Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

Frevo e Jazz se encontram no World Forum de Nova Orleans

New Orleans, por Kleber Patricio

Foto: Tatlin/Pixabay.

O frevo e o Carnaval de Pernambuco vão se encontrar com o Mardi Gras de Nova Orleans, nos Estados Unidos. No próximo dia 27 de outubro, o Paço do Frevo leva até a cidade estadunidense um pouco da história do frevo para o World Forum, organizado pelo New Orleans Citizen Diplomacy Council por meio da apresentação Fever Dreams: A history of Frevo.

O encontro, uma parceria entre o Centro de Referência do Frevo e o Museu do Jazz de Nova Orleans (New Orleans Jazz Museum), marca a primeira ação conjunta entre os dois museus e vai levar até os Estados Unidos um apanhado sobre a história do frevo desde o seu surgimento, no início do século XX, até os dias atuais, apresentando as transformações do ritmo, da dança, da música, do Carnaval e das próprias raízes da cultura pernambucana.

Nova Orleans, no estado da Luisiana, nos Estados Unidos, é uma cidade conhecida pelo seu legado multicultural, com influências culturais francesas, espanholas e afro-americanas e pelo seu papel histórico no surgimento do Jazz – atualmente é conhecida como a Capital Mundial do Jazz. Além de estar intrinsecamente ligada ao surgimento do ritmo estadunidense que, tal como o frevo, é permeado pelo improviso, Nova Orleans é famosa, também, pelo seu carnaval de rua, o Mardi Gras, que acontece anualmente no mesmo período do Carnaval Brasileiro e leva às ruas desfiles, bandas e multidões.

A ação extramuros será apresentada pelo Doutor em História Social Frederico Toscano, junto ao historiador e educador do Paço do Frevo Luiz Vinícius Maciel. A mediação será feita pela gerente de Parcerias Estratégicas e Intercâmbio Internacional do New Orleans Citizen Diplomacy Council, Kelley Ponder.

A apresentação Fever Dreams: a history of Frevo no World Forum será transmitida on-line, através da plataforma Zoom, de forma gratuita e aberta ao público. Para participar, é necessário realizar inscrição prévia no link. O encontro está marcado para o dia 27 de outubro, quarta-feira, a partir das 20h (6pm no horário de Nova Orleans).

O Paço do Frevo. Foto: website da instituição.

Paço do Frevo | O Paço do Frevo é reconhecido pelo Iphan como centro de referência em ações, projetos, transmissão, salvaguarda e valorização de uma das principais tradições culturais do Brasil, o frevo. Patrimônio imaterial pela Unesco e pelo Iphan, o frevo é um convite à celebração da vida por meio da ativação de memórias, personalidades e linguagens artísticas, que no Paço do Frevo encontram seu lugar máximo de expressão, na manutenção de ações de difusão, pesquisa e formação de profissionais nas áreas da dança e da música, dos adereços e das agremiações do frevo. Ao longo de sete anos, recebeu mais de 700 mil visitantes, teve mais de 2 mil alunos formados em suas atividades e promoveu mais de 600 apresentações artísticas, em atividades presenciais e virtuais, que incluem o denso engajamento de seus mais de 60 mil seguidores nas redes sociais.

O Paço do Frevo é uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho com realização da Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura Cidade do Recife em consonância com a Secretaria Municipal de Cultura, e gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). O projeto conta com o patrocínio do Itaú, da Uninassau e da White Martins, apoio cultural do Itaú Cultural e apoio do Grupo Globo e do Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

Serviço:

Paço do Frevo no World Forum de Nova Orleans

Fever Dreams: a history of Frevo

Quando: 27 de outubro

Horário: 20h no horário do Brasil | 6pm no horário de Nova Orleans/EUA

Onde: On-line, no Zoom, através de inscrição prévia no link

Quando: 27 de outubro

Horário: 20h no horário do Brasil | 6pm no horário de Nova Orleans/EUA

Onde: On-line, no Zoom, através de inscrição prévia no link.

(Fonte: Atomica Lab)

Hilton São Paulo Morumbi promove festival gastronômico coreano

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Tommy Pixel/ Pixabay.

A cultura sul-coreana segue em ascensão no Brasil (e no mundo) e o Hilton São Paulo-Morumbi abre novamente as portas para apresentar um pouco mais deste universo. E claro, conhecer a gastronomia de um país é tarefa indispensável para saber mais sobre suas particularidades locais. Por isso, o hotel se juntou mais uma vez ao Centro Cultural Coreano no Brasil para trazer ao País o Festival Gastronômico Coreano.

A 3ª edição do evento ocorre entre os dias 26 de outubro e 5 de novembro no sofisticado Restaurante Canvas, das 19h30 às 22h. Durante o período, os pratos servidos serão preparados pela chef de cozinha sul-coreana Sieun Lee, que veio ao Brasil especialmente para o Festival, ao lado do chef Rodrigo Mezadri. Juntos, eles garantirão um cardápio recheado de opções ricas em cores, texturas, temperos e sabores para os amantes da boa culinária.

Entre os pratos principais à la carte disponíveis estão Bulgogi, Dwaeji bossam, Korean Kimchi pancake e Cabbage Kimchi, além das saladas dubu salad e salad with red pepper powder. Para a sobremesa, o Festival Gastronômico Coreano terá à disposição truffle bingsu with red bean e o famoso doce Bbopgi, que caiu nas graças do público após de ter aparecido em uma famosa série de streaming.

A chef de cozinha sul-coreana Sieun Lee. Foto: divulgação.

“É um prazer para nós novamente promover o Festival Gastronômico Coreano. Após uma pausa em 2020 por conta da pandemia, este ano o evento irá surpreender a todos os hóspedes e clientes que vierem ao Canvas prestigiar não só a culinária, mas a cultura sul-coreana, que nos permite criar pratos incríveis e viver momentos memoráveis com o que há de melhor da cultura oriental”, comenta o chef de cozinha do Hilton São Paulo Morumbi Rodrigo Mezadri.

Sobre o Centro Cultural Coreano no Brasil | Desde 2013, o Centro Cultural Coreano no Brasil tem como objetivo apoiar o intercâmbio cultural entre os países, trazendo para o público brasileiro informações concisas, cursos de língua coreana, aulas de Taekwondo e culinária, eventos musicais e exposições sobre diversos temas relacionados à Coreia do Sul.

Em suas redes sociais, especialmente no Youtube, no canal do Centro Cultural Coreano (@kccbrazil), atualmente com quase 47 mil inscritos, é possível acessar conteúdos didáticos e divertidos sobre cultura e muito mais.

Cardápio

Pratos principais

– Bulgogi – R$85,00

– Dwaeji bossam (Barriga de porco com acompanhamentos coreanos) – R$80,00

– Kimchi-bokkeum-bap (arroz Coreano com kimchi) – R$65,00

– Bibimbap – R$85,00

– Jap chae – R$60,00

– Korean Kimchi pancake – R$50,00

Kimchi

– Cabbage Kimchi – R$25,00

Saladas

– Dubu salad – Salada de tofu – R$38,00

– Salad with red pepper powder (Spicy salad) – R$37,00

Sobremesas

– Truffle bingsu with red bean – R$32,00

– Bbopgi(Squid game) – R$25,00.

Serviço:

3º Festival Gastronômico Coreano do Hilton São Paulo Morumbi

Data e horário: de 26 de outubro a 5 de novembro de 2021, das 19h30 às 22h00

Endereço: Avenida das Nações Unidas, 12901, Torre Leste – Brooklin – São Paulo/SP

Informações e reservas: (11) 2845-0000 | canvas.morumbi@hilton.com

Recomenda-se agendamento prévio para o 3º Festival Gastronômico Coreano.

OBS: O hotel segue as determinações do governo estadual com relação aos protocolos de segurança durante a pandemia.

(Fonte: Assessoria de Imprensa Hilton São Paulo Morumbi / Assessoria de Imprensa Centro Cultural Coreano Brasil)

Osesp apresenta concertos dedicados à música barroca

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Isadora Vitti.

Dando continuidade à Temporada 2021, que já começa a se aproximar de sua reta final, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) se apresenta entre quinta-feira (28/out) e sábado (30/out) na Sala São Paulo sob o comando do violinista barroco Luis Otavio Santos, um dos grandes nomes desse instrumento no Brasil. O repertório reúne suítes de Händel e Telemann e excertos da peça A Arte da Fuga, de Bach, e tem o elemento água como seu fio condutor. A performance de sexta-feira (29/out), às 20h, será transmitida ao vivo direto da Sala São Paulo, no YouTube da Osesp.

“O programa deste concerto está unido pela fluidez e permeabilidade de um dos elementos da natureza preferidos dos artistas barrocos: a água. Referências aos quatro elementos – fogo, água, ar e terra – abundam na literatura esotérica e nas criações artísticas dessa era. Na época, ciência e misticismo se fundiam em belíssimas alegorias e modelos do universo. Estamos falando, acima de tudo, de um prato cheio para os altos voos da imaginação e da criatividade dos artistas barrocos. O repertório que a Osesp traz mostra três facetas da presença do elemento água na música barroca. A sutileza dessa presença convida o ouvinte a aceitar e a perceber a onipresença desse elemento, que na filosofia antiga estava associado à emoção, à criatividade e à memória. Com a água, a arte se hidrata e nutre o ser humano com suas criações”, explica o músico Luis Otavio Santos na nota de programa.

“Bach, Händel, Telemann – grandes gênios do período barroco da fase tardia, a primeira metade do século XVIII. Num longo período da história da música que abarca aproximadamente 150 anos, esses três mestres compartilham de um mesmo léxico musical e gosto. É bom colocarmos todos aqui neste programa, cada um com uma abordagem especial acerca do elemento água. Eles nos mostram que, na música, devemos nos render, nos deixar levar pelas águas, por vezes flutuar, noutras mergulhar fundo, em muitos momentos brincar e, em outros, temer. Seria uma lição dos barrocos para nós, que curiosamente poderia dialogar com a modernidade de outro gênio – nosso Guimarães Rosa – acerca do elemento água, acerca do inefável, da ‘terceira margem do rio’? Na minha opinião, diria que sim. Num concerto, músicos e público são lavados e transformados pela corrente musical que vem, vai, para nunca mais voltar a mesma”, completa o violinista e regente.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp | Criada em 1954, é uma das mais importantes orquestras da América Latina. Desde 2020, tem o suíço Thierry Fischer como seu diretor musical e regente titular, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, pela norte-americana Marin Alsop, que agora é regente de honra. Em 2016, a Osesp esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira.

Foto: Kiko Ferrite.

Luis Otavio Santos | Violinista barroco e regente, Luis Otavio Santos é detentor do prêmio Diapason d’Or, recebido na França. Foi discípulo de Sigiswald Kuijken no Conservatório Real de Haia (Holanda) e professor do Conservatório Real de Bruxelas (Bélgica). Atualmente leciona na Emesp Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo e dirige seu grupo especializado em instrumentos de época, chamado Os Músicos de Capella.

O Concerto Digital conta com o patrocínio da Klabin. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

PROGRAMA

TEMPORADA OSESP: SANTOS

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

LUIS OTAVIO SANTOS REGENTE

Georg Friedrich HÄNDEL | Música Aquática: Suíte nº 1 em Fá Maior

Johann Sebastian BACH | A Arte da Fuga: Excertos

Georg Philipp TELEMANN | Suíte em Dó Maior – Música Aquática

Serviço:

28 de outubro, quinta-feira, às 20h

29 de outubro, sexta-feira, às 20h – Concerto Digital

30 de outubro, sábado, às 16h30

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16 – São Paulo/SP

Taxa de ocupação limite: 638 lugares

Recomendação etária: 7 anos

Ingressos: Entre R$50,00 e R$100,00

Bilheteria (INTI): https://osesp.byinti.com/

(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.

Cartões de crédito: VISA, Mastercard, American Express e Diners.

Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.

Importante: Desde o início de setembro, para frequentar a Sala São Paulo, é preciso apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 — ao menos da 1ª dose, de acordo com o calendário de imunização da cidade de cada um. Essa medida está de acordo com o Decreto Nº 60.488, publicado em 27 de agosto de 2021 no Diário Oficial do município. A obrigatoriedade é válida para estabelecimentos e serviços do setor de eventos com público superior a 500 pessoas —a lotação máxima da Sala atualmente é de 638 lugares, obedecendo ao Protocolo de Segurança. A comprovação é necessária para todos que frequentam a Sala: público, artistas e funcionários.

Como apresentar o certificado de vacinação:

1 – Levando o comprovante original em papel;

2 – Mostrando o comprovante digital, disponível nas plataformas e-SaúdeSP, ConectSUS e Poupatempo.

Informações úteis:

– Quem se recusar a apresentar o documento não poderá ingressar na Sala São Paulo, uma vez que a instituição fica sujeita a penalidades e interdição.

– Crianças de até 12 anos que ainda não foram contempladas pelo calendário de vacinação podem acessar o espaço normalmente.

– Vacinados fora do país devem apresentar o comprovante original.

– Quem não pode tomar a vacina por alguma diretriz médica deve apresentar documento que ateste essa impossibilidade.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

(Fonte: Fabio Rigobelo | Fundação Osesp)

Exposição interativa “As Paisagens Impressionistas de Monet” chega ao Iguatemi Campinas

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: Lu Prezia.

O Iguatemi Campinas apresenta a partir do dia 29 de outubro a exposição As Paisagens Impressionistas de Monet. A mostra interativa poderá ser visitada gratuitamente até 28 de novembro e promove uma verdadeira experiência com recursos digitais, levando o visitante a entrar nos quadros do pintor, sentir o aroma do seu jardim e viver o clima dos cafés da Paris da efervescente Belle Èpoque.

Considerado o mais célebre pintor impressionista, Claude Monet nasceu em Paris, em 1840, e desde cedo começou a estudar pintura. O termo “impressionismo” surgiu a partir de uma de suas pinturas, chamada Impressão: Nascer do Sol.

A exposição será instalada no Espaço de Eventos no terceiro piso do shopping, com acesso pela escada rolante ao lado do Hocca Bar, e abrirá durante todo o horário de funcionamento do Iguatemi Campinas, de segunda a sábado das 10h às 22h e aos domingos e feriados das 12h à 20h. As visitas gratuitas deverão ser agendadas previamente no site Ingresse.com, que pode ser acessado pelo link https://www.ingresse.com/paisagens-impressionistas-de-monet.

Serão oito estações, que introduzem as cores, as técnicas, as obras e o ambiente em que o artista viveu. Conheça cada uma delas:

1 – Recepção Salão-Ateliê | As boas-vindas à exposição acontecem na reprodução do lugar em que Monet costumava receber seus convidados: o próprio ateliê do pintor, em Giverny, na Normandia. Nas paredes, estão dispostos quadros que remetem a cada etapa de sua vida e a janela cenográfica tem vista para seu local preferido para criar: ao ar livre.

2 – Início na Rue de Paris | Este espaço reproduz uma calçada da Rue de Paris, com um poste iluminando uma loja cenográfica. Na vitrine, uma exposição de caricaturas. Uma das caricaturas, por meio de animação, saúda os visitantes e conta um pouco da trajetória do pintor, das caricaturas à primeira paisagem, e adianta o que veremos na próxima estação.

3 – Café dos Impressionistas | Aqui, a referência é o Café de la Nouvelle-Athènes, onde Monet e outros jovens pintores (Renoir, Pissaro, Cèzanne) se reuniam para discutir a arte acadêmica e o surgimento do Impressionismo.

4 – Estilo e Técnica | Esta sala aborda as especificidades técnicas dos impressionistas, com ênfase em Monet, além de mostrar como a evolução dos materiais, como o uso da tinta a óleo e o pincel chato, influenciaram o trabalho desses artistas. Aqui, já há referências de como a catarata, nos dois olhos, diagnosticada em 1907, afetou o seu trabalho. Ainda aborda os registros em série da Catedral de Rouen em diferentes horários, dias e estações do ano. Monet pintou 50 telas dessa igreja, sendo 18 do mesmo ângulo.

5 – Variações do Monte de Feno | Inspirado na série Meules, este espaço conta com recursos de luzes em constante alteração (azulada, amarelada, rosada), remetendo às diferentes condições de luz captadas pelos pincéis de Monet.

6 – Túnel | Pintar, para Monet, era seu ofício e também razão de angústia por sua incessante busca pela perfeição. Em um corredor escuro, são mostrados alguns dos conflitos internos e aflições do pintor.

7 – Imersão nas Paisagens | Por meio de recursos de espelhos e projeções, os visitantes têm a percepção de entrar nas obras de Monet, entre as várias reproduzidas nesta estação.

8 – Ponte do Jardim Japonês | Depois de ganhar na loteria, Monet finalmente comprou a sua casa de Giverny e construiu dois jardins. Em um deles, no Jardin D’Eau, uniu duas paixões: as flores e a cultura japonesa. Monet pintou vários quadros com Ninfeias e a famosa ponte japonesa. Aqui, a experiência é também olfativa, com aroma de mato, terra e plantas.

“As Paisagens Impressionistas de Monet é uma experiência imersiva pelo estilo e técnica do pintor. Um convite para os visitantes conhecerem um pouco mais de Monet, a relevância do movimento impressionista e, ainda, vivenciarem uma experiência vibrante e envolvente. É uma atração para toda a família”, diz Karina Israel, uma das curadoras da exposição, organizada pela YDreams.

“As ideias e pensamentos apresentados ao longo de todo o percurso, assim como as belíssimas obras de arte, fazem com que tenhamos a impressão de estar olhando diretamente para o âmago do mais célebre dentre os pintores impressionistas”, completa Patrícia Secco, também curadora da exposição.

Um pouco mais sobre Monet | Claude Monet nasceu na Paris de 1840. Seus pais eram proprietários de um modesto empório. Aos cinco anos, mudou-se com a família para Normandia, onde ficou até os 17, quando retornou a Paris, com a ajuda de uma tia, para estudar pintura. Sua vida foi permeada por crises financeiras e críticas nem sempre favoráveis a sua obra. Em 1907, a catarata nos dois olhos começou a roubar sua visão – com a progressão da doença, passou a usar tons fortes, como “vermelho-carne”. Morreu em 1926, aos 86 anos, de câncer de pulmão.

Em 2019, uma de suas pinturas da série Monte de Feno foi arrematada em Nova Iorque, em leilão da Sotheby’s, por US$110 milhões, em poucos minutos.

Serviço:

Exposição As Paisagens Impressionistas de Monet no Iguatemi Campinas

Quando: de 29 de outubro a 28 de novembro

Horário: de segunda a sábado: das 10h às 22h; domingos e feriados, das 12h às 20h

Onde: Espaço de Eventos, no terceiro piso do Iguatemi Campinas, com acesso pela escada rolante ao lado do Hocca Bar (Av. Iguatemi, 777, Vila Brandina), em Campinas.

Visitas gratuitas mediante agendamento pelo site Ingresse.com, que pode ser acessado pelo link https://www.ingresse.com/paisagens-impressionistas-de-monet.

www.iguatemicampinas.com.br.

(Fonte: Macchina Comunicação Empresarial)

Artigo: Mercados imersos: os verdadeiros supermercados

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Marcos Santos/USP Imagens.

Quando o assunto é abastecimento alimentar, enfrentamos, hoje, um cenário desafiador: alta no preço dos alimentos, um quase desaparecimento de políticas públicas alimentares (como o Programa de Aquisição de Alimentos), a ausência de estoques públicos reguladores de preço. Além disso, vimos, no início de 2019, a extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, onde debates e conquistas históricas foram possíveis no campo da segurança alimentar e nutricional do Brasil.

Diante de tantas dificuldades, a pergunta que se coloca é: como garantir o abastecimento e o acesso a alimentos frescos e saudáveis para toda a população brasileira? É tempo de refletir sobre a capacidade de o território nacional ser resiliente frente a desequilíbrios internos, como decisões políticas e econômicas equivocadas e choques externos, como as pandemias.

Um ponto fundamental nessa questão são os tipos de mercados onde se compram alimentos. Um estudo deste ano, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), apontou para a diminuição na oferta de alimentos frescos em mercados alimentares locais — uma consequência da interrupção no transporte e fechamento de fronteiras. O principal achado da pesquisa é que os chamados mercados territoriais ou imersos são essenciais para garantir o abastecimento e o acesso a alimentos saudáveis em nível local.

Mas o que são mercados imersos? O conceito está relacionado a modelos mais voltados a realidades locais, como feiras livres, mercados de produtores, grupos de consumidores, restaurantes e varejões. Uma de suas principais características é que sua forma de organização se baseia na ação coletiva: criam-se regras formais e informais a partir do lugar onde o mercado se estabelece e das pessoas que participam dele.

Essas iniciativas pensadas em um território específico são mobilizadoras. Unem diferentes atores e instituições locais, envolvendo produtores, comerciantes, organizações da sociedade civil e o poder público.

O resultado desse tipo de organização é visível, por exemplo, quando se vai à feira. É notável a oferta de produtos distintos, seja em termos de preço, reputação do produtor (e/ou do produto em si). Por vezes, o alimento vendido envolve um saber específico ou o uso de recursos disponíveis apenas em um determinado território — caso de uma fruta nativa ou de uma receita tradicional. Seus benefícios fazem com que eles sejam os verdadeiros supermercados.

O modelo difere dos mercados convencionais, hoje muito presentes em nosso cotidiano. Estes são como os sistemas alimentares globais: operam a partir de regras e padrões bem definidos, funcionando da mesma forma em qualquer lugar do planeta. Fazem com que seja possível encontrar os mesmos produtos em países de culturas alimentares diferentes, desconsiderando as diversidades.

É claro que os sistemas alimentares globais continuarão existindo. O fluxo de alimentos continuará inundando os supermercados com o mais do mesmo, com centenas de novos produtos aparentemente diversos. Mas, ao mesmo tempo e eventualmente num mesmo lugar, existem outros arranjos mercadológicos possíveis: os mercados imersos podem ser opções de abastecimento para além dos supermercados convencionais, enquanto estruturas centralizadoras do valor produzido por milhares de agricultores e agricultoras.

Para pensar e discutir alimentação, também é importante analisar qual o potencial do sistema alimentar local em promover o acesso a alimentos nutritivos, seguros e a preços acessíveis. Iniciativas que levam esses pontos em conta geram a resiliência alimentar de um território, com base nos valores e necessidades de quem vive nele.

Sobre a autora | Nayla Almeida é engenheira agrônoma pela Universidade de São Paulo (USP), mestranda no Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em sua linha de pesquisa, investiga a construção social de mercados para agricultura familiar.

(Fonte: Agência Bori)