Mulheres pretas são o grupo mais afetado: 72% relataram sofrer discriminação por dois ou mais motivos; 21,3% dos pretos relatam ser seguidos em lojas, índice 2,5 vezes o de brancos (8,5%)


Brasil
Foto: Meghan Hessler/Unsplash.
Mulheres jovens, na faixa etária de 18 a 24 anos, negras, com baixa escolaridade e renda e da região Nordeste são o maior alvo da violência praticada pelos próprios parceiros. É o que mostra levantamento de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) publicado na segunda (13) na Revista Brasileira de Epidemiologia.
O estudo traz o perfil da prevalência e dos fatores associados à violência contra a mulher no Brasil a partir de análise da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019. Feita pelo IBGE, a PNS traz respostas de mais de 34 mil mulheres com mais de 15 anos de todo o país sobre violência. Algumas perguntas do questionário ajudam a identificar qual tipo de violência elas mais sofrem do parceiro íntimo, seja sexual, física ou psicológica.
Segundo os dados, 8% das mulheres brasileiras declararam sofrer violência íntima de parceiros, sendo a violência psicológica a mais frequente, declarada por 7%. A maior prevalência deste tipo de violência em mulheres jovens, com menor escolaridade e da região Nordeste dão indícios do seu recorte social. “A violência por parceiro íntimo está associada a iniquidades sociais, um problema crônico em nossa sociedade e que se agrava quanto maior for a desigualdade social”, destaca a pesquisadora Deborah Malta, co-autora do estudo.
Estimativas da OMS revelam que 30% das mulheres acima de 15 anos já foram vítimas de violência física e sexual ao menos uma vez na vida. No Brasil, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em 2019, 16,7% de mulheres entre 15 e 49 anos já sofreram algum tipo de violência do próprio parceiro e aproximadamente 33% das vítimas relatam recorrência de violência sofrida.
Segundo Malta, a violência por parceiro íntimo revela as relações de poder entre mulheres e homens a partir dos papeis impostos a cada um. “A Pesquisa Nacional de Saúde inova ao trazer esse tema para o inquérito, inaugurando a possibilidade de analisarmos os subtipos de violência por parceiro íntimo com amostras representativas da população brasileira”, comenta a pesquisadora. Os dados podem servir como guia para a formulação de programas e políticas públicas para combater esses tipos de violência.
(Fonte: Agência Bori)
O público poderá conferir no metrô Santana, em São Paulo, a exposição fotográfica Retratos da Superação, composta por 50 fotografias onde encontramos – em cada uma delas – uma poderosa história por detrás das fotos. A exposição fotográfica faz parte do Projeto de Fotografia “Retratos da Superação”, que em sua 7º edição, promove uma reflexão dos nossos desafios mais difíceis e inspira para a superar estes obstáculos.
As fotografias desta mostra foram selecionadas a partir de dois recortes. O primeiro, do curso de formação gratuita, ministrado por João Kulcsár, voltado para pacientes oncológicos, cuidadores, médicos e profissionais de saúde, dos hospitais e centros de tratamento, parceiros da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia – Abrale. O segundo, a partir de uma convocatória promovida pelo Festival de Fotografia de Paranapiacaba sobre o tema Superação.
“Todos nós passamos por problemas, alguns maiores do que outros. O que vemos aqui são imagens do triunfo sobre obstáculos que a vida nos apresenta. São narrativas que podem emocionar, sensibilizar e nos fazer refletir sobre a vida, os limites, o que somos, como vivemos e quem amamos. Esperamos que estas histórias visuais nos inspirem para os novos desafios que enfrentamos cotidianamente”, diz o professor e curador da mostra Kulcsár, professor visitante da Universidade de Harvard e diretor do Festival de Fotografia de Paranapiacaba.
Sobre a Abrale | A Abrale é uma organização sem fins lucrativos, de abrangência nacional, criada em 2002 por pacientes e familiares com a missão de oferecer ajuda e mobilizar parceiros para que todas as pessoas com câncer e doenças do sangue tenham acesso ao melhor tratamento. Até 31 de outubro de 2021, foram acolhidos 48.752 pacientes.
Sobre o Festival de Fotografia de Paranapiacaba | O Festival de Fotografia de Paranapiacaba surgiu do desejo de celebrar a imagem como uma experiência de encontros permeados pela educação, direitos humanos e meio ambiente. Desde 2018, quando estreou na histórica Vila de Paranapiacaba, o FFP se conectou intimamente ao território que os recebeu. Em Paranapiacaba, com essa vocação fotográfica, uma vila fotogênica que ocupa os espaços públicos com arte e fotografia, o FFP é um momento importante para o debate de ideias e um ponto de encontro dos fotógrafos brasileiros e internacionais.
Serviço:
Exposição fotográfica Retratos da Superação
50 fotografias
Local: Estação Santana da Linha Azul – Metrô –SP
Curadoria: João Kulcsár
Data: 10 de dezembro de 2021 a 10 de janeiro de 2022, das 8h00 às 22h00
www.retratosdesuperacao.com.br | www.ffparanapiacaba.com.br/.
(Fonte: assessoria de Imprensa | Wiplay)
Obras que fazem parte da exposição. Fotos: divulgação.
O Labof está de volta. Depois de uma pausa nas atividades presenciais por conta da pandemia, o Hub de Inovação abre as portas com nova exposição intitulada Volume (número 02). A exposição é uma reunião de três grandes nomes da street art nacional: Cusco Rebel, Andy Hope e Onesto. Originários de disciplinas distintas dentro do movimento do grafite, os artistas se juntaram para pintar 10 grandes telas. Cada obra trará mensagens subliminares para exemplificar o universo onírico e subjetivo de cada um deles.
Criada há três anos pelos empreendedores Bruno Bernardo, Bruno Garms, Lukas Carmona, Vitor Faria e Cusco Rebel, o Labof é um Hub de Inovação que tem como objetivo trazer relevância para as marcas por meio de um mindset nontraditional. A empresa está dividida em três frentes de trabalho: consultoria de branding, produtora de vídeos e projetos com arte. Alguns dos clientes da Labof são Águas Prata, Café 3 Corações, Havaianas e Ducati Brasil, entre outros.
Cusco Rebel | artista visual multidisciplinar gaúcho radicado em São Paulo que acredita na cura e no progresso por meio da arte. Tem trabalhos espalhados por diversos lugares do mundo, de becos em Venice Beach, Califórnia, a grandes escritórios e imóveis em São Paulo e Nova York. Sua arte envolve técnicas do grafite, passando pela colagem, assemblage de materiais e técnicas aprimoradas de pintura acrílica. Também gosta de explorar suportes diferenciados como mobiliários, objetos e carros, buscando uma constante fuga do tradicional.
ONESTOdiesel (a.k.a. Alex Hornest)| artista multidisciplinar (pintor, escultor, desenhista e multimídia) que vive e trabalha em São Paulo. Produz suas obras focado na relação entre as cidades e seus habitantes. Em suas composições, a junção de elementos resulta em texturas, contrastes, cores e movimentos. Personagens do seu imaginário transitam em situações entre a realidade e a ficção em um universo lírico regado de caos, agitação e licença poética.
Andy Hope | estudou modelo vivo no Centro Cultural São Paulo durante o ano de 2010. As primeiras pinturas surgiram no final dos anos 90, quando, influenciado por cartoons, lifestyle e street art, começou a experimentar técnicas que hoje chamam a atenção em sua produção. Saindo do local onde vive e nasceu para atravessar fronteiras, a Cidade Tiradentes o inspira e o faz refletir sobre a diversidade e o que é viver numa periferia.
Serviço:
Exposição Volume (número 02)
Data: 15/12
Horário: 18h
Labof: Rua Dr Andrade Pertence, 93 – Vila Olímpia – São Paulo/SP.
(Fonte: Lu Stabile Assessoria de Imprensa)
Por Wilfredor – Obra do próprio, CC0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=35518796.
O clima natalino tem se instalado pela cidade de São Paulo e não poderia ser diferente em um dos principais locais turísticos da capital paulista. Nos dias 17, às 19h, e 18 e 19 de dezembro, às 17h, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e o Coro Lírico apresentam um Concerto de Natal no palco do Theatro Municipal. Os ingressos custam entre R$10 a R$60 e podem ser adquiridos pelo site ou bilheteria física.
Sob regência do maestro Roberto Minczuk e Mário Zaccaro, os músicos interpretam um dos grandes clássicos de Gian Carlo Menotti – Amahl e os Visitantes da Noite. A obra, escrita especialmente para a televisão norte americana, foi ao ar no dia 24 de dezembro de 1951.
Menotti foi um italiano radicado desde a juventude nos EUA, onde obteve êxito com óperas como Amelia al Ballo e The Consul. Em uma de suas histórias, o compositor afirma que essa é uma ópera que tenta recapturar sua própria infância. “Vejam, quando criança eu vivia na Itália e na Itália não temos Papai Noel. Acho que Papai Noel está ocupado demais com as crianças americanas para também conseguir lidar com as crianças italianas. Nossos presentes, em vez disso, eram levados pelos Reis Magos”.
Tendo em vista os cuidados com a transmissão da Covid-19 e visando garantir a segurança a proteção do público, é necessário seguir os protocolos de segurança estipulados no Manual do Espectador (acesse aqui), que incluem, a partir de 11 de novembro, a apresentação do comprovante de vacinação.
Serviço:
17, dezembro, às 19h
18, dezembro, às 17h
19, dezembro, às 17h
[Theatro Municipal – Sala de Espetáculos]
Concerto de Natal
Concerto Presencial, aberto ao público
Orquestra Sinfônica Municipal
Coro Lírico
Mário Zaccaro, regência
Marivone Caetano, Amahl
Juliana Starling, mãe
Paulo Queiroz, Gaspar
Márcio Marangon, Melchior
David Marcondes, Baltazar
Diógenes Gomes, Pajem.
Programa
GIAN CARLO MENOTTI
Amahl e os visitantes da noite
Ingressos: R$10 a R$60
Classificação: Livre
Endereço: Praça Ramos de Azevedo, s/n – República, São Paulo/SP
Horário de atendimento: segunda a sexta, 10h às 19h | sábado e domingo, 10 às 17h. Telefone: 55 (11) 3053 2090
Programa sujeito a alteração.
Sobre o Complexo Theatro Municipal de São Paulo | O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado, intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil. O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular e outras linguagens do corpo, dentre outras). Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado.
Além do edifício do Theatro, o Complexo Theatro Municipal também conta com o edifício da Praça das Artes, concebida para ser sede dos Corpos Artísticos e da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo. Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área.
Inaugurado em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m², o projeto vencedor dos prêmios APCA e Icon Awards é resultado da parceria do arquiteto Marcos Cartum (Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura) com o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.
(Fonte: Approach Comunicação)
Foto: Eliandro Figueira.
A Prefeitura de Indaiatuba promoveu na sexta-feira, 10 de dezembro, a entrega da revitalização do Museu Ferroviário e a inauguração do PIT – Ponto de Informação Turística. O evento, que teve início às 19 horas e integrou as comemorações pelos 191 anos de Indaiatuba, contou com apresentações do Grupo Amantes do Choro e da Domingos Jazz Band, presença do Papai Noel na histórica Locomotiva a Vapor Nº 10 e marcou também a transição do espaço, antes administrado pela FIEC (Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura), para a Secretaria Municipal de Cultura, por meio do Departamento de Turismo.
A revitalização do Museu Ferroviário de Indaiatuba, inaugurado oficialmente em 1º de outubro de 2004, foi realizado em trabalho conjunto entre as secretarias de Cultura, Obras e Vias Públicas, Serviços e Meio Ambiente, além da FIEC.
“Estamos muito felizes em receber o Museu Ferroviário de Indaiatuba e nosso Departamento de Turismo ganha uma nova sede”, destacou a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “No PIT – Ponto de Informação Turística, concentraremos todas as informações turísticas de nossa cidade, como roteiros, destinos e um pouco da nossa história, para quem mora em Indaiatuba e aqueles que vêm nos visitar, em um local de fácil acesso”.
Eixo histórico | Em 2002, a Prefeitura promoveu um projeto para preservação de todo eixo histórico da cidade. A importância da ferrovia na história de Indaiatuba e sua ligação com a comunidade levaram a um plano de revitalização e restauração do conjunto de prédios da antiga estação Ferroviária de Indaiatuba para abrigar o Museu Ferroviário de Indaiatuba, trabalho conduzido pela FIEC.
Foto: divulgação.
Em convênio firmado em 17 de setembro de 2002, entre a Prefeitura de Indaiatuba, através da FIEC, a Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) e a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), chega à cidade a Locomotiva nº 10, fabricada nos Estados Unidos em 1874 e adquirida pelo imperador D. Pedro II. É a mais antiga locomotiva a vapor americana em condições operacionais no Brasil.
A locomotiva passou por um processo de restauro em 6 de dezembro de 2002, se tornando a primeira peça do acervo do Museu Ferroviário de Indaiatuba. Neste ano, passou um novo restauro e se encontra em pleno funcionamento.
Atualmente, o acervo do museu possui aproximadamente 500 peças, incluindo objetos tridimensionais e imagens, todas devidamente identificadas e registradas, em trabalho que contou com apoio da Associação de Preservação Ferroviária de Indaiatuba (APFI).
O processo de revitalização do prédio do Museu Ferroviário de Indaiatuba foi acompanhado pelo arquiteto Eduardo Constantino Gomes, da Secretaria Municipal de Obras e Vias Públicas. “É importante ressaltar que tudo que fizemos no Museu Ferroviário de Indaiatuba passou pelo Conselho Municipal de Preservação”, ressalta.
Diversos detalhes do projeto foram preservados. “Adotamos o máximo de responsabilidade com a obra original e, inclusive, devolvemos algumas particularidades que eram próprias do prédio”, completa Eduardo. O Museu Ferroviário de Indaiatuba fica na Praça Newton Prado, s/nº, no Jardim Pompeia, e funcionará de terça a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados e domingos, das 9h às 12h. Às segundas-feiras, estará fechado para manutenção.
História da Locomotiva | Em pesquisa e texto de José Henrique Dercole, é possível saber que a Locomotiva a Vapor Nº 10 estava exposta na cidade de Saint Louis, nos Estados Unidos, durante as comemorações do centenário de independência do país em 1876, onde foi comprada pelo imperador D. Pedro II.
Na exposição do centenário, a locomotiva tinha o nome de America. Porém, logo que chegou ao Brasil foi batizada de D. Pedro II, segundo o pesquisador Sérgio Mártire. Conforme dados da época, o imperador teria doado a locomotiva à Cia Ytuana de Estradas de Ferro.
Em 1892 ocorreu a fusão das companhias Sorocabana e Ytuana, dando origem à Cia. União Sorocabana Ytuana, e a bitola 0,96 cm da Ytuana passa para um metro, seguindo os ramais da Sorocabana. Com a anexação da Ytuana pela Sorocabana por volta de 1905, a locomotiva passou então a pertencer a E.F. Sorocabana.
Assim, depois de operar na Ytuana e na Sorocabana, no ano de 1920 a Locomotiva a Vapor Nº 10 foi transferida para o trecho Santos–Juquiá, operando até 1933 e completando 60 anos de serviços. Depois de desativada, foi transferida para a cidade de Sorocaba para enfeitar os jardins da Administração da E.F. Sorocabana, onde permaneceu até 2002 e sofreu com ações climáticas e saques de vândalos.
Com a privatização de toda a rede ferroviária na década de 1990, a locomotiva passou a pertencer à Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), que a cedeu em comodato à Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), que em 2002 fechou convênio com o poder público de Indaiatuba cedendo-a para fins turísticos e culturais da cidade.
Dados Técnicos da Locomotiva Nº 10
Ano de Fabricação: 1874
Fabricante: Baldwin Locomotive Works
Pais: Estados Unidos
Nº de série do fabricante: 3627
Classificação: 4-4-0
Tipo: American
Bitola: 1,00 m
Diâmetro dos cilindros: 45 cm
Curso dos pistões: 40 cm
Peso aproximado: 25.000 Kg
Comprimento: 12,5 m c/ Tender
Procedência: E.F. Ituana e E.F. Sorocabana
1ª Restauração: Engenheiro Lincon Palaia, em 6 de dezembro de 2002
2ª Restauração: Associação Brasileira de Preservação Ferroviária de Campinas, em 10 de dezembro de 2021
Localização: Indaiatuba (SP)
Nota: Pertenceu ao imperador D. Pedro II e é a mais antiga locomotiva a vapor americana em condições operacionais no Brasil.
(Fonte: Assessoria de Imprensa | Prefeitura de Indaiatuba)