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Pesquisa aponta que mulheres fundam 67% dos negócios de impacto social do Brasil

Brasil, por Kleber Patricio

No Brasil, a diversidade de gênero é um tema-chave para analisar o perfil sociodemográfico dos empreendedores à frente dos negócios socioambientais. Hoje, as mulheres estão presentes como fundadoras em 67% das empresas do setor – sendo que 23% das empresas mapeadas têm apenas mulheres na liderança. Esse índice revela a conquista da equidade de gênero no ecossistema, de acordo com dados da terceira edição do Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental, conduzido pela Pipe.Labo, think tank do setor de impacto.

O levantamento, realizado desde 2017, reúne análises evolutivas e desafios do setor de 1.300 empresas. De acordo com o recorte que analisa a presença feminina nos negócios de impacto socioambientais, os homens aparecem como fundadores em 71% dos negócios – sendo que 27% das empresas mapeadas têm apenas homens na sua fundação.

Na percepção das coordenadoras da pesquisa – Lívia Hollerbach e Mariana Fonseca –, embora a notícia do aumento da presença feminina seja boa, na análise de investimentos recebidos pelas empresas mapeadas, os negócios administrados por um time essencialmente feminino tendem a receber menos recursos financeiros e apoios adicionais para evoluir na jornada empreendedora, quando comparadas às lideradas por homens. Na prática, elas são menos selecionadas para os processos de aceleração. Como consequência, elas são poucas entre os negócios em fase de escala: 25% das mulheres versus 35% de homens.

O Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental contou com apoio da Enimpacto, Aliança pelos Negócios de Impacto, Climate and Land Use Alliance, do Fundo Vale, Instituto Clima e Sociedade e Instituto Sabin. A íntegra do estudo está disponível pelo www.mapa2021.pipelabo.com.

Metodologia – Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental | Estudo conduzido para acompanhar a evolução do pipeline de negócios de impacto positivo no país e destinado a referenciar o retrato atual do setor, o Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental teve a primeira edição em 2017 e é atualizado a cada dois anos. A pesquisa é elaborada com uma chamada nacional para que empreendedores que lideram negócios de impacto socioambiental façam um cadastramento ou atualizem dados na plataforma da Pipe.Social. A coleta de dados do Mapa 2021 foi realizada de 1º de dezembro de 2020 a 15 de fevereiro de 2021.

Com o apoio de 62 organizações do ecossistema, a terceira edição do Mapa alcançou 1.300 cadastros on-line, com dados autodeclarados por meio de um questionário de 60 perguntas. Para a análise dos dados e elaboração do relatório final, o levantamento contou com uma desk research sobre avanços do setor no Brasil e dados de investimento de impacto no globo, assim como sessões de análise com os patrocinadores e especialistas do campo. A infografia e os dados gerais têm como base 1.272 negócios de impacto operacionais – 28 negócios mapeados declararam fechamento de portas ou a não continuidade de suas operações em 2021. O Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental traz uma amostra não exaustiva do setor, ou seja, o empreendedor se autodefine e se reconhece como integrante desse pipeline. A margem de erro para a leitura dos dados é de 3,1 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95% para leituras na amostra geral.

PIPE.LABO | A Pipe.Social foi fundada em 2016 por Lívia Hollerbach e Mariana Fonseca, empreendedoras com a visão de mapear e fomentar o pipeline de negócios de impacto socioambiental no Brasil. Hoje, a plataforma conta com quase 5 mil negócios de impacto cadastrados e monitorados quanto ao perfil de solução, modelo de negócio e operação, à visão e medição de impacto e aos apoios buscados na jornada. Ter informações e dados qualificados sobre o ecossistema levou a Pipe a desenvolver uma visão estratégica do mercado, entendendo oportunidades e desafios reais para organizações intermediárias do setor, investidores e empreendedores. Aliando essa visão à demanda de um setor em crescimento, carente de informações, traduções e transparência – e com dados confiáveis para se comparar com ecossistemas da América Latina e dos demais países –, nasceu a Pipe.Labo, o maior centro de estudos e conhecimento aplicado sobre o mercado de impacto no Brasil.

Procon-SP notifica Azul, Gol e Latam

Campinas, por Kleber Patricio

Foto: Thiago Binario/Pixabay.

O Procon-SP notificou as companhias Azul Linhas Aéreas, Gol Linhas Aéreas e Latam Airlines pedindo explicações sobre a política de preço de suas passagens aéreas. O questionamento às empresas acontece após o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (CD-RMC), colegiado que reúne os 20 prefeitos da RMC, encaminhar uma representação ao Procon-SP denunciando preços diferenciados.

O conselho aponta que as tarifas cobradas para quem viaja pelo Aeroporto Internacional de Viracopos, Campinas, são mais caras em relação às do Aeroporto Internacional de São Paulo, Guarulhos e do Aeroporto de Congonhas, São Paulo. Veja mais informações aqui.

No caso da empresa Azul, o conselho exemplifica com uma diferença apurada em dois destinos nacionais: enquanto uma passagem saindo de Viracopos com destino a Brasília – ida 21 de junho e volta 24 de junho – estava R$1.076,12, uma passagem com o mesmo destino e mesmas datas saindo de Congonhas estava R$825,23. Já por uma passagem com saída de Viracopos e destino a Porto Alegre – ida 21 de junho e volta 24 de junho – a empresa cobrava R$1.292,44 e, para os mesmos destinos e datas, mas saindo de Congonhas, o preço era R$847,55.

As empresas deverão informar detalhadamente os destinos e valores cobrados pelos voos vinculados aos aeroportos de Viracopos, Guarulhos e Congonhas e, havendo diferença entre os preços praticados, justificar os fundamentos legais e técnicos para a cobrança diferenciada.

A resposta deverá ser prestada no prazo de 72 horas, contados a partir de ontem (24/5).

Passeios de balão animam finais de semana em cidades do interior de SP

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

As regiões de Campinas e Circuito das Águas, no interior de São Paulo, oferecem paisagens deslumbrantes quando vistas do céu. Foi pensando em levar estas experiências para as pessoas que gostam de aventura, turismo e gastronomia e de curtir um final de semana diferente, que a Rede Vitória Hotéis, o Restaurante Vila Paraíso e a agência de turismo Nextour criaram pacotes com passeios de balonismo, hospedagem e café da manhã colonial em meio à natureza. O programa Passeio de Balão na Região de Campinas tem como proposta oferecer um turismo de experiência para grupos aos finais de semana, partindo a cada semana de uma cidade da região. O vôo inaugural acontece no próximo dia 29, a partir de Jaguariúna, com duração entre 45 a 60 minutos.

Segundo Giuliano Pareja, diretor comercial da Nextour, agência responsável por toda organização e operacionalidade do projeto, além de oferecer um turismo de experiência – nova tendência do mercado com a pandemia, no qual os turistas preferem pacotes em meio à natureza, viagens de curtas distâncias e com segurança –, a proposta é unir estas possibilidade e conhecer lindas paisagens sob a ótica do céu. “É um passeio indicado não apenas para casais, como também famílias, grupos de amigos ou pessoas que desejem viver uma experiência inesquecível ou comemorar datas especiais com toda a segurança e qualidade necessárias”, explica. “Os voos acontecem a partir da região de Campinas, sobrevoando maravilhosas paisagens rurais. Além do voo, o pacote também inclui hospedagem, café da manhã colonial e traslados de ida e volta do hotel da rede Vitória, Restaurante Vila Paraíso até local de decolagem”.

A idealização do projeto partiu da Rede Vitória Hotéis, com unidades em Campinas, Paulínia e Indaiatuba, com o objetivo de estimular o setor turístico e gastronômico da região e, também, a ocupação de suas unidades hoteleiras. “Neste novo cenário de pandemia, os turistas estão em busca de novas experiências, privilegiando passeios que ofereçam opções diferentes”, conta o diretor de marketing da Rede, Eduardo Porto.

Inicialmente, os clientes poderão ficar hospedados e aproveitar todas as estruturas em uma das três bandeiras da Rede Vitória Hotéis em Campinas – Concept Campinas, Dom Pedro Express e Newport Residence. Nas primeiras horas da manhã partirão rumo ao destino de partida do voo, aproveitando para ver o pôr do sol. Após o passeio, os turistas regressam para o Restaurante Vila Paraíso – também um dos pontos de partida e que tem toda a estrutura de estacionamento para que não for hospede dos hotéis da Rede Vitória – onde terão a oportunidade de fechar a experiência com um café da manhã colonial e artesanal, preparado pela Padoca do Vila em meio à natureza oferecida pela Área de Proteção Ambiental (APA) no Distrito de Joaquim Egídio.

Reinvenção e parceria | Eduardo Porto conta que a proposta do pacote vai além do simples passeio de uma manhã, agregando uma série de atividades dentro e fora das dependências hoteleiras da rede, incluindo jantares servidos pelos restaurantes Bellini (culinária Contemporânea) e Kindai (com foco na cozinha japonesa), passeios monitorados a produtores de alimentos e pontos turísticos, além de atividades ao ar livre como caminhadas e trilhas em Área de Proteção Ambiental (APA). “Nossa proposta é oferecer às famílias, amigos e casais um final de semana diferenciado e repleto de experiências, começando pela hospedagem em uma de nossas três unidades, a alta gastronomia dos restaurantes do grupo e parceiros, e passeios ao longo do dia a lugares fascinantes que a região proporciona”, explica o gerente de marketing da Rede Vitória Hotéis.  “Estamos trabalhando e negociando com mais parceiros para ampliar as atividades e passeios aos nossos hóspedes”, completa.

Para a gerente de marketing do Restaurante Vila Paraíso e da Padoca do Vila, Fernanda Barreira, esta união de forças de grupos fortes e consolidados para oferecer pacotes turísticos é uma tendência que chega forte ao mercado regional do turismo e da gastronomia. “Estamos em uma região conhecida internacionalmente pelo turismo de negócio, mas que também é muito rica na gastronomia, hotelaria e turismo esportivo”, diz Fernanda, lembrando que a região oferece muitas opções para os turistas que são praticamente desconhecidas do público até mesmo da região, de cidades próximas e da Capital, que passam a contar com experiências diferenciadas.

Serviço:

Passeio em grupo

Dias: 29/maio, 13/junho, 26/junho, 31/julho, 28/agosto, 25/setembro, 30/outubro, 27/novembro e 18/dezembro

Horários de saída: 3h30 (São Paulo) / 4h30 (Campinas)

Duração da experiência: Aproximadamente 45 minutos de voo

O passeio inclui traslados de ida, bem como volta; ou seja, São Paulo e Campinas/Joaquim Egídio (ou Jaguariúna)/Campinas e São Paulo

Voo em Balão de ar quente com capacidade para até 6 pessoas

Assistência de van + equipe para buscar os passageiros no local de pouso do balão

Café da manhã

Além disso, seguro aventura oferecido pela Porto Seguro.

Locais de início / término:

São Paulo – Estação Paraíso do Metrô (em frente à Catedral Ortodoxa de São Paulo)

Campinas – Hotel Vitória Concept (Av. José de Souza Campos, 425 – Nova Campinas)

Rede Vitória Hotéis:

Informações e Reservas:  vendascampinas@vitoriahoteis.com.br  reservascampinas@vitoriahoteis.com.br ou pelo telefone (19) 3755-80003.

Restaurante Vila Paraíso:

Informações e Reservas: (19) 3298-6913

Nextour:

Informações e Reservas: (11) 3876-3964/94019-4376.

Pesquisa faz diagnóstico nos estados sobre o atendimento dos serviços públicos na pandemia

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: National Cancer Institute/Unsplash.

A pesquisa GTD/GOV Centrais de Atendimento Presenciais dos Governos Estaduais e Distrital, elaborada pelo Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad) e a Associação Nacional das Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação (Abep-Tic) realizou um amplo diagnóstico entre 2019 e 2020 sobre as Centrais de Atendimento ao Cidadão Presencial (CAP) dos governos estaduais. O estudo, além de outras diversas abordagens, deu atenção ao atendimento ao cidadão durante o período de pandemia.

Hoje, cada estado dá o nome que lhe é mais conveniente às centrais de atendimento. Há unidades da federação que a chamam de Central de Atendimento ao Cidadão, Central de Serviço Público, Poupatempo, Pronto Atendimento ao Cidadão, Casa do Cidadão, Estação Cidadania e outros nomes semelhantes. Das unidades federativas que responderam à pesquisa, 90% afirmaram ter uma CAP para disponibilizar atendimento aos cidadãos. Os respondentes do levantamento eram gestores de instituições/órgãos públicos estaduais de 21 estados da federação das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

De acordo com o relatório da pesquisa, a pandemia da Covid-19 começou a impactar o Brasil em março de 2020, quando foi publicado o primeiro decreto que estruturou o bloqueio nacional e as atividades essenciais (Decreto 10.282/2020). O primeiro trimestre de 2020 ainda apresentava uma frequência normal de atendimentos ao cidadão em todos os estados brasileiros; em seguida, houve uma queda expressiva de atendimentos nos trimestres seguintes.

Os dados mostraram um número consistente de atendimentos ao cidadão em todos os quatro trimestres de 2020 nos estados do Acre, Ceará, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, mas em frequência bem menor do que em 2019. Foi visível a queda do número de atendimentos ao cidadão nos estados do Amapá, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas, Pará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Mas oito estados não conseguiram fornecer dados do 4º trimestre de 2020.

Sobre a reação do setor público para adequar ou reestabelecer os serviços prioritários durante a pandemia da Covid-19 em 2020, uma parcela de 65% dos governos estaduais suspendeu por algum tempo suas atividades, mas as restabeleceram até o final de 2020. Esse foi o caso de Alagoas (atividades suspensas por cinco meses), Pará (três meses), Rio de Janeiro (quatro meses), Amapá (três meses), Acre (três meses), Pernambuco (seis meses), Sergipe (sete meses), Ceará (três meses), Mato Grosso do Sul (atividades suspensas por 22 dias) e, finalmente, Minas, que suspendeu as atividades por um mês e voltou gradativamente.

Outros 29,5%, formados pelos estados da Bahia, Mato Grosso, Goiás, e Maranhão, afirmaram que algumas atividades foram suspensas enquanto outras continuaram sendo oferecidas. Em respeito à legislação regional, o Rio Grande do Sul teve atividades suspensas até outubro de 2020.

Segundo a pesquisa, os principais desafios enfrentados durante a pandemia da Covid-19 para manter as CAPs abertas e em funcionamento em 2020 estavam relacionados ao sentimento de insegurança dos servidores públicos. O problema estava ligado principalmente à dificuldade em adquirir materiais de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), seja pela necessidade em respeitar as normas de biossegurança (por parte dos funcionários e da população) ou por não ter condições sanitárias adequadas para voltar ao trabalho em casos de contaminação de pessoal.

Outros desafios citados estão relacionados à diminuição da qualidade da comunicação entre o cidadão e o governo, que pode ser traduzida em dois aspectos: problemas para explicar ou orientar os cidadãos para o acesso digital aos serviços ou as dificuldades em explicar aos cidadãos o respeito às novas regras de distanciamento social. Esta última condição está relacionada às CAPs que prestavam serviços essenciais e não puderam suspender atividades durante a pandemia.

Sobre os serviços que deixaram de ser oferecidos nas Centrais durante o período pandêmico estudado, 82,4% dos estados respondentes afirmaram que algum tipo de atendimento presencial foi interrompido. Pelo menos durante o período inicial da pandemia, diversos serviços foram suspensos compulsoriamente por conta de decretos e orientações de ordem legislativa e jurídica, como registrado em Alagoas, Ceará, Maranhão, Minas, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Por outro lado, de acordo com o levantamento, 65% dos estados pesquisados afirmaram que novos serviços passaram a ser oferecidos durante a pandemia. Entre eles, constam informações sobre Covid-19, com o Disk Covid e atendimentos por call center; atendimentos por vídeo chamadas; visita virtual à pessoa privada de liberdade; atendimento via whatsAPP e chat, além de outras novidades.

Na lista das principais reclamações e sugestões dos cidadãos sobre os serviços prestados nas CAPs durante a pandemia, estavam a demora ou dificuldade do cidadão em agendar os serviços oferecidos naquelas unidades de apoio. Outro comentário muito citado era sobre a maior demanda por serviços digitais e pela capacidade reduzida de atendimento. A investigação também se estendeu por inúmeros outros temas relevantes para a operação dessas unidades de atendimento.

Em sua metodologia, a pesquisa utilizou um questionário com questões objetivas e dissertativas como forma de coleta de dados. Essas informações foram levantadas entre 14 de dezembro de 2020 e 5 de janeiro de 2021 e o questionário foi aplicado por meio da plataforma Qualtrics. Para interpretá-la, considerou-se mais conveniente analisá-la por blocos, com os respectivos conceitos e objetivos.

Link de acesso à pesquisa: https://www.gtdgov.org.br/uploads/publications/NmU7RPK0U4HjedIDFAKyElj6HnK70wmXxHaeYm4O.pdf.

Museu do Ipiranga e Wikipédia realizam nova maratona de edição com o tema ‘Casa Brasileira’

São Paulo, por Kleber Patricio

Em parceria com o Wiki Movimento Brasil (WMB), instituição faz evento online na próxima sexta-feira, dia 28, às 14h, com o título “Cozinha e suas coisas”. Foto: Hélio Nobre.

Em 2021, a Casa Brasileira é o tema que norteia as ações do Museu do Ipiranga em parceria com o Wiki Movimento Brasil (WMB). A programação inclui maratonas de edição de verbetes que, neste ano, iniciam com encontros com pesquisadores da área que falarão sobre as linhas de pesquisa que desenvolvem no Museu, seguidos de treinamento e assistência técnica sobre a plataforma. O terceiro encontro desta série acontece no dia 28 de maio, sexta-feira, a partir das 14h, com o tema Cozinha e suas coisas.

“A Casa Brasileira é tema de pesquisa do Museu do Ipiranga há mais de 30 anos e estará presente nas exposições de reabertura, em 2022”, conta Vânia Carneiro de Carvalho, coordenadora do projeto de implantação das novas exposições e docente do Museu. Segundo a professora, este é um museu de História que estuda a sociedade brasileira a partir de sua dimensão material. “Partimos da premissa de que a nossa interação com a matéria é o que nos torna humanos, e o que constitui nossas identidades sociais e culturais”.

Objeto que integra o acervo do Museu Paulista da USP. Foto: José Rosael/Hélio Nobre/Museu Paulista da USP.

As maratonas de edição acontecem às sextas-feiras, às 14h, via YouTube. Nesta semana, quem faz a abertura do encontro são as historiadoras Laura Stocco Felicio, Maria Eugênia Ferreira Gomes e Viviane Soares Aguiar, pertencentes ao projeto Processamento de Alimentos no Espaço Doméstico. São Paulo, 1860-1960, que reúne alunas de iniciação científica, mestrado e doutorado sob a orientação da professora Vânia. Às 15h, via Google Meet, a equipe do WMB oferecerá um tutorial de como editar a Wikipédia, para que novos usuários possam contribuir facilmente com a plataforma. Não é necessário conhecimento prévio. Para mais informações sobre os eixos temáticos e inscrições, consulte a programação abaixo.

Neste dia, também serão anunciados os vencedores do Wikiconcurso Casa Brasileira, que, por meio de um sistema de pontuações, premiará os editores que mais contribuíram com a Wikipédia em português na temática da Casa Brasileira com vale-compras de até R$2500,00 no Submarino.

Cozinha e suas coisas | 28/5, sexta-feira, às 14h | Inscrições: clique aqui

A história das cozinhas é pouco conhecida. Menos ainda são seus equipamentos e ferramentas. As atividades de trabalho empreendidas nas cozinhas trazem questões importantes sobre a convivência entre objetos tradicionais – manuais ou mecânicos – e objetos modernos – eletrificados. Conhecer esse universo de coisas que compõem a cozinha é o objetivo do grupo de pesquisa que estuda os acervos de cozinha do Museu Paulista. Há muitos objetos que precisam ser identificados, ter seus diversos nomes pesquisados e suas funções e períodos de uso estabelecidos. A consolidação de um repertório dos equipamentos e ferramentas de cozinha é algo necessário e que muito ajuda no avanço do conhecimento das casas brasileiras.

Intérpretes da casa brasileira | 18/6, sexta-feira, às 14h | Inscrições: clique aqui

O Brasil conta com um elenco importante de obras sobre as moradias brasileiras. Essas obras se desenvolveram pioneiramente entre os arquitetos, interessados nas configurações espaciais dos interiores domésticos. Foram eles que primeiro procuraram definir as tipologias de casas, estudaram a atuação de construtores e descreveram as configurações de espaços internos da moradia associados às suas funções produtivas e sociais. Outra vertente, a dos historiadores, se dedicou a compreender os tipos de objetos próprios das casas – produziram estudos tradicionais sobre mobiliário, estudos sobre a riqueza e costumes das famílias por meio dos inventários e, mais recentemente, estudos sobre os objetos da casa e suas relações com a vida psíquica, social e cultural de seus moradores.

É ainda importante mapear obras e revistas de época, que são fontes documentais de grande valia para o conhecimento das casas. Os manuais de economia doméstica, de orientação feminina, puericultura e etiqueta trazem inúmeras informações sobre os objetos da casa e seus espaços, seus modos de funcionamento e os valores e sentidos associados a essa materialidade. A estas obras somam-se as revistas de época que trazem artigos e anúncios sobre decoração, sobre inúmeros objetos pertencentes ao espaço doméstico, além de receitas e crônicas sobre a vida doméstica.

Louça paulista | 9/7, sexta-feira, às 14h | Inscrições: clique aqui

Todas as casas têm um lugar de encontro. Refeições, festas e visitas seguem regras que variam dependendo do grupo e classe sociais, mas compartilham da mesma intenção: consolidar os vínculos entre as pessoas. A louça desempenha um papel fundamental ao materializar a importância dessas ocasiões, servindo de ferramenta para o estabelecimento de divisões e vínculos sociais. Por meio do uso das louças, um morador mostra ao outro a sua “educação”, o seu gosto, os seus valores. No século 19, os serviços de porcelana importados da Europa se tornaram um dos mais importantes sinais de opulência e sofisticação. Os ornamentos, as dourações, os brasões e monogramas materializaram o requinte que as elites enriquecidas almejavam. Enquanto os caros serviços de porcelana decorada eram adquiridos pelas elites, as camadas médias e populares consumiam serviços mais baratos, mas também ornamentados. Mesmo com simplicidade, a função era a mesma: sinalizar as refeições e ocasiões especiais. Ao longo do século 20, as indústrias produziram serviços de café, chá e jantar para diversos tipos de público. Fábricas de porcelana estabelecidas no Brasil comercializavam similares das porcelanas europeias, enquanto outras indústrias criaram conjuntos com matérias-primas mais acessíveis.

Museu do Ipiranga e Wikipédia | Em parceria, o Wiki Movimento Brasil (WMB) e o Museu do Ipiranga traçaram um plano digital para aumentar a presença do acervo da instituição na Internet. O plano inclui maratonas de edição, que em 2020 resultaram em mais de 2.500 edições de aprimoramento de verbetes, com mais de 2,6 milhões de visualizações. No mesmo ano, o Wikiconcurso angariou 862 inscritos, adicionando 1,3 milhões de bytes na plataforma. Além disso, foram carregados 2.958 arquivos no Wikimedia Commons.

A iniciativa integra o Museu a um movimento global ao qual se unem instituições culturais, bibliotecas e arquivos de vários países. Dessa maneira, a instituição também adere a práticas de conhecimento aberto e licenças livres e, com isso, deve atingir públicos mais diversificados e fomentar novas parcerias. O plano inclui, ainda, ações estratégicas para dar visibilidade a grupos menos presentes na plataforma, como mulheres, negros e indígenas. A iniciativa tem a parceria da Fundação Banco do Brasil.

Museu do Ipiranga – USP | Fechado desde 2013, o Museu do Ipiranga é sede do Museu Paulista da Universidade de São Paulo e seguiu em atividade com eventos, cursos, palestras e oficinas em diversos espaços da cidade. As obras de restauro, ampliação e modernização do Museu são financiadas via Lei de Incentivo à Cultura. A gestão do Projeto Novo Museu do Ipiranga é feita de forma compartilhada pelo Comitê Gestor Museu do Ipiranga 2022, pela direção do Museu Paulista e pela Fundação de Apoio à USP (FUSP). As obras se iniciaram em outubro de 2019 e a expectativa é que o museu seja reaberto em setembro de 2022, para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil. Para mais informações sobre o restauro, acesse o site museudoipiranga2022.org.br.

O edifício, tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal, foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo do Parque Independência. Concebido originalmente como um monumento à Independência, tornou-se em 1895 a sede do Museu do Estado, criado dois anos antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do país. Está, desde 1963, sob a administração da USP, atendendo às funções de ensino, pesquisa e extensão, pilares de atuação da Universidade.

As obras do Novo Museu do Ipiranga são financiadas via Lei de Incentivo à Cultura.

Patrocinadores e parceiros: BNDES, Fundação Banco do Brasil, Vale, Bradesco, Caterpillar, Comgás, CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, EDP, EMS, Itaú, Sabesp, Banco Safra, Honda, Postos Ipiranga, Pinheiro Neto Advogados, Atlas Schindler e Novalis.