Iniciativa acontece durante a 23ª Semana Nacional de Museus e convida o público a refletir sobre inclusão e criatividade


São Paulo
Artigo analisou leis, decretos e regulamentos de 2018 a 2024 e comparou os registros com o ciclo de 2012 a 2018. Foto: Alexandre Cruz Noronha/Amazônia Real.
Nos últimos seis anos, políticas ambientais flexíveis, aliadas à fiscalização ineficaz, têm acelerado a degradação ambiental em Rondônia. É o que aponta um estudo conduzido na Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e publicado na Revista da Emeron no dia 20 de dezembro. A pesquisa identifica novas regulamentações nocivas à natureza e às populações locais, como uma lei estadual de 2021 que reduz os limites da Reserva Extrativista Jaci-Paraná e do Parque Estadual de Guajará-Mirim e outra de 2020 que flexibiliza regras para licenciamento ambiental de empreendimentos agrícolas.
Essas medidas podem ter contribuído para resultados como a perda de cerca de dois mil quilômetros quadrados de áreas protegidas em Rondônia entre 2018 e 2022, conforme dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), enquanto o desmatamento em unidades de conservação do estado cresceu 20% no período. Também houve aumento de 37% nas queimadas, totalizando mais de 12 mil focos de incêndio somente em 2022, segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). Como agravante, a capacidade de fiscalização dos órgãos públicos minguou nesse meio tempo. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental conta com quase 500 servidores, mas mais de 60% são comissionados. O último concurso público foi realizado em 2014.
Para entender os efeitos das políticas ambientais adotadas em Rondônia, o artigo analisou leis, decretos e regulamentos implementados entre 2018 e 2024 e comparou os registros com o ciclo imediatamente anterior, de 2012 a 2018. O trabalho avaliou seus possíveis impactos sobre o meio ambiente e as comunidades locais a partir de dados quantitativos e qualitativos relativos ao período analisado. Os dados quantitativos foram obtidos de instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o IPAM e o Imazon. Já os dados qualitativos sobre conflitos agrários e invasões de terras indígenas foram acessados em documentos da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Instituto Socioambiental (ISA).
O crescimento de 35% nas atividades de garimpo ao longo do Rio Madeira, um dos afluentes do Rio Amazonas, elevou os níveis de contaminação por mercúrio na região, com 92% das amostras de água analisadas excedendo os limites considerados seguros. Essas mesmas águas ainda podem ter recebido parte das mais de 350 mil toneladas de agrotóxicos utilizadas no estado em 2022, um aumento de 23% em relação a 2018 – que pode ter sido impulsionado pela aprovação da pulverização via drones a partir de 2021. “A pesquisa evidencia o processo acelerado de depredação ambiental na Amazônia, com dinâmicas de destruição e ocupação que impedem os processos de regeneração florestal, recuperação de águas e territórios”, alerta Vinicius Valentin Raduan Miguel, professor da UNIR e autor do estudo.
Além da degradação ambiental, o estudo ressalta impactos na saúde e no bem-estar social das comunidades em Rondônia. Entre 2018 e 2022, por exemplo, a incidência de malária cresceu 20%, possivelmente relacionada à maior proliferação de mosquitos devido à destruição de habitats naturais. A pesquisa constatou ainda mais de 180 invasões a terras indígenas, a remoção de mais de 300 famílias de comunidades tradicionais e cerca de 18% de todos os assassinatos relacionados a conflitos agrários na Amazônia Legal. “Um ponto importante para lidar com esse cenário é a efetiva responsabilização administrativa, civil e penal daqueles que vêm promovendo a destruição ambiental e contribuído para seu financiamento”, afirma o autor.
Segundo Miguel, é urgente interromper o atual modelo de degradação. “Um dos principais desafios é a estruturação do Estado e de mecanismos de governança focados na fiscalização e no monitoramento das redes e atores envolvidos na criminalidade ambiental”, diz. “O poder público tem a responsabilidade de revisar as formas de financiamento que incentivam a destruição ambiental, reconhecendo a possibilidade de desastres climáticos, enquanto a sociedade deve cobrar ações dos agentes públicos e acompanhar a cadeia de consumo dos produtos”, complementa o autor, indicando que seu grupo de pesquisa pretende seguir contribuindo para o monitoramento e a avaliação de políticas públicas no estado.
(Fonte: Agência Bori)
Houve crescimento progressivo dos valores até 2015, queda entre 2016 e 2019 e novo aumento durante a pandemia. Foto: FreePik.
De 2000 a 2022, o Brasil registrou crescimento nos investimentos em Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) – conjunto de iniciativas que buscam garantir o acesso à alimentação adequada e saudável, envolvendo áreas da gestão pública como saúde, educação, proteção social, agricultura e meio ambiente. No total, foram executados R$3,8 trilhões com variação anual positiva de 10,1%. Os dados foram publicados na Revista de Saúde Pública por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
A pesquisa utilizou dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP) do governo federal e analisou recursos públicos federais investidos de 2000 a 2022, categorizando ações conforme os temas da agenda de SAN. A categoria mais contemplada foi a de ‘acesso à alimentação’ – que engloba, por exemplo, a aquisição e distribuição de alimentos a famílias e pessoas em vulnerabilidade social –, com média de 73,4% dos recursos alocados no período. O pico foi em 2020, quando registrou 91% do valor executado por conta do investimento em ações que buscassem atenuar a insegurança alimentar provocada pela pandemia de covid-19.
Por outro lado, a categoria ‘sistema agroalimentar’ – referente à produção, extração e processamento de alimentos de forma sustentável e descentralizada – reunia 36% dos recursos liquidados em 2000, mas teve a maior perda de orçamento executado no período. A categoria ocupou apenas 2,3% do valor total em 2022, com reduções principalmente nos programas de fortalecimento e aquisição de produtos da agricultura familiar. Já a categoria ‘acesso à água’, que no início do milênio representava quase 16% do orçamento executado, despencou para 0,2% em 2022.
De forma geral, houve crescimento progressivo dos valores em SAN até 2015, quando o setor executou R$236,53 bilhões. Porém, entre 2016 e 2019, os investimentos caíram. Já em 2020, impulsionado pela pandemia, o orçamento alcançou R$601,6 bilhões. Apesar da queda nos dois anos seguintes, os valores permaneceram acima dos níveis pré-crise sanitária, chegando a R$312,5 bilhões em 2022. Mesmo assim, a insegurança alimentar voltou a atingir níveis semelhantes aos da década de 1990, observa o estudo.
Para Milena Corrêa Martins, doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC e uma das autoras do artigo, reduzir as discrepâncias exige considerar as demandas da sociedade civil e adotar uma gestão mais intersetorial. Ela também destaca o impacto que poderia ser alcançado caso os investimentos reconhecessem a agenda pública de SAN enquanto uma política de Estado, já que as agendas variam e sofrem impacto conforme o governo em vigor. O período de queda nos investimentos (2016-2019) coincide com o período que Michel Temer assumiu o poder e o início da gestão de Jair Bolsonaro, observa.
“A fome é uma escolha do governo. O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, então como a população passa fome? As políticas de Segurança Alimentar e Nutricional já foram estruturadas, nós já saímos do Mapa da Fome em 2014. Mas essa mazela reflete uma condição histórica, a partir de escolhas econômicas e políticas”, aponta Martins. Ela também atenta para as limitações de uma agenda pública de SAN pautada numa lógica assistencialista, com foco na distribuição de alimentos em situações de crise. “Somente ofertar políticas de alimentação e nutrição não é o suficiente. São necessárias políticas estruturantes, capazes de transformar realidades, como o fortalecimento da agricultura familiar e de desenvolvimento econômico e social”, acrescenta Martins.
O estudo deriva da tese de doutorado de Martins, que analisa a tendência temporal da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil e seus determinantes. O objetivo da pesquisa é contribuir para qualificar os investimentos apresentados por formuladores de políticas públicas, fortalecendo o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). A pesquisa terá desdobramentos, incluindo um estudo sobre a situação de Povos e Comunidades Tradicionais, como indígenas e quilombolas, os mais afetados pela insegurança alimentar e com menor destinação de recursos, conta Martins.
A pesquisadora sugere que estudos futuros explorem os investimentos em níveis municipal e estadual para identificar como os recursos estão sendo aplicados localmente. “É nos territórios que podemos ver as especificidades de como o direito à alimentação é violado ou garantido”, finaliza Martins.
(Fonte: Agência Bori)
Évora, bela e histórica cidade da região do Alentejo, foi escolhida como a Capital Europeia da Cultura em 2027, sendo a quarta cidade portuguesa na história a alcançar o título, junto com Lisboa (1994), Porto (2001) e Guimarães (2012).
A candidatura de Évora à Capital Europeia da Cultura foi anunciada em 2017 e, desde então, todo o território do Alentejo trabalhou para a conquista deste título, que tem um grande impacto cultural, econômico, social e turístico imediato e a longo prazo para as cidades vencedoras.
Inspirado pelo ‘vagar’ alentejano, que pode ser traduzido como um estilo de vida mais livre e sem pressa, a candidatura abordou o modo de ser e de viver e as práticas que existem desde sempre no Alentejo e que podem contribuir com soluções para os desafios contemporâneos desenvolvendo colaborações culturais sustentáveis e estimulando o desenvolvimento.
Entre os princípios que inspiram a estratégia do programa cultural e artístico de Évora 2027 está a ideia de que menos é mais, privilegiando a qualidade sobre a quantidade, a sustentabilidade, enfatizando a diversidade cultural, a união do tradicional com o contemporâneo, o desafio de repensar o patrimônio, o cruzamento entre a ciência e a arte e levando o estilo de vida alentejano mais longe para testar todo o seu potencial.
A decisão foi anunciada em 2022 e o título de Capital Europeia da Cultura em 2027 será dividido com a cidade de Liepaja, na Letônia. Todos os anos, de duas a três cidades na Europa são escolhidas por um comitê para abrigar diversas atividades culturais.
A Capital Europeia da Cultura é uma iniciativa da União Europeia que tem por objetivo a promoção de uma cidade da Europa pelo período de um ano, em que a localidade nomeada tem a oportunidade de mostrar seu estilo de vida e desenvolvimento cultural, permitindo um melhor conhecimento sobre o destino.
Veja abaixo quais cidades serão as próximas Capitais Europeias da Cultura:
2025 – Chemnitz (Alemanha) e Nova Gorica (Eslovênia)
2026 – Oulu (Finlândia) e Trenčín (Eslováquia)
2027 – Évora (Portugal) e Liepaja (Letônia).
Sobre o Alentejo
Considerado o destino mais genuíno de Portugal, o Alentejo é a maior região do país. Privilegiando um lifestyle tranquilo em que a experiência de viver bem dá o tom, conta com belas praias intocadas e cidades repletas de atrações ímpares, como castelos e monumentos históricos. Detentor de quatro títulos da Unesco e diversos outros prêmios e reconhecimentos internacionais no setor do turismo, o Alentejo oferece opções para todos os tipos de viajantes, sejam famílias, casais em lua de mel ou aventureiros. A promoção turística do Alentejo, efetuada pela Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, conta com o apoio dos fundos comunitários através do Alentejo 2030, do Portugal 2030 e da União Europeia. Para mais informações, visite www.turismodoalentejo.com.br.
(Com Lisia Minelli/AFT Comunicação Digital)
O Shopping SP Market apresenta a exposição ‘I Love SP’, uma homenagem especial aos 471 anos da cidade de São Paulo. Com curadoria assinada pelo renomado fotógrafo Marcelo Sonohara, a mostra captura a essência e a diversidade da maior metrópole do país por meio de imagens impactantes e cheias de significados.
Com fotos que retratam o dinamismo e a pluralidade cultural da cidade, evidenciando seus contrastes, paisagens urbanas e o cotidiano de seus habitantes, a mostra é aberta ao público e gratuita e fica disponível de 24 de janeiro até 24 de fevereiro no corredor onde está localizado o Hello Park.
A coletânea de fotos promete emocionar visitantes de todas as idades proporcionando um convite à reflexão sobre o que torna São Paulo tão singular. A energia pulsante e os elementos que fazem da cidade um símbolo de inovação e resiliência ganham vida em cada fotografia.
“Nós ficamos muito tocados com as obras e decidimos trazer para o mall para conectar ainda mais o público com o coração da capital paulista. O SP Market completou 30 anos em 2024 e nós temos muito orgulho de fazer parte dessa história, todos estão convidados a revisitar São Paulo desta vez com um olhar artístico e inspirador”, comenta Maíra Santos, gerente de marketing do shopping.
Para mais informações, acesse o site oficial: shoppingspmarket.com.br.
Serviço:
Exposição I Love SP, do fotógrafo Marcelo Sonohara
Data: de 24 de janeiro a 24 de fevereiro de 2025
Valor: Gratuito
Onde: Corredor do Hello Park.
(Com Erila Ricci/Maxima SP)
A vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro, cerimônia que a consagrou como Melhor Atriz em Filme de Drama por seu desempenho em Ainda Estou Aqui, levou os fãs do cinema brasileiro ao delírio no último dia 5. Embora a conquista ratifique o reconhecimento internacional da sétima arte brasileira, também é possível perceber um aumento do interesse do público pelos filmes produzidos no nosso país.
Segundo dados da Ingresso.com, de 2023 para 2024, houve um aumento de 580% na venda de tíquetes para filmes nacionais e/ou coproduzidos pelo Brasil. Sucessos de 2023, como ‘Mussum, O Filmis’, ‘Nosso Sonho’, ‘Minha Irmã e Eu’ e ‘Mamonas Assassinas’, já fizeram bonito no ano de seus lançamentos; contudo, 2024 trouxe para as telonas recordes de bilheteria, como ‘Nosso Lar 2: Os Mensageiros’, ‘O Auto da Compadecida 2‘ e o premiado ‘Ainda Estou Aqui’, o que justifica o aumento significativo.
Brasil no Top5 do ano de 2024 | ‘Ainda Estou Aqui’, dirigido por Walter Salles, foi o quinto filme mais vendido na Ingresso.com no ano de 2024. No período pós-pandemia, essa é a primeira vez que um longa nacional ocupa um lugar tão alto no ranking da plataforma, a maior tiqueteira de cinema do país.
Resultados de janeiro já superam todo o acumulado de 2023
Se a tendência se mantiver, 2025 promete ser um ano auspicioso para o cinema nacional. Janeiro ainda não chegou ao fim e a quantidade de ingressos vendidos para produções brasileiras já supera todo o resultado de filmes nacionais em 2023 na Ingresso.com. Até o momento, houve um aumento de 136%, comparando todos os meses de 2023 às primeiras semanas de janeiro de 2025.
Este ano, o sucesso se mantém: ‘O Auto da Compadecida 2’ é o segundo filme mais vendido de 2025 na Ingresso.com, até o momento, enquanto ‘Ainda Estou Aqui’, em cartaz desde novembro de 2024, ocupa o quinto lugar do ranking anual.
Com mais de 20 anos de atuação, a Ingresso.com é uma empresa de tecnologia pioneira no mercado de venda online de ingressos e automação de bilheterias, que desenvolve soluções com foco principal no cinema e eventos de grande porte. Sua atuação vai desde a gestão das bilheterias e bombonieres, até a venda de ingressos online passando pela produção de conteúdo para as suas plataformas e redes sociais. A qualidade do seu atendimento ao cliente resultou em nove títulos do Prêmio Reclame Aqui, incluindo a edição de 2022. No mesmo ano, a empresa passou a fazer parte do portfólio do UOL Conteúdo e Serviços, maior empresa brasileira de conteúdo, tecnologia e serviços digitais, que conta com mais de mil canais de jornalismo, informação, entretenimento e serviços, tendo a maior audiência entre veículos de comunicação da internet brasileira. Acompanhe todas as novidades do mundo do cinema nos canais da Ingresso.com: Instagram, YouTube, Facebook e LinkedIn.
(Com Giovanna Miranda/XCom)