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Rádio Batuta lança playlist com gravações raras de Chico Buarque

Brasil, por Kleber Patricio

Capas dos compactos A banda (compacto duplo RGE 80.232, 1966) e Tanto
mar (compacto Philips 6069.144, 1975).

Referência central da música popular brasileira, Chico Buarque possui uma ampla e consagrada carreira. Desde 5 de abril, o público pode acessar mais um material do compositor: uma série de gravações raras, reunidas pela Batuta, rádio de internet do IMS. Os áudios, cuja maior parte não está disponível em nenhuma plataforma digital, podem ser ouvidos gratuitamente no site da rádio. Intitulada “Chico Buarque – Raridades analógicas”, a playlist traz 17 músicas gravadas pelo cantor em compactos, trilhas sonoras e projetos especiais lançados no Brasil e no exterior. Dezesseis das faixas saíram apenas em vinil, sendo versões alternativas de grandes sucessos do artista. Os registros jamais foram incluídos em álbuns da carreira de Chico e também não entraram nas coletâneas montadas para os boxes do compositor.

A pesquisa e seleção das músicas foram feitas pelo jornalista e pesquisador musical Renato Vieira com a ajuda da colecionadora Jennifer de Paula, que também digitalizou os áudios. O pesquisador comenta como foi o processo de busca pelas gravações, destacando as curiosidades da playlist: “Ao longo dos anos 1960 e 1970, Chico fez gravações de músicas muito conhecidas fora dos chamados discos de carreira, com outros arranjos. Em alguns casos, como o da faixa ‘Até pensei’, o primeiro registro foi feito para um compacto simples (disco de vinil com uma faixa de cada lado) que saiu rapidamente de circulação. É uma chance de ouvirmos um artista fundamental, cantando músicas que conhecemos bem, mas de um jeito diferente do qual costumamos ouvir”.

Entre as faixas incluídas no especial, está, por exemplo, uma versão menos conhecida da famosa canção “A banda”. Um dos primeiros grandes sucessos do cantor, a música foi registrada duas vezes por Chico em 1966. A gravação mais famosa abriu o primeiro LP do artista. A outra, feita com acompanhamento de uma banda, foi incluída em um raro compacto duplo e é apresentada nesta playlist.

Considerada o marco zero da carreira profissional de Chico, “Tem mais samba” também aparece neste especial. Completamente diferente da versão incluída no disco de estreia do cantor, esta foi parar no lado B do compacto com a música “Carolina”, lançado nos últimos meses de 1967. O arranjo da gravação é do maestro Gaya.

Outro destaque é a versão de “Apesar de você”. Sucesso instantâneo, a canção foi lançada em 1970 e, semanas depois, proibida pela censura da ditadura militar. Chico fez uma nova gravação da música oito anos depois, mas o registro original – que chegou a sair em CD em uma compilação do livro “Almanaque anos 70” – permanece fora das plataformas digitais, sendo reproduzido no especial.

A playlist inclui também a gravação original de “Tanto mar”. Composta em homenagem à Revolução dos Cravos de Portugal, em 1974, a música foi proibida no Brasil pela censura. Em 1978, Chico mudou alguns versos e a colocou no mesmo disco para o qual “Apesar de você” foi liberada. A versão original da canção, no entanto, nunca foi oficialmente lançada no Brasil, apenas em Portugal.

Também são reproduzidas gravações feitas em abril de 1983 durante um concerto em Manágua, na Nicarágua, que reuniu vários músicos da América Latina. Ao se apresentar, Chico cantou “O que será”, concebida para o filme “Dona Flor e seus dois maridos”, misturando duas letras que fez para a música. Também realizou um dueto com o cantor Fagner, com quem interpretou as canções “Não existe pecado ao sul do Equador”, composta junto com Ruy Guerra, e “Batuquê de praia”, que Fagner havia gravado com o jogador de futebol Zico.

Da década de 1980, há também “Tantas palavras”, com melodia de Dominguinhos e letra de Chico. Inicialmente, a canção foi feita para Roberto Carlos, que acabou não gravando a composição. Em 1984, Chico lançou a música, mas com modificações na letra. A versão original, no entanto, foi registrada pelo artista, um ano antes, na abertura da novela “Sabor de mel”, exibida pela Rede Bandeirantes, e agora pode ser ouvida nesta playlist.

O especial inclui ainda gravações raras das músicas “Noite dos mascarados”, em dueto com Odete Lara, “Meu refrão”, “Até pensei”, em versão com arranjo do maestro Lindolpho Gaya, “Tão bom que foi o Natal”, jingle feito para uma imobiliária de São Paulo, “Bom tempo”, inscrita na primeira Bienal do Samba e apresentada com participação de Tom Jobim e do Quarteto 004, “Desalento”, em versão original dirigida pelo produtor Manoel Barenbein, “Jorge maravilha”, “Quadrilha”, “Carolina” e “No dia que o Cristo falou”, dedicada ao carnavalesco Joãosinho Trinta. (Veja no serviço a relação completa das músicas, com mais informações).

O coordenador da Rádio Batuta, Luiz Fernando Vianna, reforça a importância da seleção para o estudo da obra do compositor e da música brasileira em geral: “Descobrir novidades na obra do Chico depois de quase 60 anos de carreira é incrível. E há coisas tão importantes quanto saborosas, o que torna essa playlist ainda mais incrível”.

Mais sobre a Rádio Batuta | Lançada pelo Instituto Moreira Salles em 2010, a Batuta é uma rádio de referência sobre música brasileira. Sua programação — composta por documentários, séries, especiais e podcasts — destaca conteúdos que não são mais tão abordados em rádios comerciais. Entre os documentários lançados, estão “Radamés Gnattali, artesão e operário da música” e “Tim tim por tim tim: a música de João Gilberto”, entre outros.

Serviço:

Playlist “Chico Buarque – Raridades analógicas”

O especial está disponível, para acesso gratuito, no site da Rádio Batuta

Ficha técnica

Criação, textos e pesquisa de repertório: Renato Vieira

Pesquisa de repertório e digitalização dos áudios: Jennifer de Paula

Faixas incluídas na playlist:

1 – “A banda” (com acompanhamento de banda, diferente da incluída no álbum “Chico Buarque de Hollanda”) (Chico Buarque). Do compacto duplo RGE 80.232, 1966.

2 – “Noite dos mascarados” (Chico Buarque). Com Odete Lara e MPB-4. Do compacto simples RGE 70.239. Faixa produzida por Manoel Barenbein, 1966.

3 – “Meu refrão” (Chico Buarque). Com Odete Lara e MPB-4. Do compacto simples RGE 70.239. Faixa produzida por Manoel Barenbein, 1966.

4 – “Até pensei” (primeira versão, diferente da incluída no álbum “Chico Buarque de Hollanda volume 3”) (Chico Buarque). Do compacto simples RGE 70.280, 1967.

5 – “Tem mais samba” (lado B do compacto Carolina, versão diferente da incluída no álbum “Chico Buarque de Hollanda”) (Chico Buarque). Do compacto simples RGE 70.286. Arranjo e regência do Maestro Gaya, 1967.

6 – “Tão bom que foi o Natal” (Chico Buarque). Compacto promocional distribuído aos clientes da imobiliária Clineu Rocha no Natal de 1967.

7 – “Bom tempo” (Chico Buarque) do álbum “Discomunal”, 1968, Museu da Imagem e do Som — 007. Com Quarteto 004 e Tom Jobim (piano). Direção de produção de Quarteto 004. Regência de Eumir Deodato.

8 – “Apesar de você” (Chico Buarque, diferente da incluída no disco “Chico Buarque”, de 1978). Do compacto Philips 365.315. Faixa produzida por Manoel Barenbein, 1970.

9 – “Desalento” (Chico Buarque e Vinicius de Moraes, diferente da incluída em “Construção”). Do compacto Philips 365.315. Faixa produzida por Manoel Barenbein, 1970.

10 – “Jorge Maravilha” (ao vivo no show “Tempo e contratempo”, 1974). (Chico Buarque sob o pseudônimo Julinho da Adelaide). Com MPB-4. Faixa lançada na caixa “Palco, corpo e alma”, 1976, Polygram – 9299 222. Direção musical de Magro.

11 – “Tanto mar” (letra original, diferente da incluída no disco “Chico Buarque”, de 1978) (Chico Buarque). Lançada em Portugal no compacto Philips 6069.144, 1975.

12 – “Quadrilha” (Francis Hime e Chico Buarque), da coletânea Seleção nacional de sucessos, 1977, Polygram – 6349 354. Faixa produzida por Sérgio de Carvalho. Arranjo de Francis Hime.

13 – “Tantas palavras” (letra original, diferente da incluída no disco “Chico Buarque”, de 1984) (Dominguinhos e Chico Buarque), do disco “Sabor de mel” – Trilha sonora original da novela, 1983, Ariola – 813 345-1. Faixa produzida por Mazzola.

14 – “O que será (À flor da pele)/O que será (À flor da terra)” (Chico Buarque). Do disco “Abril en Manágua – Concierto de la paz en Centroamerica”, 1984, Enigrac – NCLP 5001. Gravado ao vivo em Manágua, Nicarágua, em abril de 1983.

15 – “Não existe pecado ao sul do Equador (Chico Buarque e Ruy Guerra)/”Batuquê de praia” (Petrúcio Maia). Com Fagner. Do disco “Abril en Manágua – Concierto de la paz en Centroamerica”, 1984, Enigrac – NCLP 5001. Gravado ao vivo em Manágua, Nicarágua, em abril de 1983.

16 – “Carolina” (Chico Buarque). Com Época de Ouro. Do disco “Há sempre um nome de mulher”, 1987, independente – 803.520. Direção geral de Ricardo Cravo Albin. Assistência de produção de Maurício Tapajós. Arranjo e regência de Orlando Silveira.

17 – “No dia que o Cristo falou” (Carlos Fernando) – do disco “Asas da América” – Frevo, 1989, RCA Victor – 140.0039. Produzido por Paulo Rafael e Carlos Fernando. Direção artística de Miguel Plopschi. Direção musical de Tovinho e Paulo Rafael. Arranjos de sopro e regência de Maestro Duda.

(Fonte: Instituto Moreira Salles)

Museu Ferroviário de Indaiatuba abre temporada de visitações guiadas

Indaiatuba, por Kleber Patricio

O Departamento de Turismo da Secretaria Municipal de Cultura retoma o programa de visitas guiadas ao Museu Ferroviário de Indaiatuba para escolas e demais grupos. Entre os destaques do espaço, estão cerca de 400 peças históricas, além da Locomotiva a Vapor Nº 10.

Foto: Eliandro Figueira.

Inaugurado em 2004, o Museu Ferroviário de Indaiatuba ocupa a antiga Estação Ferroviária da Sorocabana Railway em Indaiatuba, cuja obra foi concluída em 1911. Em 2021, o prédio passou por revitalização e foi entregue à população em dezembro. A Locomotiva a Vapor Nº 10, que pertenceu ao Imperador Dom Pedro II, também foi inteiramente revitalizada, seguindo todas as diretrizes da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), responsável pelo restauro.

Atualmente, o Museu Ferroviário conta com cerca de 400 peças, além de uma maquete lúdica de mesa e uma maquete aérea do trenzinho. O prédio abriga ainda o recém-inaugurado PIT – Ponto de Informações Turísticas, onde os visitantes podem saber mais sobre as atrações turísticas de Indaiatuba e programar novos passeios.

Agendamento | “Durante essa visita guiada, os alunos e a população serão acompanhados por José Henrique Dercole, profundo conhecedor da história e das peças que integram o acervo do Museu Ferroviário de Indaiatuba”, destaca a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “Além disso, poderão conversar com a equipe do PIT – Ponto de Informações Turísticas e conhecer mais sobre os pontos turísticos de nossa cidade”.

Para mais informações e agendamento das visitas guiadas, é só ligar para (19) 3816-4917. Terças e quartas-feiras são destinadas às escolas municipais e estaduais. Escolas particulares e grupos de interessados podem agendar sua visita às quintas-feiras.

O Museu Ferroviário de Indaiatuba e o PIT – Ponto de Informações Turísticas ficam na Praça Newton Prado, s/nº, no Jardim Pompeia, e funcionam de terça a sexta, das 8h às 17h, e aos sábados e domingos, das 9h às 12h.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Exposição provoca enfrentamento aos imaginários consolidados

São Paulo, por Kleber Patricio

Larissa de Souza (“Identidade”, 2022) | Flávio Cerqueira (“O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui”, 2016) | Santídio Pereira (Sem título, 2016) | Fulvio Pennacchi (“Nu masculino”, 1940). Créditos: Wallace Domingues | Romulo Fialdini | João Liberato | Henrique Luz.

A Arte132 abre o próprio espaço para outras 10 galerias e artistas independentes apresentarem obras do seu acervo, em uma mostra inovadora com curadoria de Lilia Schwarcz, criando um formato expositivo inédito no cenário cultural brasileiro. No ano do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, eleições, Copa do Mundo, e dos 200 anos da Independência do Brasil, “Vários 22”, em cartaz entre os dias 19 de março e 21 de maio, reúne 80 trabalhos que propõem um diálogo provocativo.

Essa é a primeira vez que um espaço privado de arte convida demais galerias para produzirem uma exposição coletiva. Por meio de trabalhos de artistas contemporâneos como Flávio Cerqueira, Luiz Braga, Ayrson Heráclito, Jaider Esbell, Gê Viana, Larissa de Souza, Jaime Lauriano, Moisés Patrício, Igi Ayedun e O Bastardo, entre outros, e da inclusão de artistas (ditos populares) como Maria Auxiliadora, José Bezerra, José Antonio da Silva, a mostra ilumina as ambiguidades e tensões das obras provenientes do campo erudito e do imaginário eurocêntrico. O público é direcionado, assim, para sair da zona de conforto e refletir sobre ideias enraizadas, produtos de um ecossistema que agrega acadêmicos e modernos de formação e origem europeias.

“Um cânone que costuma deixar de fora as demais manifestações artísticas que não sejam aquelas autorreferenciadas pela própria cultura ocidental. São coleções, pois, que primam por representar o ‘outro’, mas não exatamente incluí-lo. Ou seja, com grande frequência trazem artistas homens, brancos e de origem ocidental, que pintam e esculpem o que chamam de ‘diferente’, sem atentar como ‘eles’ são também ‘outros’ na representação; que, ao pintar o exótico, ensejam muito mais suas próprias fantasias e medos do que a realidade que pretendem retratar – sem notar, tampouco, que assim impõem suas próprias métricas, a despeito de essas serem invisíveis e incontestes nas classificações que organizam. São a norma que não se nomeia”, explica a curadora Lilia Schwarcz.

“Outros dos outros” é a expressão que Lilia utiliza para apontar as percepções elitistas em telas e esculturas. Nota-se, no entanto, que os mesmos trabalhos acabam ganhando espaço, como a paisagem, o retrato exótico e as simbologias pátrias. Em Vários 22, ela sugere uma comparação pelo enfrentamento. “Nunca foi tão urgente enfrentar as imagens e representações consolidadas no nosso imaginário, para, assim, anotar esses ‘outros dos outros’: muitos modernismos e várias formas de emancipação política. São Vários e tantos 22”, reflete.

Galerias e artistas participantes da mostra: Acervo Galeria Arte132, com Edival Ramosa, Johann Moritz Rugendas, Glauco Rodrigues, Fulvio Pennacchi, Aurélio de Figueiredo, Elio Di Giusto, Paulo Mazzuchelli, Ricardo Cipicchia, João Batista Ferri, Luís Morrone, Ottone Zorlini, Jean Manzon, Benedito José Tobias, Oscar Pereira da Silva, Antonio Manuel e Ivan Serpa, Alex Fleming, Emiliano Di Cavalcanti, Rubem Valentim e Joaquim Tenreiro; artistas independentes e coleções particulares, com Daniel Lannes, Jaider Esbell, Denilson Baniwa e Jean-Baptiste Debret; Galeria Casa Triângulo, com “O Bastardo”; Galeria Estação, com José Bezerra, Elza de Oliveira Sousa, Clovis Aparecido dos Santos, José Antonio da Silva, Santídio Pereira, Moisés Patrício e Maria Auxiliadora Silva; Galeria HOA, com Igi Lola Ayedun, Lais Amaral, Pegge, Larissa de Souza e Marlon Amaro; Galeria Janaína Torres, com Andrey Guianá Zignnatto; Galeria Leme, com Jaime Lauriano, Flávio Cerqueira, Luiz Braga, Tiago Sant’Ana e Ana Elisa Egreja; Galeria Millan, com David Almeida, Emmanuel Nassar e Mario Cravo Neto; Galeria Nara Roesler, com Raul Mourão; Galeria Portas Vilaseca, com Ayrson Heráclito; Galeria Sé, com Dalton Paula e Galeria Superfície, com Gê Viana.

Sobre a Arte132 | A Arte132 expõe, dá suporte e mantém em acervo artistas brasileiros reconhecidos, principalmente sua produção autoral menos conhecida, artistas que desenvolveram um entendimento do mundo e do homem em algum momento. Suas mostras sempre têm o compromisso de apresentar arte relevante de qualidade ao maior número de pessoas possível, colecionadores ou não. A casa (concebida pelo arquiteto Fernando Malheiros de Miranda em 1972), para além de uma galeria de arte, é um lugar de encontro e descobertas.

Serviço:

“Vários 22”

Curadoria: Lilia Schwarcz

Local: Arte132

Endereço: Av. Juriti, 132, Moema, São Paulo (SP)

Abertura: sábado, 19 de março, das 11h às 17h

Período expositivo: de 19 de março a 21 de maio

Horários de visitação: de segunda a sexta, das 14h às 19h. Sábados, das 11h às 17h

Entrada gratuita

Site da Arte132.

(Fonte: a4&holofote comunicação)

Peça de teatro “Viva a Natureza” inspira crianças a lutar contra o desperdício e salvar a natureza

Mogi das Cruzes, por Kleber Patricio

Foto: Viviam Gradela.

Nos dias 26 e 27 de abril de 2022 (terça e quarta-feira), o espetáculo de teatro infantil “Viva a Natureza” será apresentado com entrada gratuita no Theatro Vasques, que fica na Rua Doutora Corrêa, 515, no Centro de Mogi das Cruzes (SP).

A peça retrata o universo de duas crianças que, ao brincar no sítio do avô, descobrem que há algo de errado nos arredores da propriedade. Ao se depararem com uma imensidão de lixo, as crianças resolvem elaborar um plano de ação para iniciar a limpeza e despoluir este pedaço de natureza. Mas terão que lidar com um grande vilão chamado Desperdício, que irá dificultar de todas as maneiras essa empreitada. Nesta aventura eletrizante, as crianças precisarão unir forças com todas as criaturas pequeninas que vivem no sítio: Dona Borboleta, Sra. Abelhinha, Dr. Vagalume e até as crianças da plateia, que serão convidadas a se juntar neste combate à poluição.

O espetáculo de artes cênicas “Viva a Natureza” é uma realização do Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa com patrocínio da empresa RUD Correntes Industriais LTDA e produção da Sancell.

Serviço:

Espetáculo “Viva a Natureza”

Classificação Livre

Grátis

Duração: 45 minutos

Quando: 26 de abril de 2022 (terça-feira) – Horários: 10h e 14h

27 de abril de 2022 (quarta-feira) – Horário: 10h

Onde: Theatro Vasques – Endereço: Rua Doutora Corrêa, n°515 – Centro – Mogi das Cruzes (SP)

(Fonte: Luciana Gandelini Assessoria de Imprensa)

Estudo com população brasileira reforça necessidade de terceira dose de vacina contra a Covid-19

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil.

Estudo em população brasileira reforça necessidade da terceira dose de vacina de Covid-19 ao mostrar que ela induz a uma resposta imunológica mais robusta do que a infecção normal. A pesquisa, conduzida por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e da Universidade de Minas Gerais (UFMG), analisou a longevidade da imunidade induzida pela segunda dose das vacinas CoronaVac e AstraZeneca e o efeito da terceira dose com a vacina da Pfizer aplicadas na população da cidade de Barreiras, na Bahia, e foi publicada na quinta (7) na revista “Journal of Virology”.

A pesquisa avaliou o nível de anticorpos antivirais de 210 pessoas de Barreiras de 13 a 66 anos que receberam uma ou duas doses de CoronaVac ou AstraZeneca ou terceira dose de Pfizer após seis meses da segunda dose de CoronaVac. Os pesquisadores também adicionaram pessoas não vacinadas e infectadas, de 15 a 22 dias após o início dos sintomas. Os principais resultados mostram que os níveis séricos de anticorpos diminuem substancialmente entre quatro e seis meses após a segunda dose da CoronaVac ou AstraZeneca. Entretanto, esses níveis são reestabelecidos pela terceira dose com a vacina da Pfizer. Os pesquisadores corroboram estudo de outubro de 2021 publicado na revista “The Lancet” da própria fabricante sobre efeito da terceira dose na população norte-americana.

De acordo com Jessica Pires, autora do estudo e pesquisadora do Centro das Ciências Biológicas e da Saúde da UFOB, os resultados indicaram que a terceira dose da vacina da Pfizer reestabelece os níveis de anticorpos vistos pouco tempo após a segunda dose. A eficácia das vacinas CoronaVac e AstraZeneca também foi testada, segundo comenta o coordenador do estudo Jaime Amorim. “A terceira dose é fundamental para manter elevado o status imunológico humoral. Nós também verificamos que as vacinas da CoronaVac e AstraZeneca são eficientes em reduzir substancialmente as infecções. A frequência de infecção nas pessoas que tomaram vacina, ainda que apenas uma dose, apresentou-se estatisticamente menor do que nas que não se vacinaram”.

O próximo passo dos pesquisadores é investigar a duração da imunidade contra Covid-19 para se ter clareza sobre a necessidade de reforços da vacina a cada cinco ou seis meses. Os autores explicam que esse fenômeno acontece porque a imunidade depende muito do tipo de formulação vacinal. No caso dos vírus respiratórios, eles induzem imunidades menos longevas e necessitam de doses de reforço anuais, como é o caso da vacina contra Influenza. “Tentaremos entender também o porquê de a epidemia com a variante Ômicron acontecer num cenário em que a maior parte da população já foi imunizada”, explica Pires.

(Fonte: Agência Bori)