ketu, da Cia Caixa Sonora, com cenografia de Ana Lu Barroso. O show de estreia terá presença do intérprete de Libras Gilberth Santos. O espetáculo seguirá todos os protocolos sanitários vigentes. Os quatro Brinca-show têm duração de 60 minutos.
O CD/DVD e os shows de Lançamento foram financiados com recursos do Edital da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Modalidade Incentivo Fiscal, oriundo da Política de Fomento à Cultura Municipal (Lei nº 11.010/2016) e patrocínio da MGS. Projeto “Super Pamp”, número 0495/2017.
Mídias sociais:
YouTube: https://www.youtube.com/superpamp
Instagram: https://www.instagram.com/super_pamp/
Facebook: https://www.facebook.com/superpampoficial.
Sobre o Edu | Edu Pio é cantor, violonista, compositor, escritor e professor. Bacharel em Comunicação Social (Newton Paiva) e Bacharel em Música (UEMG). Há quase 20 anos é professor de musicalização infantil. No final de 2017 criou o Super Pamp, seu personagem de música infantil.
Serviço:
Brinca-show – Live do DVD Uma volta
29 de maio – 11h
19 de junho – 11h
10 de julho – 11h
31 de julho – 11h
Assista: www.youtube.com/superpamp e acompanhe no Canal Universitário de BH, no 12 da Net: www.youtube.com/channel/UC3HNOZ9zOHgTvpy30p6kH4w.
Fotos: Caroline Curti.
Compositor e cineasta que dedica sua vida à criação artística multiplataforma, Carlos Gayotto lança seu segundo álbum, Realize, em um encontro inédito entre a música sertaneja produzida no Brasil – gênero musical mais popular no país, dominando as paradas por mais de 20 anos, com raízes na música folclórica executada nas regiões rurais do Brasil na década de 1920 – com o folk norte-americano, fundindo os sons da guitarra elétrica, pedal still guitar e viola caipira. O resultado, também uma síntese de 11 anos de meditação Kriya Yoga, são 10 faixas – três em português, uma instrumental e seis em inglês – com arranjos orquestrais e forte influência cinematográfica.
Realize tem produção musical de Neymar Dias, um dos mais importantes orquestradores da música sertaneja, que trouxe suas influências do pai compositor de música caipira, do jazz e da música erudita, além de sua experiência com artistas como Inezita Barroso, Nelson Aires, Tinoco, Monica Salmaso, Ivan Lins, Theo de Barros, Nana Vasconcellos, André Mehmari e Toninho Ferragutti, entre outros.
Após produzir, escrever e dirigir mais de dois mil filmes, a série MINIDocs – com mais de 60 artistas, onde dirigiu e entrevistou, entre outros, Ivan Lins, Anavitoria, Dani Black, Tiago Iorc, Renato Teixeira e Tim Bernardes – e compor para trilhas de dois curtas-metragens nos EUA, além de seu álbum de estreia Batista & Bando, de 2013, Gayotto teve seus esforços criativos recompensados, tendo recebido os prêmios Vivo Música que Transforma, em 2016, Santander Empreendedor Criativo, em 2013, Feel Good Film Festival, em 2010 e o iBest, em 2003.
O time de músicos que o acompanhou é formado por alguns dos principais nomes da cena sertaneja. No pedal still guitar está Paulo Perin, multi-instrumentista com raízes na música gaúcha do sul do país que trabalha há muitos anos com uma das mais aclamadas duplas sertanejas do país, Fernando & Sorocaba; com 30 anos de carreira e considerado o melhor banjo de 5 cordas do Brasil, Edson Moreira; o baterista Big Rabello, que já trabalhou com artistas como César Camargo Mariano, Romero Lubambo, Jorge & Mateus e Marília Mendonça; o compositor e produtor musical Tó Brandileone, que já trabalhou com muitos artistas, de Maria Beraldo a Jorge Dexler, e, fechando a escalação, uma orquestra de cordas com 9 violinos, 3 violas, 3 cellos e 1 contrabaixo, além do pianista Agenor de Lorenzi.
Realize foi lançado em 14 de maio no canal do artista no YouTube e todas as faixas já chegaram com um visualizer especial, onde a luz e o tempo são protagonistas e, junto a origamis que serão presenteados a quem fizer o pré save, formam o conceito visual com base nos relógios solares: “metaforizamos o trajeto cíclico da luz em nós mesmos, como endereços sombrios que precisam ser constantemente iluminados”, afirma o artista.
Juntos, os 10 visualizers formam um média-metragem e apontam a uma narrativa única, que complementa a do álbum, trazendo a representação da passagem de luz no dia, em uma sequência pelas horas de um dia. “Iniciamos a primeira música com o nascimento do sol e terminamos com o lusco fusco, quando a luz cai e chegamos ao fim do disco, em uma sequência de cenas”, explica Carlos Gayotto, com o olhar do cineasta. “A câmera apresenta as imagens de um ponto de vista quase sempre único e fixo. Neste ato observacional e restrito, contemplamos o que está na tela, mas apenas presumimos o que está fora dela. O contexto de um personagem, ou até mesmo as suas reações, podem nos ser mostrados inteira ou parcialmente. Entre o que vemos e o que decidimos imaginar, deixamos a cargo da música preencher uma narrativa e seus significados, e não o contrário”, sintetiza.
Também estão disponíveis na plataforma o encarte, assinado por Patty Black, inspirado na trajetória da luz, “… em uma tomada de consciência. O relógio nos recorda que não há tempo a perder”, completa.
https://www.youtube.com/channel/UCZWX1mKaRt5w4MfQTK1dACw/featured
https://www.instagram.com/carlosgayotto/
https://open.spotify.com/artist/7pE3O9JhOMjmMxpvlSYqlH?si=IphkDlJ9QE2Jaf0GBNLLXQ.
Foto: Fernando Brasil/Unsplash.
Enquanto os plásticos maiores encontrados nas areias das praias ou flutuando na superfície da água causam grande alarme quanto à preservação desses ambientes, os microplásticos são uma ameaça menos visível e mais onipresente — sendo um dos maiores poluentes dos oceanos. Uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) aponta a presença desses resíduos mesmo em praias pouco urbanizadas, consideradas preservadas, do Rio Grande do Sul. O estudo está publicado na edição de maio da revista Arquivos de Ciências do Mar.
O estudo analisou a presença de microplásticos na areia de três praias do litoral norte do Rio Grande do Sul com diferentes níveis de atividade humana: as praias de Capão da Canoa e Torres, altamente urbanizadas, e a Praia das Cabras, praia não urbanizada onde se encontram uma das últimas remanescentes de dunas conservadas da região do litoral norte gaúcho. Eles analisaram a quantidade e o tipo de resíduo encontrado nas praias, se eram microplásticos primários – chamados de pellets, esferas produzidas intencionalmente em pequenos tamanhos para serem usados na produção de plásticos maiores – ou microplásticos secundários, que resultam da fragmentação de resíduos plásticos maiores, como garrafas PET ou brinquedos de praia.
A análise revelou maior concentração de microplásticos na praia não urbanizada, a Praia das Cabras, com o dobro de unidades coletadas (1.083 unidades) em relação a Capão da Canoa (482 unidades). A praia de Torres, também urbanizada, teve apenas 162 unidades de microplásticos coletadas. Além disso, chamou a atenção dos pesquisadores a grande quantidade de microplásticos primários, ou pellets, encontrados na Praia das Cabras.
Esse material possivelmente pode ter se originado do descarte inadequado nos processos industriais e da perda acidental de contêineres durante o transporte marítimo. Algumas partículas vêm até mesmo dos próprios sistemas de esgoto e acabam chegando aos oceanos. “Como são muito leves, esses microplásticos podem ser carregados por longas distâncias”, comenta a pesquisadora Ingrid Schneider, autora do artigo. “A presença muito visível desse resíduo em uma praia que não é próxima de áreas portuárias ou industriais chama muito a atenção para o problema de gestão ambiental, pois está diretamente relacionada com a perda durante sua cadeia produtiva, desde a fabricação até o manuseio e transporte”, destaca.
De acordo com o estudo, a produção global de plástico passou de 1,5 para 360 milhões de toneladas por ano entre 1950 e 2018. Se a produção e o gerenciamento dos resíduos seguirem essa tendência, 12 milhões de toneladas de plástico vão acabar em aterros ou no meio ambiente até 2050.
A poluição por plástico representa a maior parte do lixo encontrado nos oceanos. Esses resíduos entram no ambiente marinho principalmente através dos rios e locais próximos à costa e afetam vários organismos, incluindo tartarugas, aves, peixes, até mamíferos marinhos e zooplânctons. “Vários estudos já apontaram que os pellets podem ter poluentes químicos, contaminando os animais que os ingerem e causando uma série de problemas”, explica Schneider. A pesquisadora ainda ressalta a importância de se investigar a origem destes microplásticos e a dinâmica do oceano e, também, buscar uma melhor gestão ambiental deste material.
(Fonte: Agência Bori)