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Pinacoteca de São Paulo e OSGEMEOS lançam série documental sobre o Hip Hop no Brasil

São Paulo, por Kleber Patricio

OSGEMEOS, Gustavo e Otávio Pandolfo, Bivolt e Thaíde/frame da série ‘Segredos’.

A Pinacoteca de São Paulo apresenta para o público a inédita série audiovisual Segredos, que aborda a origem, essência e perspectivas do hip hop nacional. A produção é um projeto idealizado pelos artistas OSGEMEOS, Gustavo e Otávio Pandolfo, e conta com 4 episódios de aproximadamente 20 minutos cada, que serão disponibilizados gratuitamente todas as quintas-feiras às 20h, a partir do dia 10 de junho no canal do YouTube da Pinacoteca.

Após o tour virtual e a visita educativa online, ambos já disponíveis no site do museu, a série documental é mais um desdobramento da exitosa exposição OSGEMEOS: Segredos, em cartaz até 9 de agosto de 2021 na Pinacoteca. Os episódios foram gravados de modo a revelar para os espectadores as principais influências criativas da dupla de artistas, que tem no movimento hip hop uma importante fonte de inspiração. Além de aproximar o público com o seu universo criativo, os vídeos também têm a intenção de incentivar outros jovens brasileiros a conhecerem e se aproximarem das manifestações artísticas de rua e seguir na busca de sua própria identidade, podendo até mesmo transformar a sua realidade. Por isso, além do canal do YouTube da Pinacoteca de São Paulo, o material será amplamente divulgado para a rede de professores e escolas estaduais e particulares, atingindo um grande número de jovens de todo o país.

OSGEMEOS Gustavo e Otávio Pandolfo. Foto: divulgação.

“Gustavo e Otávio cresceram no bairro do Cambuci, na região central de São Paulo, e foram envolvidos pela cena hip hop local no início dos anos 1980, quando começaram a dançar break e a grafitar. Desde criança eram frequentadores do Largo São Bento, berço da difusão do movimento hip hop pelo país, e desdobraram essas influências em múltiplas linguagens artísticas que podem ser vistas na ampla exposição em cartaz na Pinacoteca de São Paulo e nos seus trabalhos pelo mundo”, conta Jochen Volz, diretor-geral da Pinacoteca.

Influenciado por este contexto, a série documental Segredos parte da própria trajetória dos irmãos para demonstrar didaticamente como o hip hop se transformou em uma das manifestações artísticas e culturais mais relevantes no Brasil, influenciando a música, a arte, a moda, os costumes e, claro, a dança. Os episódios foram gravados em um cenário que simula um vagão de metrô, construído pelos próprios artistas em seu atelier. Dentro do veículo, figuras icônicas da cena cultural se encontram para revelar segredos e discutir as origens, o presente e o legado de um estilo que começou nos Estados Unidos e atualmente impacta a vida de milhares de pessoas no Brasil.

O roteiro obedece à lógica de uma viagem de trem de uma grande cidade; a cada parada, o telespectador é transportado para um fragmento do universo hip hop a partir de entrevistas com MC’S, DJ’S, dançarinos de break dance e artistas do graffiti conduzidos pela dupla OSGEMEOS. Os convidados são: DJ’S – Erick Jay, DJ HUM, KL Jay, Lisa Bueno e Ninja; BREAKDANCE – Alam Beat, B-boy Neguin, B-boy Pelezinho, B-Girl Fabi Girl, Nelson Triunfo, Ricardinho Electric Boogies; GRAFFITI – Binho, Doze Green, Gueto, ISE, Pran, Soberana Ziza, Speto, Tinho, Venus, Vitché e MC’S: Bivolt, Edi Rock, Ice Blue, Jack, Thaíde.

Foto: divulgação.

“Desde o início, quando começamos a imaginar a exposição Segredos, nossa ideia era produzir uma série de entrevistas na qual fosse possível compartilhar a história de alguns dos principais expoentes da cultura Hip Hop nacional e internacional. Essa minissérie é um projeto super especial nosso com a Pinacoteca de São Paulo. Uma viagem de “trem” ao tempo. Uma troca de aprendizados, histórias, vivências e descobertas. Acreditamos na educação e no poder da arte como transformação. Que essas janelas sejam o começo de uma longa jornada que possamos dar continuidade”, afirmam OSGEMEOS.

A série foi produzida pela Pinacoteca de São Paulo e executadas pelas produtoras Olhares Atentos, Bicho Produções, Porqueeu, Tilt e CORE e tem a direção de Vinícius Colé. O projeto contou com patrocínio do Iguatemi São Paulo via Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais (Pro-Mac).

Série documental Segredos

A partir de 10 de junho no canal Youtube/PinacotecadeSaoPaulo

Um episódio inédito será lançado toda quinta-feira sempre às 20h

Duração: aproximadamente 20 minutos cada

Produção, roteiro e gravação: Porqueeu, Bicho Produções, Tilt e CORE

Direção: Vinícius Colé

Veja o trailer aqui.

Confira abaixo a sinopse de cada episódio:

1º EP – 10 de junho – Todos os caminhos levam à São Bento | O nascimento do hip hop brasileiro. Um resumo do Brasil pelas trajetórias e origens individuais de alguns personagens até o encontro de todos os caminhos na histórica Estação São Bento. Convidados neste episódio: Rooney, Nelson Triunfo, Allam Beat, Ricardinho, Thaíde, MC Jack, KL Jay, DJ Hum e DJ Ninja.

2º EP – 17 de junho – A essência do Hip Hop | Um resumo da explosão criativa e cultural que nasce a partir do movimento da São Bento. O papel primordial que o hip hop teve como uma cultura de integração e as possibilidades que o movimento ofereceu aos jovens das décadas de 80 e 90 de vivenciar múltiplas expressões artísticas. A evolução do hip hop e os desafios que os personagens superaram para chegar ao topo. Convidados neste episódio: Doze Green, Lisa Bueno, Speto, Binho, Tinho, Vitché, Ise Erick Jay e Rooney.

3º EP – 24 de junho – Hip Hop: a história continua | Conheça a nova geração e saiba como o Hip Hop é importante na missão de unir e salvar vidas, as semelhanças e diferenças entre passado e futuro. O que a nova geração está fazendo para continuar o legado? Convidados neste episódio: Vênus, Bivolt, Ziza, Gueto, Pran, Pelézinho, Neguin e Fabi Girl.

4º EP – 1º de julho – Segredos: A busca de um estilo | Um episódio mais filosófico, onde os personagens compartilham suas percepções, falam de seus processos criativos, mostram caminhos e dão conselhos para quem está pensando em entrar para esse universo. Convidados neste episódio: todos os artistas. Apresentação: OSGEMEOS. Convidados:

DJ’S: HUM, Ninja, Erick Jay, KL Jay e Lisa Bueno. BREAKDANCE: Nelson Triunfo, Alan Beat, Ricardinho, B-boy Pelézinho, B-boy Neguin e Fabi Girl. GRAFITTI: Doze Green, Soberana Ziza, Venus, Gueto, Speto, Tinho, Binho, ISE, Vitché e Pran. MC’S: Jack, Thaíde, Ice Blue, Edi Rock e Bivolt.

Pinacoteca de São Paulo | A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade e em diálogo com as culturas do mundo. Museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais. A Pinacoteca também elabora e apresenta projetos públicos multidisciplinares, além de abrigar um programa educativo abrangente e inclusivo. Possui dois edifícios abertos ao público e com intensa programação: a Pinacoteca Luz e a Pinacoteca Estação.

OSGEMEOS | Projetos recentes da dupla de artistas incluem exposições individuais em: Frist Art Museum (Nashville, 2019), Hamburger Bahnhof (em colaboração com Flying Steps – Berlim, 2019), Mattress Factory (Pittsburgh, 2018), Pirelli HangarBicocca (Milão, 2016), Museu Casa do Pontal (Rio de Janeiro, 2015), ICA – The Institute of Contemporary Art (Boston, 2012). Suas obras integram coleções importantes ao redor do mundo, como: MOT (Tóquio), Franks-Suss Collection (Londres), MAM-SP (São Paulo), Pinacoteca de São Paulo (São Paulo), Museu Casa do Pontal (Rio de Janeiro).

OSGEMEOS: Segredos | Mais de 92 mil pessoas visitaram a exposição OSGEMEOS: Segredos na Pinacoteca de São Paulo, que segue na liderança das atividades culturais mais disputadas desde a sua inauguração em outubro de 2020. Devido ao grande sucesso, a mostra, com curadoria de Jochen Volz, já foi prorrogada duas vezes e segue agora até 9 de agosto de 2021. A exposição ocupa 10 espaços do museu com mais de mil itens do rico imaginário dos irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo. Recentemente, em abril deste ano, um tour virtual foi lançado com foco no público que ainda não conseguiu ingressos ou até mesmo para que pessoas de outros estados/países tenham acesso aos trabalhos expostos.

O tour já supera a marca dos 50 mil acessos desde o seu lançamento e pode ser acessado gratuitamente pelo site do museu. Os artistas Gustavo e Otávio Pandolfo também gravaram uma visita educativa guiada pela mostra OSGEMEOS: Segredos, disponível no site do museu (https://www.pinacoteca.org.br) ou pelo canal do YouTube (Pinacoteca de São Paulo). O vídeo lançado em janeiro deste ano acumula mais de 43 mil visualizações.

Livro-reportagem apresenta história de crianças sob uma nova face do trabalho na infância

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Nos faróis, nos cemitérios, nas lanchonetes e nas plantações encontramos crianças e jovens que tentam sobreviver ganhando seu próprio dinheiro, seja para garantir o alimento do dia ou para ajudar a família. Visando humanizar uma das mais graves violações de direitos contra crianças e adolescentes, os jornalistas Bruna Ribeiro e Tiago Queiroz Luciano apresentam em Meninos malabares – Retratos do trabalho infantil no Brasil dez histórias reais que retratam a vida daqueles que não tiveram outra opção além do trabalho na infância.

Conheça a história dos meninos malabares que equilibram cones e tochas de fogo em um desenho nas alturas, dos adolescentes que limpam túmulos nos cemitérios de São Paulo em busca de uns trocados, de um menino de oito anos que trabalha em uma plantação de palmitos e como uma família de bolivianos conseguiu se libertar da escravidão em uma oficina de costura. As fotos que acompanham cada uma das histórias emocionam e escancaram a situação vivida pelas crianças.

A obra traz relatos sobre trabalho infantil na praia, na feira, na lanchonete, no Carnaval, além da mendicância durante a crise causada pela pandemia de Covid-19 seguida de uma verdadeira pandemia da fome. Os autores apresentam também a trajetória de uma família que, com muito esforço, conseguiu romper o ciclo da exploração. Os relatos revelam o trabalho infantil como consequência de um problema estrutural, exigindo políticas públicas intersetoriais que respondam às mazelas de um dos países mais desiguais do mundo. Ao final do livro, os autores apresentam números, dados e contextualizações que podem contribuir para uma reflexão mais aprofundada sobre o assunto, com perspectiva histórica, jurídica, cultural e social.

O que é trabalho infantil? | Trabalho infantil é toda forma de trabalho realizado por crianças e adolescentes abaixo da idade mínima permitida pela legislação de cada país. No Brasil, é proibido para menores de dezesseis anos, mas, se for noturno, perigoso ou insalubre, a proibição se estende aos dezoito anos. Na condição de aprendiz, a lei permite o trabalho protegido a partir de quatorze anos. Entre as causas do trabalho infantil estão a desigualdade social, o racismo estrutural e questões culturais. Como consequência, a violação expõe as crianças a violências físicas, psicológicas e sexuais, além de prejudicar a aprendizagem e causar evasão escolar, perpetuando a reprodução do ciclo da pobreza nas famílias.

Serviço:

Meninos Malabares – Retratos do Trabalho Infantil no Brasil

Autores: Bruna Ribeiro e Tiago Queiroz Luciano

112 pp.

17 x 24 cm

R$43,90

Editora: Panda Books

ISBN: 978-65-5697-110-0 | e-ISBN: 978-65-5697-111-7

Assunto: trabalho infantil; reportagem

Sinopse: Este livro-reportagem traz a história real de crianças e adolescentes que não tiveram outra opção além do trabalho na infância. Nos faróis, nos cemitérios, nas lanchonetes e nas plantações, meninos e meninas revelam uma triste realidade que ainda perdura em nossa sociedade. Esta obra é uma denúncia e um apelo para que o direito à infância e à juventude seja garantido e preservado.

Os autores:

Foto: João Pedro Batista.

Bruna Ribeiro é graduada em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo e pós-graduada em direito internacional na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com extensão na Academia de Direito Internacional de Haia, na Holanda, aprofundando seu trabalho como repórter na área de educação e direitos humanos. Em 2015, depois de passar pelas redações do Jornal da Tarde, de O Estado de S. Paulo e da revista Veja São Paulo, lançou um blog sobre direitos de crianças e adolescentes no Estadão, que continua ativo. No ano seguinte, ingressou no projeto Criança Livre de Trabalho Infantil, da Cidade Escola Aprendiz, no qual atua como gestora. Em 2021 recebeu o prêmio Jornalista Amigo da Criança.

Tiago Queiroz Luciano é formado em jornalismo pela PUC-SP e trabalha como repórter fotográfico no jornal O Estado de S. Paulo há quase vinte anos, onde desenvolve as mais diversas pautas para as várias editorias do periódico. Tem especial predileção por reportagens de personagens anônimos da cidade; pautas que, muitas vezes, estão invisíveis nas chamadas dos principais noticiários. Em grandes coberturas, teve a oportunidade de fotografar tais anônimos, como no terremoto que devastou o Haiti, junto com o repórter João Paulo Charleaux, e em uma viagem pela Amazônia, onde refiz o trecho final de uma expedição centenária de Euclides da Cunha pelos limites entre Brasil e Peru, acompanhado pelo saudoso editor Daniel Piza. A viagem resultou no livro Amazônia de Euclides, publicado em 2010. Em 2020, ganhou o 37º Prêmio Direitos.

(Fonte: Agência Press Voice)

Série de TV “As Protagonistas” conta a história do audiovisual brasileiro a partir da produção das cineastas

São Paulo, por Kleber Patricio

Tata Amaral. Foto: André Michiles.

Percorrer a história de 70 cineastas brasileiras em 13 episódios com narração e comentários da diretora Tata Amaral – essa é a proposta da série documental As Protagonistas, que vai ao ar com episódios inéditos todos os sábados, às 21 horas, com reprises todos os dias, no CineBrasil TV e pode ser assistido online nas plataformas Divertenet e Oi Play.

As Protagonistas conta a história do audiovisual brasileiro a partir da produção de cineastas mulheres. Desde os anos 1930 até os dias de hoje, as cineastas assumem o protagonismo de suas carreiras e de suas produções e constroem as políticas de valorização do audiovisual brasileiro. A série se inicia em 1931, com o filme de Cleo de Verberena, O caso do dominó preto, e percorre a produção das cineastas até os dias atuais.

Ao longo dos episódios, a narrativa utiliza trechos dos filmes e obras audiovisuais, documentos, fotos, recortes de jornais, depoimentos das autoras e de pesquisadores para contar a trajetória de cineastas como Adélia Sampaio, Helena Ignez, Helena Solberg, Sandra Kogut, Letícia Parente, Sonia Andrade, Ana Maria Magalhães, Tizuka Yamasaki, Suzana Amaral, Lucia Murat, Carla Camurati, Anna Muylaert, Laís Bodanzky, Viviane Ferreira, Eliane Caffé,  Yasmin Thainá, Graci Guarani e Julia Rezende, entre outros nomes destacados de mulheres de cinema e do audiovisual brasileiro.

A cineasta Tizuka Yamazaki. Fotos: divulgação.

A cineasta Tata Amaral visita várias obras, entrevista realizadoras, curadoras, pesquisadoras, e parceiras de trabalho das cineastas e comenta o contexto histórico em que produzem. Para Tata, “as mulheres sempre estivemos ligadas ao cinema. Divas, estrelas, heroínas, vilãs: quem não tem sua preferida? O que poucos sabem é que estivemos trabalhando por trás das câmeras. Como autoras, contamos nossas histórias e criamos maneiras de fazer isto”.

“Ao colocar foco nesta produção, descubro que as cineastas foram protagonistas dos mais importantes momentos da nossa história audiovisual. Meu objetivo é compartilhar este olhar para que nossas obras estejam sempre presentes nos livros, nas pesquisas, nos ensaios, nas instituições de ensino, e nas listas de melhores filmes. Que esta produção seja considerada pela relevância cultural que ela tem”, conclui a cineasta.

As Protagonistas é uma produção é da Tangerina Entretenimento e está no ar no canal CineBrasil TV. A série foi realizada com de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual/BRDE/Ancine com apoio do canal CineBrasil TV.

Siga As Protagonistas nas redes sociais: www.instagram.com/asprotagonistaserie /

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Redes sociais canal CinebrasilTV:

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Serviço:

As Protagonistas

Onde: CineBrasil TV

Episódios inéditos todos os sábados, às 21h

Reprises: segunda às 9h30 – 21h30| terça às 20h30| quarta às 13h| quinta às 23h| sábado às 12h.

Assista online: divertenet.com.br/cinebrasil.

Ficha Técnica:

Formato: Full HD 1920×1080

Direção e narração: Tata Amaral

Argumento: Tata Amaral / Caru Alves de Souza / Henrique Figueiredo / Eliana Natividade

Roteiro: Tata Amaral / Josefina Trotta / Pedro Riera / Eliana Natividade

Texto: Tata Amaral

Fotografia: André Lorenz Michiles  / Camila Freitas

Som direto: João Godoy /Juliana Santana / Marina D’Ávila

Supervisor de montagem: Willem Dias, AMC

Montagem: Beatriz Pomar / Lia Kulakauskas

Música: André Whoong

Edição de som e mixagem: Pedro Noizyman

Coordenação executiva: Sônia Hamburger

Produção executiva: Tata Amaral.

Complexo de Visitantes da NASA proporciona visualização de lançamentos espaciais

Florida, por Kleber Patricio

Imagem; divulgação/NASA.

Desde 2020, os olhares se voltaram para o céu, graças à retomada de voos comerciais tripulados a partir dos Estados Unidos. Até o momento, foram feitos três envios com grupos de astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS) através da cápsula Crew Dragon da SpaceX em parceria com a NASA. E a agenda de lançamentos seguirá movimentada em 2021, já que, sob o Programa de Tripulação Comercial, a Agência e os parceiros da indústria se preparam para a próxima geração de espaçonaves americanas. E para que a população possa testemunhar esses avanços, o NASA Kennedy Space Center Visitor Complex, próximo a Orlando, na Flórida, oferece a oportunidade exclusiva de assistir esses eventos históricos.

No último dia 3 de junho, foi a vez da SpaceX Falcon 9 CRS-22 decolar para uma missão de reabastecimento. A espaçonave Dragon cargo entregará suprimentos e investigações científicas, incluindo estudos sobre tratamentos de doenças renais, sistemas de raízes de algodão e muito mais.

Já no dia 30 de julho, será realizado o segundo lançamento orbital da Boeing Starliner, a bordo de um foguete Atlas V. Nenhum astronauta estará a bordo para esta missão de certificação; no entanto, se trata de uma etapa necessária antes do teste de voo final com os astronautas Butch Wilmore, Mike Fincke e Nicole Mann, que em breve irão à ISS.

Depois, em outubro, no dia 16, será realizado o lançamento da inédita missão para os Trojan, uma jornada de 12 anos da espaçonave Lucy por oito asteroides diferentes. Será a primeira vez que a NASA irá explorar esses asteroides, que orbitam o Sol em dois grupos ao longo do caminho da órbita de Júpiter e são os blocos de construção restantes dos planetas externos do nosso sistema solar. O estudo dessa missão fornecerá uma visão única das origens planetárias de nosso sistema solar. Lucy fará o lançamento do Cabo Canaveral e usará os impulsos da gravidade da Terra para realizar tal jornada. Este caminho incluirá um asteroide do Cinturão Principal e sete asteroides Trojan.

Por fim, no dia 23 de outubro, quatro astronautas embarcarão na missão SpaceX Crew-3, na cápsula Dragon, no topo do foguete Falcon 9. Este lançamento será a terceira missão de rotação de tripulação para a ISS como parte do Programa de Tripulação Comercial da NASA.

O Complexo de Visitantes pode disponibilizar pacotes especiais para assistir esses lançamentos; por isso, é necessário ficar atento às novidades do site oficial. Além disso, se possível, o NASA Kennedy Space Center Visitor Complex oferece a oportunidade de visualização de dentro do complexo, inclusa no ingresso admission. Contudo, datas, horários e oportunidades de exibição estão sujeitos a alterações, já que os lançamentos podem ser afetados por problemas técnicos e mecânicos, bem como operações de alcance e clima, antecipadamente ou no último minuto.

Para além desta experiência excepcional, o complexo de visitantes também possui um grande leque de exibições e atividades, incluindo simulações espaciais e detalhes sobre os bastidores das missões da NASA.

Detalhes adicionais estão disponíveis em www.kennedyspacecenter.com.

Sobre o NASA Kennedy Space Center Visitor Complex | O NASA Kennedy Space Center Visitor Complex dá vida à épica história do programa especial dos Estados Unidos, oferecendo um ou mais dias inteiros de diversão, inspiração e atividades educacionais. Atualmente aberto com capacidade e atrações limitadas devido à Covid-19, inclui no ingresso admission o Heroes & Legends, apresentando o U.S. Astronaut Hall of Fame®, exibido pela Boeing, Ônibus Espacial Atlantis®, Jornada para Marte: Procuram-se Exploradores, filmes espaciais, o Jardim de Foguetes e o novíssimo Planet Play. A reabertura do Apollo/Saturn V Center está prevista para março de 2021. Apenas 45 minutos de Orlando, Flórida, o NASA Kennedy Space Center Visitor Complex abre diariamente das 10h a.m. e o horário de fechamento varia de acordo com a época do ano. Para mais informações, visite KennedySpaceCenter.com.

O NASA Kennedy Space Center Visitor Complex desenvolveu o protocolo de saúde e segurança Trusted Space, com medidas e procedimentos que estão em vigor para visitantes e funcionários, incluindo limitação de capacidade, máscaras faciais obrigatórias e medições de temperatura, promovendo o distanciamento social e aumentando a frequência de higienização. Saiba mais sobre o compromisso do complexo de visitantes em criar um espaço confiável para você e sua turma. Siga nas redes sociais Instagram, Twitter e Facebook.

Caroços de açaí viram bolsa térmica natural e ajudam a proteger a Mata Atlântica

Porto Alegre, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Buscando criar uma escolha de consumo mais responsável e com o menor impacto negativo humano, social e ambiental possível, a Mercur, indústria com atuação na área da saúde e educação, cocriou a Bolsa Térmica Natural. O produto, que utiliza caroços de açaí da Palmeira Juçara e uma macia camada de algodão orgânico, é um grande aliado da natureza, contribuindo com a proteção de uma espécie ameaçada de extinção e na preservação da Mata Atlântica.

Desde a concepção da Bolsa Térmica Natural, foi estabelecida a diretriz de privilegiar a geração de renda local para pequenos produtores e cooperativas e, por isso, o projeto elegeu matérias-primas de fornecedores que têm um alto senso de responsabilidade com o meio ambiente e com as pessoas, traduzido em impacto social: as Cooperativas Justa Trama e Econativa. Seu desenvolvimento se deu por meio da cocriação, metodologia que reúne técnicos da empresa, usuários, pesquisadores, estudantes e profissionais de saúde, entre outros públicos, para criar um item conectado com as necessidades das pessoas.

Caroços de açaí eram descartados após o despolpe | Sobra do processo de produção da polpa pelos agricultores agroecológicos da Cooperativa Econativa – Cooperativa Regional de Produtores Ecologistas do Litoral Norte do Rio Grande do Sul e Sul de Santa Catarina, os caroços de açaí são um dos principais insumos da  Bolsa Térmica Natural da Mercur. São esses caroços que retêm o calor no produto utilizado para termoterapia, auxiliando no tratamento de dores e lesões musculares e articulares, processos inflamatórios e no alívio de estresse muscular e cólicas.

Dessa forma, o insumo, que representa cerca de 70% do fruto e era descartado, hoje é mais uma fonte de renda para as famílias de produtores e incentiva o cuidado com a Palmeira Juçara – planta ameaçada de extinção e que tem papel importante na manutenção da biodiversidade da mata Atlântica.

Algodão orgânico e agroecológico | Já o algodão utilizado no tecido da Bolsa é produzido de forma orgânica pela maior cadeia produtiva no segmento de confecção da economia solidária, articulando 600 cooperados/associados em cinco estados, a Justa Trama. Ela foi escolhida após o grupo de trabalho envolvido no desenvolvimento do produto buscar estudos e contatos para compreender qual seria o tecido de menor impacto socioambiental.

“Escolher um tecido de reuso ou reciclado aumentaria o ciclo de vida dele, mas continuaria incentivando a produção de algodão convencional. E depois de conhecer a produção do algodão convencional, que contamina o solo, água, ar, além de causar alto índice de suicídio de produtores, tivemos a certeza de que precisávamos incentivar a cadeia do algodão orgânico como forma de preservação da vida, do ecossistema e da saúde humana”, explica Liciani Lindemayer, que atua na área de Inovação da Mercur.  Assim, os tecidos utilizados na bolsa provêm dessa rede distribuída nos estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Ceará e Rondônia. Dessa forma, muito mais que um produto para promoção da saúde e bem-estar das pessoas, a Bolsa Térmica Natural promove o cuidado com o planeta e seus recursos naturais.