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Centro Cultural Correios SP recebe exposição gratuita “Arte que nos une” da UP Time Art Gallery

São Paulo, por Kleber Patricio

Alex Persson – “Memórias Rio São Paulo” – Acrílica sobre tela 200 x 100 cm.

A UP Time Art Gallery, galeria itinerante que busca democratizar a arte contemporânea, abre a exposição Arte Que Nos Une, no dia 9 de outubro, no Centro Cultural Correios SP, no centro de São Paulo. A mostra é gratuita, traz ao público uma visão artística do que é essencial em cada um de nós e lembra que todos somos parte de uma mesma energia. “A arte nos mostra o caminho para enxergar no outro um irmão. O reconhecimento da universalidade e a superação de preconceitos viabilizam a construção de uma realidade mais feliz, de um mundo melhor. E isso começa com a democratização da arte. De todos para todos, acessível a todo o público, a todas as classes e artistas”, explica Marisa Melo, curadora artística, artista visual e fundadora da UP Time Art Gallery.

Em meio a tantos desafios globais, que vão da saúde até o meio ambiente, a galeria irá trazer para a exposição obras de artistas de diversos países, como Brasil, África do Sul, Argentina, Espanha, França, Portugal e Suíça. “Nós buscamos constantemente valorizar a diversidade artística. Percebemos que a força da expressão vem justamente da diversidade e desse encontro de tendências culturais e artes que sobrevivem, se entrelaçam e, consequentemente, se enriquecem”, conta Marisa.

A exposição também entrega ao público a possibilidade de união de culturas por meio de canções e pinturas. De acordo com Marisa, as artes vão retratar o que já se chamou de “distância tão sofrida em um mundo tão separado”. Segundo ela, “buscamos a união, o intercâmbio, um ambiente multifacetado e multicultural. Onde olhos e ouvidos despertem. A reconhecer que a beleza, talento e o amor desconhecem fronteiras”.

Jose Marques Aguilar – “Nu Descansando” – 60 x 100 – Acrílico sobre Tela.

O local desse encontro é emblemático: São Paulo, que além de ser o expoente da arte, é também uma grande mistura de etnias, onde cidadãos se encontram na esperança de uma vida mais feliz e mais pacífica. “Nesse crossroads cultural, árabes e judeus, africanos e asiáticos se encontram e vivem um sonho de paz e liberdade”, finaliza Marisa.

Arte Que Nos Une estreia em outubro e fica até dezembro no Centro Cultural Correios SP, no Prédio Histórico dos Correios, no Vale do Anhangabaú, coração da metrópole paulistana.

Sobre a UP Time Art Gallery | Galeria de arte itinerante que reúne artistas do Brasil e de países da Europa para disseminar o que há de melhor no cenário da arte contemporânea. Fundada por Marisa Melo, artista, curadora artística e crítica de arte, a galeria de arte alcança mais de 30 países ao redor do mundo, isso porque ela funciona em formato digital desde o seu nascimento, apresentando mundialmente exposições 3D e exposições regionais presenciais com um time de artistas distintos.

Serviço:

Local: Centro Cultural Correios SP

Endereço: Praça Pedro Lessa, s/nº, Vale do Anhangabaú, Centro, São Paulo/SP

Horário: de segunda a sexta das 10h às 17h

Visitação: 09 de outubro a 10 de dezembro de 2021

Entrada gratuita

Acesso para pessoas com deficiência

Classificação etária: Livre

Informações: (11) 2102-3691

E-mail: centroculturalsp@correios.com.br

Site: www.correios.com.br/cultura

Como chegar: Metrô – Estação São Bento, saída para o Vale do Anhangabaú.

(Fonte: Agência Brands Comunicação Integrada)

Semana da Criança: Theatro Municipal de São Paulo e Giramundo reúnem animação e orquestra sinfônica em remontagem de “Pedro e o Lobo”

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação/Grupo Giramundo.

De 12 a 17 de outubro, o Giramundo e o Theatro Municipal de São Paulo promovem apresentações de Pedro e o Lobo, de Sergei Prokofiev, com orquestra e projeção de cinema de animação. A temporada marca um momento marcante para ambos: 50 anos de Giramundo e 110 anos de Theatro Municipal.

A primeira colaboração entre as instituições data de 1991, com a apresentação da ópera de bonecos A Flauta Mágica, e o reencontro artístico promete uma nova experiência musical e visual para as crianças. Sobre este novo projeto, Marcos Malafaia, um dos diretores do Giramundo, declara: Pedro e o Lobo no Theatro Municipal pode ser considerado uma estreia, mesmo contando com imagens dos bonecos originais criados por Álvaro Apocalypse em 1994. Isso porque, na versão 2021, com orquestra sinfônica, os bonecos foram reconstruídos digitalmente, o que faz dessa versão a primeira dentro do repertório do grupo a ser realizado sem o uso de bonecos “físicos”, materiais, manipulados por marionetistas em tempo real”. Esse ineditismo faz do espetáculo o primeiro do repertório do Giramundo realizado sem o uso de bonecos “físicos”, manipulados por marionetistas durante as apresentações. As marionetes originais estarão sendo expostas no Theatro e o público poderá conferir de perto a inspiração da animação que será projetada durante a execução da peça.

“Pedro e o Lobo” – Grupo Giramundo/Theatro Municipal de São Paulo. Foto: divulgação/Grupo Giramundo.

A nova versão de Pedro e o Lobo é um espetáculo de projeção mapeada, em que os bonecos digitais são animados previamente e sincronizados à performance da orquestra, como se um filme acompanhasse a música. Por este motivo, o projeto vem sendo tratado pelo Giramundo como “uma ‘cine-sinfonia’, uma junção do cinema de animação com a música erudita, fusão de repertório musical clássico às novidades tecnológicas no campo do vídeo e da animação de bonecos”, explica Malafaia.

A nova montagem mantém os propósitos da peça musical de Prokofiev, de 1936, de aproximar as crianças das diversas sonoridades componentes de uma orquestra, associando timbres e naipes de instrumentos (cordas, madeiras, metais e percussão) a cada um dos personagens da história.

Os concertos têm a regência dos maestros Jamil Maluf e Thiago Tavares, direção de Marcos Malafaia e Ulisses Tavares, produção do Theatro Municipal de São Paulo, animação do Estúdio Giramundo e design de bonecos originais de Álvaro Apocalypse.

Serão, ao todo, cinco apresentações do cine concerto: no feriado do dia 12 (terça-feira) e no domingo (17), às 11h, na quarta (13) e na sexta (15), às 19h, e no sábado (16), às 17h. Os ingressos custam R$40 (R$20 meia) e devem ser adquiridos exclusivamente no site theatromunicipal.org.br. As apresentações presenciais no Complexo Theatro Municipal de São Paulo, abertas ao público, estão sendo realizadas com capacidade reduzida de até 30% da casa como medida a garantir a segurança das pessoas e o distanciamento entre os assentos. O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Secretaria Municipal de Cultura administrado pela organização social Sustenidos por meio de contrato de gestão firmado com a Fundação Theatro Municipal.

FICHA TÉCNICA – FILME ANIMAÇÃO PEDRO E O LOBO

Nome do Filme de Animação: Cine Sinfonia – Pedro e o Lobo / Sergei Prokofiev

Obra musical original: Sergei Prokofiev – Pedro e o Lobo (1930)

Intérprete: Orquestra Experimental de Repertório

Regência: Maestro Jamil Maluf

Duração: 26 minutos / indicação: livre

Roteiro e Direção: Marcos Malafaia e Ulisses Tavares

Assistente de Direção: Davi Fuzari

Animação: Ulisses Tavares, Enzo Giaquinto e Nívea Gomes

Bonecos originais: Álvaro Apocalypse

Bonecos digitais: Ulisses Tavares e Enzo Giaquinto

Cenografia e ilustrações: Marcos Malafaia

Câmeras: Marco Antônio e Davi Fuzari

Edição, montagem e finalização: Davi Fuzari

Ator narrador: Beto Militani

Gravação, mixagem e masterização: Gabriel Canedo Guedes

Vozes:

Pedro: Maria Silva

Vovô e Gato: Ulisses Tavares

Passarinho: Lis Malafaia

Pata: Marcos Malafaia

Maquiagem e figurino: Iara Drumond

Estúdio de som: Ímã Estúdios

Projeção mapeada: Davi Fuzari

Técnico de luz: Ricardo da Mata

Montagem mostra de bonecos: Beatriz Apocalypse e Ricardo da Mata

Produção:  Marcos Malafaia, Alcione Rezende e Maria Silva

Comunicação: Marcos Malafaia e A Dupla Informação.

Vovô, personagem de “Pedro e o Lobo” – Grupo Giramundo/Theatro Municipal de São Paulo. Foto: Grupo Giramundo/divulgação.

Sobre o Grupo Giramundo| Criado em 1970 pelos artistas plásticos Álvaro Apocalypse, Tereza Veloso e Madu, o Giramundo é reconhecido como um dos principais grupos de teatro de bonecos do país.  Nos anos 70 e 80, a formação acadêmica e artística de seus fundadores foi responsável por imprimir no grupo o rigor metodológico e estético no planejamento e produção de seus bonecos e espetáculos. Estas características, unidas ao interesse pela cultura brasileira, trouxeram reconhecimento nacional ao Giramundo, garantindo seu lugar na história do Teatro Brasileiro por sua ação transformadora de incorporação de formas e temas adultos, dialogando com questões formais, plásticas e políticas complexas. No ano 2000, o Giramundo conquista sua sede própria, em Belo Horizonte, onde também funcionam o Museu, a Escola e o Estúdio de Animação do grupo. Desde a inauguração da sede integrada, o grupo investe na produção de animações e de conteúdos digitais.  Hoje, podemos dizer que o Giramundo rompeu com a ideia de ser um grupo de teatro para se transformar em um grande núcleo multimídia, experimentando a vivência de uma cena de animação variada, onde convivem bonecos reais e suas versões digitais. Essa mistura do teatro de bonecos, vídeo, animação, cinema, música, dança e artes plásticas parece ser o território do Giramundo do século XXI.

Serviço:

Grupo Giramundo e Theatro Municipal de São Paulo apresentam nova versão de Pedro e o Lobo na Semana das Crianças

Datas: de 12 a 17 de outubro

Horários: terça (12) e domingo, às 11h, quarta (13) e sexta (15), às 19h e no sábado (16), às 17h

Local: Theatro Municipal de São Paulo – Praça Ramos de Azevedo, s/nº – Sé – São Paulo, SP

Ingressos: R$40 inteira e R$20 meia

Informações e vendas: www.theatromunicipal.org.br

Classificação etária: livre.

(Fonte: Fabio Gomides/A Dupla Informação)

Maestro alemão Marc Albrecht comanda a Osesp em série de concertos

São Paulo, por Kleber Patricio

Maestro alemão é um dos mais aclamados no cenário contemporâneo da ópera e de concertos. Fotos: Melle Meivogel.

Dando continuidade à Temporada 2021, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) se apresenta sob a batuta do maestro alemão Marc Albrecht entre quinta-feira (7/out) e sábado (9/out), na Sala São Paulo. Um dos expoentes de sua geração, Albrecht foi pupilo do maestro Claudio Abbado e é especialmente reconhecido por suas interpretações de obras austro-germânicas do Romantismo Tardio, caso do Don Juan de Richard Strauss, que integra o programa junto à Sinfonia em Ré Menor de César Franck. A performance da sexta-feira (8/out), às 20h, será transmitida ao vivo direto da Sala São Paulo, no YouTube da Osesp.

“Essas duas peças extraordinárias possuem duas coisas em comum: seus criadores tinham uma afeição profunda pela música de Richard Wagner e, curiosamente, as obras do programa que iremos tocar foram apresentadas pela primeira vez no mesmo ano: 1889”, explica Albrecht, que já esteve no Brasil em outra ocasião, mas faz sua estreia na Sala São Paulo nesta semana.

“Estive no Brasil alguns anos atrás para férias memoráveis. E agora estou bastante curioso para conhecer os excelentes músicos da Osesp, nesta semana, pela primeira vez. É sempre empolgante criar uma linha [de interpretação] juntos, dentro de apenas três dias, do primeiro ensaio até o concerto. E eu adoro desafios”, revela o maestro convidado.

O alemão é um dos mais aclamados maestros no cenário contemporâneo da ópera e de concertos. É bastante requisitado internacionalmente como regente do repertório austro-germânico do Romantismo Tardio, de nomes que vão de Richard Wagner e Richard Strauss a Zemlinsky, Schreker e Korngold. Ele também aprecia, e com bastante convicção, toda a gama de compositores que vai desde Mozart até a música contemporânea. Em 2021, Albrecht foi premiado com o Opus Klassik na categoria Regente do Ano, pelo álbum Zemlinsky – Die Seejungfrau [Zemlinsky – A Sereia], gravado com a Netherlands Philharmonic Orchestra.

O Concerto Digital conta com o patrocínio da Klabin. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

PROGRAMA

TEMPORADA OSESP: MARC ALBRECHT REGE STRAUSS E CÉSAR FRANCK

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

MARC ALBRECHT REGENTE

Richard STRAUSS | Don Juan, Op.20

César FRANCK | Sinfonia em Ré Menor, Op.48

Serviço:

7 de outubro, quinta-feira, às 20h

8 de outubro, sexta-feira, às 20h – Concertos Digitais

9 de outubro, sábado, às 11h

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16 – São Paulo/SP

Taxa de ocupação limite: 638 lugares

Recomendação etária: 7 anos

Ingressos: Entre R$50,00 e R$100,00

Bilheteria (INTI): https://osesp.byinti.com/

(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.

Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.

Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.

IMPORTANTE: Desde o início de setembro, para frequentar a Sala São Paulo, é preciso apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 — ao menos da 1ª dose, de acordo com o calendário de imunização da cidade de cada um. Essa medida está de acordo com o Decreto Nº 60.488, publicado em 27 de agosto de 2021 no Diário Oficial do município. A obrigatoriedade é válida para estabelecimentos e serviços do setor de eventos com público superior a 500 pessoas —a lotação máxima da Sala atualmente é de 638 lugares, obedecendo ao Protocolo de Segurança. A comprovação é necessária para todos que frequentam a Sala: público, artistas e funcionários.

Como apresentar o certificado de vacinação:

1 – Levando o comprovante original em papel;

2 – Mostrando o comprovante digital, disponível nas plataformas e-SaúdeSP, ConectSUS e Poupatempo.

Informações úteis:

– Quem se recusar a apresentar o documento não poderá ingressar na Sala São Paulo, uma vez que a instituição fica sujeita a penalidades e interdição.

– Crianças de até 12 anos que ainda não foram contempladas pelo calendário de vacinação podem acessar o espaço normalmente.

– Vacinados fora do país devem apresentar o comprovante original.

– Quem não pode tomar a vacina por alguma diretriz médica deve apresentar documento que ateste essa impossibilidade.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

(Fonte: Fabio Rigobelo/Fundação Osesp)

Nova programação do Memorial de Arte Adélio Sarro abre as portas para a pluralidade das percepções artísticas e culturais

Vinhedo, por Kleber Patricio

‘Sejamos Simples’, uma das obras de Santos Lopes que estarão expostas no MAAS até 30 de novembro. Foto: divulgação.

O município de Vinhedo acolhe, até 30 de novembro, uma exposição inédita, que reúne em um mesmo espaço as artes plásticas e a música. A proposta está sedimentada nas obras de três artistas de renome internacional – Adélio Sarro, Santos Lopes e Walmir Teixeira – e na fusão da música instrumental erudita com estilos como o pop, o rock e a música eletrônica, apresentados em clipes da Família Lima. Ambientada em três salas no Memorial de Arte Adélio Sarro, a mostra O Olhar de Cada Um vai oportunizar a experiência do contato presencial a diferentes estilos de pintura e técnicas de trabalho, além da distinta percepção de um mesmo tema e/ou objeto sob a visão única de cada artista. A exposição conta com todo o acervo permanente de Sarro e cerca de 30 obras dos artistas convidados.

“O diferencial desta exposição está no antagonismo das expressões artísticas ali colocadas. Cada um deles tem estabelecido por meio de seu trabalho sua relação com o mundo, com características e composições diferentes e peculiares, oferecendo um espetáculo à parte. Enquanto Sarro investe na deformação consciente das formas sob uma paleta de cores expressivas, Lopes invade o tridimensional com arestas estratégicas no suave desdobramento das formas. Já Teixeira se refugia no imaginativo proposto pelo abstrato e na ludicidade do surrealismo”, pontua Sandra Setti, curadora responsável pela exposição. Com mais de 40 anos de carreira, ela detém centenas de exposições em todo o Brasil e já divulgou a arte brasileira nos Estados Unidos e em países da Europa e Oceania.

A visitação estará aberta das 10h às 17h, com gratuidade às quartas-feiras e ingressos a preços populares de quinta a domingo: R$10 (inteira) e R$5 (meia). Viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, Arte e Música no Memorial – O Olhar de Cada Um é uma iniciativa da Cacho de Ideias – proponente e produtora do projeto – apresentada pelo Ministério do Turismo através da Secretaria Especial de Cultura e com patrocínio da Einhell Brasil (marca do Âncora Group).

Acessibilidade | Como forma de ampliar o acesso ao produto cultural oferecido e exponenciar o senso crítico e perceptivo do público a partir da arte apreciada, o projeto oferece visitas guiadas às quartas-feiras para estudantes, professores, grupos, ONGs e demais instituições beneficentes mediante agendamento prévio. O Memorial é estruturado para receber cadeirantes, idosos e pessoas com mobilidade reduzida, deficientes auditivos terão auxílio de uma intérprete de libras e placas de sinalização em braile facilitarão a locomoção dos deficientes visuais – para além, esses visitantes poderão apreciar uma exposição tátil produzida por Adélio Sarro, na qual oito obras foram criadas em relevo e em tamanho real, com legendas em braile para compreensão da obra e identificação das cores por meio de diferentes texturas, expandindo sua inclusão na mostra.

Serviço:

Arte e Música no Memorial – O Olhar de Cada Um

Datas: de quarta a domingo, até 30 de novembro de 2021

Hora: das 10h às 17h

Onde: Memorial Adélio Sarro | R. Ursa Maior, 20, Mirante das Estrelas – Vinhedo/SP

Ingressos: Grátis às quartas-feiras | R$10 (inteira) e R$5 (meia) – de quinta a domingo

Mais informações: (19) 99690-6227 – MAAS

Curadoria: Sandra Setti

Classificação livre.

(Fonte: Patrícia Nascimento/Entre Aspas)

Sucata: o que acontece (ou deveria acontecer) com os carros abandonados?

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: toxi85/Pixabay.

A evolução dos elétricos e autônomos fez com que um antigo problema, já existente, ganhasse força: qual destino correto dar aos veículos que já atingiram sua vida útil ou precisam sair de circulação? Enquanto 100% dos carros nessas condições nos Estados Unidos vão para reciclagem, no Brasil muitos seguem abandonados pelas ruas, desmontes ou pátios causando prejuízos ambientais irreparáveis, como contaminação de solo e água, além de ameaças a saúde pública com a proliferação de doenças como a dengue, por exemplo.

No Estado de São Paulo, a Lei nº 15.276, criada em 2014, decreta que os veículos que se tornarem inviáveis às formalidades legais devem ter suas peças recuperadas. O objetivo é regulamentar, de forma rígida, o mercado de empresas que tenham interesse na reciclagem, bem como reduzir os golpes em seguradoras, desmanches e oficinas clandestinas que impulsionam os roubos e furtos de carros no país. No entanto, continuamos atrasados por conta da falta de incentivos e legislações de política reversa para o descarte – mesmo com algumas ideias em andamento, como o caso do Projeto de Lei nº 4121, de 2020, que institui uma Política Nacional de Resíduos Sólidos e que tem o objetivo de assegurar a preservação e a melhoria das condições do meio ambiente, proposto pelo senador Confúcio Moura.

Entre 2019 e 2020, a Prefeitura de São Paulo recebeu 67.794 solicitações de averiguação para veículos abandonados, sendo que 4.138 foram recolhidos das ruas. Para Daniel Schnaider, presidente da Pointer by PowerFleet Brasil, líder em soluções de IoT para gestão de frotas, “é preciso ter mais conscientização quanto aos danos ambientais e os benefícios da reciclagem automotiva, mais interligação entre governo, sociedade, ONGs e empresas para tornarmos leis e projetos vigentes. A Comissão Europeia, por exemplo, declarou uma lei principal diretiva sobre veículos em fim de vida, que está em vigor desde setembro de 2000, conectada com o Acordo Verde europeu, e a estimativa é de que 93% das peças foram reaproveitadas”.

Schnaider ressalta que, no Brasil, carros alienados por seguradoras já conseguem alcançar um reuso de 85% de suas peças, que voltam ao mercado de forma rastreável, com custos reduzidos e otimização de soluções para o descarte adequado, quando for o momento.

Veículos podem ser reciclados de diferentes formas por causa de seus materiais. As mais utilizadas são reuso, reciclagem energética, química e mecânica. O reuso é tirar componentes de um veículo que está no final do seu ciclo útil para utilizá-lo em outro com a mesma função ou reaproveitá-los em outros tipos de reciclagem para novas peças. A reciclagem energética ainda é bastante desafiadora por conta de seus poluentes, no entanto pode ser muito vantajosa para a indústria. A química visa recuperar os compostos químicos, possível com a quebra parcial ou total das moléculas de resíduos plásticos selecionados para reutiliza-los como matéria prima secundária na produção de novos materiais. A mecânica fecha o ciclo de reciclagem de um produto, pois consiste no reprocessamento dos materiais transformando-o em matéria prima para gerar o mesmo produto que fora ou um novo.

A fragmentação de veículos pode reciclar de 45% a 55% dos metais de um carro. Schnaider acredita que o caminho esteja correto se considerarmos a grande quantidade de frotas existentes no Brasil e o destino que estas peças podem receber para gerar economia, como o caso do mercado de carros usados.

A reciclagem de um produto se justifica quando ele causa danos ao ecossistema e quando há uma indústria de recicladores disposta a recebê-los. E, para o especialista em tecnologias, os veículos fazem a cadeia se completar de forma perfeita.

(Fonte: Caroline Arnold/Enxame de Comunicação)