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Cantora brasiliense é a primeira colocada em festival francês de música

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

A cantora e compositora brasiliense Moara ganhou em 1º lugar a última edição do Rootstock – Festival Francês de Música, em Château de Pommard, na França, que aconteceu nos dias 10 e 11 de julho. Moara concorreu com mais 19 artistas de diversas nacionalidades. A votação aberta ao público que consagrou os cinco ganhadores aconteceu online nos dias 10 e 11 de julho no site da Rootstock Music. “Esse prêmio é de extrema importância para a minha carreira. Ficar entre os cinco escolhidos já seria muito bom, não imaginei que em uma votação aberta eu ficaria em primeiro lugar”, comemora Moara.

Além de compor e cantar, Moara também é a diretora do Instituto Afrolatinas e produtora executiva do maior festival de mulheres negras da América Latina, o Festival Latinidades. Com 28 anos, é uma artista autodidata e que vem ganhando projeção na cena musical brasileira desde sua estreia em 2018.

O festival exibe 48 horas de música sem parar e teve como objetivo impulsionar cinco carreiras que são apostas de cada ano. Feito com um prêmio em dinheiro no valor de cinco mil euros e uma mentoria com especialistas do mercado.

Dona de voz potente e presença marcante, Moara se destaca como uma das principais representantes da música da capital do país na atualidade. Recentemente, recebeu dois prêmios na Lei Aldir Blanc, sendo o primeiro na categoria “Trajetória artística” e o segundo, com a Reverbera, plataforma de mulheres nas artes criada por ela e que teve sua primeira edição em 2019, envolvendo as principais representantes dos grandes festivais brasileiros de música.

Em 2018, lançou Peito Aberto, indicado no mesmo ano pelo jornal Folha de S. Paulo na categoria “Discos de MPB”, ao lado de nomes como Elza Soares e Gal Costa. Ainda em 2018, lançou 12 músicas em uma série intitulada Cartas Acapella e, no ano seguinte, trouxe ao mundo o EP Do começo ao fim?, indicado pelo portal Multi Modo como um dos 20 melhores EPs de 2019.

Depois de três anos, desde o primeiro trabalho lançado, Moara já se apresentou em festivais como Sonora Soma, COMA, SIM São Paulo, Móveis Convida, PicNik, Fico em Casa BR, LIFA Brasil, além de passar por palcos como Red Bull Station, Caixa Cultural São Paulo e CCBBs de Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. “Durante a pandemia, produzi com o DJ Venezuelano Fourtwenty Sound a faixa Nada Ok, trabalho totalmente remoto. Foi um desafio grande, mas conseguimos nos entender bem e o resultado ficou ótimo. Já recebi feedbacks de público fora do Brasil e isso me anima muito de pensar uma carreira internacional”, comenta a cantora Moara.

Ser uma das vinte artistas do mundo a compor a programação do Rootstock Festival com certeza é um passo importante nessa caminhada. Vencer o prêmio, além de trazer notoriedade internacional e ampliar as possibilidades de circulação, significaria mais investimento financeiro para a trajetória da artista.

Para acompanhar o trabalho de Moara nas redes sociais acesse:

https://instagram.com/moaramusica

https://www.youtube.com/moara

Latinidades 2021: Ascensão Negra | O Festival deste ano traz como tema a ascensão negra. O evento, que acontece de 22 a 25 de julho novamente de forma online, vai abordar uma sequência de acontecimentos que reforçam a contribuição da população negra para a humanidade. Os principais conteúdos das atividades do Latinidades estarão ligados aos seguintes tópicos: espiritualidade, bem viver, autoconhecimento, saúde, afeto, economia/finanças, estética/beleza, disputa política sobre futuros e epistemologias/cosmovisões afro-centradas.

A missão do festival é impulsionar a produção cultural e intelectual de mulheres negras, formação de público, capacitação e empoderamento. A primeira edição do Latinidades aconteceu no Distrito Federal, em 2008. Hoje, prestes a realizar a 14ª edição, o maior festival de mulheres negras da América Latina se tornou uma plataforma de formação e impulsionamento de trajetórias, saberes e fazeres de mulheres negras nas mais diferentes áreas do conhecimento.

Afrolatinas

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Festival Latinidades anuncia programação para edição de 2021

São Paulo, por Kleber Patricio

Coletivo Negras Autoras. Foto: Paulo Oliveira.

A 14ª edição do Festival Latinidades, maior festival de mulheres negras da América Latina, acontece entre os dias 22 e 25 de julho. O tema dessa edição é a Ascensão Negra, com a função de ser mais que um festival, mas sim, um grande encontro de saberes e potências negras. Pelo segundo ano consecutivo, o festival acontece de forma 100% online, transmitido pela plataforma Youtube, no canal do Afrolatinas.

O projeto parte do lugar das artes e da cultura para dialogar, disputar narrativas e fortalecer diferentes saberes de mulheres negras: na academia, na rua, na escola, no chão de fábrica, na comunicação, nos movimentos sociais, na gestão de políticas públicas, na diversidade infinita das nossas potências e possibilidades de produção de conhecimento.

A missão do festival é ser plataforma de formação, cultura, inovação, geração de renda, impacto social, encontro, encanto, acolhimento, celebração e resistência. Neste ano, o festival homenageia a cantora e violinista baiana Rosa Passos, a artista Zezé Motta, uma das maiores ativistas da música afro-peruana e ganhadora de três Grammy Latinos Suzana Baca e a vice-presidente da Costa Rica, Epsy Campbell.

A programação inicia no dia 22 de julho, às 19h, com o Manifesto Ascensão Negra, seguido pela exibição da minissérie Sonhar é poder, por todas as rotas, dirigida pela diretora e roteirista Viviane Ferreira, que é uma sequência de #SonhoDePretaConta. Com a realização em conjunto do Oxfam Brasil, Odun Filmes e Instituto Afrolatinas, a minissérie conta a história de seis jovens mulheres negras que revisitam suas próprias histórias e inspiram o mundo com reflexão sobre manutenção do poder de sonhar a partir da reformulação de rotas de vida no Brasil de 2021. A minissérie será exibida todos os dias do festival.

Zezé Motta será homenageada durante o festival. Foto: divulgação.

A programação de abertura segue, às 19h10, com um talks sobre o tema O que é ascensão para você?, com a ex-BBB Lumena Aleluia. Durante alguns minutos, será explicado que é possível e desejável que se tenha mais perspectivas sobre o conceito de ascensão e nenhuma delas precisa estar certa ou errada e nem se sobrepor a outra.

A grande novidade desta edição acontece às 19h45: a inauguração da Casa Afrolatinas com um tour virtual. A Casa Afrolatinas é uma central criativa, um espaço de trocas, intercâmbios culturais e experimentação de tecnologias. Um laboratório vivo e dinâmico de inovação e impacto social que foca nas artes, na cultura e na educação como pilares para o desenvolvimento humano, social e econômico.

“Assim como o Festival Latinidades, a Casa Afrolatinas nasceu para ser um espaço ativador de encontros, encantos, formações e oportunidades. Uma casa de mulheres negras latino-americanas e caribenhas. Uma casa de afetos. Uma mostra de nossas cores, sabores, saberes e fazeres. Nosso sonho de ter uma casa coletiva ao longo de todo o ano encontrou lugar no Varjão, comunidade periférica no Distrito Federal com população de 80% de pessoas negras. Nossa história é coletiva e a construção desse sonho não poderia ser de outra maneira. Assim nos movemos”, explica Jaqueline Fernandes, co-fundadora da Afrolatinas.

MC Taya fará pocket show no festival. Foto: divulgação.

E a primeira atração na Casa Afrolatina acontece às 19h25, com o recital Afrobooktuber, a Outra História, com Boris. Quem abre é a poetisa colombiana Mary Crueso, pioneira da literatura infantil afro-colombiana, seguida da mestra de direitos humanos e escritora antologizada Xiomara Cacho, que escreve em suas obras uma reprodução fiel e exata da realidade reproduzindo e denunciando os males que afligem a sociedade. Quem encerra o recital é a colombiana Luz de Carmen Serna com seus hinos e músicas de composição própria.

A multiartista Zezé Motta, uma das homenageadas da edição 2021, faz um pocket show às 20h. Com 14 discos gravados ao longo dos seus 77 anos, Zezé regravou clássicos como Trocando em Miúdos, de Chico Buarque e Francis Hime, e Pecado Original, de Caetano Veloso.

Pela primeira vez, o Festival Latinidades apresenta uma Jam Session*, definida como um encontro improvisado com a participação exclusiva de artistas entre instrumentistas, intérpretes, compositoras e poetas negras. Existem diversas versões para a origem do termo “Jam Session”: todas estão ligadas às culturas negras e ao surgimento do jazz. Com direção artística de Jaqueline Fernandes e produção executiva de Moara Ribeiro, o Preta Jam, com 10 artistas, acontece na Casa Afrolatinas, às 20h30.

Samantha Almeida. Foto: Arthur Nobre.

A penúltima atração da noite, às 21h20, é a apresentação da campanha E eu não sou uma mulher?, uma coleção de lingerie pensada, desenhada e desenvolvida por mulheres negras do Coletivo Preta Sou, de Minas Gerais, para mulheres negras.

Quem encerra a noite é o talk do Dom Filó, do Cultne TV, às 21h20. Batizado como Asfilófio de Oliveira Filho, se tornou, ao longo de 50 anos, comendador da Black Music, criou o Cultne TV, um canal no YouTube com 1.000 horas para celebrar a cultura negra: dá palestras, faz documentários e filmes e é provedor da cultura onde passa.

O segundo dia de festival inicia às 14h com o recital Afrobooktuber, a Outra História, com Boris com um trio de colombianas. Quem abre é a Emília Caicedo, que foi premiada pelo Ministério da Cultura como uma das três melhores gestoras culturais do país. Em seguida, Ereilis Navarro Cáceres conta alguns de seus escritos que falam sobre o penteado afro como resistência, comunicação e estratégia pedagógica. Quem encerra o recital é a jovem escritora de 16 anos Valentina Palacios Perez.

Yzalú. Foto: divulgação.

Uma sequência de talks marcam a tarde do segundo dia de festival, entre 14h35 e 17h50. Quem abre os talks é a economista Gabriela Chaves, do NoFront Educação Financeira, com o tema Educação Financeira por meio do RAP, seguido pela diretora do Twitter Next no Brasil Samantha Almeida com Ascensão negra e publicidade; depois é a vez da economista e vice-presidente da Assecor (Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento) Roseli Faria e da mestra em desenvolvimento econômico e conselheira da Assecor Clara Marino com Orçamento público como instrumento de mudança de vida das mulheres negras.

A vereadora Érika Hilton, eleita na última eleição em São Paulo, participa da Latinidades Talks às 15h, com o tema Jornada das Pretas – a política que queremos, com Erika Hilton, para refletir o que é ascensão negra e como a ocupação de espaços de poder por corpos de pessoas negras e trans pode levar o Brasil à mudança que queremos. Já as jovens mulheres negras que participam das formações do Inesc (Instituto de Estudos Socioculturais) contam, às 16h30, como o orçamento público chega nas juventudes e nas periferias no talk  Juventude, Direitos Humanos e Política Fiscal.

O jovem morador do Complexo do Alemão e idealizador do Voz da Comunidade Rene Souza participa do Talks Favela venceu?, com Rene Silva, às 17h40. Do Complexo do Alemão para o Festival Latinidades e para o mundo, Rene Silva compartilha sua perspectiva. Os talks do segundo dia de festival encerram, às 17h50, com a produtora cultural e coordenadora da FéMenina (Rede de Afetos) Renata Menezes, com o tema Jornada do Autoamor. Renata fala sobre estratégias necessárias para criar uma rotina onde haja espaço para as suas práticas de autoamor, que sempre acabam ficando pra depois.

Urias. Foto: divulgação.

A primeira Masterclass da 14ª edição do Latinidades acontece às 16h40, ministrada pela doutora em Literaturas Africanas – UFRJ e pós doutora em Filosofia Africana/UFRJ Viviane Mendes de Moraes ( Aza Njeri) com o tema Matriarcado Africana: resistência, permanência e continuidade. Será um encontro reflexivo sobre o Matriarcado Africana enquanto um valor cultural e pilar de resistência, permanência e continuidade da diáspora amefricana brasileira.

O Espaço Literário inicia sua programação às 18h20 do segundo dia e acontece de sexta à domingo, em parceria com o projeto Escola Antirracista das Letras que reune onze editoras negras – QuilombHojeMalê, Grupo Autêntia, Nandyala, Mazza, Pallas, Boi Tempo, Aziza, Oralituras, Editora Perspectiva e Trindade. Esse espaço promete ser o maior de todas as edições passadas do Latinidades, trazendo uma diversidade enorme de atividades ofertadas, envolvendo obras de mulheres negras escritoras africanas e da diáspora.

O músico Mateus Aleluia apresenta, às 20h30, um bate papo musicado. Matheus foi reconhecido pela Assembleia Legislativa da Bahia – tornou-se, em 2019, Comendador do Estado da Bahia ao receber a Comenda Dois de Julho. Depois de lançar o seu terceiro disco solo, Olorum, ele desenvolve atualmente os projetos Nações do Candomblé e Canto dos Recuados – Afrobarroco em palestra musical.

Yzalú faz um show às 21h. A cantora, rapper, compositora e violonista inovou no cenário independente ao apresentar o seu primeiro álbum Minha Bossa é Treta, lançado em 2016. A programação da noite encerra com a DJ Donna, que prepara um setlist, às 21h30, mostrando suas referências da música negra de pista, propondo conexões sonoras entre a música africana e diaspórica com o movimento hip hop.

Lumena Aleluia. Foto: divulgação.

Para o dia 24, terceiro dia do Latinidades, a programação começa às 10h, com Rhythm and Business – Oficina básica e áudio para artistas e produtoras ministrada pela técnica de áudio Regiane Pereira. A programação musical continua, às 11h, de Bitmaker com a produtora musical Badsista.

A cozinha Afrolatina, dentro da casa Afrolatina, é inaugurada às 14h com o chef Chidera Ifeanyi, do Restaurante Simbaz (DF). O Simbaz Culinária Afro Bar mapeou as principais características dos 54 países do continente africano. A proposta é oferecer ao público a culinária, língua e cultura das quatro principais regiões que compõem a África. “A gastronomia é elemento cultural determinante para todas as pessoas, por meio da qual é possível fortalecer identidades, gerar renda, garantir dignidade, autoestima e integração. A proposta é realizar uma série de programas audiovisuais para compartilhar a diversidade culinária preta e/ou feita por pessoas pretas”, explica Jaqueline Fernandes, co-fundadora da Afrolatinas.

A meditação ativa Parir a Si Mesma faz parte do repertório do sistema Respiração Ovárica – Alquimia Feminina, que propõe um reencontro com o poder dos ovários e do útero por meio da respiração. E a terapeuta holística, professora de Yoga, comunicóloga e consultora psicológica Clarice Val participa da atividade Meditação para parir a si mesma, às 15h05, no Festival Latinidades.

A professora de yoga Ana Sou oferece uma visão geral e uma atividade prática para quem aceitar o desafio de ativar o próprio Poder Ancestral no talk, às 15h45, sobre Vivência: Desafio seu Poder Ancestral. Ana faz parte da primeira geração de instrutores de Kemetic Yoga (base africana).

Nina Silva. Foto: divulgação.

O Afrounk Rio é um espaço que pensa a descolonização do corpo feminino, a produção cultural periférica e a cultura de bunda. E no sábado, às 16h25, a atriz Thaissa Machado fala sobre Ascensão negra, Afrofunk e descolonização do corpo.

O dia do Festival Latinidades encerra com cinco pokets shows: às 19h30 com Josy Anne; às 20h com MC Taya; às 20h30 com Urias, às 21h com Ebony e, encerrando, às 21h30, com Jub do Bairro.

Dia 25 de Julho é o Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha e, para finalizar o Festival Latinidades, o último dia tem uma programação variada com música, literatura, gastronomia e talks. O domingo começa, às 14h, com a minissérie Sonhar é poder, por todas as rotas, seguida do Amefricanifesto. Honrando o legado deixado por Lélia Gonzalez, o projeto Lélia Gonzalez Vive convocou mulheres negras de todo país a celebrar o dia 25 de Julho. Em parceria com organizações e coletivos de mulheres negras, foi criado o Amefricanifesto para demonstrar a indignação diante do racismo e do machismo estrutural e estruturante e valorizar nossas lutas pela igualdade. A exibição da minissérie e do Amefricanifesto se repete mais duas vezes ao longo do dia.

A séria portuguesa Black Excellence Talks exibe, às 15h, um episódio especial com a participação da bailarina Valéria Monã; a fundadora da plataforma Bantumen, dedicada à comunidade negra lusófona Vanessa Sanches; o bacharel em sociologia política e mestrando em Educação Danilo Lima; a empresária portuguesa com ascendência angolana Myriam Laylor; o ator, dramaturgo, cientista social, filósofo, professor, articulador cultural, produtor e artista plástico, além de ativista em direitos humanos fundamentais Rodrigo França e o ator luso – angolano nascido em Luanda Angola Hoji Fortuna. A programação segue com a Plataforma Black Excellence, às 16h, que nasceu de uma rede que une profissionais negros de todo o mundo, com Miriam Taylor amplificando as vozes de pessoas negras nos quatro cantos do mundo.

O Movimento Black Money é um hub de inovação para inserção e autonomia da comunidade negra na era digital junto à transformação do ecossistema empreendedor negro, com foco em comunicação, educação e geração de negócios pretos. E a palestrante e escritora Nina Silva,às 16h, fala sobre o  Movimento Black Money e reflexões sobre ascensão negra .

A CEO da Minuto Consultoria Empresarial & Carreira, especialista em Diversidade & Inclusão, palestrante, co-idealizadora do Potências Negras Ana Minuto fala, às 16h20, sobre Pretas Potências e reflexões sobre ascensão negra.

A edição 2021 encerra às 20h10 com o manifesto Ascensão Negra, Latinidades 2021. Mas, antes disso, acontece uma série de pocket shows: às 18h com Rayssa Dias, às 18h30 com Tasha e Trace, às 19h com Maysa e às 19h30 com Monna Brutal .

*A Jam Session vai acontecer na Casa Afrolatinas, com distanciamento, testagem e todas as medidas de proteção relacionadas à Covid-19.

A programação completa pode ser acessada por esse link.

Afrolatinas

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Festival Latinidades | A missão do festival é impulsionar a produção cultural e intelectual de mulheres negras, formação de público, capacitação e empoderamento. A primeira edição do Latinidades aconteceu no Distrito Federal, em 2008. Hoje, prestes a realizar a 14ª edição, o maior festival de mulheres negras da América Latina se tornou uma plataforma de formação e impulsionamento de trajetórias, saberes e fazeres de mulheres negras nas mais diferentes áreas do conhecimento.

Sinfônica de Campinas fará concerto em homenagem aos 247 anos do município

Campinas, por Kleber Patricio

Foto: reprodução/divulgação.

A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas fará uma apresentação especial em comemoração aos 247 anos de Campinas, no dia 18 de julho, às 18h30, no Teatro Castro Mendes. O evento não terá presença de público por conta das condições sanitárias relacionadas à pandemia da Covid-19, mas será transmitido ao vivo pela TV Câmara e pelo canal oficial da Secretaria Municipal de Cultura de Campinas no Youtube Abraça Campinas. A TV Câmara pode ser vista pelo Sinal digital 11.3, canal 4 da Net Campinas e canal 9 da Vivo Fibra. O link para o Abraça Campinas é (https://www.youtube.com/channel/UCieYuKccyRR-GlMTCOjs-oQ).

O concerto contará com a participação de quatro solistas de Campinas que se destacam no cenário musical: Catarina Neves, Livia Bernarde, Bruna Volpi e Diego Moraes. No repertório, estilos musicais variados, do MPB, samba ao pop. A regência é do maestro Victor Hugo Toro.

“O repertório da orquestra para essa apresentação especial tem tudo a ver com este momento que estamos vivendo. O avanço da vacinação está trazendo esperança e alento para a retomada e todas as canções vão expressar esse sentimento. Vamos comemorar o aniversário da nossa querida cidade com muita emoção, em um espetáculo imperdível”, disse a secretária municipal de Cultura e de Turismo, Alexandra Caprioli.

“Convidamos artistas campineiros para um repertório de canções que falam de felicidade, resiliência, volta por cima, de energias boas para tudo que virá. Esperamos que as pessoas gostem desse presente da Sinfônica para Campinas e seus cidadãos”, acrescentou o maestro Victor Hugo Toro.

A Orquestra se apresenta com 28 integrantes. Para manter a segurança dos músicos no concerto, o grupo será reduzido para manter o distanciamento e eles serão separados por barreiras de acrílico.

REPERTÓRIO

Orquestra – P. Lincke: Amina (serenade égyptienne)

Diego Moraes – Paciência (Lenine)

Catarina Neves – Fascinação (Marchetti e Ferraudy)

Livia Bernarde – Somewhere Over the Rainbow (Yip Harburg/Harold Arlen)

Bruna Volpi – Volta por Cima (Paulo Vanzolini)

Orquestra – Cupid’s Pranks (R. Stahl)

Catarina Neves – Estão Voltando as Flores (Paulo Soledade)

Livia Bernarde – Don’t Stop Me Now (Queen)

Diego Moraes – Tente Outra Vez (Raul Seixas)

Orquestra – Valsa Santiago (A. Corbin)

Bruna Volpi – O que é o que é (Gonzaguinha)

Currículos

Livia Bernarde | Aluna do último ano do Ensino Médio. Atual aluna de canto e belting contemporâneo. Professora de canto, ukulele e musicalização infantil. Atuante na área de performance vocal e teatral contratada em musicais e eventos públicos ou privados.

Semifinalista do programa The Voice Kids, da Rede Globo (2017-2018). Participou aos 13 anos da terceira edição do programa The Voice Kids exibido em rede nacional no time das cantoras sertanejas Simone & Simaria e graças ao seu desempenho, apareceu na capa da Billboard.

Catarina Neves | Aos 81 anos, realizou o sonho de cantar em rede nacional, participando da primeira edição do programa The Voice+, onde chegou à Grande Final representando o time do cantor Daniel.

Bruna Volpi | Suas experiências profissionais são fortemente ligadas à Música Popular Brasileira. Atualmente, seus trabalhos possuem um foco maior no samba. E além do samba, possui um repertório que passeia por ritmos brasileiros como baião, xote, choro, frevo, e eventualmente, uma pitada de jazz.

Diego Moraes | Cantor e compositor do interior paulista iniciou o canto coral e estudos no violão e piano aos 6 anos de idade. Ficou conhecido quando morou em Campinas e foi finalista do programa Ídolos da TV Record em 2009. Mais recentemente, em 2020, Diego foi convidado para a gravação de uma live session nos estúdios da Vevo – New York e lança de maneira intimista, violão e voz, Bipolar e Que Pena. Essa última música aborda o vício das pessoas no celular e motivou o processo de composição de um novo álbum atualmente em processo e que rodeia o tema: Tecnologia – a favor ou contra as relações humanas?.

Livro apresenta o Brasil para expatriados

São Paulo, por Kleber Patricio

O autor Thomas Winter. Fotos: divulgação.

Com palavras de orgulho e satisfação de quem vive no Brasil há mais de 20 anos, o autor Thomas Augustin Winter acaba de lançar o livro Becoming Brazilian, que retrata o que é o Brasil para expatriados que precisam fazer negócios por aqui.

Com 320 páginas, o livro tem como propósito apresentar o país para profissionais estrangeiros que trabalham ou vivem no Brasil, de modo a que consigam ser mais produtivos e superem o choque cultural. Além disso, a proposta da obra também é trazer mais detalhes da cultura, história e celebrações das diferentes regiões do país. “Depois de ver alguns gestores expatriados frustrados com o Brasil, eu percebi o quanto era importante que estes estrangeiros fossem treinados na cultura brasileira para fazer negócios de forma mais eficaz e que os viajantes tivessem uma compreensão mais profunda do país. O Brasil é um país particularmente importante para o mundo e ainda não há bons livros que tratem do assunto”, explica Winter.

Para Winter que, nasceu em Washington D.C., nos EUA, e passou a maior parte da carreira profissional em empresas multinacionais, o Brasil é um lugar estimulante e divertido para se trabalhar e visitar – porém, burocrático. “Como gestor profissional, a complexidade e burocracia de fazer negócios no país são um desafio. Entender e tentar fazer as coisas corretamente e legalmente precisa estar esclarecido para qualquer gestor estrangeiro, pois os processos brasileiros são mais onerosos”, afirma.

Publicado pela Editora Appris, o livro é dividido em duas partes. A primeira revê o comportamento, as celebrações e as crenças brasileiras. “Como evitar pagar mico?”, “Como beber chimarrão?”, “Como trabalhar com o tempo brasileiro?” e “Como cumprimentar e dizer adeus aos brasileiros?” são alguns exemplos. O livro explora ainda todas as regiões do Brasil por meio de sua comida e história. “O livro aborda temas diversos como, Forró, Bumba Meu Boi, Jeitinho, Pomba Gira e Zé Carioca. Eu não quero que o leitor aprenda sobre estereótipos brasileiros das regiões do Brasil, mas sim que eles entendam o Brasil de Norte a Sul”, comenta Winter.

Capa do livro.

Já a segunda parte reconhece que os brasileiros e o Brasil têm alguns problemas muito antigos e sérios que todos já sabem, mas um estrangeiro que vive aqui precisa entender melhor. Desigualdade social, racismo, más perspectivas de emprego, corrupção, impunidade e violência criminal são alguns problemas que conhecemos como brasileiros. “No livro, destaco que todos esses problemas foram resultado da história colonial brasileira sob a política portuguesa. O Brasil tem uma história única de ser, o único país do hemisfério ocidental unido sob uma monarquia que foge de Portugal. Só agora, depois de muitos escândalos de corrupção e impunidade, os brasileiros estão prontos para reformar suas instituições de governo. Mesmo que os problemas do Brasil ainda existam, só de olhar para a história do país é possível medir o progresso que foi feito”, defende o autor, que acredita que o livro pode ajudar expatriados a amar o Brasil.

Com preço sugerido de R$62,00, o livro já está a disponível em inglês pela Editora Appris no site www.editoraappris.com.br e, em breve, nas principais livrarias do país, como Amazon, Travessa, Cultura etc. A versão em português de Becoming Brazilian está prevista para 2022.

Sobre Thomas Augustin Winter | Thomas Winter vive no Brasil há mais de 20 anos. A maior parte de sua carreira profissional foi com empresas multinacionais de comércio agroindustrial que atuam na América Latina. Ele tem três filhas brasileiro-americanas. Possui MBA em Gestão Internacional pela Thunderbird School of International Management e bacharel em Economia pelo Colorado College.  Atuou no conselho de administração da Escola Internacional de Curitiba e da Escola South Kent. Ele tem faixa marrom no Jiu-Jitsu brasileiro. Atualmente, mora em São Paulo, onde trabalha como consultor e auxilia organizações com formação de equipes e eventos interculturais.

Nuno Ramos estreia performance inspirada em gravuras de Goya sobre os horrores da guerra

São Paulo, por Kleber Patricio

“Os Desastres da Guerra”. Fotos: Matheus Jose Maria.

Terceiro episódio de A Extinção É Para Sempre – projeto multilinguagem e inédito idealizado pelo artista, compositor, diretor e escritor Nuno Ramos e realizado pelo SESC São Paulo, com apoio do Goethe-Institut –, a performance Os Desastres da Guerra estreia em 16 de julho e terá três apresentações transmitidas ao vivo diretamente do teatro do SESC Vila Mariana.

O trabalho é inspirado na série de gravuras homônimas do espanhol Francisco de Goya, 82 imagens, realizadas entre 1810 e 1814, em que o pintor retratou cenas de fome, miséria e violência testemunhadas por ele durante a Guerra Peninsular.

Na criação de Nuno Ramos, as obras de Goya transformam-se em quadros-vivos. Em cena, os performers recriam as imagens do pintor espanhol enquanto interpretam cinco depoimentos sobre casos de miséria e violência do estado brasileiro. São relatos reais de casos de chacina e terror, ocorridos em locais como o Complexo da Maré e a comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro.

“Os Desastres da Guerra”. Foto: Matheus Jose Maria.

Soma-se a tudo isso um elemento sonoro: os depoimentos foram transpostos para o braile e, então, relidos como partituras musicais. Assim, as histórias quase impronunciáveis contadas pelo elenco são acompanhadas por sua transposição em braile projetada nas paredes e também por sua interpretação musical – uma sonoridade percussiva, tocada ao vivo. “A gente achou uma espécie de musicalidade rigorosa e científica da palavra através do braile. Eu senti que o texto era violento demais, e o braile o torna mais precioso, mais difícil de entender”, explica Nuno. Formam-se, então, várias camadas e modulações entre as vozes e a percussão.

Por fim, entra em cena um ator com deficiência visual, que ajuda a descrever textos e detalhes da performance e representa uma consciência coletiva – da nossa cegueira social.

“O espetáculo é uma tentativa de deslocamento para várias linguagens desse acesso quase impossível à violência civil do país, que é uma coisa que vem da nossa formação mesmo”, afirma Nuno. “Para vocalizar isso, precisei de várias instâncias mediadoras, que vão se distorcendo umas às outras. E o trabalho virou uma espécie de reza, uma litania, um murmúrio”, complementa o artista.

Chama | Também em julho, o projeto A Extinção É Para Sempre abre inscrições para o público participar da obra Chama. Inaugurada em maio, a obra foi criada como um monumento virtual de luto, uma chama eterna e ininterrupta em memória aos mortos que permanecerá acesa durante um ano, a obra agora está aberta a colaborações de pessoas públicas ou anônimas, artistas, coletividades ou instituições do mundo inteiro.

“A Extinção É Para Sempre – CHAMA”. Foto: Eduardo Ortega.

Por meio do formulário de inscrição disponível no site sescsp.org.br/aextincaoeparasempre, o público opta por uma data e horário para transmitir sua chama, que pode ser produzida da forma que preferir e transmitida ao vivo pela plataforma do projeto.

A ideia dessa alternância de chamas é utilizar o fogo como um ritual e também um chamado, uma convocação geral ao luto, à pausa e à dignificação de cada perda. Como explica Nuno Ramos: Chama é um memorial aos mortos”. Há um fogo principal – a “chama-mãe”, criada pelo artista –, que nunca se apaga, instalado no SESC Avenida Paulista. A obra está sendo transmitida ao vivo no site do projeto desde o dia 25 de maio desse ano, no mesmo espaço virtual onde serão veiculadas as demais chamas.

A Extinção É Para Sempre | Trata-se de um projeto que une diversas linguagens artísticas e busca expressar uma resposta urgente às incertezas do presente: o momento político e social e a situação pandêmica que o mundo atravessa. O projeto multilinguagem e inédito é idealizado pelo artista, compositor, diretor e escritor Nuno Ramos e realizado pelo SESC São Paulo com apoio do Goethe-Institut. Organizado em sete episódios e com colaboração de nomes das artes visuais, da dança, do teatro e do cinema, o laboratório teve início em janeiro de 2021 e seguirá com desdobramentos ao longo de um ano.

“Estamos vivendo um misto de queda sem fim com ataque por todos os lados. O projeto é uma tentativa de reagir, com balas múltiplas, a um ataque múltiplo, de manter a linguagem viva em vários níveis”, afirma Nuno Ramos. “É também uma forma de fazer arte ‘a quente’, uma produção em movimento, que vá contra o atual estado de apatia e responda aos assuntos que percorrem o espaço público hoje – como o luto, a violência, a ameaça às instituições e a relativização da nossa história”, completa.

“A Extinção É Para Sempre – CHÃO-PÃO”. Foto: Matheus Brant.

“Em meio à imprecisão e complexidade do momento atual, realizar tal proposta, com apoio do Goethe-Institut, é matizar possibilidades para uma travessia coletiva mais acolhedora, abastecida pelas múltiplas camadas que envolvem o fazer artístico-cultural e as descobertas infindas que a arte proporciona”, reflete Danilo Santos de Miranda, diretor do SESC São Paulo. Configurado como um laboratório artístico, o projeto tem promovido diálogos sobre as proposições com artistas de diversas origens e linguagens, como a escritora Noemi Jaffe, o cineasta Jorge Bodanzky, a diretora Tarina Quelho, a atriz Edna de Cássia, o coreógrafo Eduardo Fukushima e o encenador Antonio Araújo.

Nuno, que costuma trabalhar com diversos registros, explica que, aqui, o instinto “foi logo ir juntando muita gente. Temos de fazer, na cultura, o que a representação política não tem conseguido fazer, que é uma abertura, uma capacidade de contaminação entre o que pareceria incongruente. Isso tudo tem de somar agora, mostrar a força que as diferenças têm quando pisam num mesmo chão”, ele pontua.

Em cada um dos sete episódios, a equipe artística é reorganizada. Há participações pontuais e também um núcleo que perpassa todo o projeto. Ele é composto por Tarina Quelho, coreógrafa e diretora Tarina Quelho, o músico Romulo Fróes e os performers Allyson Amaral, Tenca Silva, Nilcéia Vicente, Ivy Souza e Leandro Souza. Esse grupo fixo, que nasceu de uma busca por novas parcerias, também irá ajudar a criar um diálogo entre todas as obras. “As ideias são muito diferentes entre si, mas formam um todo, e a gente vai carregando as ideias de um episódio para outro”, explica Nuno.

Os dois primeiros episódios, o monumento virtual Chama e a performance Chão-Pão, podem ser vistos pelo site do projeto (sescsp.org.br/aextincaoeparasempre). Os próximos trabalhos seguem em desenvolvimento no laboratório artístico e seus desdobramentos públicos estarão sujeitos às possibilidades de interação que as mudanças no contexto da pandemia venham a permitir nos próximos meses.

Ficha técnica Os Desastres da Guerra

Criação: Nuno Ramos

Direção e dramaturgia: Nuno Ramos, Tarina Quelho e Vicente Antunes Ramos

Performance e Colaboração Criativa: Allyson Amaral, Edgar Jacques, Eliana de Santana, Gabriela Silveira, Igor Caracas, Joy Catharina, Leandro Souza, Rayra Maciel, Renan Proença, Tenca e Vinícius Lordelos.

Direção musical: Igor Caracas e Romulo Fróes

Desenho e operação de luz: Gabriela Miranda e Matheus Brant

Figurino: Valentina Soares

Assistente de figurino: Caio

Direção técnica: André Boll

Direção de palco: Carolina Bucek

Direção de produção: Marisa Riccitelli Sant’ana e Rachel Brumana

Produção executiva: Giovanna Monteiro, Luiza Alves e Paulo Gircys

Execução cenográfica: William Zarella Jr

Assistente técnica e operação de vídeo: Giovanna Kelly

Sonoplastia e Consultoria audiovisual : Rodrigo Gava

Fotos divulgação: Matheus José Maria

Direção de filmagem: Pedro Nishi

Assessoria jurídica: José Augusto Vieira de Aquino

Assistência de assessoria jurídica: Paula Malfatti

Agradecimentos pela cessão de acervo de figurinos aos grupos e companhias: Cia Livre, Folias d’Arte, Mescla, Teatro Oficina Uzyna Uzona, Cia Antropofágica

Gestão e Produção: Superfície de Eventos

Realização: SESC SP

Apoio: Goethe-Institut

Ficha técnica do projeto A Extinção É Para Sempre

Realização: SESC São Paulo

Apoio: Goethe-Institut

Idealização e direção artística: Nuno Ramos

Assistência de direção: Vicente Antunes Ramos

Direção de produção: Rachel Brumana

Gestão e coordenação de produção: Marisa Riccitelli Sant’ana

Assistência de produção: Giovanna Monteiro e Luiza Alves

Direção técnica: André Boll e William Zarella Jr.

Artistas convidados e performers: Romulo Fróes, Tarina Quelho, Noemi Jaffe, Edna de Cássia, Eduardo Fukushima, Antonio Araujo, Allyson Amaral, Tenca

Serviço:

Performance Os Desastres da Guerra

16/7, sex., às 20h30, em instagram.com/sescaovivo e youtube.com/sescsp

17/7, sáb., às 20h30, em instagram.com/sescvilamariana e youtube.com/sescvilamariana

18/7, dom., às 17h, em instagram.com/sescvilamariana e youtube.com/sescvilamariana

Classificação indicativa: 14 anos.