Iniciativa acontece durante a 23ª Semana Nacional de Museus e convida o público a refletir sobre inclusão e criatividade


São Paulo
Foto: Caio Brito | João Pedro Albuquerque.
A Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC) foi fundada em 1962 com o objetivo de articular apoio dos poderes públicos e da iniciativa privada para obter os recursos materiais necessários ao desenvolvimento dos trabalhos da Cinemateca Brasileira. No núcleo desta empreitada estavam Dante Ancona Lopez, publicitário e distribuidor de filmes, Florentino Llorente e Paulo Sá Pinto, exibidores, e Rudá de Andrade, conservador-adjunto da Cinemateca.
A ideia havia sido lançada em 1957 por Paulo Emílio após o primeiro incêndio na Cinemateca. Ao constatar a fragilidade da instituição e analisar as relações dela com as esferas políticas e sociais e o impacto da tragédia na opinião pública, concluiu: “Se todos se agruparem numa Sociedade de Amigos da Cinemateca Brasileira será evitado um colapso cuja consequência impediria por tempo indeterminado que o nosso país continue participando do mais importante fenômeno de aprofundamento da cultura democratizada no mundo moderno: a aproximação cultural do cinema”. (Paulo Emílio Sales Gomes – “A Cinemateca e os poderes”, 1957).
Frame de “A Paixão de Joana D’Arc”.
Foto: Sobol.
A SAC foi constituída oficialmente em 2 de julho de 1962. Seu primeiro presidente foi Dante Ancona Lopez, que também exerceu o cargo de diretor, juntamente com Florentino Llorente, João Guilherme de Oliveira Costa e Rui Nogueira Martins. Rudá de Andrade era responsável pela orientação técnica e Jean-Claude Bernardet coordenava as publicações, enquanto Alexandre Wollner orientava a identidade gráfica. A proposta de Dante Ancona Lopez era oferecer filmes de arte “que geram polêmica, que possuem um valor estético e apresentam um testemunho político-social”. Daí o slogan ‘Espetáculo Polêmica Cultura’, que reforçava o perfil da sala como um espaço de estímulo mais amplo à cultura cinematográfica. A partir da inauguração do Cine Coral, Dante criou o conceito de cinema de arte em São Paulo.
Para celebrar os 60 anos da fundação da SAC, a Cinemateca Brasileira organizou uma mostra dividida em três blocos, reproduzindo a prática de programação da época. Ao longo do evento, os familiares de Dante Ancona Lopez farão a doação do acervo do empresário à instituição.
Programação 1: Grandes Estreias Nacionais | Muitos dos grandes nomes do cinema brasileiro exibiram seus filmes pela primeira vez em uma das salas administradas pela SAC. A Mostra SAC vai apresentar clássicos do nosso cinema, entre os quais, “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha, “Garrincha, Alegria do Povo”, de Joaquim Pedro de Andrade, e “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, de Roberto Santos.
Programação 2: Grandes Estreias Internacionais | Dante Ancona Lopez trouxe filmes raríssimos de diversos países para as salas da SAC, ajudando a formar o público cinéfilo de São Paulo. A mostra contará com sessões dos espetaculares “Faraó”, de Jerzy Kawalerowicz, “O Momento da Verdade”, de Francesco Rosi, dos polêmicos “A Passageira”, de Andrzej Munk e Witold Lesiewicz, “Os Subversivos”, dos irmãos Taviani e do raro “O Crime da Aldeia Velha”, de Manuel Guimarães, além de “Um Cão Andaluz” e “O Anjo Exterminador”, de Luis Buñuel, “Mickey One”, de Arthur Penn, e “Cinzas e Diamantes”, de Andrzej Wajda, entre outros.
Programação 3: Filmes exibidos nas inaugurações das salas | Os cinemas e auditórios programados pela SAC desde 1962 sempre foram reconhecidos como singulares centros de formação cultural. Gerações de artistas, intelectuais e cinéfilos frequentaram esses espaços e puderam conhecer e ‘tomar gosto” pelos filmes de arte e, ao mesmo tempo, reconhecer a importância da Cinemateca Brasileira e de seu acervo-repertório na formação de uma sólida cultura cinematográfica. A Mostra SAC traz todos os filmes que foram exibidos na abertura de cada uma das salas programadas pela organização.
Frame de “Cão Andaluz”. (Divulgação)
Cine Coral – Projetado pelo arquiteto Túlio Ficarelli, o cinema foi inaugurado em 1958, na Rua Sete de Abril 381, com a exibição do filme “Esses Maridos”, de Luigi Comencini.
Cine Picolino – Inaugurado em 1955, a sala localizada na Rua Augusta 1513 (ao lado do prédio ocupado hoje pelo Espaço Itaú de Cinema), era propriedade da empresa Rilo de Cinemas e Hoteis S.A. e também integrava o circuito da Cia. Serrador. A partir de março de 1965, a Serrador e a SAC passaram a programar as atividades do Picolino. Para a inauguração dessa nova fase, foi lançado o filme italiano “Os Amantes de Florença”, de Carlo Lizzani, com Marcelo Mastroianni no elenco. O evento mereceu um elogioso artigo de Glauber Rocha no Diário Carioca.
Cine Scala – O Scala, localizado na Rua Aurora 720, Santa Ifigênia, foi inaugurado em 1962 com uma sessão de “Ópera dos Pobres”, de George W. Pabst. No ano seguinte, um incêndio destruiu suas instalações. A partir de 1965, já recuperado, passou a integrar o circuito de cinemas de arte da Cia. Serrador, acolhendo as programações da SAC, em paralelo às atividades do Cine Picolino.
Frame de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”. (Divulgação)
Auditório do Museu de Arte de São Paulo – No final de 1962, a SAC passou a promover atividades no auditório do MASP. No início de 1963, foram feitas reformas nas instalações e adequação das cabines de projeção. Em março, na solenidade que marcou o início das atividades da SAC no Museu, foi apresentado o filme “Harakiri”, de Masaki Kobayashi, que um mês depois seria exibido em Cannes como representante oficial do Japão.
Belas Artes – Em 14 de julho de 1967, foi inaugurado o Cine Belas Artes, com a exibição da comédia “Os russos estão chegando! Os russos estão chegando!”, dirigido por Norman Jewison, indicado a quatro categorias do Oscar e ganhador do Globo de Ouro de melhor comédia. A pretensão inicial era exibir um filme de autor, mas a Serrador preferiu obra mais comercial para a inauguração. Além de programações comerciais e das sessões especiais transferidas do Picolino, o Belas Artes acolheu outras manifestações artísticas (apresentações musicais, peças teatrais e exposições), buscando se tornar um “verdadeiro centro de cultura”. O lema ‘Espetáculo Polêmica Cultura’ foi incorporado à marca do novo cinema.
Sala Cinemateca – Por oito anos, a Sala Cinemateca ocupou o espaço do antigo Cine Fiametta, na Rua Fradique Coutinho (atual Cinesala). Em sua inauguração, foi exibida a versão restaurada de “A paixão de Joana D’Arc”, de Carl Theodor Dreyer, mesma obra projetada à época da inauguração da Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo (embrião da Cinemateca Brasileira). O filme integrava o ciclo inaugural da sala, intitulado ‘Cinemateca 40 anos’, composto por obras expressivas do acervo da instituição.
Mostra “Espetáculo Polêmica Cultura”
Cinemateca Brasileira | Sala Grande Otelo (210 lugares + 4 assentos para cadeirantes)
Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana – São Paulo (SP)
Ingressos gratuitos e distribuídos uma hora antes de cada sessão.
Cinemateca Brasileira
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962 e que recentemente foi qualificada como Organização Social.
O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
Instagram: @cinemateca.brasileira
Facebook: cinematecabr
Twitter: cinematecabr
Spotify: acesse aqui.
(Fonte: Trombone Comunica)
Foto: Raquel Portugal/Fiocruz Imagens.
Enquanto a desigualdade social cresce no Brasil, o cuidado adequado da hipertensão decai: em 2019, apenas 18,8% das pessoas obtiveram orientações de excelência para lidar com a doença, enquanto seis anos antes a taxa, embora também ruim, era de 25,3%. Estes dados são de estudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) publicado na segunda (27), na Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde (RESS).
Foram utilizadas informações das edições de 2013 e 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). Os autores incluíram as respostas ao questionário de pessoas com 18 anos ou mais com o diagnóstico de hipertensão. Assim, foi considerado como cuidado adequado da doença se os pacientes ouviram algumas recomendações dos médicos e outros profissionais de saúde durante as consultas sobre: manter uma alimentação saudável, manter o peso adequado, ingerir menos sal, praticar atividade física, não fumar, não ingerir bebida alcoólica em excesso e fazer acompanhamento regular. A solicitação de exames – como de urina, sangue, eletrocardiograma e teste de esforço – também foi considerada como um indicador da adequação do cuidado.
Desigualdade social e hipertensão
Ao fazer os recortes sociais, os autores evidenciaram ainda mais a desigualdade. Concluíram que, quanto melhor a classificação econômica, melhor cuidado foi dispensado para quem tem hipertensão. Apenas 9% dos pacientes mais pobres da PNS de 2019 receberam cuidados adequados, enquanto entre os de classe social mais alta esse número sobe para 33%. A distribuição geográfica do recebimento de cuidados adequados, nos dois períodos, também foi analisada: Nordeste (20% em 2013 e 13,7% em 2019); Norte (22,5% e 17,4%); Sudeste (27,9% e 20,5%); Sul (22,5% e 19,7%) e Centro-Oeste (27,4% e 24,6%).
Elaine Tomasi, epidemiologista e uma das autoras do artigo, afirma que não há uma única causa que explique esses números. “Estamos falando do tempo pré-pandemia. Então, no macro, identificamos diversas possíveis causas, tais como: a Emenda Constitucional 95 que cortou importantes recursos para o Sistema Único de Saúde e a promulgação da nova versão da Política Nacional de Atenção Básica – responsável por mais de 70% dos atendimentos principalmente para a população mais vulnerável”, informa.
Além disso, ela acredita que o investimento na educação continuada e melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde podem aumentar a quantidade de pacientes com hipertensão que recebem cuidados adequados. “Se você fortalece o provimento dos profissionais de saúde, o benefício não é apenas para os hipertensos. Estende a todos os pacientes, com doenças crônicas e não crônicas”, recomenda Tomasi.
A pesquisa também analisou aspectos como raça, sexo, idade e se o atendimento foi realizado em serviços públicos ou privados de saúde. Indivíduos do quintil de melhor nível socioeconômico apresentaram prevalência de cuidado adequado 2,54 vezes maior em 2013 e 3,53 vezes maior em 2019, em relação aos de menor nível socioeconômico.
(Fonte: Agência Bori)
Thainá Duarte apresenta o curso Consumo, Resíduos e Sustentabilidade. Foto: Matheus José Maria.
No dia 27 de junho, o curso “Consumo, Resíduos e Sustentabilidade” passa a integrar o catálogo de atividades da plataforma EAD SESC Digital. Gratuito, com indicações de conteúdos complementares às aulas e elaborado pelas educadoras da Fubá Educação Ambiental, o curso tem como objetivos principais promover ações de gestão responsável dos resíduos sólidos em diferentes contextos e espaços, que podem ser públicos ou privados, individuais ou coletivos, e ajudar as pessoas que querem ter atitudes mais sustentáveis no seu cotidiano.
A partir do tripé da sustentabilidade – ambiental, social e econômica – e com apresentação da atriz Thainá Duarte, as aulas abordam conteúdos técnicos de maneira simples e prática, com exemplos inspiradores de projetos e grupos que realizam uma gestão adequada de resíduos.
O curso é destinado a educadoras e educadores, lideranças, gestores e gestoras em empresas ou outras instituições, líderes comunitários ou qualquer pessoa que queira promover a melhoria da gestão de resíduos em seu contexto de atuação. Além das videoaulas, são disponibilizados mini documentários que mostram os conceitos aplicados em situações reais e projetos pautados pela educação para a sustentabilidade. Também é oferecida uma apostila com guia de atividades práticas destinada a pessoas interessadas em replicar o curso com um grupo organizado e mobilizar as pessoas com relação a este tema.
A partir da provocação “O que é necessário para sermos mais sustentáveis?”, ‘Essa tal de sustentabilidade’ abre a sequência de aulas com a apresentação de conceitos de sustentabilidade e mostra que este é um modo possível e necessário de organização da sociedade. ‘Afinal, o lixo é um problema?’ analisa a cadeia de produção de materiais de uso cotidiano, os impactos socioambientais encontrados durante o processo de geração de resíduos e os benefícios de seu descarte e destinação responsável.
‘Repensar o consumo para reduzir os resíduos’ é o tema da terceira aula, que tem como objetivo entender a importância da redução do consumo para diminuir a quantidade de lixo destinada aos aterros sanitários, e questionar sobre como é possível adotar novos hábitos de compra em diferentes contextos. ‘Reutilizar materiais faz parte da solução’ é o tema da quarta aula, que propõe conhecer e analisar criticamente a etapa da reutilização provocando uma reflexão sobre o consumo e prolongamento da vida útil dos objetos.
Ao trazer questões do dia a dia das pessoas, ‘O que acontece com o material reciclável que eu separo?’ instiga o participante a entender e buscar qual é a melhor forma de lidar com os resíduos passíveis de reciclagem, que podem representar 70% dos resíduos sólidos domiciliares, se somados os recicláveis secos e os compostáveis.
‘Como podemos nos mobilizar?’ encerra o curso com um chamamento à ação, incentivando o participante a acreditar no seu potencial para a transformação do cenário em curso e para inspirar as pessoas ao seu redor. Para isso, serão expostos exemplos de pessoas e grupos que já estão mobilizados nesta causa, além de apresentar maneiras de colocar em prática o que foi aprendido.
Todo o material poderá ser acessado gratuitamente na plataforma EAD SESC Digital.
Sobre SESC Digital | Lançada em 2020, a plataforma de conteúdo SESC Digital visa transpor as ações do SESC São Paulo ao ambiente e à linguagem digitais, expandindo o alcance das suas práticas de ação e difusão cultural de forma substancial e diferenciada, fortalecendo seu compromisso com um processo educativo participativo, continuado e inclusivo. O SESC São Paulo trata com muita seriedade a privacidade de seus usuários e tem o compromisso de mantê-los informados em relação ao uso que é feito com os dados que são fornecidos.
Sobre Fubá Educação Ambiental | Startup socioambiental fundada em 2015 por quatro mulheres com doutorado na área da educação ambiental: Andréia Nasser Figueiredo, Ariane Di Tullio, Flávia Torreão Thiemann e Mayla Valenti. Especializada em criar experiências educativas inclusivas e transformadoras para contextos e públicos diversos, a equipe desenvolve oficinas, cursos, consultoria, materiais educativos físicos e digitais, inclusive visitas virtuais e aplicativos.
Sobre Thainá Duarte | Estreou no cinema no longa “Mundo Cão” (2016), de Marcos Jorge. Na TV, interpretou Anita em “Se eu fechar os olhos agora” (2019, Globoplay) e teve destaque nas duas temporadas de “Aruanas” (Globoplay). Thainá é conhecida por aplicar em cena suas vivências nos cursos, estando sempre aberta ao diálogo construtivo. Seu último trabalho, ainda sem data de estreia, é “Cangaço Novo” (Amazon). A atriz é criadora e idealizadora do “Estou aqui para contar”, projeto contra violência doméstica com o apoio de parceiros reconhecidos no assunto, como ONG Mulheres, Instituto Maria da Penha, Anistia Internacional e Plan International, organização da qual é embaixadora. Em 2019 esteve no Primeiro Fórum de Cidades Amazônicas, em Manaus, quando participou de conversas sobre desenvolvimento sustentável e a importância dos artistas na mudança socioambiental. Em maio/22 esteve com a Plan International visitando projetos no Maranhão.
Serviço:
EAD ‘Consumo, Resíduos e Sustentabilidade’
Conteúdo: 6 videoaulas de 15 minutos
Local: Plataforma EAD SESC Digital
Teaser aqui.
(Fonte: Agência Lema)
O regente Emmanuele Baldini. Foto: divulgação.
A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas (OSMC) apresenta sábado e domingo, dias 25 e 26 de junho, no Teatro Castro Mendes, concertos com obras consideradas raridades brasileiras por serem desconhecidas do público em geral, mas de valor “extraordinário”, como a do compositor alagoano Hekel Tavares. A apresentação no sábado será às 20h e, no domingo, às 10h. Os ingressos estão à venda em https://bileto.sympla.com.br/event/74437/d/145204.
O regente Emmanuele Baldini foi quem ‘descobriu’ a obra de Hekel Tavares e vai apresentá-la pela primeira vez em Campinas. No repertório também há obras de Cláudio Santoro e do alemão Felix Mendelssohn.
Baldini é spalla da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e traz para este concerto um programa com obras que, como ele próprio diz, “merecem ser conhecidas do público”. Ele preparou um programa especial para este concerto em Campinas, que foi a primeira cidade a hospedá-lo como solista da OSMC depois da sua chegada ao Brasil, em 2005.
Também violinista, Baldini diz que o concerto tem um carinho especial por justamente ser em Campinas e pelo programa ter entre as obras em particular o “Concerto para violino e orquestra” de Hekel Tavares (1896–1969). Esta obra foi uma descoberta dele próprio durante a pandemia. “Eu assumi uma espécie de missão pessoal de pesquisar, descobrir e, sobretudo, difundir essa música brasileira que vale a pena ser divulgada”, justifica.
Baldini foi quem encontrou os manuscritos das partituras junto ao filho do compositor e, a partir delas, encomendou a produção das partes de orquestra, que estavam perdidas. “Com permissão da família do compositor, eu fiz o trabalho de digitalizar, editar e extrair todas as partes individuais para poder viabilizar uma redescoberta para este concerto”, explica.
Para ele, o concerto será “um dos mais bonitos para gerir uma orquestra”. A apresentação terá também a obra “Fantasia para violino e orquestra” de Cláudio Santoro, da qual Baldini também diz não ter registro sonoro, nem gravação. O maestro conseguiu autorização da família para gravar as obras junto com a Orquestra Filarmônica de Goiás.
O concerto se encerra com “Sinfonia nº 5”, de Felix Mendelson (1809–1847). “Essa sinfonia é extraordinária, que eu já regi em diversas ocasiões e que considero que fechará com chave de ouro este concerto muito especial”, diz Baldini.
Programa
Hekel Tavares: “Concerto para violino e orquestra (em formas brasileiras), op. 107, no. 4
Vivadíssimo – Modinha
Lento – Louvação
Alegro risoluto – Ponteio
Cláudio Santoro: “Fantasia para Violino e Orquestra”
1 Andante
2 Allegro molto
“Felix Mendelssohn: Sinfonia nº 5”
Sinfonia nº. 5, op. 107 (“Reforma”)
Andante – Allegro con fuoco
Allegro vivace
Andante
Regente e solista: Emmanuele Baldini
Emmanuele Baldini é o spalla da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, regente titular da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí e membro do Quarteto de Cordas Osesp. Em 2017, recebeu o Prêmio de Melhor Instrumentista da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) e em 2021 foi agraciado pelo governo do Estado de São Paulo com a Medalha Tarsila do Amaral por seus méritos artísticos.
Venceu o primeiro concurso internacional aos 12 anos de idade e, mais tarde, o Virtuositè de Genebra e o primeiro Prêmio do Fórum Junger Künstler de Viena. Apresentou-se em recitais nas principais cidades italianas e europeias e participou de longas turnês pela América do Sul, Estados Unidos, Europa, Austrália e Japão.
Tem gravado mais de 40 CDs, entre os quais se destacam obras italianas e brasileiras de música de câmara para o Selo Naxos e obras virtuosísticas para violino solo para o Selo SESC.
Baldini também foi spalla da Orquestra do Teatro Comunale de Bolonha e no Teatro Giuseppe Verdi de Trieste, atuando também como concertino na Orquestra do Teatro Alla Scala, de Milão. Entre 2017 e 2020 Baldini foi diretor artístico da Orquestra da Câmera de Valdivia, no Chile.
Como solista, tocou com a Rundfunk Sinfonieorchester Berlin, a Orchestre de la Suisse Romande, a Wierner Kammerorchester, a Flanders Youth Philharmonic Orchestra, a Orquestra Estatal da Moldávia e a Orquestra do Teatro Giuseppe Verdi de Trieste.
Nascido em Trieste, Itália, iniciou os estudos de violino com Bruno Polli e em seguida aperfeiçoou-se na classe de virtuosidade de Corrado Romano em Genebra, com Ruggiero Ricci em Berlim e Salzburgo e, em música de câmara, com o Trio de Trieste e com Franco Rossi, violoncelista do Quartetto Italiano.
Serviço:
Concerto Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas
Regente e Solista – Emmanuele Baldini
Local: Teatro Castro Mendes
Data: 25 e 26 de junho
Horários: sábado – 20h | domingo – 10h
Endereço: Rua Conselheiro Gomide, 62, Vila Industrial, Campinas – SP
Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/74437/d/145204
Bilheteria do teatro: Valores R$20,00 – R$10,00 – R$5,00 – R$2,00.
(Fonte: Prefeitura de Campinas)
Fotos: divulgação.
Após dois anos suspensa devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19, a Ópera da Serra da Capivara retorna em 2022 para a quarta edição. O evento, que será realizado entre os dias 26 e 30 de julho, volta a iluminar o anfiteatro da Pedra Furada, no Parque Nacional Serra da Capivara, e a Praça do Abrigo, em São Raimundo Nonato.
Este ano somam-se as atrações Roberta Sá, Dona Onete, Cordel do Fogo Encantado, Cátia de França, Ostiga Júnior e o DJ Gil Preto, à programação diversa da Ópera – um espetáculo multissensorial que reúne música, dança, teatro e iluminação artística, combinados com shows de artistas brasileiros e discotecagem moderna, que conferem à noite sertaneja ritmos, tons e sotaques de diferentes lugares do Brasil.
Ato Niède Guidon
Desta vez, o ato principal das noites da Ópera trará como tema uma homenagem especial a Niède Guidon, arqueóloga franco-brasileira especializada em pré-história. Ela foi uma das responsáveis pela criação do Parque Nacional da Serra da Capivara e é um dos nomes mais atuantes na conservação e na manutenção de relíquias pré-históricas em solo brasileiro.
Seus estudos no interior do Piauí datam desde a década de 1970, contribuindo não apenas para a criação do Parque, mas também com iniciativas educacionais e sociais para impulsionar o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida da população da região.
Uma joia no sertão piauiense
O Parque Nacional da Serra da Capivara, criado em 1979, fica no sudeste do Piauí, ocupando parte dos municípios de São Raimundo Nonato, São João do Piauí, Canto do Buriti, Brejo do Piauí e Coronel José Dias. É considerado o território com o maior número de sítios arqueológicos das Américas.
Lá existem mais de 1,3 mil registros pré-históricos da presença humana espalhados em 130 mil hectares de área. Por sua importância histórica e cultural foi classificado pela Unesco como Patrimônio Mundial Cultural, em 1991, e tombado como Patrimônio Nacional pelo Iphan (1993).
Em reportagem do The New York Times publicada em janeiro de 2022, o Parque foi o único destino turístico brasileiro citado dentre 52 lugares no mundo para se conhecer e, ainda, classificado como “imperdível” pelo jornal americano.
Serviço:
Ópera da Serra da Capivara – Ato Niéde
Quando: de 26 a 30 de julho de 2022 (programação completa aqui)
Onde: Parque Nacional da Serra da Capivara* (veja como chegar)
Ingressos: Os ingressos já estão à venda pela internet pelo Sympla.
Mais informações em www.operadaserradacapivara.com.br.
(Fonte: Raphael Moura Assessoria de Imprensa)