Projeto inédito feito com mulheres cis e trans une arte, sustentabilidade e economia circular para fortalecer a autonomia feminina


Cerquilho
“Sem título – 42”, 2021 – acrílico sobre tela. Fotos: Amanda Bonis.
A história é repleta de casos de artistas que, em contraponto à extraordinária capacidade de expressar sentimentos e ideias por meio de sua arte, não possuem esta mesma facilidade nem equivalente clareza em se tratando de formas mais comuns de comunicação. Pode-se dizer que Cristiane Maschietto seja um desses casos. Tênue e discreta por natureza, a arte é o meio mais fluido de comunicação para ela, que produz arte com uma disciplina e regularidade tais que a impressão é de que, para ela, pintar seja uma atividade tão essencial quanto se banhar ou fazer exercícios, por exemplo.
Nascida em Miracema, norte do estado do Rio de Janeiro, Cristiane mudou-se para Indaiatuba logo após o casamento com o médico capivariano Rogerio Maschietto, que veio a estabelecer na cidade uma clínica de ortopedia. Ela própria graduou-se em Fonoaudiologia pela PUC de Campinas, carreira que exerceu por dez anos. Também como tantos outros casos, sua atração pelas artes se deu logo na infância, quando eram notórios seu interesse e intimidade com os lápis de cor.
“Sem título – 16”, 2021 – acrílico sobre tela.
Autodidata, seu conhecimento teórico-acadêmico de artes plásticas provém de aulas de desenho no início da carreira e alguns cursos livres em museus e academias de arte, como as aulas de pastel, acrílica e óleo sobre tela com a artista plástica Claudia Dal Canton Martignago em seu Dal Canton Art Studio, em 1984.
Além de seu ofício como artista, Cristiane é voraz consumidora de tudo que diga respeito à arte, mergulhando interessadamente em tudo sobre o assunto que chega às suas mãos ou ao seu conhecimento. Seus primeiros e mais marcantes encantamentos vieram de El Greco – que conheceu em sua primeira visita ao Museu do Prado, em Madri. Após um período absorvendo impressões dessa influência, seu olhar acabou se direcionando para os expressionistas, cuja linguagem predomina na maioria de seus trabalhos.
“Sem título – 22” – acrílico sobre tela.
Os objetos de seu olhar são os mais diversos — naturezas mortas, paisagens, objetos, animais, plantas e, mais raramente, pessoas —, assim como as técnicas e materiais que utiliza — majoritariamente, acrílico sobre tela, mas também óleo sobre tela, pastel, pátinas e texturas diversas.
Além da pintura, amplamente majoritária, a criação artística de Cristiane Maschietto se manifesta por meio de diversas linguagens plásticas, como aquarela, pintura em cerâmica e, inclusive, a escultura — que, infelizmente, não são objeto desta matéria, mas que me proponho a explorar em outras oportunidades.
Cristiane Maschietto em seu ateliê em Indaiatuba, SP.
Após quase dois anos de pandemia – quando sua produção provavelmente tenha aumentado –, Cristiane sente-se à vontade para difundir sua produção mais recente, composta de cerca de 60 obras e, com a retomada gradual de exposições presenciais, começa a avaliar convites para participar de mostras. Enquanto isso não se materializa, seus trabalhos podem ser vistos no canal @c.maschietto do Instagram.
Exposições
1993 – Individual /Espaço Cultural CEF (Indaiatuba/SP) | I Semana de Arte e Decoração (Museu Casarão Pau Preto, Indaiatuba/SP)
1994 – II Semana de Arte e Decoração (Museu Casarão Pau Preto, Indaiatuba/SP) | I Bienal de Arte Contemporânea (Valinhos/SP)
1996 – Individual/Espaço e Arte Vitrine (Indaiatuba/SP)
1998 – Espaço Cultural Alles Bier (Campinas/SP) | Associação dos Artistas Plásticos e Visuais (Indaiatuba/SP)
2000 – ExpoCanada – Gallery BrazArts (Toronto)
2019 – Bienal de Arte Contemporânea Europeia e Latino-americana (Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro/RJ) | Bienal de Arte Contemporânea Europeia e Latino-americana (Casa França/Brasil, Rio de Janeiro/RJ) | AlavancArt Leverage Art (Helsinque, Finlândia) | Pink October (4W43 Gallery Art Space (Nova Iorque, EUA) | Salon ArtShopping (Carrousel du Louvre, Paris, França) | AVA Art Festival (Tóquio, Japão) | ExpoArte SP (São Paulo/SP).
Foto: divulgação.
O Polo Shopping Indaiatuba e a Mann+Hummel estão juntos numa iniciativa que tem como objetivo melhorar a qualidade do ar no interior do shopping por meio de uma das tecnologias de filtragem desenvolvidas pela empresa alemã. Para tanto, foi instalado na Praça de Alimentação do centro comercial um Filter Cube, filtro purificador capaz de retirar do ar diversos tipos de micro partículas inaláveis, o que inclui vírus e bactérias suspensos no ar.
O centro de compras já possui um sistema de ar condicionado que segue todos os protocolos sanitários indicados para a pandemia, incluindo a utilização de elementos filtrantes que eliminam micro-organismos presentes no ar. O Filter Cube da Mann+Hummel será uma tecnologia complementar ao trabalho de filtragem já realizado; desta vez, com foco específico na Praça de Alimentação, de modo a melhorar ainda mais a qualidade do ar nesse ambiente.
O equipamento instalado no Polo Shopping, nomeado de Cube-Kleen, possui uma nova tecnologia de alta performance em filtragem HEPA (High E ciency Particulate Air) e luz UV germicida. Essa função permite uma filtragem de alto desempenho para microrganismos suspensos no ar, apresentando 99,97 % de eficiência em filtragem de partículas de até 0,3 µm.
A diretora financeira da Beijo do Sol, Érika Nogueira Bianchini. Fotos: divulgação.
Fundada em meio à pandemia, em 2020, a Beijo do Sol, empresa de biquínis localizada em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, sabe o que é enfrentar desafios. Prova disso são as iniciativas sustentáveis da marca e a percepção de que o público está cada vez mais engajado em um novo conceito de compra. São os chamados “consumidores conscientes”, atentos aos impactos, descartes e serviços fornecidos.
Um levantamento intitulado Pesquisa sobre vida saudável e sustentável, feito pela consultoria GlobeScan em 27 países, mostra que a parcela de brasileiros cientes do quanto determinados produtos podem ser letais para o meio ambiente aumentou de 69% para 81% no ano passado. A diretora financeira da Beijo do Sol, Érika Nogueira Bianchini, explica que esse compromisso é cumprido em diversas frentes e uma delas é a doação das sobras de tecidos de recortes das peças para artesãos. “As sobras de tecidos usados em nossas coleções são sempre destinadas às pessoas que fazem tapetes e pulseiras justamente para que, ao invés de serem descartadas no meio ambiente, tornem-se fonte de renda para quem mais precisa neste momento difícil que vivemos”, explica.
De acordo com ela, o projeto faz parte de um dos pilares mais importantes da marca, referente à preocupação com toda a comunidade e biosfera, e em pouco mais de um ano de atividade já ajudou dezenas de pessoas desempregadas – além da natureza, já que o tecido de linha praia demora de 70 a 100 anos para se degradar.
Tapetes feitos com sobras de tecidos dos biquinis.
Junto com outras marcas, a fábrica, que fica em Votuporanga, chega a entregar meia tonelada de retalhos por mês. Karina Fonseca, que mora na mesma cidade, é uma das beneficiadas. Logo após perder o emprego durante a pandemia, a dona de casa passou a aprender artesanato com a mãe e não hesitou em investir nessa arte ao descobrir sobre as doações. Hoje, vende suas confecções a partir de R$25 cada. “Está sendo muito bom e gratificante pra mim. Chega a ser terapêutico, porque além de ocupar a cabeça, ganho meu dinheiro honesto e ajudo minha família. Sem o repasse de retalhos e as facilidades da internet, eu não conseguiria me manter em casa trabalhando e protegida do vírus”, afirma.
Ou seja: o encontro necessário entre moda e sustentabilidade, apontado na Pesquisa sobre vida saudável e sustentável e sentido diariamente por lojistas e consumidores, tem sido cumprido e já tem perspectivas de crescimento, sem desculpas para qualquer adiamento.
“Sempre tivemos vontade de abrir um negócio consciente e, ao surgir a oportunidade, a ideia da sustentabilidade foi muito importante no processo. Começamos ao optar por estampas digitais em nossas peças, que geram economia de água e causam menos impacto ao meio ambiente, e ampliamos para a doação de resíduos sólidos. Agora, isso é motivo de orgulho e inspiração para futuras iniciativas internas”, finaliza Érika Bianchini.
Vista do Estúdio 41 com fotografias da exposição ‘3 é 5’, de Dani Tranchesi.
Fascinada pela diversidade de pessoas, coisas, comidas e pelo movimento caótico e frenético, a fotógrafa Dani Tranchesi sempre gostou de visitar e registrar mercados e feiras livres em suas andanças pelo Brasil e pelo mundo. Ao longo de 2020, durante a pandemia, ela percorreu feiras livres de São Paulo registrando espaços e pessoas. O resultado pode ser visto em 3 é 5, projeto inédito desdobrado em exposição, curta-metragem e livro que será apresentado em 17 de agosto na abertura do Estúdio 41, novo espaço cultural de São Paulo voltado à reflexão e discussão sobre fotografia.
Durante a pandemia, as feiras livres – quase como locais de resistência – eram alguns dos poucos lugares que não pararam de funcionar. Este fato, aliado ao fascínio que a fotógrafa nutria pelo tema, fez surgir naturalmente o projeto de 3 é 5, título que remete à comum fala dos feirantes na hora da xepa para atrair os clientes.
Para Diógenes Moura, curador de projeto 3 é 5 e diretor artístico do Estúdio 41, o livro mostra que a feira é um lugar de resistência e consegue se manter diante de um mundo onde tudo se tornou online. “Tem um potente apelo visual, mudanças constantes de luz, personagens muito particulares, várias histórias, muitos detalhes, também alguns mistérios e segredos. Para a palavra e para a imagem, que é o universo ao qual me dedico como escritor e curador, a feira é um mundo muito próximo ao de uma ópera”, afirma.
A exposição traz ao público uma seleção das 95 imagens que compõem o livro. 3 é 5 não somente documenta a montagem e desmontagem de uma feira livre, mas principalmente seus personagens, feirantes e fregueses e a movimentação frenética e caótica.
O livro, que tem edição da Vento Leste Editora, é organizado a partir de três momentos. No primeiro, começando com a feira ainda na madrugada, sem a presença frenética dos fregueses, traz a montagem da feira e imagens do dia amanhecendo e alguns poucos transeuntes. No segundo, os feirantes se tornam protagonistas ao posarem em um estúdio improvisado em alguns pontos da feira. “É quando se revelam para além da dureza do trabalho cotidiano, virando atores de uma ópera encenada ao acaso. É uma maneira de torná-los existentes para além da resistência intrínseca da atividade que exercem”, explica Dani Tranchesi sobre colocá-los posando num estúdio improvisado.
A terceira e última parte da publicação traz um material extra com registros dos fotogramas do curta-metragem do cineasta Pedro Castelo Branco. São imagens em preto e branco que fogem do habitual making of e se revelam uma obra complementar e distinta do livro.
Com seu preto e branco e uma trilha sonora orgânica, que vai de um compositor clássico como Johannes Brahms ao Quinteto Armorial, e usando o Cinema Direto como linha narrativa, o filme expõe o ofício de um feirante que precisa trabalhar em meio a uma pandemia, mas não deixa de fabular sobre os personagens com o humor ao mostrá-los abordando os fregueses com suas falas peculiares. “Minha intenção, desde o começo, foi de captar a atmosfera da feira, fazendo com que o espectador se sinta parte daquele espaço caótico e cativante”, explica o diretor.
3 é 5 vem acompanhado ainda de dois QR Codes que dão acesso aos textos que o curador Diógenes Moura realizou para o projeto: A Ópera, Os Olhos, O Beijo, O Plural e Os Nomes.
Estúdio 41 | Um espaço voltado à reflexão e discussão sobre o fazer artístico da fotografia – esse é o mote do Estúdio 41, projeto que ocupa o conjunto 41 do prédio 1254 da Rua Pedroso Alvarenga, no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo. Com direção artística do curador e escritor Diógenes Moura e comandado pelas sócias Dani Tranchesi e Paula Rocha, o novo espaço cultural vai apresentar projetos de fotógrafos emergentes e consagrados em uma programação de exposições, exibição de filmes, lançamento de livros e conversas sobre a linguagem fotográfica. “O espaço nasce do desejo de mostrar a obra fotográfica de artistas das mais diversas gerações e estilos e fomentar a produção de novos talentos. Não vamos funcionar como uma galeria, mas sim, trabalhar em diálogo e parceria com esses espaços, além de instituições e outros projetos independentes”, conta Dani Tranchesi. “A ideia é ser um espaço de reflexão e também um motor, um ponto de difusão da prática fotográfica”, complementa Diógenes Moura.
A programação de 2021 trará exposições de nomes como Luciano Candisani, fotógrafo em atividade há duas décadas e autor de narrativas que interpretam culturas tradicionais e ecossistemas ao redor do mundo; exibição do documentário Equivalências: aprender vivendo, da emblemática Maureen Bisilliat, fotógrafa e documentarista inglesa radicada há mais de sete décadas no Brasil; e lançamento do livro 3 é 5, publicação de Dani Tranchesi que reúne imagens captadas ao longo de 2020 em feiras livres de São Paulo.
Sobre Dani Tranchesi | Fotógrafa, participou de diversas exposições coletivas e individuais, entre as quais, Cuba antes dos Stones e Caixa Clara e Lindo Sonho Delirante. Esta última, também apresentada em forma de livro, é o resultado de um ano de pesquisa e estudos ao lado do escritor, curador e editor Diógenes Moura e reúne imagens produzidas em São Paulo, na Ilha de Marajó e Belém, no Pará, entre 2018 e 2019. Trata de humanidades ao reunir o homem urbano, com seus dias entre a fuligem e o asfalto, e os habitantes das águas doces, sempre dispostos a contar as estrelas.
Sobre Diógenes Moura | Nascido em Recife, Pernambuco, atualmente vive e trabalha em São Paulo. É escritor, curador de fotografia, roteirista e editor independente. Em 2020, realizou O Olhar Não Vê, O Olhar Enxerga e Não Danifique os Sinais, mostras de longa duração a partir do acervo do Museu da Fotografia de Fortaleza. Nesse mesmo ano, foi curador da exposição e editor do livro Lindo Sonho Delirante, da fotógrafa Dani Tranchesi, realizada na Galeria Estação. Em 2018, fez a pesquisa e curadoria de Terra em Transe (concebido especialmente para o Solar Foto Festival, Fortaleza, CE, 2018/2019), exposição que reúne cerca de 500 imagens de 55 fotógrafos brasileiros. Foi Curador de Fotografia da Pinacoteca do Estado de São Paulo entre 1999 e 2013. E, como Curador de Fotografia, recebeu quatro prêmios da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA).
Sobre Paula Rocha | Formada em Marketing pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) é produtora de eventos e apaixonada pelo mar e pela fotografia. Entre 2014 e 2016, organizou alguns workshops com fotógrafos profissionais para Índia, Atacama, Salar do Uyuni e Islândia com fotógrafos profissionais. Em 2016 foi curadora da exposição de fotografia de surf Superfície Líquida na Galeria Fauna.
Serviço:
Inauguração do Estúdio 41
Lançamento do livro 3 é 5, da fotógrafa Dani Tranchesi
Endereço: Rua Pedroso Alvarenga, 1254, cj 41, Itaim Bibi – São Paulo/SP
Funcionamento: na semana de abertura da exposição 3 é 5, o Estúdio 41 irá funcionar de segunda a sexta, das 13h às 18h e sábados das 11h às 13h com horários agendados pelo Sympla.
A partir do dia 23 de agosto, o agendamento será feito pelo Whatsapp (11) 99452-3308
História é uma sátira à corrupção criminal que ocorria nos anos 20 em Chicago e celebridades criminais.
No dia 28 de agosto, o grupo de teatro Yara Produções Artísticas apresentará o espetáculo musical Chicago, que será realizado em parceria com a Bravo Cultural Produção Local, na Sala Palma de Ouro, em Salto, às 20h00. O espetáculo tem classificação indicativa de 16 anos.
A história é uma sátira à corrupção criminal que ocorria nos anos 20 em Chicago e celebridades criminais. Velma Kelly, famosa vedete, assassinou sua irmã e seu marido e acabou na prisão Cook. Roxie Hart mata seu amante e vai para a mesma prisão, onde Mama Morton é a carcereira. Entre sonhos e devaneios de Roxie dentro do presídio, conhece, para representá-la no tribunal, o advogado Billy Flynn, que nunca perdeu uma causa. O advogado orquestra toda a história com muita malandragem e convence o marido de Roxie, Amos Hart, de que ela é realmente inocente. Cheio de música e dança, Chicago, O Musical traz personagens para divertir o público.
O espetáculo tem Yara Napoli como diretora geral, Leandro Mendes como diretor musical e Iara Fioravanti como diretora coreográfica. No elenco, estão Camila Luiza, Damiana Miccheletto, Djéssica Alves, Eliel Carvalho, Fernanda Napoli, Iara Fioravanti, Jean Pino, Jéssica Nasso, Leandro Mendes, Letícia Napoli, Luciana Portilho, Luiz Gustavo Camargo, Nathália Pereira, Rafael Cavacchini, Renata Oliveira e Yara Napoli. Já no corpo de baile, estão Brenda Stranghiti, Claudia Medeiros, Cleyton Fonseca, Emilyane Vecchi, Francisco Amantéa, Henrique Macena, Vinícius Felix, Marília Arede, Micaella Galdolfi e Oswaldo Guarnieri. Cantores: André Pires, Felipe Viturino e Paulo Longares.
Os ingressos para o espetáculo custam R$33,00 comprando pelo WhatsApp (11) 99419-3761 ou (11) 93766-4982, com Renata Oliveira.
Serviço:
Chicago O Musical
Data: 28 de agosto (sábado)
Horário: 20h
Local: Sala Palma de Ouro – Salto/SP
Endereço: Rua Prudente de Morais, 580, centro de Salto/SP
Ingressos: R$33,00 pelo WhatsApp (11) 99419-3761 ou (11) 93766-4982, com Renata Oliveira
Instagram: @yaraprodart.