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Cameratas Filarmônicas Aprendiz e Jovem abrem temporada de concertos 2022

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Fotos: Lillian Larangeira.

A Camerata Filarmônica de Indaiatuba realiza a Abertura da Temporada de Concertos 2022 das Cameratas Filarmônicas Aprendiz e Jovem no próximo dia 9 de abril, a partir das 20 horas, no auditório da UniMAX. A entrada é gratuita, mas os ingressos devem ser retirados antecipadamente entre os dias 4 e 8 no Centro de Convenções Aydil Pinesi Bonachela.

No repertório, peças consagradas da música clássica especialmente arranjadas para cordas e sopros. Obras famosas como a Abertura de “O Barbeiro de Sevilha”, de Gioachino Rossini, e a “Ária na 4ª Corda”, de Johann Sebastian Bach, integram a apresentação, entre outros temas escritos para orquestra e ópera.

Pela primeira vez, o Coro Infanto-Juvenil da ACAFI (Associação Camerata Filarmônica de Indaiatuba) participa de um concerto da Camerata, sob regência de Mariana Trento.

A regência geral do concerto é de Alexandre Cruz, com direção artística de Natália Larangeira. A coordenação pedagógica é de Sabrina Passarelli. O evento conta com o apoio da Prefeitura de Indaiatuba por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

Serviço:

Concerto de Abertura da Temporada 2022

Com: Cameratas Filarmônicas Jovem e Aprendiz de Indaiatuba

Data: 9 de abril

Horário: 20 horas

Local: Auditório da UniMAX Indaiatuba

Endereço: Av. Nove de Dezembro, 460, Jardim Pedroso – Indaiatuba (SP)

Ingressos devem ser retirados no Centro de Convenções Aydil Pinesi Bonachela (Rua das Primaveras, 210, Jardim Pompeia).

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Festival Itinerante Sabores da Terra chega a Paulínia

Paulínia, por Kleber Patricio

Fotos: Marcelo Molorod.

A décima sétima edição do Festival Gastronômico Itinerante Sabores da Terra, lançado em 2015, será em Paulínia. O evento tem percorrido diversas cidades do interior de São Paulo com o propósito de fomentar a cultura por meio da gastronomia e promover pequenos produtores locais e regionais.

A festa começa sexta-feira, dia 8, das 18h às 22h e, 9 e 10, sábado e domingo, das 12h às 22h, no estacionamento lateral do Theatro Municipal de Paulínia, trazendo o melhor da gastronomia de raiz com pratos feitos em fogo de chão no disco de arado, parrilla e defumadores. Ao todo, participam 15 operações de gastronomia, uma alameda doce e uma alameda com artesãos e pequenos produtores.

A entrada é gratuita, mas sugere-se a doação de livros para o projeto da Biblioteca Itinerante do município. Uma unidade móvel estará presente no evento, ao lado do Museu Itinerante. Essas atrações são gratuitas e promovidas pela Secretaria de Cultura.

De acordo com Renata Tannuri Meneghetti, idealizadora do evento, a missão do Sabores da Terra é manter vivas as memórias e a cultura do lugar por meio da culinária, mostrando as riquezas da região, ingredientes e produtos artesanais. Em cada cidade que passa, o Festival consegue promover um intercâmbio entre o cozinheiro e o produtor rural. “A gastronomia e sua diversidade é sem dúvida um patrimônio que precisa ser preservado e divulgado. Encontramos receitas e técnicas culinárias valiosas que estão se perdendo na memória de antigas cozinheiras que a nova geração merece conhecer. Paulínia é a primeira parada do circuito 2022, que já conta com agenda até dezembro. Ao todo, serão 10 edições, e estamos preparando uma agenda muito especial para celebrar essa retomada dos eventos presenciais sem tantas restrições”, destaca Renata.

Resgate de tradições

Quem passar pelo local poderá degustar uma grande variedade de pratos, muitos deles elaborados com ingredientes oriundos de pequenos produtores. Porco paraguaia recheado com queijo, comida tropeira, comida caipira, comida mineira, joelho de porco, uma super ilha de costela fogo de chão, torresmo de rolo, hamburguer na parrilla, frango com quiabo, torresmo pururuca, frango crocante,

massas artesanais, porção de frango a passarinho com batata, batata da roça, lanche de pernil, lanche de linguiça caipira, queima do alho, churrasco, pastel, delicias de milho, crepes e muito mais. Também haverá opções para os vegetarianos.

O evento conta com a “Alameda do Açúcar”, com doces artesanais, churros, espeto de morango com chocolate, maçã do amor, chuvete, crepe, milk shake, açaí e doces de banana direto do litoral.

Programação musical com diferentes estilos

No palco de shows, sete atrações animam os três dias de evento.

Na sexta, a partir das 20h, quem abre o evento é o Texas Hammer, considerada a maior banda country do Brasil, com carreira internacional. No sábado, às 12h30, o show é com Tubarão Samba Black comandando uma roda de samba de responsa. À noite, um mega show aguarda o público com a presença do Queen Lives diretamente de São Paulo com Antônio Lobato no vocal. O domingo será sertanejo. A partir das 12h30 a tradicional participação da Orquestra de Violas Cultura Caipira de Valinhos que acompanha o evento desde 2016. Às 13h30 a Orquestra apresenta o Momento de Fé com a chegada da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Quem entoará a Ave Maria é Camila Morais, da dupla Camila e Gabriel, que também se apresentará no domingo encerrando o evento a partir das 19h. Os irmãos da cidade de Monte Sião vêm de uma família de músicos, de cantores e compositores e trazem na bagagem, participações com as melhores duplas sertanejas do Brasil, incluindo Milionário e José Rico, Fernando e Sorocaba, Edson e Hudson, Guilherme e Santiago entre outras. Em 2011 eles foram finalistas do programa Ídolos, na TV Record.

Feira de Produtores e área de lazer kids

O festival tem a tradição de valorizar o movimento slow food e abrir espaço para a produção local. Todas as edições do evento possuem uma alameda de produtores e em Paulínia terá produtos como queijos com o Mió do Queijo, cachaça de rapadura e de banana, licores, geleias, doces artesanais, facas, tábuas de corte e móveis de madeira da A Madereira.

Para as crianças, haverá atrações com personagens infantis e uma ampla área kids com muitos infláveis e outros brinquedos como o Bunge Trampolim.

O acesso ao espaço do festival é livre e a área é ampla e aberta, com espaços cobertos e muitas mesas e cadeiras para os visitantes. Serão disponibilizados displays de álcool em gel 70% em vários pontos e os protocolos sanitários vigente respeitados para segurança de todos.

Parceria para aumentar os cuidados com a saúde

A General Clean, integrante do grupo de empresas H2G, do segmento de comércio para limpeza profissional, renovou sua parceria no circuito 2022 da marca Sabores da Terra. “A General Clean atua com expressão profissional no segmento de food service e nos apoia não somente no fornecimento de produtos, mas também de orientação técnica para nossa equipe de higiene dos eventos. Levamos em conta que os procedimentos de limpeza, inerentes ao nível de segurança exigido atualmente, fossem simples de realizar e fáceis de aprender pela nossa equipe. Sendo assim, a General Clean mais uma vez nos apresentou uma proposta equilibrada em termos técnicos e com um custo justo pelo nível de serviço que nos será fornecido em conjunto com os produtos de limpeza”, explica Renata.

O festival tem o patrocínio das empresas Castelo Alimentos Vida Leve e Cervejaria BIERINBOXTM e conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Paulínia, Secretaria de Cultura, Secretaria de Turismo, General Clean, Torcetex e Sleep Inn.

Serviço:

Festival Gastronômico Itinerante Sabores da Terra

Quando: dias 8, 9 e 10 de abril

Onde: Estacionamento lateral do Theatro Municipal de Paulínia – Paulínia/SP – Av. Pref. José Lozano Araújo, 1551 – Parque Brasil 500, Paulínia – SP

Redes Sociais: @saboresdaterrafgi

#festivalsaboresdaterra

Informações: Elo Produções (@eloproducoes) – (19) 99733-1398

(Fonte: Elo Produções)

Relatório aponta perigos e ações urgentes para eliminar, substituir ou reciclar plásticos flexíveis

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Naja Bertolt Jensen/Unsplash.

No último dia 31/3, a Fundação Ellen MacArthur lançou outro documento que ajuda a enfrentar a poluição por plásticos, dessa vez incentivando a eliminação, substituição ou reciclagem de embalagens flexíveis. As embalagens flexíveis são a categoria de embalagens plásticas que mais cresce. Por ser quase uniformemente de uso único, com reciclagem muito baixa e altas taxas de vazamento, também é, de longe, o segmento de mercado mais desafiador para abordar na jornada em direção a uma economia circular para plásticos.

Com esse material, a Fundação Ellen MacArthur visa apoiar empresas e governos a alcançar seus objetivos de economia circular para plásticos, fornecendo uma direção prática para embalagens plásticas. A Fundação identificou 21 ações específicas e urgentes que são necessárias para fazer progressos significativos em direção às metas de embalagens plásticas de 2025 e além. Empresas, iniciativas colaborativas intersetoriais, formuladores de políticas e outras organizações que já estão em sua jornada de economia circular podem usar as ações como um modelo para identificar exatamente como podem contribuir para a transição coletiva em direção a uma economia circular para plásticos.

Com a contribuição de mais de 100 especialistas, o trabalho apresenta uma estratégia abrangente que envolve o reconhecimento de que existem vários caminhos para abordar as embalagens flexíveis em uma economia circular. Em primeiro lugar, as empresas devem deixar de usar embalagens flexíveis de uso único. Os resíduos de embalagens flexíveis são difíceis de lidar, independentemente do material ou da localização, e, portanto, a eliminação direta e a inovação, sempre que possível, são rotas atraentes. Para embalagens que não podem ser eliminadas sem consequências indesejadas, existem alternativas de substituição ou reciclagem de materiais. Para enfrentar esse problema, a Fundação Ellen MacArthur aponta algumas iniciativas eficazes:

Eliminação direta

A remoção de embalagens flexíveis desnecessárias para apenas três categorias de produtos na UE e nos EUA eliminaria 40 vezes mais material do que os esforços atuais. O potencial mundial de eliminação direta é de 5 a 10% do mercado e é a maneira mais rápida de progredir em direção às metas de 2025. Ao eliminar as embalagens atuais, as marcas devem incorporar uma avaliação crítica da necessidade de flexíveis em todos os processos de desenvolvimento de novos produtos para evitar a criação de materiais desnecessários.

Eliminação inovadora

Redesenhar produtos para que não precisem de embalagens ou desenvolver embalagens reutilizáveis. Nem todos os flexíveis podem ser eliminados diretamente sem consequências não intencionais, portanto, é necessário inovação na origem, neste caso, repensando-se os produtos e modelos de entrega.

Algumas soluções de eliminação inovadoras que podem escalar rapidamente e criar impacto até 2025 são produtos sólidos, revestimentos comestíveis e embalagens solúveis em água.

Substituição

O papel pode substituir até 15% dos plásticos flexíveis e também pode ter uma persistência menor no meio ambiente. Por outro lado, é preciso garantir que o uso de papel não aumente a demanda de madeira virgem, por isso as organizações precisam avaliar se outras embalagens de papel em seus portfólios poderiam ser reduzidas e se mais conteúdo reciclado ou produtos agrícolas poderiam ser usados.

A substituição por compostáveis está atualmente restrita a embalagens que contaminam resíduos orgânicos e embalagens contaminadas com alimentos. No entanto, se forem construídos sistemas de coleta de resíduos orgânicos, os plásticos compostáveis podem ser considerados para até 20% dos plásticos flexíveis.

Reciclagem

Em todo o mundo, mesmo em países com sistemas de reciclagem estabelecidos, a reciclagem de alta qualidade de flexíveis B2C é de cerca de 0%. Mudar todos os flexíveis multimateriais para monomateriais e eliminar ou redesenhar itens menores que 50x50mm são algumas das ações que podem ser tomadas para mudar essa realidade.

Precisamos tanto de REP (Responsabilidade Estendida do Produtor) quanto de investimento em infraestrutura. Na Europa, por exemplo, são necessários 2 bilhões de euros (mais de 10,5 bilhões de reais) para triplicar a capacidade de coleta e triagem e quadruplicar a capacidade de reciclagem.

Para regiões atendidas pelo setor informal, como é o caso da maioria dos países da América Latina, é preciso estabelecer um sistema de reciclagem inclusivo, combinando trabalho manual e infraestrutura mecânica.

Sobre a Fundação Ellen MacArthur | A Fundação Ellen MacArthur é uma organização internacional sem fins lucrativos que desenvolve e promove a ideia de uma economia circular para enfrentar alguns dos principais desafios da atualidade, como as mudanças climáticas, a perda da biodiversidade, desperdício e poluição. Trabalha com líderes dos setores público e privado, assim como acadêmicos, para construir conhecimento, explorar oportunidades colaborativas e projetar e desenvolver iniciativas e soluções para uma economia circular. Progressivamente mais baseada em energia renovável, uma economia circular é movida pelas ideias de eliminação de desperdício, reutilização de materiais e produtos e regeneração da natureza para criar resiliência e prosperidade para os negócios, o meio ambiente e a sociedade.

Para mais informações: www.ellenmacarthurfoundation.org | @circulareconomy.

(Fonte: Sherlock Communications)

J. Borges, mestre da xilogravura, desembarca no Centro Cultural Fiesp com 66 obras reunidas em exposição inédita

São Paulo, por Kleber Patricio

Obra de J. Borges que fará parte da mostra. Fotos: divulgação.

Os símbolos, contos e figuras de um imaginário popular do Nordeste poderão ser vistos gratuitamente no Espaço de Exposições do Centro Cultural Fiesp, na Avenida Paulista, até 7 de agosto. “J. Borges – O Mestre da Xilogravura” é o nome da mostra, que apresenta uma coletânea de 66 xilogravuras, sendo 10 obras inéditas e 10 matrizes inéditas, além das obras mais importantes da sua carreira, com temas que retratam a trajetória de vida do artista, considerado pelo dramaturgo Ariano Suassuna como o melhor gravador popular do Brasil.

O artista popular já teve suas obras expostas em museus pelo mundo todo. China, Japão, França, Estados Unidos e Venezuela foram alguns dos lugares que receberam as xilogravuras do Patrimônio Vivo de Pernambuco.

As xilogravuras tratam do cotidiano do agreste, acontecimentos políticos, fatos lendários, folclóricos e pitorescos da vida. A visitação acontece a partir do dia 6 de abril, de quarta a domingo, das 10h às 20h. Caso prefira realizar o agendamento, basta acessar o Meu SESI.

J. Borges. Foto: arquivo pessoal.

José Francisco Borges, o J. Borges, de 86 anos, é Patrimônio Vivo de Pernambuco, título concedido pelo Estado aos mestres da cultura popular pernambucana reconhecidos como Patrimônio Imaterial. É natural de Bezerros, no Agreste pernambucano, onde vive e trabalha até hoje. Filho de agricultores, trabalhava desde os 10 anos na lida do campo. O gosto pela poesia o fez encontrar nos folhetos de cordel um substituto para os livros escolares.

Ao longo da trajetória, J. Borges narrou o Nordeste e, sobretudo, o interior de Pernambuco com os temas que entraram para sua coleção mais importante, a exemplo das telas “No Tempo da Minha Infância”, “Na Minha Adolescência”, “Vendendo Bolas Dançando e Bebendo”, “Serviços do Campo”, “Cantando Cordel”, “Plantio de Algodão”, “A vida na Mata”, “Plantio e Corte de Cana”, “Forró Nordestino” e “Viagens a Trabalho e Negócios”. Todas poderão ser apreciadas pelo público durante a exposição.

“Estou muito alegre com essa exposição sobre meu trabalho na xilogravura. Eu ainda quero viver bastante. O que me inspira é a vida, é a continuação, é o movimento. É aquilo que eu vejo, aquilo que eu sinto”, afirma J. Borges.

Obra de J. Borges que fará parte da exposição.

Cordelista há mais de 50 anos, os versos de J. Borges tratam do cotidiano da vida simples do campo, o cangaço, o amor, os castigos do céu, os mistérios, os milagres, crimes e corrupção, os folguedos populares, a religiosidade e a picardia, entre outros assuntos. A originalidade, irreverência e personagens imaginários são notáveis nas suas obras. Por esse motivo, livretos de cordel estarão disponíveis e pendurados por um barbante, tal como no Nordeste, para os visitantes na exposição.

A mostra também apresenta 4 obras assinadas por Pablo Borges e Bacaro Borges, filhos e aprendizes do artista, além da exibição de uma cinebiografia sobre vida e obra do artista, assinada pelo jornalista Eduardo Homem. “A exposição retrata a magia da sua obra, tão importante para o povo brasileiro e para o mundo. A arte visual brasileira se tornou mais importante depois que J. Borges começou a criar seu trabalho de xilogravuras, tornando-se um dos maiores xilogravuristas do mundo. Sem dúvidas, ficará na memória do público para sempre”, afirma Ângelo Filizola, curador da exposição e responsável pela Cactus Promoções e Produções, que produz a mostra.

O artista desenha direto na madeira, equilibrando cheios e vazios com maestria, sem a produção de esboços, estudos ou rascunhos. O título é o mote para Borges criar o desenho, no qual as narrativas próprias do cordel têm seu espaço na expressiva imagem da gravura. O fundo da matriz é talhado ao redor da figura que recebe aplicação de tinta, tendo como resultado um fundo branco e a imagem impressa em cor. As xilogravuras não apresentam uma preocupação rigorosa com perspectiva ou proporção.

Serviço:

“J. Borges – o mestre da xilogravura”

Espaço de Exposições do Centro Cultural Fiesp

Abertura para convidados: 5 de abril de 2022

Período expositivo: de 6 de abril a 7 de agosto

Horário de funcionamento: de quarta a domingo, das 10h às 20h

Endereço: Avenida Paulista, 1313 – Em frente à estação Trianon-Masp do Metrô

Entrada gratuita.

(Fonte: Assessoria de Imprensa do Centro Cultural Fiesp)

Biblioteca Mario de Andrade apresenta exposição “3 X Hilda”

São Paulo, por Kleber Patricio

Obra de Egas Francisco que faz parte da mostra. Fotos: divulgação.

A Biblioteca Mário de Andrade  abre a exposição “3 X Hilda”, conceituada por Jurandy Valença e sob curadoria de Maíra Endo. A mostra é composta por 21 trabalhos em técnicas e suportes diversos, como aquarelas, técnica mista, e pintura a óleo, de Beatriz Abdalla, Egas Francisco, Olga Bilenky, desenhos originais de Hilda Hilst, além de um exemplar original de Oswald de Andrade do livro “Poesias Reunidas” 1ª edição com dedicatória.

No ano da comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, a Biblioteca Mário de Andrade abriga uma homenagem a Hilda Hilst (1930-2004), um dos nomes mais consagrados da literatura brasileira e herdeira do modernismo. Uma referência cultural, Hilda Hilst não estava presente na Semana de 22, mas sua relação com o modernismo é palpável. Conheceu e tornou-se amiga de Oswald de Andrade nos anos de 1920 e, anos depois, é por ele citada antes mesmo de publicar seu primeiro livro. O espírito estava presente.

A exposição “3 X Hilda” exibe uma característica de Hilda pouco conhecida: “a da escritora que também desenhava e que manteve em vida uma estreita aproximação não só com as artes visuais mas com vários artistas com os quais conviveu desde a década de 1950”, explica Jurandy Valença. Aos cinco desenhos de sua autoria, juntam-se imagens, desenhos e pinturas de autoria de três artistas visuais de diferentes gerações: Beatriz Abdalla, Egas Francisco e Olga Bilenky – os dois últimos a conheceram e com ela conviveram.

Desenho de Hilda Hilst que faz parte da exposição “3 X Hilda”. 

Na mostra, Hilda Hilst é exibida por ângulos diferentes, vertentes mais delicadas, humanas e carinhosas. Olga Bilenky, amiga que com ela manteve contato desde os anos 1970 até sua morte, hoje mora e trabalha na Casa do Sol – sede do Instituto Hilda Hilst – e sua pintura, com cores fortes e mais escuras, apresenta animais, mandalas, a casa com seus muros e jardins, trazendo uma Hilda mais íntima. As pinturas de Egas Francisco, expressionistas, registram além do retrato da autora, pois “elas também parecem atravessar sua carne para alcançar a alma”, explica Valença. E, por fim, Beatriz Abdalla, mineira radicada em Campinas, não conheceu Hilda em vida, mas após uma imersão de sete meses em sua obra, criou uma série de desenhos feitos com aquarela, nanquim, lápis de cor e caneta, itens semelhantes aos usados por Hilda. “Beatriz evoca o universo mágico, alquímico e cabalístico da autora, exibindo uma Hilda Hilst que sempre teve a escrita como uma grande alquimia”, elucida Jurandy Valença.

No dia da abertura de “3 X Hilda”, a BMA apresenta mais um evento:

Das 11 às 13hs, uma conversa aberta ao público com participação dos três artistas convidados – Beatriz Abdalla, Egas Francisco, Olga Bilenky – e da curadora Maíra Endo, com mediação de Roberta Ferraz. Na ocasião, vão dialogar sobre a relação e convivência com a autora homenageada e como ela influenciou e inspirou suas respectivas produções.

Complementando com ações sobre o tema, nos dias 13 e 27 de abril, sempre às 19h, será exibido o filme “Hilda Hilst Pede Contato”, com direção de Gabriela Greeb. Misturando diferentes estilos narrativos, ficção com realidade e de forma não linear, o filme explora o cerne do pensamento hilstiano e diferentes elementos da obra da autora. Hilda Hilst, poeta paulista falecida em 2004 e uma das mais importantes vozes da literatura brasileira, volta para a Casa do Sol, chácara onde vivia em Campinas, e convida intelectuais, pensadores, poetas e amigos para um encontro com o objetivo de estabelecer contato entre os vivos e os mortos.

Exposição “3 X Hilda”

Artistas: Hilda Hilst, Beatriz Abdalla, Egas Francisco e Olga Bilenky

Curadoria: Maíra Endo

Conceito: Jurandy Valença

Produção executiva: Rafael Augusto

Assistente de produção: Caroline Carreiro

Período: de 2 de abril a 1º de maio de 2022

Local: Biblioteca Mário de Andrade

Endereço: Rua da Consolação, 94, República – São Paulo/SP

Tel.: (11) 3150-9457

Horários: de segunda-feira a domingo, das 10h às 18h (todos os dias)

Ingresso: grátis

Obrigatório uso de máscara e apresentação de comprovante de vacinação.

(Fonte: Balady Comunicação)