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Arte & Cultura

Belém

Eventos fora do eixo: Após Lady Gaga no Rio, Mariah Carey, em Belém, lidera a descentralização de eventos no Brasil

por Kleber Patrício

O Brasil presencia uma transformação no cenário de grandes eventos musicais. O show gratuito de Lady Gaga em Copacabana, realizado em 3 de maio, reuniu aproximadamente 2,1 milhões de pessoas, tornando-se o maior da carreira da artista e o maior já realizado por uma mulher na história. O evento, parte do projeto ‘Todo Mundo no […]

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Cainã Cavalcante lança álbum ‘Sinal dos Tempos’ com show no Blue Note São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Tainá Cavalcante.

No dia 17 de fevereiro (quinta-feira), às 22h30, o violonista Cainã Cavalcante faz show de lançamento do álbum instrumental “Sinal dos Tempos – Cainã toca Garoto” no Blue Note São Paulo.

Após o período de reclusão imposto pela pandemia, Cainã finalmente sobe ao palco presencialmente para apresentar um espetáculo de natureza intimista, que contará com Guto Wirtti no contrabaixo acústico e Edu Ribeiro na bateria, em uma noite mágica com músicas do inesquecível Garoto, um dos mais celebrados compositores de sua época. Garoto foi contemporâneo – com talento e sucesso equivalentes – de Noel Rosa, Pixinguinha, Ary Barroso, Dorival Caymmi e Jacob do Bandolim.

Suas composições, como “Gente Humilde”, “Lamentos do Morro”, “Duas Contas” etc., encantam geração após geração. Sete décadas depois de sua morte aos 39 anos, o compositor paulistano é estudado, reverenciado e tem seus tesouros musicais gravados por notáveis como Baden Powell, Bola Sete, Guinga, João Gilberto e Yamandu Costa. Agora é Cainã a prestar a homenagem, que o violonista considera “a realização de um sonho, tamanha é a enormidade em suas harmonias, inteligência nas composições e fluência na execução”.

“Sinal dos Tempos – Cainã Toca Garoto” | O repertório foi pinçado em busca de um equilíbrio entre obras mais conhecidas, como ”Gente Humilde”, ”Duas Contas”, “Jorge do Fusa” e “Lamento do Morro”, e aquelas menos ouvidas, como, por exemplo, ”Voltarei” e ”Esperanza”. As músicas são interpretadas de maneira alegre, apesar da necessária profundidade, com a fluência espontânea que o ”gênio das cordas” imprimiu às suas composições.

Repertório

1 – Desvairada (Garoto)

2 – Jorge do fusa (Garoto)

3 – Sinal dos tempos (Garoto)

4 – Esperanza (Garoto)

5 – Gente humilde (Garoto/ Vinicius de Moraes/ Chico Buarque de Hollanda)

6 – Duas Contas (Garoto)

7 – Lamentos do morro (Garoto)

8 – Gracioso (Garoto)

9 – Nosso choro (Garoto)

10 – Voltarei (Garoto)

Ficha Técnica

Artista: Cainã Cavalcante

Produzido por Cainã Cavalcante e Guto Wirtti

Produção executiva: Wilson Souto Jr. (Atração)

Gravado por Guido Pera, no estúdio Visom Digital – RJ, nos dias 1, 2 e 3 de março de 2021

Mixado no BRC estúdios – SP por Luis Paulo Serafim

Masterizado por Gian Correa

Produção de Estúdio: Carla Braga

Logística: Marcelo Cabanas

Fotos: Tainá Cavalcante

Arte final: Rhudá Cavalcante (Cajueiro Comunicação)

Realização: Gravadora Atração

Arranjos: Cainã Cavalcante

Músicos: Cainã Cavalcante (violão), Paulo Braga (bateria) e Guto Wirtti (produtor e contrabaixo acústico).

Sobre o artista | Com um pouco mais de 20 anos de carreira, Cainã nutre parcerias nos palcos e em gravações com grandes nomes da música do mundo. Logo no início de sua caminhada, no ano 2000, aos 10 anos de idade, foi o vencedor do concurso de violão erudito Musicallis, realizado em São Paulo. Destaque também para a parceria e o contato com seu padrinho de batismo Patativa do Assaré, que lhe rendeu o poema “Ao meu afilhado Cainã”, registrado em seu primeiro disco, “Morador do Mato” (2002), na regravação instrumental da canção “Vaca Estrela e Boi Fubá”, de autoria do poeta cearense.

Durante esse mesmo período, houve o encontro e início da amizade de Cainã com Yamandu Costa, que logo tratou de convidar o menino cearense para participar de seus shows em Fortaleza. É possível ver o registro dessa época na faixa “Sons de Carrilhões” (João Pernambuco), no disco de estreia de Cainã.

Em 2005, é lançado “Samburá”, segundo disco da carreira do violonista, que tem no repertório regravações de clássicos como “A Marcha dos Marinheiros” (Américo Jacomino) e “Trem de Ferro” (Lauro Maia), além da primeira composição gravada de Cainã, “Mariah”.

No mesmo ano, o cearense viaja à França para participar do 19º Festival Internacional de Musique Universitaire de Ville, em Belfort. Na mesma viagem, ao retornar a Paris para concertos solo, Cainã encontra Ronaldo do Bandolim (integrante do Época de Ouro e Trio Madeira Brasil), sendo convidado para realizar concertos junto do bandolinista carioca na capital francesa.

De volta ao Brasil, a fluência do menino, que já chamava a atenção de grandes nomes da música cearense e produtores culturais, desencadeou em vários convites para estar nos palcos e estúdios com Belchior, Fagner (produtor e diretor artístico do segundo álbum de Cainã), Amelinha, Manassés de Sousa, Adelson Viana, Rodger Rogério, Teti e tantos outros ilustres cearenses.

Após o segundo disco, já atuando com os músicos veteranos, aos 15 anos Cainã se destaca e começa a acompanhar e a participar de shows de artistas nacionais e internacionais no Ceará, dentre eles: Leny Andrade, Leila Pinheiro, Simone Guimarães, Leandro Braga, Vander Lee, Dominguinhos, Paulinho Pedra Azul, Chico César, Renato Borghetti, Danilo Caymmi, Omar Puente (Cuba), María Toro (Espanha) e até Plácido Domingo, com o honroso convite para participar do concerto do tenor espanhol na inauguração do Centro de Eventos do Ceará, em 2012.

Para além das colaborações com outros artistas e ainda morando em Fortaleza, Cainã participou por diversas vezes com concertos e ministrando oficinas nos principais festivais de música do estado, como o consolidado Festival de Jazz & Blues de Guaramiranga, o Festival Férias no Ceará e o Festival de Música da Ibiapaba, marcando o seu encontro com o violonista carioca Zé Paulo Becker, que na sequência convidou Cainã para um série de concertos na cidade do Rio Janeiro.

Com total afinidade entre os dois violões e receptividade do público, nasce o disco “Parceria”, composto por composições autorais dos violonistas, promovendo um encontro de gerações e estilos violonísticos. Com as idas ao Rio ficando mais frequentes, Cainã toca em alguns dos principais festivais, salas de concerto e espaços culturais da capital fluminense.

Os movimentos de expansão de carreira se deram com concertos pelo Brasil e América Latina, com destaque para a turnê na Argentina, com o disco “Parceria”, e idas frequentes à Europa (Alemanha, Áustria, Holanda, França, Letônia e Suécia). Atualmente, Cainã mora em São Paulo, tendo firmado parcerias com nomes como Hamilton de Holanda, Ney Matogrosso, Fabiana Cozza, Mestrinho, Elba Ramalho, Maria Gadu, Gian Corrêa, Rogério Caetano e Dani Black, entre outros.

Cainã Cavalcante – “Sinal dos Tempos – Cainã toca Garoto”

Blue Note São Paulo

Av. Paulista, 2073, 2° andar

Conjunto Nacional

Quinta-feira, 17 de fevereiro, às 22h30

Abertura da casa: 20h30

Duração: 80 minutos aproximadamente

Classificação: 16 anos

Vendas online: Eventim ( https://www.eventim.com.br/event/sinal-dos-tempos-caina-toca-garoto-blue-note-sao-paulo-14640770/)

Valor:

R$90,00 (inteira)

R$45,00 (meia)

R$45,00 (meia idoso)

R$45,00 (meia PCD)

Informações: https://bluenotesp.com/

Horário de funcionamento bilheteria oficial Blue Note São Paulo:

Central de vendas: (11) 94545-1511 (sem taxa de conveniência)

Formas de pagamento: dinheiro; cartão de crédito e débito.

Redes sociais: 

Instagram: https://www.instagram.com/CainaCavalcante

Facebook: https://www.facebook.com/CainaCavalcante

Site: https://www.cainacavalcante.com.br

Spotify: https://bityli.com/IsKRU

YouTube: https://www.youtube.com/c/Cain%C3%A3Cavalcante.

(Fonte: Graciela Binaghi Assessoria de Comunicação)

Musical “A Hora da Estrela” realiza temporada no SESC Santana em fevereiro

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: divulgação.

O aclamado espetáculo “A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa” chega a São Paulo para uma temporada no SESC Santana. Protagonizado por Laila Garin, ao lado de Claudia Ventura e Claudio Gabriel, com adaptação e direção de André Paes Leme, canções especialmente compostas por Chico César e direção musical e arranjos de Marcelo Caldi, o espetáculo ficará em cartaz até 27 de fevereiro, com sessões às sextas e sábados, às 21h e, aos domingos, às 18h.

A idealização e produção do projeto são de Andréa Alves, da Sarau Agência, responsável por espetáculos como “Elza”, “Suassuna – O Auto do Reino do Sol”, “Sísifo” e “Macunaíma”. O projeto é patrocinado pela BB Seguros e pelo Banco do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

“A Hora da Estrela” foi o último livro escrito por Clarice Lispector, que faleceu pouco tempo após o seu lançamento. Suas páginas narram a saga de Macabéa, imigrante nordestina cuja vida no Rio de Janeiro é marcada pela ausência de afeto e poesia. Vista pela sociedade como uma mulher desprovida de qualquer atrativo, ela se contenta com uma existência medíocre: ganha menos do que um salário, divide um quarto com quatro pessoas, sofre com um chefe rigoroso e não atrai a atenção de ninguém.

Na obra literária, a história é contada por um escritor, que vê Macabéa na rua e resolve narrar a vida de uma pessoa tão invisível, comum e sem brilho, em um exercício de alteridade. Para a versão teatral, o diretor André Paes Leme propõe uma inversão e esta figura do escritor se transforma em uma atriz. Desta forma, Laila Garin tem o desafio de se alternar entre a Macabéa e a Atriz, que não somente narra, mas também comenta e lança uma série de questões ao longo da encenação.

André Paes Leme, que já assinou elogiadas adaptações de Guimarães Rosa (“A Hora e Vez de Augusto Matraga”) e Nelson Rodrigues (“Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados”), teve ainda a parceria de Chico César no processo de criação. As músicas pontuam toda a dramaturgia e aparecem para ilustrar o estado emocional e o interior de cada personagem.

Ao longo da montagem, as canções servem ainda para detalhar algum acontecimento e também para tirar as personagens do sofrido estágio em que se encontram, trazendo alguma fantasia para existências tão opacas. O espetáculo marca ainda a primeira vez em que Laila Garin atua em um espetáculo de composições inéditas, produzidas ao longo do processo de ensaios. “Interpretar a Macabéa, as canções de Chico e ser dirigida por André já seriam motivos mais do que especiais para estar em cena. Mas fazer ‘A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa’ vai além, é um espetáculo que diz exatamente o que queremos falar neste momento. Estar em cena também como a Atriz é uma afirmação deste ato poético e político que é o teatro. É um grito de indignação com muita poesia, lutando com as armas que temos. ‘A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa’ fala das pessoas supostamente invisíveis, fala de solidariedade, de olhar para o outro com afeto. Além de tudo, é uma peça sobre esperança”, analisa Laila.

Com passagem pelo Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Distrito Federal, o espetáculo já foi visto por mais de 68 mil pessoas, sendo mais de 64 por meio das lives transmitidas pelos canais BB Seguros e Banco do Brasil, ao longo de 2021.

Ficha técnica

Da obra de Clarice Lispector

Adaptação e Direção: André Paes Leme

Música:

Canção Original: Chico César

Direção Musical e arranjos: Marcelo Caldi

Idealização e Direção de Produção: Andréa Alves

Com Claudia Ventura, Claudio Gabriel e Laila Garin

Músicos: Fábio Luna, Pedro Aune e Pedro Franco

Diretor Assistente: Anderson Aragón

Figurinos: Kika Lopes

Cenário: André Cortez

Iluminação: Renato Machado

Design de som: Gabriel D’Angelo

Preparação Corporal: Toni Rodrigues

Assistente de figurino: Sassá Magalhães

Assistente de cenografia : Tuca Benvenutti

Assistente de preparação Corporal : Monique Ottati

Coordenação de Produção: Leila Maria Moreno

Produção Executiva: Raphael Baêta e Janaína Santos

Assistente de Produção: Paulo Farias

Projeto Gráfico: Beto Martins

Assessoria de Imprensa: Factoria Comunicação.

Serviço:

Temporada de 4 a 27 de fevereiro de 2022

SESC Santana – Av. Luiz Dumont Villares, 579 – Santana, São Paulo/SP

Sextas e sábados, às 21h. Domingos, às 18h.

(Fonte: FSB Comunicação)

Impacto do consumo de sódio é maior em homens e na região Nordeste do Brasil

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Marcos Santos/Imagens USP.

Mineral amplamente consumido no Brasil, o sódio – presente no sal – é um importante fator de risco para doenças crônicas quando ingerido em quantidade excessiva. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares mostram que, entre 2008 e 2018, alguns grupos da população brasileira apresentaram queda na ingestão do nutriente. No entanto, alguns perfis ainda sofrem com maior mortalidade ou anos vividos com incapacidade por consumo excessivo de sódio: homens e habitantes da região Nordeste do país. A análise é de um estudo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) publicado na “Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical”, na segunda (7).

A pesquisa teve o objetivo de descrever a contribuição do consumo exagerado de sódio para a ocorrência de doenças crônicas (hipertensão arterial, por exemplo) entre a população brasileira. Para isso, foram analisados dados do estudo Global Burden of Disease (2019), que reúne informações de uma série de fontes, como a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF, do IBGE) e a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

Entre 1990 e 2019, o número absoluto de mortes por doenças crônicas causadas por consumo excessivo de sódio aumentou de 21.830 para 30.814 (41%), tornando o sal um fator de risco dietético relevante no Brasil. Esse aumento da mortalidade é esperado, visto que a população brasileira cresceu e envelheceu durante o período analisado. A diferença, no entanto, é vista nos recortes por gênero e região de moradia: as maiores taxas foram verificadas entre os homens e os habitantes da região Nordeste. Para se ter uma ideia, a mortalidade entre os homens (19 a cada 100 mil habitantes) foi o dobro da mortalidade entre as mulheres (8 a cada 100 mil habitantes).

“Os homens acabam sendo mais afetados por uma conjunção de fatores”, explica Ísis Machado, uma das autoras do estudo. “Eles costumam consumir mais calorias, então é esperado que acabem ingerindo mais sódio. Existem, ainda, diferenças hormonais entre os gêneros. Além disso, mulheres procuram serviços de saúde com mais frequência que homens e são historicamente responsáveis pelo cuidado e pela produção de refeições, enquanto homens tendem a comer fora de casa mais vezes, com maior exposição a alimentos ultraprocessados”.

A prevalência de doenças crônicas varia de acordo com a idade, visto que é muito mais comum que patologias como hipertensão, por exemplo, atinjam um número maior de pessoas mais velhas. Por isso, a análise incluiu uma padronização das taxas por idade, que mostrou que o consumo excessivo de sódio foi maior em estados da região Nordeste do Brasil, principalmente nos estados de Maranhão (28,9 a cada 100 mil habitantes homens e 10,3 a cada 100 mil habitantes mulheres), Alagoas (23,5 entre homens e 12,5 entre mulheres) e Pernambuco (23,9 entre homens e 10,6 entre mulheres). O estado de Minas Gerais apresentou as menores taxas (15,3 entre homens e 7,6 entre mulheres).

“Em geral, a hipertensão é uma condição silenciosa. Na região Nordeste, apenas 65% dos pacientes hipertensos que tiveram contato com serviços de saúde sabiam que tinham a doença e só 33% tinham a pressão arterial controlada”, conta Larissa Guedes, que também assina o artigo. Os dados publicados no estudo podem colaborar para a criação ou atualização de políticas públicas de promoção da saúde, levando em conta as disparidades regionais e priorizando grupos de risco para o desenvolvimento de doenças relacionadas ao consumo de sódio.

(Fonte: Agência Bori)

Relatório analisa e aponta soluções para geração de trabalho e renda nas áreas rurais do Brasil

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Lucas Thaynan/Agência Tatu.

Para que se possa falar em sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis é preciso promover formas de inclusão econômica das populações vulneráveis que habitam o Brasil rural e interiorano – ou seja, é preciso viabilizar formas de geração de trabalho e renda estáveis e o aumento da qualidade de vida deste amplo contingente de pessoas. Para fornecer evidências que melhorem as iniciativas voltadas ao tema, o Cebrap Sustentabilidade lança o relatório “Inclusão produtiva no Brasil rural e interiorano 2022” nesta semana.

Produzido em parceria com as fundações Arymax e Tide Setubal e com o Instituto Humanize, o documento traz um conjunto de dados sobre inclusão produtiva dividido em quatro capítulos. No primeiro, é feito um retrato dos estabelecimentos e das áreas rurais brasileiras, mostrando o caráter heterogêneo do Brasil rural. Na sequência, o relatório mostra uma análise das políticas públicas de inclusão produtiva rural em países latino-americanos, enfatizando aprendizados que o Brasil pode obter com as experiências estrangeiras.

Os capítulos 3 e 4 versam sobre dois temas que vêm ganhando espaço no ramo da inclusão produtiva: a digitalização das várias etapas da produção, consumo e comércio de alimentos e as oportunidades de usos econômicos da biodiversidade. “A ideia é que o relatório amplie o conhecimento de pesquisadores e dê suporte para o debate público e para processos de tomada de decisão, tendo impacto na qualidade de vida da população rural brasileira”, diz Arilson Favareto, um dos pesquisadores que assinam o documento.

O texto apresenta uma série de informações relevantes para a construção e aprimoramento de políticas públicas. Um exemplo é a análise de tendências experimentadas nos estabelecimentos agropecuários do país. De maneira geral, foi registrado um decréscimo da população ocupada no Brasil década após década, em um retrato diferente daquele que emerge quando se olha apenas para os dados mais recentes. Mas há, também, diferenças regionais importantes: as regiões Norte e Centro-Oeste são as que tiveram alta, o que teria relação com a abertura de novas fronteiras na região, algo associado ao desmatamento para a criação de novas áreas de pastagens.

No campo das inovações verdes, o relatório aponta um crescimento expressivo de estabelecimentos certificados em produção orgânica, principalmente na agricultura familiar. Apesar disso, o Brasil parece seguir, ao mesmo tempo, outra tendência: a de intensificação do desmatamento e do uso de agrotóxicos, resultando em um quadro paradoxal e insuficiente para melhorar os indicadores ambientais agregados.

Segundo os autores do documento, a solução para melhorar a inclusão produtiva rural exige o reconhecimento de que, ao contrário do que se costuma pensar, existe uma grande heterogeneidade nas áreas rurais do país. “Será preciso tratar afirmativamente essa diversidade”, diz Favareto. “Nesse sentido, as informações contidas no relatório podem tornar programas e políticas públicas mais condizentes com os desafios postos pelas diferenças contextuais.”

(Fonte: Agência Bori)

Óleo de coco: estável em altas temperaturas, gordura é ideal para o preparo de alimentos

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: moho01/Pixabay.

Quem se aventura pela cozinha certamente já se deparou com uma dúvida na hora de preparar os alimentos: qual tipo de óleo escolher? Com as diversas opções presentes no mercado, nem sempre é fácil encontrar a mais indicada para sua receita. Assim, a melhor forma de descobrir a resposta é olhar para as propriedades de cada tipo de gordura. E, quando se trata de levar ao fogo, a vantagem fica com as saturadas – é o caso do óleo de coco, por exemplo, que conserva melhor suas propriedades mesmo em altas temperaturas.

Segundo a nutricionista funcional esportiva Ana Paula G. Karam, as moléculas presentes no óleo de coco já estão quebradas. Isso significa que ele consegue se manter estável durante todo o processo de preparo de um alimento. “A vantagem do óleo de coco é que ele conserva suas características e não libera substâncias prejudiciais ao organismo ao longo do cozimento. Além disso, ele conserva seus antioxidantes, que são essenciais para conter o envelhecimento da pele”, explica.

O mesmo não ocorre com as gorduras insaturadas, como a do azeite, que sofre com a quebra das cadeias quando aquecida. Isso significa que, durante um processo de grelhar, por exemplo, o extrato da oliva libera compostos nocivos, como acroleína e hidrocarbonetos.

Foto: divulgação.

“Algumas dessas substâncias são fatores de risco para doenças metabólicas, como diabetes, e também para problemas cardiovasculares. Outras, podem até ser cancerígenas no longo prazo. Por conta disso, o óleo de coco é o mais indicado para esse tipo de uso culinário”, revela a especialista.

Benefícios adicionais | Além de ser um importante aliado no preparo dos alimentos, o óleo de coco ainda tem ação termogênica, que ajuda, entre outras coisas, a regular nosso metabolismo e no controle do colesterol. “Podemos destacar também suas propriedades antifúngicas e anti-inflamatórias. Ou seja, o consumo de óleo de coco contribui para fortalecer nossa imunidade, ajudando a combater uma infinidade de bactérias, leveduras, fungos e vírus”, completa Ana Paula.

(Fonte: Agência Passo Avanti)