Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

Refugiados idosos estão sob alto risco de exclusão enquanto Covid-19 continua a atingir as Américas

Genebra, por Kleber Patricio

Mulheres venezuelanas da comunidade de refugiados indígenas Warao produzem artesanato em Manaus (AM). Foto: Felipe Irnaldo/ACNUR.

O ACNUR – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados e a HelpAge International alertaram ontem (26) que a pandemia da Covid-19 está colocando em risco pessoas idosas que se deslocam pela América Latina, prejudicando seu bem-estar e limitando seu acesso a direitos e serviços essenciais.

Uma avaliação conjunta na Colômbia, Equador, El Salvador, Honduras e Peru revelou que a pandemia está exacerbando as ameaças pré-existentes à saúde física e mental, nutrição, autonomia financeira e situação legal de refugiados idosos e pessoas idosas em deslocamento. Metade dos entrevistados descreveu ter sofrido discriminação, enquanto um número preocupante descreveu incidentes de abusos. “Há muito tempo, pessoas idosas em situação de deslocamento forçado se deparam com abandono e proteção insuficiente. Sua plena inclusão nas respostas nacionais à pandemia, inclusive nos planos de vacinação da Covid-19, é fundamental para garantir sua dignidade e direitos”, afirma Jose Samaniego, diretor do Escritório Regional do ACNUR para as Américas.

O relatório Uma reivindicação pela dignidade: Envelhecer em movimento pode ser lido em https://ageingonthemove.org/. Clique aqui para acessar o texto completo no site oficial do ACNUR.

Exclusão digital afetou acesso ao auxílio emergencial das classes D e E na pandemia

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Marcello Casal Jr./Unsplash.

Muitos brasileiros não conseguiram receber o auxílio emergencial oferecido durante a pandemia de Covid-19 devido à exclusão digital, revela um estudo do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGVcemif). A falta de habilidade para lidar com dispositivos digitais e as limitações de acesso à internet foram algumas das barreiras encontradas por esses trabalhadores para conseguir o auxílio, que voltou a ser pago no mês de abril de 2021, após interrupção de três meses.

O relatório, antecipado à Bori, mostra, ainda, que trabalhadores das classes D e E foram mais afetados pela exclusão digital com relação ao auxílio. Lauro Gonzalez, coordenador do FGVcemif, lembra que um em cada quatro brasileiros ainda não utiliza a internet, proporção que representa aproximadamente 47 milhões de pessoas. A maior parte está nas classes D e E. “Isso acaba sendo um problema, já que as pessoas dessas classes são justamente aquelas que estão em maior condição de vulnerabilidade social e precisam de políticas de transferência de renda”, destaca González, que é um dos autores do estudo.

Tendo como base os dados secundários da segunda edição do painel TIC Covid-19, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), os pesquisadores aplicaram um questionário com usuários de internet com mais de 16 anos de todas as regiões do país entre junho e setembro de 2020. Dentre estes entrevistados, 38% afirmaram ter conseguido receber o auxílio emergencial. Outros 20% tiveram suas solicitações negadas, ou seja, não receberam o auxílio emergencial. Considerando apenas a porção de pessoas das classes D e E, a porcentagem dos que tentaram solicitar, mas não conseguiram sobe para 23%.

Entre os motivos para o não recebimento do auxílio, são apontados tanto barreiras tecnológicas como barreiras cognitivas, como a falta de habilidade de manuseio do aplicativo do programa do auxílio emergencial, disponibilizado pela Caixa. No primeiro grupo estão dificuldades como não ter um celular, não ter um espaço de armazenamento suficiente para baixar ou armazenar o aplicativo e não ter acesso à internet no aparelho. Com relação ao manuseio, temos a falta de habilidade dos solicitantes em baixar e utilizar o aplicativo para a solicitação do benefício.

Exclusão digital com relação ao auxílio é mais forte nas classes D e E | A falta de acesso a um celular é um motivo que afetou quase três vezes mais usuários das classes D e E na comparação com o total dos solicitantes que tentaram pedir, mas não receberam o auxílio emergencial do governo federal. “Cerca de 20% dos usuários de internet das classes D e E apontam indisponibilidade do celular como uma das razões para não conseguir o benefício”, reforça Gonzalez.

As limitações no acesso à internet, que afetaram 9% do total de solicitantes, também são bem piores para os usuários das classes D e E, cujo número alcança 22%. Dificuldades pessoais no download do aplicativo para celular da Caixa também aparecem com porcentagem duas vezes maior nas classes D e E (18%) do que o informado pelo total de entrevistados (9%). Ainda, 28% dos usuários destas classes relataram falta de habilidade em utilizar o aplicativo após tê-lo baixado em um aparelho celular, contra 12% do total dos entrevistados.

Diante destes dados, os autores frisam que é fundamental que a disponibilização do auxílio emergencial, que é voltado para a população mais afetada pela pandemia da Covid-19, seja realizada em interfaces amigáveis, intuitivas e alinhadas às especificidades dos dispositivos móveis destes usuários. “A formulação e implementação de políticas públicas precisa levar em consideração a realidade da baixa renda no uso de tecnologias sob pena de não atingir seus objetivos ou promover mudanças ‘para pior’”, alertam os autores do estudo. Além disso, os autores ressaltam a importância do papel das prefeituras e profissionais que atuam em nível local, em contato direto com os usuários dos serviços de assistência social, que podem ajudá-los a manusear o aplicativo.

Apesar de reconhecerem o papel da Caixa na implementação do auxílio emergencial, os pesquisadores se mostram especialmente preocupados com o fato dos aplicativos escancararem a desigualdade socioeconômica do Brasil com relação ao acesso a tecnologias. “A despeito dos progressos inesperados em meio à pandemia, a inclusão digital continua sendo uma promessa para as classes D e E”, concluem.

(Fonte: Agência Bori)

Amazônia em foco: programação online com filmes e debates discute a região amazônica

Brasil, por Kleber Patricio

Cena de “Amazônia Eterna”. Fotos: divulgação/Ecofalante.

Um abrangente painel das questões, impasses e possíveis soluções para a Amazônia – esta é a proposta da Mostra Ecofalante de Cinema – Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia, que acontece de forma online e gratuita de 2 a 9 de junho. O evento ocorre no âmbito da Semana Nacional do Meio Ambiente, instituída em 1981 com o objetivo promover a participação da comunidade na preservação do patrimônio natural do Brasil.

Na programação, está a exibição de 16 filmes e duas séries para TV. Também são promovidos um ciclo de debates, webnário e master class. Toda a programação pode ser acessada pelo endereço www.ecofalante.org.br. Os filmes ficam em cartaz no site da Ecofalante e na plataforma Belas Artes à La Carte.

Na programação estão os seis episódios da série exclusiva HBO Transamazônica: Uma Estrada Para o Passado, série dirigida por Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel, uma coprodução entre a HBO Latin America Originals e a Ocean Films. A elogiada produção percorre a rodovia BR-230, obra faraônica iniciada durante a ditadura civil-militar (1964-1985), com extensão implantada de 4.260 km e nunca finalizada. Da extração ilegal de madeira e a rotina nos garimpos ao total abandono da população, a série documental retrata a atual situação de quem vive nas regiões por onde passa a via.

Entre os títulos programados está BR Acima de Tudo, exibido em pré-estreia mundial. Dirigido por Fred Rahal Mauro, é uma produção do ((o))eco, um veículo de jornalismo voltado à conservação da natureza, biodiversidade e política ambiental. O filme trata dos impactos da possível expansão da rodovia BR-163, cujo traçado corta a floresta amazônica em direção à fronteira com o Suriname, projeto gestado durante a ditadura civil-militar (1964-1985). A produção foi realizada com o apoio do Rainforest Journalism Fund do Pulitzer Center.

Estão presentes na Mostra Ecofalante de Cinema – Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia títulos inéditos comercialmente no Brasil, como Edna, de Eryk Rocha, que teve estreia internacional no prestigioso festival suíço Visions du Réel e focaliza as marcas da guerra pela terra em uma moradora nas margens da rodovia Transbrasiliana (BR-153, ou rodovia Belém-Brasília), e A Última Floresta, do diretor Luiz Bolognesi, selecionado para a edição deste ano do Festival de Berlim e protagonizado por Davi Kopenawa, xamã da tribo Yanomami e corroteirista do filme que vive embates com garimpeiros que chegam a seu território.

Na programação, está incluído o multipremiado longa-metragem britânico Quando Dois Mundos Colidem, que aborda o violento conflito desencadeado na Amazônia peruana por um projeto de extração de petróleo, minério e gás que vitimou os povos indígenas ali residentes. A obra conquistou, no prestigioso Festival de Sundance, o prêmio especial do júri e foi laureada em eventos na Espanha, Suíça, China, Índia e Coréia do Sul.

“Mataram a Irmã Dorothy”. Foto: Carlos Silva.

Ficam disponíveis durante o evento seis episódios da série A Década da Destruição, coprodução Brasil/Reino Unido dirigida entre 1980 e 1990 por Adrian Cowell (1934-2011) e Vicente Rios e considerada um marco no documentário ambiental feito no Brasil. A produção apresenta a realidade amazônica, em especial, a luta pela terra e a violência de fazendeiros contra trabalhadores rurais, bem como o conflito entre a antiga mineradora CVRD (atual Vale S/A) e garimpeiros. O episódio Chico Mendes – Eu Quero Viver focaliza a trajetória do sindicalista, ativista político e ambientalista Chico Mendes (1944-1998), destacando sua luta a favor dos seringueiros da Amazônia.

Entre os filmes programados pelo evento estão os premiados estão Soldados da Borracha (de Wolney Oliveira), vencedor do prêmio de melhor filme (concedido pelo público) na Mostra Ecofalante de Cinema de 2020; Amazônia Sociedade Anônima (de Estevão Ciavatta), finalista do One World Media Awards, um dos mais importantes prêmios internacionais da área; Mataram Irmã Dorothy, coprodução EUA/Brasil que venceu o grande prêmio do júri e prêmio do público no cultuado Festival SXSW ao acompanhar o julgamento dos assassinos de irmã Dorothy Stang e Serra Pelada: A Lenda da Montanha de Ouro (de Victor Lopes), sobre o maior garimpo do Brasil e premiado como melhor filme no FICA – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental.

Título selecionado para o Festival de Berlim, O Reflexo no Lago, de Fernando Segtowick, trata de comunidades ribeirinhas localizadas próximas da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. Já projetos com propostas de uso da floresta de maneira sustentável estão em Amazônia Eterna, de Belisario Franca, vencedor do prêmio de melhor documentário no BRAFFTV – Festival de Cinema Brasileiro em Toronto. A atriz Christiane Torloni dirige, em parceria com Miguel Przewodowski, Amazônia, o Despertar da Florestania, uma discussão sobre questões ambientais da floresta amazônica. Sob a Pata do Boi, de Márcio Isensee e Sá, focaliza a relação da pecuária com a Amazônia e mereceu premiações na Mostra Ecofalante de Cinema e em eventos na França, Espanha, Portugal e Venezuela. Já no curta-metragem Ameaçados, a diretora Julia Mariano mostra a luta de pequenos agricultores do sul e sudeste do Pará, tendo acumulado premiações na Mostra Ecofalante de Cinema e em diversos festivais.

Cena de “Serra Pelada: A Lenda da Montanha de Ouro”. Foto: divulgação.

A Mostra Ecofalante de Cinema – Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia apresenta ainda três dos mais importantes filmes assinados por Jorge Bodanzky: o clássico Iracema, Uma Transa Amazônica (1974), codirigido por Orlando Senna, Jari (1979) e Terceiro Milênio (1981), ambos codirigidos por Wolf Gauer.

Um ciclo de debates coloca em discussão diferentes questões que afetam a Amazônia, como o uso das terras, infraestrutura, bioeconomia e crise climática. Participam dos encontros, entre outros, o documentarista João Moreira Salles, o professor Ricardo Abramovay, a secretária de Ciências e Tecnologia do Amazonas Tatiana Schor, Danicley de Aguiar, do Greenpeace Brasil, e os cineastas Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel.

Em 3/6, quinta-feira, às 19h00, acontece o debate Para Onde Leva a Transamazônica?.  Participam os diretores da série exclusiva HBO Transamazônica: Uma Estrada Para o Passado Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel, o documentarista João Moreira Salles, Alessandra Munduruku (a confirmar) e Danicley de Aguiar, Sênior Campaigner no Greenpeace Brasil. A jornalista Flavia Guerra faz a mediação.

Cena de “Transamazônica: uma estrada para o passado”. Foto: divulgação.

Amazônia: Uma Questão de Terra(s) é o tema do debate agendado para 4/6, sexta-feira, às 19h00. São várias as atividades econômicas que fazem pressão sobre a maior floresta tropical do mundo e os povos tradicionais que lá vivem. Atualmente, uma série de leis em tramitação procura regular tais atividades. Quais são os principais beneficiários dessas leis? Participam do encontro Brenda Brito, pesquisadora do Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia), Marcello Brito, presidente da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio) e Sônia Guajajara, líder indígena nacional (APIB). O jornalista acreano Fábio Pontes faz a mediação.

Na segunda-feira, 7/6, às 19h00, acontece o debate Amazônia: Infraestrutura Para Quem?. A Amazônia é palco de atividades econômicas desde o Brasil Colônia, mas foi só na ditadura militar que os projetos de desenvolvimento em grande escala surgiram, trazendo consigo uma ocupação desordenada e um forte desmatamento. Hoje, fala-se muito na necessidade de infraestrutura na região para alavancar a economia e apoiar um projeto de desenvolvimento sustentável. Como resolver o gargalo sem ampliar a destruição? Será necessário uma nova compreensão do território para alcançar esse objetivo? Integram a mesa Ana Cristina Barros, pesquisadora do CPI – Climate Policy Initiative, Suely Araújo, especialista-sênior em Políticas Públicas do Observatório do Clima e ex-presidente do Ibama, e Simão Jatene, ex-governador do Pará. Sérgio Leitão, diretor do Instituto Escolhas, faz a mediação.

Raízes da Amazônia: Projetando o Futuro é o debate da terça-feira, 8 de junho, às 19h00. Quando o tema é o futuro da Amazônia, fala-se em bioeconomia, mercado de carbono, valorização da floresta em pé, inúmeros projetos que contemplam a biodiversidade da maior floresta do mundo e os ‘serviços ambientais’ não contabilizados que ela presta. Por outro lado, há também uma efervescência cultural – nas artes, na gastronomia, no pensamento e conhecimento milenar das múltiplas culturas da Amazônia que necessitam de reconhecimento. O debate propõe um novo olhar sobre a Amazônia, seu enorme potencial e a contribuição de seus povos. Participam Ricardo Abramovay, professor sênior do Programa de Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE/USP) e autor de Amazônia: Por uma Economia do Conhecimento da Natureza, a secretária de Ciências e Tecnologia do Amazonas Tatiana Schor e Eliakin Rufino, compositor e produtor musical de Roraima. Mariano Cenamo, diretor do Idesam/AMAZ faz a mediação.

Cena de “BR acima de tudo”. Foto: Fred Rahal Mauro

Encerra o ciclo de debates, na quarta-feira, 9 de junho, às 19h00, o evento Amazônia e os Futuros Possíveis. Trata-se de uma conversa sobre o documentário BR Acima de Tudo, que retrata a diversidade socioambiental em uma das partes mais preservadas da floresta brasileira e as perspectivas da chegada de uma rodovia na região. Participam da mesa Fred Rahal Mauro, diretor do filme e, a confirmar, Angela Kaxuyana, da Coiab – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, e Carlos Printes, da Arqmo – Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná.

A programação da Mostra Ecofalante de Cinema – Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia conta ainda com o webnário A Crise Climática e a Amazônia, uma parceria do evento com a USP – Universidade de São Paulo agendada para a segunda-feira, 7 de junho, das 10h00 às 12h00. Entre os convidados estão dois dos mais influentes cientistas brasileiros da atualidade: o professor Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP, que atua principalmente nas questões de mudanças climáticas globais e meio ambiente na Amazônia, e o climatologista e meteorologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), especialista em mudanças climáticas e Amazônia. Com participação a confirmar, Sinéia do Vale, do CIR – Conselho Indígena de Roraima, a brasileira convidada pelo presidente norte-americano Joe Biden para a Cúpula do Clima. O webnário é fruto do Acordo de Cooperação Técnico-Educacional entre a Ecofalante e a USP, consolidado em 2018 por meio do Programa Ecofalante Universidades, da Superintendência de Gestão Ambiental (SGA-USP) e da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU-USP). Mais detalhes sobre o webnário e informações sobre como participar serão divulgados em breve no site e nas redes sociais do evento.

Uma master class ministrada pelo cineasta Jorge Bodanzky acontece na terça-feira, 1º de junho, às 17h00, em uma parceria do evento com a Spcine, a empresa de cinema e audiovisual de São Paulo. Intitulada O Cinema Ambiental de Jorge Bodanzky, a atividade focaliza a questão ambiental nos filmes do cineasta exibindo e comentando trechos de alguns de seus documentários mais significativos. Com uma trajetória de mais de 50 anos dedicados ao cinema documental, o realizador tem revelado em seus trabalhos a realidade brasileira em seus múltiplos aspectos. Mais detalhes sobre como participar da master class serão divulgados em breve no site e nas redes sociais do evento.

A Mostra Ecofalante de Cinema – Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia é uma iniciativa da Ecofalante, entidade que atua nas áreas de cultura, educação e sustentabilidade que é responsável pela Mostra Ecofalante de Cinema, considerado o maior evento audiovisual da América do Sul dedicado a temas socioambientais e cuja 10ª edição ocorre no mês de setembro.

A cerimônia de abertura da Mostra Ecofalante de Cinema – Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia está agendada para o dia 2 de junho, quarta-feira, às 19h00, e pode ser acessada pelo endereço www.ecofalante.org.br. Participam do evento diretores das obras programadas.

A Mostra Ecofalante de Cinema – Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia é viabilizada através da Lei de Incentivo à Cultura e do Programa de Apoio à Cultura (ProAC). Tem patrocínio do Mercado Livre, Colgate e da Spcine, empresa pública de fomento ao audiovisual vinculada à Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Conta com apoio da White Martins, Valgroup, Itaú,  Oji Papéis, HBO e WWF-Brasil. É uma produção da Doc & Outras Coisas e coprodução da Química Cultural. A realização é da Ecofalante, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do Ministério do Turismo e do Governo Federal.

Os filmes são disponibilizados no site da ecofalante.org.br e na plataforma parceira Belas Artes à La Carte.

Serviço:

Mostra Ecofalante de Cinema – Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia

De 2 a 9 de junho de 2021

Online e gratuito

Acesso aos filmes e demais atividades: www.ecofalante.org.br

Redes sociais:

www.facebook.com/mostraecofalante

www.twitter.com/mostraeco

www.youtube.com/mostraecofalante

www.instagram.com/mostraecofalante.

22º Porto Verão Alegre terá programação online e transmissão pelo Showin

Porto Alegre, por Kleber Patricio

Cena de “Os Palhaços de Tchekhov”. Foto: Vilmar Carvalho.

Há mais de duas décadas, as ruas vazias no verão de Porto Alegre inspiraram o nascimento do festival. Foi quando um grupo de artistas se fez presente pela primeira vez, com o objetivo de movimentar a cultura local e ocupar os teatros da cidade, em uma época do ano pouco aproveitada. Nasceu o Porto Verão Alegre que, aos poucos, se expandiu para além da Capital, levando seu propósito a diversas regiões do Estado. Hoje, novamente, vemos ruas vazias. Mas, desta vez, o motivo é outro – mais triste, grave, preocupante. Não podemos lotar teatros, ir a shows, respirar a arte de perto. Ao menos não da forma que costumávamos fazer. Por isso, depois de 21 verões, o festival chega à 22ª edição de forma 100% online, com transmissões através da plataforma ShowIn – e no inverno.

O conceito da edição de 2021 do festival multicultural privado que definitivamente mudou o verão gaúcho desde sua idealização, há duas décadas, liderado pelos atores e produtores Rogério Beretta e Zé Victor Castiel, é 22 anos Presente. Em mais uma edição diferente, o PVA 2021 acontecerá entre 29 de maio e 22 de junho e reunirá 25 espetáculos. Seis se apresentarão pela primeira vez: A Espessura da Vida, Com amor – Chico Xavier, Curiosa Mente, De Profundis – Epistola em Carcere et Vinculis, Preta no Branco – O Show e Protocolo Sexual Pandêmico. “É um desafio imenso tentar reinventar o poder que a presença tem na relação entre público e artistas. Mesmo assim, encaramos como uma oportunidade de chegar ainda mais longe, atingir mais pessoas. Assim, celebramos outra vez aquela que no último ano se consagrou como companheira essencial e inestimável de todos nós: a cultura”, declaram Rogério Beretta e Zé Victor Castiel.

Angela Dippe em “Protocolo Sexual Pandêmico”. Foto: Illan Suarez.

Compra de ingressos | Os ingressos para assistir aos 25 espetáculos custam R$9,90 (não há meia entrada). Informações sobre a programação e compra de ingressos estão disponíveis no site do festival (www.portoveraoalegre.com.br).

Transmissão | As imagens dos espetáculos serão captadas nos palcos do Teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa e do Theatro São Pedro e serão transmitidas pelo site https://www.showin.tv. A transmissão online do Porto Verão Alegre, pela primeira vez em sua história, levará a arte gaúcha para todos os lugares do mundo.

O ShowIn é uma plataforma online lançada no segundo semestre de 2020 pelo cantor e compositor Orlando Morais, ao lado do empreendedor e investidor Dio Trotta, a fim de responder de forma inovadora a um novo hábito que surgiu com o isolamento social impulsionado pelo cenário pandêmico: a explosão orgânica de lives. A plataforma apresenta ao vivo grandes e pocket shows, teatro, poesia, palestras, stand-up comedy, aulas de gastronomia, de yoga, meditação, dança, espetáculos infantis, esportes e outros estilos. As transmissões por streaming são acessíveis pelo site, em qualquer computador ou tablet. Também pelo celular, por meio dos aplicativos disponíveis na Apple Store e no Google Play (IOs – https://bit.do/Showin – IOs Android – https://bit.do/Showin-Android).

Cena de “Pq casamos?!”. Foto: mainquest soluções audiovisuais.

Programação gratuita e Acessibilidade | Nesse novo formato do PVA 2021, atrações gratuitas poderão ser conferidas nas redes sociais do festival no Facebook e no Instagram. Entre as atrações, estarão lives semanais com o objetivo de discutir a produção artística neste cenário pandêmico, com participação de artistas que integram a programação do festival, e uma programação infantil.

A tradicional parceria com a Sigmund Freud Associação Psicanalítica permanece nesta edição. Intitulada de Div(ã)gando com Arte, uma série de lives reunirá psicanalistas e artistas para debater sobre cinema, teatro, literatura infantil, música e sua relação com a psicanálise.

Nesta edição, a doação de ingressos que o festival faz para instituições de assistência social, escolas e centros comunitários acontecerá por meio do compartilhamento do link da gravação dos espetáculos. Organizações interessadas podem entrar em contato pelo e-mail claudia@portoveraoalegre.com.br.

Imagem de “Com amor, Chico X”. Foto: Keiti Santos.

Outras contrapartidas sociais do festival são a realização da oficina A Gente Que Fez – oficina de teatro e design básico para crianças. A brincadeira como performance. A atividade será mediada por Lisiane Medeiros, atriz, diretora, educadora e dramaturgista. Inscrições e informações estão no site do Porto Verão Alegre.

Outra ação é a disponibilização, para escolas e no Facebook do festival, da história do Peter Pan, por meio da iniciativa de contação de histórias Contos da vovó Zéti, conduzido pela atriz e diretora Suzi Martinez. Neste projeto, ela resgata o clássico na figura de uma avó que encontra as histórias em antigos livros de seu galpão e traz vida aos personagens mesclando narração e teatro de sombras. A gravação do conto Peter Pan, de James Matthew Barrie, por meio do projeto contação de história Contos da vovó Zéti, contará com audiodescrição e libras.

O festival oferecerá diversas sessões com tradução em libras ou com audiodescrição dentro de sua grade de programação. São elas:

“Frida Kahlo, à revolução”. Foto: Adri Marchiori.

Os Palhaços de Tchekhov terá tradução em libras na sessão de 11 de junho; Frida Kahlo, à Revolução! será com audiodescrição e libras na sessão de 21 de junho; Pq Casamos?! será com audiodescrição e libras nas sessões de 9 de junho às 10h, 16h e 18h e nas sessões de 10 e 11 de junho às 10h e 16h; Protocolo Sexual Pandêmico terá audiodescrição na sua sessão de 20 de junho e Que Raio de Professora Sou Eu? terá tradução em libras nas suas sessões de 1º de junho às 10h, 16h e 18h e nas sessões de 2 e 3 de junho às 10h e 16h.

O PVA 2020 usará as hashtags #PVA22anospresente #portoverãoalegre #pva2021 #pordiasmelhores #teatro #teatrogaucho #teatroemcasa #culturanaquarentena #portoalegre #cultura para estimular o compartilhamento de momentos e informações via página do Facebook https://www.facebook.com/portoveraoalegre e Instagram no @portoveraoalegre.

O 22º Porto Verão Alegre tem a apresentação de Ministério do Turismo, Lei de Incentivo à Cultura e Vero, patrocínio de Corsan, Banco DLL, Sulgás, Zaffari e Grupo RBS. Apoio de BRDE, Mesasul, Panvel e Bravo. Realização Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal, Pátria Amada Brasil.

Sobre o Porto Verão Alegre | criado em 1999 e realizado pela Mezanino Produções, o Porto Verão Alegre se tornou um dos maiores e mais representativos festivais multiculturais do país. Tradicionalmente, é realizado anualmente em Porto Alegre e região metropolitana durante os meses de janeiro e fevereiro. Nos últimos anos, o projeto foi contemplado com o Prêmio Eva Sopher pelo fomento das artes no Estado, e Prêmio Líderes e Vencedores da Federasul, na categoria Expressão Cultural, reforçam todo o empenho em elevar a cultura do Rio Grande do Sul a outro patamar.

Em nova exposição na OMA Galeria, Renan Marcondes questiona figura tradicional do artista

São Paulo, por Kleber Patricio

Série “Leite Derramado”, 2021, Renan Marcondes –
Impressão em papel algodão – 70 x 50 cm. Foto: Cacá Bernardes.

Na próxima sexta-feira, 28 de maio, a OMA Galeria apresenta Como se a paixão fosse uma grande esponja molhada, com curadoria de Raphael Fonseca. A mostra individual de Renan Marcondes exibe trabalhos que exploram a relação de seu corpo com objetos, o espaço e outros corpos, ao mesmo tempo em que questionam a figura tradicional do artista.

Apesar de ser mais conhecido por seu trabalho com a performance, Marcondes tem a experimentação como marca de sua pesquisa, utilizando-se de linguagens como fotografia, desenho e pintura para esta exposição. No vídeo O amador, o espectador vê flashes do artista vestindo um objeto que se assemelha a um arco e flecha enquanto faz movimentos indecifráveis à primeira vista. Uma inspeção mais cuidadosa das fotos dispostas no espaço revela que, no lugar da flecha, há um pincel e, ao invés de usar os braços, Marcondes usa o corpo todo para pintar uma partitura. Com essa ação, que culmina na obra O amante, questiona a ideia convencional do que é pintar e ser um artista. Ele se coloca no lugar do “amador”, que não necessariamente é aquele que não sabe fazer bem algo, mas sim, alguém movido pelo amor e não necessariamente pelo desejo de sucesso.

“Cena (os quinze minutos)”, 2021 – Renan Marcondes – Vídeo em full HD –
Performer convidada: Carolina Callegaro. Foto: divulgação.

Em outro de seus trabalhos, o vídeo Cena, o artista manipula um corpo inerte como se fosse uma marionete, suportando-o com grande esforço e lhe conferindo diferentes movimentos. Essa “marionete” veste uma peruca branca e óculos escuros, em uma referência ao artista Andy Warhol. Segundo Marcondes, “Eu sempre fui fascinado por esse artista, porque eu nunca o entendi direito e, mesmo assim, ele parece ter criado bases e regras para como um artista deveria se comportar publicamente”.

Renan Marcondes é doutorando em Artes da cena pela Universidade de São Paulo e faz aproximações entre performance, dança, pesquisa teórica e escultura. Mesclando essas linguagens, propõe situações cíclicas onde o corpo aparece submetido a elementos que o humano sempre buscou dominar, como o chão, a força da gravidade, os objetos e o olhar. A exposição na OMA Galeria vai até 24 de julho e a entrada é gratuita.

O artista ainda participa de exposição na Casa de Cultura do Parque intitulada Ensaio para uma cidadania mundana, com curadoria de Ruy Luduvice, onde apresenta uma série de vídeos. Haverá uma mesa de abertura no dia 9 de junho, às 19h, no Facebook e no canal no YouTube do espaço.

“O amador”, 2021 – Renan Marcondes – 5 fotografias impressas sobre papel algodão acompanhadas por vídeo – 30 x 15 cm.

Sobre a OMA | A OMA Galeria é o primeiro e único espaço privado de artes visuais do ABC. Localizada em São Bernardo do Campo, a galeria está sob os cuidados do galerista Thomaz Pacheco. Em pouco tempo, o espaço tornou-se referência na região e destaca-se no circuito das artes por seus projetos culturais promovidos pelo OMA Educação e OMA Cultural e por seu quadro de artistas representados: Andrey Rossi, Bruno Novaes, Daniel Melim, Giovani Caramello, Isis Gasparini, Laerte Ramos, Nario Barbosa, Paulo Nenflidio, Renan Marcondes e Thiago Toes.

Redes sociais/site:

Facebook: https://www.facebook.com/omagaleria

Instagram: @omagaleria

Site: https://www.omagaleria.com.

Serviço:

Exposição Como se a paixão fosse uma grande esponja molhada

Local: OMA Galeria

Endereço: Rua Carlos Gomes, 69 – Centro – São Bernardo do Campo/SP

Visitação: de 28 de maio a 24 de julho de 2021

Horário: terça a sexta das 13h às 18h e, sábado, das 10h às 15h

Entrada gratuita com agendamento por WhatsApp: (11) 95595-0797

Mais informações: (11) 97153-3107

E-mail: contato@omagaleria.com.