Mulheres pretas são o grupo mais afetado: 72% relataram sofrer discriminação por dois ou mais motivos; 21,3% dos pretos relatam ser seguidos em lojas, índice 2,5 vezes o de brancos (8,5%)


Brasil
Crédito da foto: Henri Taniguti.
A ESPM, uma das mais conceituadas instituições de ensino superior do país, está com inscrições para cursos de férias na área de Habilidades Pessoais e Culturais. Entre alguns dos temas abordados estão liderança de equipes, networking e desenvolvimento da marca profissional no LinkedIn e ESG. A maioria dos cursos será ministrada online. Mas, com o avanço da vacinação, a escola volta a oferecer alguns cursos no modelo híbrido e presencial (somente na unidade de São Paulo).
Os cursos de férias estão incluídos na plataforma Dynamic ESPM, que permite aos alunos escolher a melhor jornada de aprendizagem conforme sua fase de carreira e desafios impostos pelas novas tecnologias e mudanças no mercado. Essa tecnologia de certificação é aplicada às trilhas de pós-graduação e atualizada por badges. Ao acumular badges e pontos, o estudante adquire diferentes tipos de certificação – de nanodegrees a degrees.
Abaixo alguns destaques dos cursos de férias na área de Habilidades Pessoais e Culturais:
– Como liderar presencialmente e à distância equipes de alta performance: trata das diferenças básicas entre liderar equipes presencialmente e à distância, destacando técnicas e ferramentas para trabalhar com equipes híbridas, multifuncionais e disruptivas. O curso acontece entre os dias 1 e 3 de fevereiro, das 19h30 às 22h30, online – via Zoom – com a professora Fátima Therezinha Motta.
– Networking e marca profissional no Linkedin: apresenta os mecanismos de funcionamento e os algoritmos do LinkedIn de forma que o participante possa usá-los para sair do lugar comum na mais importante rede social profissional. O curso acontece nos dias 15 e 16 de fevereiro, das 18h30 às 21h30, online – via Zoom – com o professor Mauro Wainstock.
– Sustentabilidade lucrativa – como unir planeta, pessoas e lucro na gestão empresarial: conceito e prática do tripé da sustentabilidade (“Triple Bottom Line”) e o que ele propõe. O curso acontece nos modelos online – via Zoom – e presencial, em São Paulo, na ESPM Tech, ambos nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro, das 19h30 às 22h30 com os professores Roberto Nascimento, Ieda Cavignato e Priscila Marques.
– Gestão da diversidade nas organizações: direcionado para profissionais que queiram entender com mais profundidade questões de diversidade e a forma de incluir e gerir pessoas que possam contribuir pela diferença que apresentam. O curso acontece de 15 a 17 de fevereiro, das 19h30 às 22h30, online – via Zoom – com a professora Fátima Therezinha Motta.
As informações sobre inscrições e todos os cursos de férias da ESPM, tanto na área de Habilidades Pessoais e Culturais quanto nas demais áreas do conhecimento, estão disponíveis no site: https://www.espm.br/categoria-produto/dynamic/atualizacao/cursos-de-ferias/.
Sobre a ESPM | A ESPM é uma escola de negócios inovadora, referência brasileira no ensino superior nas áreas de Comunicação, Marketing, Consumo, Administração e Economia Criativa. Seus 12600 alunos dos cursos de graduação e de pós-graduação e mais de 1100 funcionários estão distribuídos em cinco campi – dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro, um em Porto Alegre e um em Florianópolis. O lifelong learning, aprendizagem ao longo da vida profissional, o ensino de excelência e o foco no mercado são as bases da ESPM.
(Fonte: Nova PR)
“Sem título”, da série Alienígenas, 2021 – cerâmica e vidro – 29 x 22 x 10 cm. Foto: Ana Pigosso.
A Galeria Millan de São Paulo abre no próximo sábado, 22 de janeiro, a temporada 2022 de exposições com duas mostras individuais: a antológica Acordelados, que repassa a trajetória da artista Lidia Lisbôa (Guaíra, PR, 1970) desde o final dos anos 1990 até suas investigações mais recentes; e Arriba do chão, que reúne pinturas de pequenos e grandes formatos e cerâmicas recém-produzidas pelo artista David Almeida (Brasília, DF, 1989). Ambas ficam em cartaz até 19 de fevereiro e a entrada é gratuita.
Com curadoria assinada por Thiago de Paula Souza – membro da equipe curatorial da 10ª Bienal de Berlim: We don’t need another hero, em 2018 –, a exposição individual de Lidia Lisbôa reúne desenhos e esculturas de diversos materiais e técnicas, como arte têxtil, crochê, performance e esculturas em cerâmica, argila, porcelana e botões.
Após ter se mudado para São Paulo, em 1986, Lidia Lisbôa trabalhou em ateliê de alta costura e, em 1991, iniciou sua produção artística. Obteve formação de Gravura em Metal pelo Museu Lasar Segall, escultura contemporânea e cerâmica no Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE) e no Liceu de Artes e Ofícios. Em 1997, participou da exposição coletiva Tridimensional, no Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE) e, neste mesmo ano, realizou sua primeira exposição individual no Instituto Goethe, em São Paulo. Em 1998, a artista recebeu o Prêmio Maimeri – 75 anos, concedido pelo Liceu de Artes e Ofícios. Em 2020, Lisbôa expôs no Centro Cultural São Paulo e na 12ª Bienal do Mercosul, em 2021, integrou as exposições coletivas Enciclopédia Negra, na Pinacoteca de São Paulo; Carolina Maria de Jesus: um Brasil para brasileiros, no Instituto Moreira Salles; e a mostra A Substância da Terra: O Sertão, com curadoria de Simon Watson, que ocorreu primeiro no Museu Nacional da República com itinerância na Slag Galery em Nova York.
“Cercado”, 2021, óleo sobre cerâmica terracota – 19 x 18,5 x 3 cm. Foto: Ana Pigosso.
A mostra de David Almeida tem a curadoria de Pollyana Quintella – que foi curadora adjunta da exposição FARSA – Língua, Fratura, Ficção: Brasil-Portugal, que ficou em cartaz no SESC Pompeia, em São Paulo, até fevereiro de 2021 – e enfatiza a investigação pictórica ao explorar a paisagem brasileira. Com sua pesquisa em pintura a partir de uma diversidade de caminhos: telas em grande e pequeno formato, suportes como o linho, o algodão e a madeira, assim como gravuras e cerâmicas, que expressam uma contínua investigação de relevos e combinações cromáticas.
A pesquisa de David Almeida tem como eixo principal as problemáticas do espaço e do corpo em percurso, explorando a visualidade do território íntimo, da cidade e da paisagem regional brasileira. Almeida engendra os conceitos de memória, corpo, fantasmagoria e percepção óptica, criando telas em que o íntimo de uma cultura ou povo se apresenta de forma sutil pela paisagem.
Em sua primeira individual na Galeria Millan, Almeida apresenta sua pesquisa em pintura a partir de uma diversidade de caminhos: telas em grande e pequeno formato, suportes como o linho, o algodão e a madeira, assim como gravuras e cerâmicas, que expressam uma contínua investigação de relevos e combinações cromáticas.
Serviço:
Lidia Lisbôa: Acordelados
Curadoria de Thiago de Paula Souza
Visitação: 22 de janeiro a 19 de fevereiro de 2022
Segunda a sexta, 10h às 19h | Sábados, 11h às 15h
Entrada gratuita
David Almeida: Arriba do chão
Curadoria de Pollyana Quintella
Visitação: 22 de janeiro a 19 de fevereiro de 2022
Segunda a sexta, 10h às 19h | Sábados, 11h às 15h
Entrada gratuita
Galeria Millan – Rua Fradique Coutinho, 1416, São Paulo, SP
Mais informações, acesse o site da Galeria Millan.
(Fonte: Conteúdo Publicações)
Autor: Eva Soban – Título: “Fez-se a luz 11” – Ano: 2020 – Técnica: costuras – Dimensões: 70 x 70 cm. Fotos: divulgação.
O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP apresenta a exposição O Gênesis segundo Eva, da artista Eva Soban, composta por 15 elementos em formas tecidas que apresentam o mito da Criação do Mundo e a saga do Fruto Proibido segundo a visão da artista. “A proposta da exposição é instigar uma reflexão sobre a necessidade fundamental de enfrentar desafios e proibições, que sempre pautou as escolhas humanas – para o Bem e para o Mal”, define a curadora Denise Mattar.
Há um século, nos primórdios do movimento Modernista, a artista Regina Gomide Graz inseriu no segmento das artes plásticas o “fazer têxtil” como forma artística e é nesta fonte que se alimenta Eva Soban para criar obras únicas e delicadas, mas com mensagens e conceitos pré-determinados resultantes de pesquisa e estudo constantes. A artista se dedica ao tema há um bom tempo. “No último ano, senti um apelo interno, uma necessidade de Luz. Estamos vivendo momentos de vida x morte, dilacerantes, e cercados por crenças e pensamentos questionáveis. Senti essa necessidade de voltar às origens e tentar entender”, afirma.
Autor: Eva Soban – Título: “Fez-se a luz 8” – Ano: 2020 – Técnica: costuras – Dimensões: 190 x 160 cm.
Eva Soban narra os primeiros capítulos do Gênesis usando fios, apropriando-se de sua flexibilidade, tensão e elasticidade para apresentar uma leitura criativa do relato bíblico. As diversas texturas que emprega e as variações do plano ao tridimensional revelam todo o vínculo e o poder ancestral que a fibra pode evocar não perdendo sua contemporaneidade. A instalação estabelece um paralelo com a análise teológica atual, que vê no Gênesis uma síntese “das preocupações universais sobre a origem do homem e do seu mundo, os males que o afligem e os perigos que o ameaçam”. ‘Faça-se a Luz’ é a primeira ação de Deus e a artista imagina como seria o Vazio, a Luz Divina se manifestando e rompendo as trevas. “Pensa nas texturas e na plasticidade das galáxias, com suas estrelas, gás e poeira, ligadas por uma força invisível. E, exatamente assim, constrói o primeiro ato da criação: em camadas negras, com fios soltos, ligados de forma invisível, um tecido sem tecido, com brilhos e cores sutis que se sobrepõem, produzindo novas cores”, explica Denise Mattar.
Autor: Eva Soban – Título: “Árvore da Vida” – Ano: – Técnica: crochê e fios enrolados (coiling) – fios diversos, espuma de polipropileno, arame e bambu – Dimensões: 130 x 130 x 230 (alt) cm.
Inseridas no jardim recém-criado, despontam a Árvore da Vida – colorida e tentadora, com muitos frutos e flores, representando a fartura ofertada ao homem; e a Árvore do Conhecimento, do Bem e do Mal – a árvore proibida, negra, com um único fruto, com todas as energias que impulsionam a vida humana. Esse paradoxo deixa perguntas sem respostas. Por que o Conhecimento seria negado ao Ser Humano? Por que os homens preferiram enfrentar a proibição divina? Teria Deus negado o Conhecimento para poupar os homens da Dor? Como uma possível resposta às indagações que na verdade representam a luta incessante que a humanidade deve travar contra as forças do mal, uma luta sem tréguas onde, algumas vezes, o homem é vencedor. Essa redenção, quase sempre temporária, encerra a exposição e é representada por uma chuva de frutos dourados – Fruto Proibido – agora transparentes, suaves, multiformes e libertos do chão.
“Eva Soban faz parte da geração pioneira que, na década de 1970, abriu novas possibilidades para as mídias flexíveis, criando trabalhos esculturais e tridimensionais de fibra que derrubaram o engessamento das categorias artísticas então existentes. Sua abordagem diversificada aos têxteis, usada como veículo de sua criatividade, a coloca entre as nossas mais interessantes artistas”, conclui Denise Mattar.
Serviço:
Exposição: O Gênesis segundo Eva
Artista: Eva Soban
Curadoria: Denise Mattar
Abertura: 22 de janeiro – sábado – das 11h às 14h
Período: de 23 de janeiro a 20 de março de 2022
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo | MAS/SP
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo/SP (ao lado da estação Tiradentes do Metrô)
Tel.: (11) 3326-5393 – informações adicionais
Horários: de terça-feira a domingo, das 10 às 17h (entrada permitida até às 16h30).
(Fonte: Balady Comunicação)
A atriz Bárbara Colen, que interpreta a jovem Fernanda. Imagens: divulgação.
O longa Fogaréu, de Flávia Neves, estreia na Mostra Panorama do Festival de Berlim. Bárbara Colen e Eucir de Souza são os protagonistas do filme, que tem roteiro baseado na história pessoal da diretora e produção da Bananeira Filmes e da MyMama Entertainment.
Na fronteira entre o real e o fantástico, entre o passado colonial e a modernidade avassaladora do agronegócio, a cidade de Goiás é palco do encontro entre a jovem Fernanda e suas secretas raízes. Ela volta para a casa de seu abastado tio após a morte de sua mãe adotiva, a fim de implodir certezas e deixar surgir a dolorosa verdade sobre sua origem.
Sobre a diretora | Flávia Neves estudou Cinema e Literatura na Universidade Federal Fluminense, e Roteiro e Técnica Meisner na EICTV – Escuela Internacional de Cine e TV, em Cuba. Aos 16 anos, dirigiu seu primeiro curta-metragem, Liberdade, exibido no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental. Atuou também como assistente de direção e produtora em curtas-metragens e documentários para cinema e TV, antes e durante o curso universitário.
A diretora de “Fogaréu”, Flávia Neves.
Em 2019, dirigiu e roteirizou a série Amanajé, o mensageiro do Futuro, exibida na TV Cultura. Fogaréu é seu primeiro longa-metragem de ficção. Atualmente, Flávia desenvolve o seu segundo longa, Tempo do Poder, com o apoio do Ibermedia. Com esse projeto, participou da residência na Cité Internacionale des Arts, em Paris, com bolsa concedida pelo Institut Français e pelo Projeto Paradiso.
Sobre a produtora Bananeira Filmes | Convidada em junho de 2018 para integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles, Vania Catani fundou a Bananeira Filmes em 2000 e desde então se tornou uma das mais prestigiadas produtoras de cinema brasileiro. Suas produções já receberam mais de 250 prêmios e foram exibidas em mais de 500 festivais, como Cannes, Veneza, Roterdã e mais outros 60 países.
Ao longo de 21 anos, a Bananeira produziu e coproduziu diversos curtas-metragens e mais de 25 longas, entre os quais estão os premiados Narradores de Javé (2003), de Eliane Caffé; A Festa da Menina Morta (2008), a primeira direção de Matheus Nachtergaele com estreia em Cannes; Feliz Natal (2008), uma parceria de sucesso com o diretor Selton Mello que se repetiu em O Palhaço (2011), visto por mais de 1,5 milhão de espectadores e indicado do Brasil para concorrer a uma vaga de melhor filme estrangeiro no Oscar de 2012, e em 2017, com O Filme da Minha Vida.
Os filmes Mate-me Por Favor (2015) de Anita Rocha da Silveira, e Zama (2017) da premiada dretora Lucrecia Martel, estrearam no Festival de Veneza. Zama foi indicado ao Sur 2017, o prêmio mais importante do cinema argentino, em 11 categorias, incluindo melhor filme, melhor diretor, melhor ator e melhor direção de arte. O filme também ganhou o Critics’ Choice no Festival de Roterdã em 2018, foi indicado par Melhor Filme Ibero-Americano no Goya 2018 e escolhido para representar a Argentina na disputa por uma vaga na categoria de melhor filme estrangeiro no Oscar de 2018. Em 2019, foi classificado como o 9º melhor filme do século pelo jornal britânico The Guardian e o melhor filme latino-americano da década pelo Remezcla.
Entre suas coproduções destacam-se La Playa (Colômbia), El Ardor (Argentina), e Jauja (Argentina), todos com estreia internacional em Cannes, além da sua mais recente coprodução com o México, O Baile dos 41, que ainda será lançado no Brasil.
Em 2021, estreou mundialmente Medusa, sua segunda produção com a diretora Anita Rocha da Silveira, na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes. Também foi exibido no Festival de Toronto; Festival de Guadalajara, onde recebeu o prêmio Maguey de melhor interpretação para Lara Tremouroux; Festival de Milano, onde ganhou o prêmio do público; Festival de Catalunya, onde ganhou o prêmio Queer Kong, e Melhor Direção, na competição Novas Visões; no Brasil, estreou na Mostra Internacional de São Paulo e, em seguida, no Festival do Rio, onde ganhou os prêmios de melhor atriz coadjuvante para Lara Tremouroux, Melhor Direção e o grande prêmio da noite Melhor Longa-Metragem Ficção.
A Bananeira finaliza no momento O Filme do Tênis, documentário sobre o primeiro disco solo do cantor mineiro Lô Borges, dirigido por Rodrigo de Oliveira e Vânia Catani; Fogaréu, estreia da diretora Flávia Neves, em coprodução com a Blue Monday (França) e selecionado pela CNC; Serial Kelly, dirigido por René Guerra e protagonizado por Gaby Amarantos e a série documental Adriano Imperador, original Paramount+ sobre o ícone da nação rubro-negra.
Além disso, desenvolve Incondicional – O Mito da Maternidade, documentário da Patrícia Froes; Super Poderes, de Anne Pinheiro Guimarães, Musa, de Mônica Demes e Casa Assassinada, de José Luiz Villamarim.
FOGARÉU
Brasil, 2022, 100min, cor
Direção: Flávia Neves
Roteiro: Flávia Neves e Melanie Dimantas
Fotografia: Luciana Basseggio
Montagem: Will Domingos
Produção Executiva: Tarcila Jacob, Elaine Azevedo e Silva
Produção: Bananeira Filmes, Mymama, Blue Monday Produtions, Caliandra Filmes, Kam Filmes, Canal Brasil
Elenco: Bárbara Colen (Fernanda), Nena Inoue (Mocinha), Eucir de Souza (Antônio), Fernanda Vianna (Arlette), Vilminha Chaves (Joana), Kelly Crifer (Tereza), Timothy Wilson (Ezequiel), Fernanda Pimenta (Paula), Allan Jacinto Santana (Pedro), Typyire Ãwa (Cacique)
Distribuição Brasil: ArtHouse.
(Fonte: Trombone Comunica)
Anos antes do início do Holocausto, um acordo foi firmado entre líderes do movimento sionista e a alta cúpula do Terceiro Reich, logo que Hitler tomou o poder na Alemanha, em janeiro de 1933, impedindo que os judeus alemães fossem completamente dizimados em menos de uma década. Essa história, pouco divulgada, é conhecida sob o codinome Haavara, e é contada em Haavara: O Acordo de Transferência, livro do jornalista judeu norte-americano Edwin Black, autor do best-seller IBM e o Holocausto. Trata-se de um dos maiores marcos dentre os estudos sobre o holocausto já publicados no Brasil, visto que é a primeira tradução para uma língua não inglesa, tamanha é a polêmica envolvendo essa história. A responsável pela publicação é a Idea Editora, casa editorial de médio porte localizada em Bauru, interior do estado de São Paulo, que lançou outro livro do autor em 2018: Conexão Nazista: a História Revelada da Colaboração de Grandes Corporações Americanas com o Holocausto e a Alemanha de Hitler.
Em Haavara: O Acordo de Transferência, Edwin Black revela que, em 7 de agosto de 1933, os líderes sionistas concluíram um pacto secreto e controverso com o Terceiro Reich, que, em suas várias formas, transferiu cerca de 60 mil judeus e mais de 1 bilhão e 500 milhões de dólares (em valores atuais) para a Palestina Judaica. Em troca, os sionistas cessariam o boicote econômico mundial antinazista que ameaçava derrubar o regime de Hitler em seu primeiro ano. No final, o Acordo Haavara salvou vidas, resgatou bens e foi a base para a criação da infraestrutura do que viria a ser o Estado de Israel. Dessa forma, este estudo revolucionário e seminal nos traz novas perspectivas sobre o que realmente aconteceu durante o período que precedeu a Segunda Guerra Mundial e nos revela fatos de suma importância sobre um dos acontecimentos mais significativos que precederam o maior desastre político-militar de todos os tempos.
Publicado originalmente em 1984 nos Estados Unidos, o livro ganhou uma versão comemorativa em 2009, que trouxe ainda mais leitores e destaques na mídia para fatos então esquecidos sobre esse período da história. Esta edição lançada agora no Brasil conta ainda com o posfácio de Abraham Foxman, advogado, escritor, líder judaico, ativista norte-americano e diretor emérito nacional da Liga Antidifamação, ONG judaica internacional com sede nos Estados Unidos. No texto, ele aponta que “Os inimigos do povo judeu e da nação judaica sempre afirmarão que os sionistas usaram o Acordo Haavara somente para promover a emigração. Somente para construir um Estado. Esse é o pretexto fácil para aqueles que não viram a cor do sangue judeu sendo derramado. Mas nós vimos. As pessoas que estiveram lá sabem muito bem o que aconteceu. E graças a esta obra de referência, as gerações futuras também saberão o que as vítimas daqueles dias, por fim, descobriram de um modo tão doloroso”.
Por meio de um trabalho de pesquisa minucioso e de grande perspicácia de Edwin Black, Haavara: O Acordo de Transferência traz novas perspectivas sobre esse importantíssimo e até então pouco estudado e divulgado fato que precedeu a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto. Trata-se de uma obra extremamente bem documentada e fundamental para mostrar como um povo usou de sua inteligência e influência no mundo para garantir a própria sobrevivência perante o preconceito e o racismo do regime nazista.
Sobre o autor | Edwin Black é um autor premiado e jornalista investigativo. Muitas de suas obras foram best-sellers do New York Times. Seus 11 livros foram publicados em 14 idiomas e em 190 países. Também possui artigos, publicados em jornais e revistas, que estão entre os mais lidos nos Estados Unidos, Europa e Israel. Com a marca de mais de dois milhões de livros impressos, seu trabalho tem como tema principal a denúncia sobre o genocídio e o ódio aos judeus, a criminalidade e a corrupção corporativa, a má administração governamental, a fraude acadêmica, o abuso filantrópico, a dependência do petróleo, as fontes de energia alternativas e as investigações históricas. Seus editores o indicaram quatorze vezes para concorrer ao prêmio Pulitzer, tendo recebido recentemente uma série de premiações no ramo editorial. Sua obra mais conhecida é IBM e o Holocausto. Pela Idea Editora, também publicou Conexão Nazista: a História Revelada da Colaboração de Grandes Corporações Americanas com o Holocausto e a Alemanha de Hitler.
Serviço:
Livro Haavara: O Acordo de Transferência
Autor: Edwin Black
Editora: Idea Editora
Páginas: 704
Preço: R$149,90.
(Fonte: Agência Aspas e Vírgulas)