Projeto inédito feito com mulheres cis e trans une arte, sustentabilidade e economia circular para fortalecer a autonomia feminina


Cerquilho
Foto: Luka Malic/Unsplash.
“Uma válvula de escape para os momentos de estresse e irritação.” – assim Helena Molinari, 39 anos, profissional de relações públicas, resume o vício no cigarro. “Sou fumante há três anos e, durante a pandemia, minha rotina de trabalho tem sido em home office, o que facilita o acesso ao tabaco. Preciso gerir o tempo e a equipe a distância, tenho mais demandas e cobranças e acabo fumando mais”. O caso de Helena não é isolado. Aliás, pelo contrário, se aplica a muitos brasileiros. Dados do IPC Maps, banco de dados que mede o índice potencial de consumo em todo país, mostra que o consumo do tabaco aumentou 16% em 2021, quando comparado ao ano passado. Na região de Campinas, o crescimento foi de 16,6%, um pouco acima dos parâmetros nacionais, sendo o vício mais presente nas classes C, D e E, que fumaram 20% a mais do que em 2020.
Os dados ganham destaque no próximo domingo (29), que marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Na visão do pneumologista Ricardo Siufi, do Vera Cruz Hospital, o aumento durante a pandemia é multifatorial. “Provavelmente, o maior gatilho está na questão emocional, como coexistência de transtorno de ansiedade e depressão em pacientes tabagistas. Não podemos negar, porém, que novos hábitos desenvolvidos ao longo da pandemia, como o trabalho em home office, por exemplo, exercem uma influência importante, visto que diversos regimes de trabalho presenciais não permitem o tabagismo”, exemplifica.
Outra pesquisa, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) já havia monitorado este aumento no ano passado, logo que a orientação à população era pelo distanciamento social para combater a disseminação do coronavírus. Na ocasião, mais de 30% dos homens e 38% das mulheres fumantes passaram a consumir, ao menos, 10 cigarros a mais por dia, em média.
A maioria das pessoas acende o primeiro cigarro por curiosidade ou, eventualmente, de forma recreativa. “Comecei por curiosidade. É um vício nocivo para a saúde; quero sempre parar porque não gosto de fumar, me incomoda o cheiro, o gosto, mas ainda não consegui. Tentei no início deste ano, mas achei que estava fazendo bem para meu psicológico e não encontrei ainda um substituto para esse momento de pausa e reflexão que o cigarro me propõe”, adiciona Helena.
Para o médico, as pessoas perpetuam o hábito de fumar pela presença da nicotina. “A substância tem alto poder em causar dependência e gerar uma sensação de bem-estar, com uma ativação importante de nosso sistema de recompensa”, explica Siufi. Segundo o médico, o crescimento no tabagismo durante a pandemia é preocupante, pois o hábito piora os desfechos da Covid-19. “Temos vivido com frequência complicações de pessoas fumantes. O uso do tabaco pode elevar o risco de desenvolver a Covid-19 com quadros mais graves e até mesmo fatais”, salienta.
Doenças relacionadas ao consumo do tabaco | O especialista esclarece que o consumo do tabaco deve ser tratado como uma doença, já que causa dependência. “Não apenas a nicotina exerce efeito maléfico para o nosso organismo, tanto que já foram encontradas mais de 40 substâncias comprovadamente carcinogênicas no cigarro industrial”, diz.
O ato de fumar está relacionado a aproximadamente 50 doenças; entre elas, as respiratórias (doença pulmonar obstrutiva crônica, infecções respiratórias e asma), cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio e hipertensão arterial) e diversos tipos de cânceres (pulmão, laringe, faringe e esôfago). “Os fumantes adoecem com uma frequência duas vezes maior do que os não fumantes e têm menor resistência física, menos fôlego e um pior desempenho nos esportes e na vida sexual, além de envelhecerem mais rapidamente”, pontua Siufi.
Benefícios de parar de fumar | Cessar o consumo de cigarro traz inúmeros benefícios, segundo o pneumologista, e tais vantagens podem ser observadas logo na primeira hora. “Com 20 minutos, é possível observar melhora na pressão sanguínea. Em duas horas, há uma baixa acentuada nos níveis de nicotina no sangue. Entre 12 e 24 horas, os pulmões já funcionam melhor. Após um ano, o risco de morte por infarto é reduzido à metade e, finalmente, após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram”, classifica.
O primeiro passo para parar de fumar é reconhecer os danos que o hábito causa à saúde e, na sequência, procurar por um pneumologista para uma avaliação adequada e início a tratamentos adequados. “Os cuidados envolvem desde um exame clínico completo, solicitação de exames e avaliação do grau de dependência nicotínica para que, assim, em decisão compartilhada, seja proposta a melhor terapêutica para a cessação”, conclui Siufi.
Foto: Douglas Henrique Silva.
Com o período de seca, a possibilidade de incêndios florestais é aumentada. Entre o final de julho e o início de agosto, o Santuário do Caraça foi cenário de uma situação que exigiu o empenho de vários profissionais para o combate às chamas, que consumiram cerca de 1.800 hectares de matas. O trabalho contou com a ajuda do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, principalmente as guarnições de Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte, o grupo Previncêndio, o Instituto Estadual de Florestas, a Polícia Militar de Meio Ambiente, empresas e outros agentes de preservação do meio ambiente.
De acordo com Douglas Henrique Silva, biólogo do Santuário do Caraça, não foi possível identificar a origem do fogo que atingiu a região. “Em sete dias, a RPPN Santuário do Caraça sofreu com um incêndio de grandes proporções que atingiu cerca de 1.800 hectares da reserva. O estrago poderia ser muito maior, mas graças ao apoio de muitas pessoas, o foco foi debelado. Cabe agora aguardamos pacientemente a recuperação natural das áreas atingidas. Não sabemos como o incêndio começou, mas tudo indica que não foi natural. Por muitos anos, os moradores da nossa região ainda cultuam a prática de colocar fogo para renovar as pastagens ou para simplesmente limpar os quintais. Precisamos rever essa prática; atualmente existem alternativas mais ecológicas que podem ser utilizadas”, comenta.
Foto: Douglas Henrique Silva.
Segundo Douglas, sem o apoio de tantos agentes envolvidos em sanar com o fogo, que acabou tomando grandes proporções, não teria sido possível resolver a situação. “A RPPN Santuário do Caraça é profundamente grata a todas as instituições, empresas e voluntários que nos ajudaram nessa difícil tarefa. Agradecemos ao Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, principalmente as guarnições de Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte, ao grupo Previncêndio, ao Instituto Estadual de Florestas, a Polícia Militar de Meio Ambiente de Minas Gerais, as empresas Anglo Gold Ashanti e Vale S.A por disponibilizar suas brigadas de incêndio, as brigadas da AMDA, SAFEMED. Fora esses, a brigada do Parque Nacional da Serra do Gandarela, a brigada B1 da Serra do Rola Moça, a brigada voluntaria de João Monlevade, as empresas MR e ANGLO Gold Ashanti pelo fornecimento de kit lanches para toda equipe de trabalho. Deixamos, também, um agradecimento especial à Vale e ao IEF pela disponibilidade das aeronaves, que foram fundamentais para as atividades. A equipe do Caraça, monitores, guias e ao Daniel, Guarda Parque da RPPN que conduziu e deu suporte a todos durante as ações de combate ao incêndio. Muito obrigado a todos”, conclui o biólogo.
Sobre a RPPN Santuário do Caraça | Com mais de 12.000 hectares, a RPPN Santuário do Caraça foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, no ano de 1955, quando passou a fazer parte do rol de bens tombados pela União. Também integra a área destinada às Reservas da Biosfera da Serra do Espinhaço e da Mata Atlântica, reconhecidas pela Unesco em 2005.
Foto: Miguel Andrade.
O passado histórico da RPPN – Santuário do Caraça é peculiar, pois uma área excepcional de 12.403 hectares foi mantida em posse de apenas dois proprietários, o Irmão Lourenço de Nossa Senhora e a Congregação da Missão, por mais de 240 anos. A área da Reserva foi constituída pela fusão de quatro propriedades: a original, adquirida pelo Irmão Lourenço por volta de 1770, na qual se acham as edificações principais do Caraça; a Fazenda da Chácara, comprada em 1823, cuja antiga sede não mais existe e que foi, durante muito tempo, o celeiro do Colégio, no antigo caminho de Catas Altas; a Fazenda do Engenho, comprada em 1858, localizada nas proximidades da Portaria de acesso à Reserva e a Fazenda do Capivari, doada pelo Coronel Manoel Pedro Cotta e por sua esposa, que, por não terem descendentes, legaram sua propriedade ao Caraça em 1870.
Hoje, turistas de todo o mundo visitam o Santuário do Caraça anualmente, seja para momento de descanso, lazer ou pesquisa ambiental e contato com a religiosidade. O local é reconhecido pela sua hospitalidade, tanto que já recebeu por duas vezes, em 2020 e 2021, o selo Traveller Review Awards, da Booking.com, que premia os hotéis mais bem avaliados pelos viajantes de todo o planeta, além da chancela Travellers’ Choice 2020, do Tripadvisor, que destaca as avaliações positivas dos visitantes que passaram pelo destino turístico.
Santuário do Caraça
Local: Estrada do Caraça, Km 9 – Entre os municípios de Catas Altas e Santa Bárbara
Fácil acesso pelas rodovias BR 381 e MG 436, além do cômodo acesso por trem (Estação Dois Irmãos – Barão de Cocais)
Site: www.santuariodocaraca.com.br
Reservas: centraldereservas@santuariodocaraca.com.br
Instagram: @santuariodocaraca
Facebook: www.facebook.com/santuariocaraca/.
Programa Alimentação Consciente Brasil treinou mais de 1000 profissionais que atuam em escolas municipais em 5 anos. Foto: divulgação.
Mais de 15 milhões de refeições à base de vegetais preparadas por instituições parceiras, que geraram uma redução da oferta de pelo menos 20% de ingredientes de origem animal e treinamento de mais de 1000 profissionais que atuam nas cozinhas de redes municipais e federais de educação e iniciativas de assistência social. Esses são os principais resultados do programa Alimentação Consciente Brasil (ACB), que acaba de completar cinco anos de implantação no Brasil.
O programa Alimentação Consciente Brasil foi criado pela Mercy For Animals, uma das principais organizações dedicadas a combater a exploração de animais para consumo. Seu objetivo é fornecer auxílio para a substituição de pelo menos 20% de ingredientes de origem animal por opções vegetais nos cardápios das instituições públicas que servem refeições em larga escala, como escolas, universidades e restaurantes populares em todo o país. O programa já realizou parcerias com os municípios de Cuiabá (MT), Sinop (MT), São Gonçalo (RJ), Niterói (RJ), Campos dos Goytacazes (RJ) e com o Instituto Federal do Sul de Minas (MG). “A estratégia é levar o programa ao maior número possível de pessoas e uma das formas de fazer isso é atendendo instituições encarregadas de planejar e fornecer refeições em larga escala, como Secretarias Municipais de Educação, responsáveis pela rede pública de ensino”, diz Alice Martins, gerente de Políticas Alimentares da MFA.
Atualmente, o programa está negociando com instituições em diversas regiões do Brasil e desenvolvendo um guia para que aquelas de menor porte possam implantar o programa de forma semiautônoma. Pretende ainda lançar uma plataforma digital que concentrará os principais conteúdos dos treinamentos em educação nutricional, meio ambiente e culinária vegetal.
Criado para atender às demandas e necessidades dessas instituições, o Alimentação Consciente Brasil promove treinamentos teóricos e práticos para nutricionistas e profissionais de cozinha, incentiva o preparo de receitas adequadas aos insumos licitados e infraestrutura das cozinhas das escolas ou restaurantes populares e auxilia na adequação do cardápio às resoluções que as instituições devem seguir, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) ou o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Todas as outras pessoas envolvidas no processo de implantação do programa, como diretores e professores, no caso de escolas, também recebem treinamento e materiais de suporte impressos e online para apoiar uma implementação de sucesso em longo prazo com estudantes – tudo isso sem qualquer custo à instituição parceira.
Com esses treinamentos, a ideia do programa é possibilitar a substituição de pelo menos 20% de ingredientes de origem animal por vegetais, o que equivale ao cardápio de um dia da semana, mas que também pode ser referente a refeições alternadas ao longo da semana. Por depender da variedade de itens licitados e oferecidos em cada instituição pública, os alimentos e receitas variam e são adaptados conforme a cultura alimentar de cada região.
As instituições participantes são incentivadas a preparar as refeições apenas com ingredientes in-natura e provenientes de formas mais justas de produção, como a agricultura familiar. As receitas do ACB são, na sua maioria, baseadas em leguminosas, grupo alimentar do reino vegetal mais rico em proteínas. Entre as diversas receitas, estão feijoada de legumes, macarrão com molho bolonhesa de lentilha, estrogonofe de grão-de-bico, tutu de feijão e cassoulet de feijão-branco, entre outras.
O programa brasileiro serviu de modelo para a implantação em outros países em que a MFA atua, como México, Índia e Canadá, com adaptações de acordo com cada realidade cultural. Atualmente, está ativo apenas no Brasil.
Impactos | Nesses primeiros 5 anos, o impacto ambiental promovido pelas instituições parceiras do ACB nos cardápios de escolas municipais, universidades e restaurantes populares brasileiros foi de cerca de 150 milhões de litros de água doce economizados, quase 10 mil hectares de terra poupados e mais de 30 mil toneladas de CO₂ não emitidas. Além disso, as parcerias pouparam cerca de 300 mil animais no período, impacto equivalente a quase 10 mil pessoas se tornarem veganas.
Em 2020, com o impedimento do trabalho presencial e as escolas fechadas, o projeto foi desenvolvido de forma remota, dando suporte às instituições parceiras. Além disso, a MFA se mobilizou para ajudar a levar comida às pessoas em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar, criando o projeto Comida Que Faz Bem, que possibilitou a oferta de cerca de 3 mil refeições à base de vegetais no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
Sobre a MFA | Fundada há mais de 20 anos nos Estados Unidos e presente no Brasil desde 2015, a Mercy For Animals (MFA) é uma das principais organizações sem fins lucrativos do mundo dedicadas a combater a exploração de animais para consumo, especialmente em fazendas industriais e na indústria da pesca. A MFA trabalha para transformar o atual sistema alimentar e substituí-lo por um modelo que seja mais compassivo com os animais e garanta um futuro melhor para o planeta e todos que o habitam. Atualmente, a Mercy For Animals também opera em outros países da América Latina, no Canadá e na Índia. Para mais informações sobre a organização, acesse www.mercyforanimals.org.br.
Foto: divulgação.
O Conservatório de Tatuí, considerado a maior escola de música e teatro da América Latina, abre inscrições para seis novos Cursos de Aperfeiçoamento ministrados por professores da instituição e artistas convidados. Com temas que englobam choro, violão flamenco, audiovisual, vozes negras e a arte cênica nas tradições afroindígenas, os cursos são totalmente gratuitos e com aulas on-line.
Os Cursos de Aperfeiçoamento têm carga horária de 48 horas, sendo que datas e horários variam para cada modalidade. Alguns temas são abertos a qualquer pessoa interessada. Outros, porém, têm pré-requisitos e um processo de seleção para alunos (as) participantes ou ouvintes. Confira, a seguir, a programação completa.
Leitura de tablaturas antigas (notações musicais para instrumentos antigos) | Estudo, análise, compreensão, transcrição e interpretação. Prática da notação musical (tablatura) das composições do Renascimento e Barroco para instrumentos de cordas dedilhadas, como vihuela, alaúde renascentista, guitarra barroca e teorba.
Professora responsável: Dagma Eid – Violonista especializada em instrumentos de cordas dedilhadas históricas – alaúde, vihuela, guitarra barroca, guitarra clássico-romântica e teorba. É doutoranda em Performance Musical pela Universidade Estadual Paulista, além de ter frequentado os principais cursos e festivais de música no Brasil e na Europa. Premiada em concursos nacionais, realiza intensa atividade na área de música de câmara, integrando diversas formações instrumentais com foco na performance histórica, e acumula longa e variada experiência no ensino musical, atuando como palestrante, professora e musicista convidada de eventos artísticos importantes no Brasil. Com o Duo Favoriti, único duo brasileiro que usa réplicas da guitarra Lacôte, gravou o álbum Diversi. Recentemente, lançou seu primeiro álbum solo, intitulado Ars de Pulsatione, com um repertório que descreve bem sua trajetória como solista, usando os instrumentos que deram origem à família das guitarras. Atualmente, é professora de Violão Clássico, Cordas Dedilhadas Históricas, Música de Câmara e professora responsável da Camerata Jovem de Violões do Conservatório de Tatuí. Pré-requisitos e critérios de seleção: não há.
Aulas: segundas, das 10h às 11h30, e terças, das 13h às 14h30 | Período: 30/8 a 21/12
Inscrições: 24 a 29 de agosto
Acesse: https://forms.office.com/r/4ivh7up5WY.
O universo do choro | O curso abordará todos os aspectos relativos à linguagem do Choro e suas práticas interpretativas.
Professor: Maurício Carrilho – Arranjador, compositor, produtor musical, pesquisador de MPB, professor e nome consagrado do Choro, o violonista Maurício Carrilho é filho do flautista Álvaro Carrilho e sobrinho do também flautista Altamiro Carrilho. Atuou ao lado dos mais consagrados nomes da Música Popular Brasileira (MPB), como Joyce, Elizeth Cardoso, Nara Leão, Chico Buarque, Miúcha, Francis Hime, Paulo Moura e Paulinho da Viola, entre outros. É vice-presidente do Instituto Casa do Choro, no Rio de Janeiro, e consagrado defensor deste estilo musical. Fundador, ao lado de Pedro Aragão e Luciana Rabello, da Escola Portátil de Música e da gravadora Acari Records, a primeira especializada em chorinho. Pré-requisitos e critérios de seleção: não há.
Aulas: terças, das 15h às 18h | Período: 31/8 a 28/12
Inscrições: 24 a 27 de agosto
Acesse: https://forms.office.com/r/Wy99mbkGeR.
Violão flamenco | A arte Flamenca ganha cada vez mais espaço no panorama musical e mundial. Essa manifestação artística espanhola, que se realiza por meio do ‘toque, cante e baile’ possui algumas características de difícil compreensão para artistas que não estão inseridos(as) no contexto de sua produção – a região andaluza. Com a perspectiva de oportunizar uma melhor compreensão da música flamenca, o curso de aperfeiçoamento em violão flamenco tenta exemplificar e analisar seus principais elementos estéticos-musicais relativos estreitamente à guitarra flamenca. O curso aborda, em específico, a estética peculiar do toque flamenco, com as principais técnicas de pulgar, alzapúa, rasgueados, golpes, arpejos, tremolo, técnicas interligadas e levadas. Os (as) alunos (as) serão, também, aproximados ao toque de acompanhamento dos principais palos (estilos) mais tradicionais da música flamenca, como tangos, fandango, malagueña, tientos, soleá, buleria e alegrias, entre outros. O curso terá uma abordagem extremamente prática, com exercícios e estudos específicos propostos pelo professor.
Professor: Diego Salvetti – Nascido em Bergamo (Itália), em 1982, Salvetti é de uma família de músicos. Desenvolveu seu ouvido musical desde tenra idade, escutando os muitos gêneros musicais tocados pelos dois irmãos músicos e pelo pai – da música clássica ao jazz e o flamenco. Iniciou os estudos da teoria musical sob a guia do pai e, depois de um breve tempo, começou os estudos do violão clássico com o maestro e compositor italiano Giovanni Podera. Aos 11 anos, conquistou o 1° Prêmio Nacional do 13° Concurso de Violão em Genova “Pasquale Taraffo” na categoria juvenil. Sucessivamente, iniciou os estudos com o Maestro Giorgio Oltremari no Instituto Musical de Bergamo “G. Donizetti”, formando-se 10 anos depois com as máximas notas. No ano 2000, ganhou a renomada bolsa de estudo do 14° Concurso da Associação Bergamasca “Amici di Lino Barbisotti”. Em 2009, concluiu a pós-graduação em Didática da Música. Iniciou, então, os estudos do violão flamenco, desenvolvendo a composição e a técnica no violão de 8 cordas. Pesquisador sobre música e violão brasileiro, mora no Brasil desde janeiro de 2015 e seu trabalho vem destacando-se cada vez mais pelas participações em importantes festivais de música do país, palestras em faculdades de música, produção de livros didáticos e cursos on-line. Atualmente, é professor de Violão Clássico no Conservatório de Tatuí (Polo São José do Rio Pardo) e desenvolve trabalhos como concertista, compositor e professor, tocando e ministrando workshops em todo o Brasil.
Pré-requisitos e critérios de seleção: Interessados(as) deverão enviar link de vídeo com a execução de uma das peças a seguir. Violão brasileiro: Se ela Perguntar (D. Reis); Violão Clássico: Lagrima (F. Tarrega); Violão Flamenco: Malagueña (E. Lecuona). O vídeo deve ser disponibilizado pelo Youtube (modo não listado) e o link deve ser informado na ficha de inscrição.
Aulas: segundas e quartas, das 19h às 20h30 | Período: 1/9 a 22/12
Inscrições: 24 a 27 de agosto
Acesse: https://forms.office.com/r/X1cb7M7tyK.
Introdução ao audiovisual: imagem, som, narrativa e sentido | O curso apresenta os fundamentos da relação entre música e imagem no cinema narrativo e em outras formas contemporâneas de audiovisual, buscando desenvolver a compreensão da construção do sentido audiovisual que emerge do encontro entre a música, o ruído, a voz e a imagem em movimento.
Professor: Sérgio Basbaum – Artista e pesquisador. Músico, bacharel em Cinema (ECA-USP), mestre e doutor em Comunicação e Semiótica (PUC-SP), com pós-doutorado em Filosofia (UNESP). Professor do programa de pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD) da PUC-SP e coordenador da Pós-Graduação em Música e Imagem da Faculdade Santa Marcelina, é autor de Sinestesia, Arte e Tecnologia (Annablume – Fapesp, 2002), O primado da Percepção e suas consequências midiáticas (Intermeios – Fapesp, 2016), além de diversos artigos publicados no Brasil e no exterior. Como compositor, instrumentista, produtor e arranjador, lançou dois álbuns de composições originais no terreno música instrumental e da canção popular: Capitão Nemo no Forró de Todos de Santos (1999) e PopuP – Pop é o contrário de poP (2012). Participou de diversos eventos e mostras coletivas, com trabalhos em vídeo, poesia e obras sonoras. Em 2018, lançou Redesejo – logo haicais e outros poemas (Laranja original, 2018). Atualmente, o foco de sua pesquisa tem sido a guitarra experimental e as performances audiovisuais com o trio.
Pré-requisitos e critérios de seleção: Equipamento básico de informática, conexão de boa velocidade, fone de ouvido; interesse por cinema, som e música e estar cursando, no mínimo, o Ensino Médio. Não haverá seleção.
Aulas: quartas, das 15h às 19h | Período: 2/9 a 18/11
Inscrições: 24 a 27 de agosto
Acesse: https://forms.office.com/r/6kgyHiS2gM.
Vozes negras do jazz – interpretação e improviso vocal | História, linguagem, e conceitos das principais vozes negras do jazz do começo do século XX até os nossos dias. Será mostrada uma breve história destes artistas e de suas técnicas, influências, estilos, linguagem etc. para o estudo de improviso vocal e interpretação melódica no jazz.
Professor: Cynthia Borgani – Cantora jazzista norte-americana, natural de New York (EUA). Bacharelou-se em Estudos Latino-Americanos e Étnico Musicologia pela Yale University (New Haven, Connecticut), onde participou diversas vezes como solista de Big Bands e grupos pequenos, cantando em festivais de Jazz em New Haven e New York. Atuou como solista com a Yale Concert Band pela Inglaterra e Japão. Excursionou com o grupo vocal premiado Whim ‘n Rhythm 1987 pelos estados Connecticut, New York, New Jersey, Rhode Island, Massachussetts, Texas e California. Completou seus estudos de Étnico Musicologia em 1988, como bolsista da Stanford University (Palo Alto, California), obtendo seu mestrado pelo departamento de Estudos Latino-Americanos. Cantou profissionalmente nos clubes de Palo Alto e San Francisco, tendo oportunidade de cantar para o saxofonista Stan Getz. Começou atuar como professora de canto popular com o coral de jazz da Stanford University. Foi convidada a cantar em festivais de jazz com os membros da Orquestra Sinfônica da Universidade em turnê por Singapura, Japão e Coreia do Sul. Ganhadora de vários prêmios acadêmicos pela Universidade de Chicago e começou seu doutorado em 1988. Em Chicago, trabalhou com vários grupos de Blues e Bossa Nova. Após um ano de estudos na Universidade de Chicago, decidiu dedicar-se completamente a arte de cantar e tocar. Foi premiada com uma bolsa de estudos pela Berklee College of Music (Boston, Massachussetts). Em Boston, estudou técnica vocal com a soprano lírico Nancy Armstrong. Na Berklee, estudou canto com Millie Bermejo e improvisação com Phil Wilson e Hal Crook. Atuou como solista pelos Estúdios de Gravação e Big Bands da faculdade. Graduou-se em 1992. Em São Paulo, onde vive desde 1993, foi convidada por Roberto Sion e Gil Jardim a participar como solista com a Big Band do Festival de Inverno de Campos do Jordão em 1993. De 1993 a 1995, lecionou improvisação e interpretação na Escola Livre de Música Novo Tempo. De 1994 a 1997, lecionou canto e percepção na Universidade de Campinas (Unicamp). De 1999 a 2018, trabalhou como diretora musical da igreja Americana “Our Lady Help of Christians”. Começou a lecionar canto e práticas de banda na Faculdade Souza Lima/Berklee em 2004. Apresenta-se como freelancer em São Paulo, especialmente com o trio Bloody Mary e os Caipirinhas, Clear Intentions, Banda Borgani e a premiada Jazzmin’s Big Band. Participa de gravações de jingles e locuções em inglês. Em 2009, começou atuar como tradutora de livros da Editora Souza Lima e da Editora FTD. Atualmente, grava o segundo disco duo com Fernando Correa e escreve um método de improviso vocal na música brasileira.
Pré-requisitos e critérios de seleção: Ser aluno (a) do curso de Canto Popular do Conservatório de Tatuí ou ter formação equivalente. Interessados (as) deverão enviar link de vídeo cantando a música Autumn Leaves em inglês. O acompanhamento pode ser o instrumento de sua escolha ou ‘playback’ do Youtube. Pode cantar no tom de sua preferência. O vídeo deve ser disponibilizado pelo Youtube (não listado) e o link deve ser informado na ficha de inscrição.
Aulas: sábados, das 9h às 12h | Período: 4/9 a 18/12
Inscrições: 24 a 27 de agosto
Acesse: https://forms.office.com/r/SgJ2VBB5PH.
Que brincadeira que dá? Teatro, celebrações e pelejas | O curso englobará vivências nas corporeidades e musicalidades presentes nas celebrações do Cavalo-marinho pernambucano, Reisado, Guerreiro, Bumba-meu-boi e Careta do Ceará e Reinados de Minas Gerais, entre outras. Os encontros serão realizados com a participação de mestres, mestras e atores sociais dessas tradições. Aulas reflexivas sobre fundamentos presentes em celebrações e performatividades afrodiaspóricas e afroindígenas, além da apresentação de textos de pesquisadores (as) da área. Criação de estudos cênicos a partir dos repertórios vivenciados.
Professora: Cibele Mateus – Artista do riso, atriz e educadora, desenvolve seus trabalhos cênicos referenciados em tradições afrodiaspóricas, afroindígenas e na arte de rua desde 2005. Vem fazendo sua trajetória de arte-vida em busca das máscaras de pretume, criando uma poética própria de comicidade, contribuindo com diversos espaços de formação e criação.
Pré-requisitos e critérios de seleção: Ter concluído alguma formação em artes da cena, ter disponibilidade de participação, disponibilidade para reflexão e vivência cênica a partir da proposta do curso. Interessados (as) devem enviar currículo artístico e carta de interesse.
Aulas: terças e quintas, das 19h às 22h | Período: 14/9 a 11/11
Inscrições: 24 de agosto a 3 de setembro
Acesse: https://forms.office.com/r/6WHqhtscqP.
Patrocinadores Sustenidos: Microsoft e VISA.
Sobre o Conservatório de Tatuí | Fundado em 11 de agosto de 1954, o Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” – Conservatório de Tatuí (SP), como é conhecido internacionalmente – é um dos mais respeitados conservatórios dramático-musicais da América Latina. Oferece mais de 100 cursos gratuitos nas áreas de Música Erudita (instrumentos, canto e regência), Música Popular Brasileira, Artes Cênicas e Luteria. Atende aproximadamente 2.000 alunos anualmente, vindos de todas as regiões do Brasil e, também, de outros países, como Argentina, Chile, Coreia do Sul, Equador, Estados Unidos, Japão, México, Peru, Portugal, Síria, Uruguai e Venezuela. É considerado uma das mais bem-sucedidas ações culturais do Estado, oferece ensino de excelência com a missão de formar instrumentistas, cantores, atores, regentes, educadores e luthiers de alto nível. Sua importância no cenário musical é tão acentuada que garantiu à cidade de Tatuí o título de Capital da Música, aprovado por lei em janeiro de 2007. A instituição é mantida pelo Governo do Estado de São Paulo e por empresas patrocinadoras por meio de leis de incentivo fiscal, sob a gestão da Sustenidos Organização Social de Cultura.
Conservatório de Tatuí
Rua São Bento, 415, Centro, Tatuí/SP
Tel.: (15) 3205-8444
Funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 17h e das 18h às 22h
Ingressos: todos os eventos realizados pela instituição têm entrada gratuita
Foto: Eliandro Figueira.
A Corporação Musical Villa-Lobos (CMVL) realiza neste sábado (28) a partir das 20h o Concerto Virtual Tributo ao Rei do Pop. No repertório serão destaques as canções famosas do ícone do pop, Michael Jackson, com a apresentação transmitida pelo canal da corporação no Youtube. O evento conta com o apoio da Prefeitura de Indaiatuba por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
Este espetáculo será realizado em homenagem aos 63 anos de Michael Jackson, que seria comemorado no próximo dia 29 de agosto. O destaque ficará por conta das músicas Tributo a Michael Jackson com arranjo do Subtenente PMESP Daniel Paulo. Além disso, o clássico Heal The World, que foi uma das canções escrita pelo cantor e gravada no sexto disco dele com foco em um viés humanitário que transmite a mensagem sobre a idealização de um mundo melhor.
Na apresentação, será realizado um pout-pourri com músicas de quando o cantor iniciou a carreira no Jackson 5, grupo composto Michael e seus irmãos Katherine Jackson, Joseph Jackson – conhecido como “Jackie” –, Tito, Jermaine e Marlon, sendo elas I’II Be There, I Want You Back, ABC e Never Can Say Goodbye, com arranjo de Takashi Hoshide, além da composição Smooth Criminal com o arranjo de Kazuhiro Morita. O evento será transmitido pelo link https://www.youtube.com/channel/UC8l5Ahye1jz8qbFWuqRGO1g.
“A Banda Sinfônica da CMVL escolheu homenagear Michael Jackson no mês em que ele completaria 63 anos de vida porque ele foi um dos artistas que mais influenciaram para o bem as pessoas e o mundo. Além de suas canções impactantes, que mudaram a música para sempre e de sua dança com movimentos insondáveis, ele também soube utilizar sua fama para apoiar questões mundiais: a pesquisa da cura do câncer e o tratamento para a AIDS, bem como seu apoio aos trabalhos do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Centro Martin Luther King Jr e Unicef (entre outros) por meio de suas doações. E nós da CMVL acreditamos que podemos levar a música instrumental e, ao mesmo tempo, contribuir para o bem de toda a comunidade”, explica a escolha da homenagem ao artista o maestro Samuel Nascimento de Lima.
Serviço:
Concerto Virtual Tributo ao Rei do Pop
Data: 29 de agosto (sábado)
Horário: 20h
On-line: https://www.youtube.com/channel/UC8l5Ahye1jz8qbFWuqRGO1g.