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Arte & Cultura

Campinas

Centro Cultural Casarão será palco do Festival Arreuní! 2024

por Kleber Patrício

O Festival Arreuní! 2024 trará músicos, cantadores e compositores ao Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, Campinas (SP) para uma série de apresentações a partir de 5 de maio (domingo), às 15h, com entrada gratuita. A proposta é divulgar as diferentes vertentes da música tradicional brasileira, reunindo artistas de culturas distintas para compartilhar a diversidade e […]

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Retomada: Jardim Botânico do Rio reabre portão principal e dispensa agendamento de visitas

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Federico Rossi.

Neste sábado (10/7), um ano após a retomada da visitação pública, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro reabrirá o acesso pela Rua Jardim Botânico, 920. O acesso central, que se abre defronte da famosa aleia das palmeiras imperiais, está fechado desde o início da pandemia, foi reformado e é um monumento histórico. Inicialmente, estará aberto apenas aos sábados, domingos e feriados, oferecendo mais uma opção de entrada e saída para o público.

No local, funcionará um posto avançado do Centro de Visitantes, onde o público também será atendido pela equipe de recepcionistas e guias, e terá à disposição todas as informações para aproveitar ao máximo o seu passeio. Também a partir deste sábado (10/7), não será mais necessário o agendamento para a visitação, medida que tinha por objetivo evitar aglomeração na bilheteria.

Além da disponibilização do novo acesso, desde abril deste ano, o visitante do Jardim Botânico do Rio pode comprar antecipadamente seu ingresso por meio do site jbrj.eleventickets.com, com PIX, cartão de crédito e boleto bancário. Presencialmente também é possível comprar o ingresso via PIX ou cartão de crédito, além de em dinheiro. Com dois pontos de entrada e saída dos visitantes e o serviço de compra antecipada de ingresso, o acesso ao Jardim Botânico do Rio será mais ágil e fácil.

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro segue as regras de ouro da Prefeitura do Rio. É aconselhável que os visitantes tragam suas garrafas com água, pois os bebedouros continuam lacrados por medida de segurança sanitária. É obrigatório o uso de máscara cobrindo boca e nariz durante a permanência no JBRJ, sendo dispensado para crianças de até 3 anos de idade, pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou quaisquer outras deficiências que impeçam de fazer o uso adequado de máscaras de proteção facial, conforme declaração médica que poderá ser obtida por meio digital (Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020).

Serviço:

Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Acesso do público pelos nºs 920 (a partir de sábado, 10/7) e 1008 da Rua Jardim Botânico

Valor da entrada:

Visitantes residentes na Área Metropolitana do Rio de Janeiro: R$15,00

Visitantes residentes no Brasil: R$24,00

Visitantes estrangeiros Mercosul: R$45,00

Visitantes estrangeiros: R$60,00.

Biodiversidade do Caraça atrai atenção de pesquisadores

Minas Gerais, por Kleber Patricio

O Biólogo Douglas Henrique Silva no Santuário do Caraça.
Foto: Acervo pessoal.

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Santuário do Caraça atrai turistas de todas as partes do mundo atraídos por toda a riqueza cultural, histórica, religiosa, gastronômica e ambiental. E alguns dos visitantes chegam com o objetivo de conhecer mais a fundo sobre tudo o que aquela imensidão de verde, montanhas, rios e cachoeiras. Pesquisadores de todo o Brasil e de outros países se dedicam a investigar as espécies de plantas e animais que são encontradas apenas naquela região, que entrou para a história como o cenário que encantou o Imperador Dom Pedro II quando lá esteve, imortalizando a frase: “Só o Caraça paga toda a viagem a Minas”.

O famoso lobo-guará, que costuma aparecer no Santuário do Caraça desde 1982 para se alimentar no início da noite, é apenas um dos diversos tipos de animais que habitam aquela porção do paraíso. Menos conhecida, desde 2015 a anta também tem presença constante nos arredores da construção do Santuário e vez ou outra aproveita a oportunidade para fazer um lanche. Há ainda ocorrências de jaratatacas e cachorros do mato, além de vários insetos, aves, répteis e anfíbios.

Perereca encontrada na RPPN Santuário do Caraça. Foto: Douglas Henrique Silva.

Há diversos trabalhos publicados e em desenvolvimento sobre as espécies endêmicas do Caraça. Em 2018, o então diretor da RPPN, Padre Lauro Palú, citou em um texto que o Dr. Renner Luiz Cerqueira Baptista, do Museu Nacional e da Universidade Federal do Rio de Janeiro, tinha catalogado cerca de 250 espécies de aranhas na região.  Ele ainda mencionou que o Instituto Butantã, em São Paulo, tem uma lista com mais de 80 aracnídeos encontrados no Santuário do Caraça.

Para preservar a biodiversidade e entender as peculiaridades da flora e fauna da região, o Santuário do Caraça possui um setor ambiental que conta com uma equipe composta por um guarda-parque, engenheiro ambiental, monitores e um biólogo. Inclusive, o profissional da área da biologia que integra o quadro de colaboradores da RPPN, Douglas Henrique Silva, é também pesquisador e tem o Santuário do Caraça como foco de uma importante investigação. O projeto de mestrado do biólogo teve como objetivo entender a distribuição das espécies de anfíbios predominantes no Caraça ao longo de um gradiente de altitude. “Os pontos de coletas, que eram riachos e brejos, estavam entre as altitudes 1300 a 2070m. Eu andava dentro dos córregos no período noturno e ficava uma hora procurando os anfíbios ao longo do curso d’água. Em um ano, foram 120 dias de trabalho de campo e cerca de 80 dias acampado”, relata o pesquisador, que se dedicava 10 dias por mês ao desenvolvimento do trabalho, focado nos picos do Sol e Inficionado, onde passava três noites em cada local.

O biólogo relata que, ao longo dos 12 meses, foram registradas e coletadas 13 espécies de anuros, grupo de anfíbios composto por sapos, rãs e pererecas. “Com os dados levantados, cheguei a conclusões interessantes. O Pico do Sol abriga 12 espécies de anuros, sendo 41% exclusivas. O Pico do Inficionado apresenta oito espécies, sendo 12,5% exclusivas. Os dois picos compartilham 53,85% das espécies registradas. A bokermannohyla martinsi foi a espécie mais frequente e ocorreu ao longo de todo gradiente altitudinal, enquanto as demais espécies ocorreram apenas em determinadas cotas de altitude, demonstrando clara preferência de algumas espécies por cotas definidas”, explica.

Barraca onde o biólogo Douglas Silva ficou acampado na RPPN Santuário do Caraça. Foto: Douglas Henrique Silva.

Douglas salienta que, além do seu trabalho, existem várias pesquisas sobre a biodiversidade do Santuário do Caraça. “Existem outros projetos que foram realizados na mesma linha que a minha, como o do pesquisador Marcelo Vasconcelos, que se propôs a investigar as aves, e o do Lucas Perillo, que investigou os animais invertebrados”, diz.

Para o biólogo, ainda há muito o que ser investigado e descoberto. “O Santuário do Caraça fica na transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado, onde também há campos rupestres. Em suas serras há nascentes, ribeirões e lagos que possuem águas de coloração escura, que carreiam material orgânico em suspensão. E, neste cenário, animais e plantas que se adaptaram às condições que só o Santuário do Caraça tem”, conclui.

A RPPN Santuário do Caraça foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, no ano de 1955, quando passou a fazer parte do rol de bens tombados pela União. Também integra a área destinada às Reservas da Biosfera da Serra do Espinhaço e da Mata Atlântica, reconhecidas pela Unesco em 2005.

O Santuário do Caraça. Foto: Pedro Thomasi.

O passado histórico da RPPN | O Santuário do Caraça é peculiar, pois uma área excepcional de 12.403 hectares foi mantida em posse de apenas dois proprietários, o Irmão Lourenço de Nossa Senhora e a Congregação da Missão, por mais de 240 anos. A área da Reserva foi constituída pela fusão de quatro propriedades: a original, adquirida pelo Irmão Lourenço por volta de 1770, na qual se acham as edificações principais do Caraça; a Fazenda da Chácara, comprada em 1823, cuja antiga sede não mais existe e que foi, durante muito tempo, o celeiro do Colégio, no antigo caminho de Catas Altas; a Fazenda do Engenho, comprada em 1858, localizada nas proximidades da Portaria de acesso à Reserva e a Fazenda do Capivari, doada pelo Coronel Manoel Pedro Cotta e por sua esposa, que, por não terem descendentes, legaram sua propriedade ao Caraça em 1870.

Hoje, turistas de todo o mundo visitam o Santuário do Caraça anualmente, seja para momento de descanso, lazer ou pesquisa ambiental e contato com a religiosidade. O local é reconhecido pela sua hospitalidade, tanto que já recebeu por duas vezes, em 2020 e 2021, o selo Traveller Review Awards da Booking.com, que premia os hotéis mais bem avaliados pelos viajantes de todo o planeta, além da chancela Travellers’ Choice 2020, do TripAdvisor, que destaca as avaliações positivas dos visitantes que passaram pelo destino turístico.

Santuário do Caraça

Local: Estrada do Caraça, Km 9 – Entre os municípios de Catas Altas e Santa Bárbara

Fácil acesso pelas rodovias BR 381 e MG 436, além do cômodo acesso por trem (Estação Dois Irmãos – Barão de Cocais)

Instagram: @santuariodocaraca

Facebook: https://www.facebook.com/santuariocaraca/

Site: https://www.santuariodocaraca.com.br.

Tropicalização de projetos volta a ser tendência no paisagismo

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: José Kolya.

A mistura da movimentada e cosmopolita vida urbana atrelada ao que tem de mais rústico na natureza é a característica principal do Jardim Tropical, tendência paisagística que fez muito sucesso em meados de 2017. Em 2021, com a necessidade de se reconectar com a natureza e trabalhar home office, a tendência voltou com força em projetos no país todo.

Segundo o paisagista José Kolya, 7 a cada 10 projetos atuais feitos em seu escritório apresentam conceitos tropicais por solicitação do próprio cliente. “Isso pode mostrar uma tentativa inconsciente de deixar a vida menos reta, menos antropizada, mais natural e relaxante”, afirma Kolya.

Seguindo essa linha de conceito, apesar de pouca semelhança visual, o jardim tropical tem características parecidas com os jardins ingleses, onde são mantidos vegetais naturais nos contornos dos caminhos para trazer a sensação de nenhuma interferência humana.

A composição desses espaços, de acordo com José Kolya, é feita com espécies comuns em regiões tropicais ou subtropicais, como bananeiras, orquídeas, palmeiras, entre outras plantas de cores vivas.

Kolya explica que a manutenção do jardim tropical acaba sendo mais simples. “Este tipo de jardim permite menos compromisso com linha retas e podas muito perfeitas.  Por relatos de alguns clientes percebi que a vegetação mais “largada” do tropical é quase uma licença poética para não precisar ficar podando e arrumando o tempo todo”, conclui.

Sobre o paisagista | Formado em Geografia pela PUC Campinas com ênfase em planejamento territorial ambiental, José Kolya também é professor do curso livre de paisagismo da Arquitec Escola de Arte e Design, em Campinas. Kolya atua no mercado de projetos e consultoria e cursa extensão na USP (Universidade de São Paulo) em Fisiologia Vegetal e Nutrição das Plantas. (https://www.instagram.com/josekolya/)

Louça paulista é tema de maratona de edição com o tema “Casa Paulista” do Museu do Ipiranga

São Paulo, por Kleber Patricio

Prato Decorativo – Acervo do Museu Paulista da USP. Foto: José Rosael/Hélio Nobre/Museu Paulista da USP.

Com o tema Casa Brasileira, o Museu do Ipiranga, em parceria com o Wiki Movimento Brasil (WMB), promoveu uma série de eventos digitais em 2021. A programação incluiu maratonas de edição de verbetes que se iniciam com encontros com pesquisadores da área falando sobre as linhas de pesquisa que desenvolvem no Museu seguidos de treinamento e assistência técnica sobre a plataforma. Até agora, foram criados e editados cerca de mil artigos, gerando mais de 309 mil visualizações para os conteúdos trabalhados. O último encontro desta série acontece no dia 9 de julho, sexta-feira, a partir das 14h, com o tema Louça Paulista, via YouTube. Nesta semana, quem faz a abertura do encontro é o historiador José Hermes Martins Pereira. Às 15h, via Google Meet, a equipe do WMB oferecerá um tutorial de como editar a Wikipédia, para que novos usuários possam contribuir facilmente com a plataforma. Não é necessário conhecimento prévio. Para mais informações sobre o eixo temático e inscrições, consulte a programação abaixo.

Louça paulista

9/7, sexta-feira, às 14h – Inscrições: clique aqui

Todas as casas têm um lugar de encontro. Refeições, festas e visitas seguem regras que variam dependendo do grupo e classe social, mas compartilham da mesma intenção: consolidar os vínculos entre as pessoas. A louça desempenha um papel fundamental ao materializar a importância dessas ocasiões, servindo de ferramenta para o estabelecimento de divisões e vínculos sociais. Por meio do uso das louças, um morador mostra ao outro a sua “educação”, o seu gosto, os seus valores. No século 19, os serviços de porcelana importados da Europa se tornaram um dos mais importantes sinais de opulência e sofisticação. Os ornamentos, as dourações, os brasões e monogramas materializaram o requinte que as elites enriquecidas almejavam. Enquanto os caros serviços de porcelana decorada eram adquiridos pelas elites, as camadas médias e populares consumiam serviços mais baratos, mas também ornamentados. Mesmo com simplicidade, a função era a mesma: sinalizar as refeições e ocasiões especiais. Ao longo do século 20, as indústrias produziram serviços de café, chá e jantar para diversos tipos de público. Fábricas de porcelana estabelecidas no Brasil comercializavam similares das porcelanas europeias, enquanto outras indústrias criaram conjuntos com matérias-primas mais acessíveis.

Museu do Ipiranga e Wikipédia | Em parceria, o Wiki Movimento Brasil (WMB) e o Museu do Ipiranga traçaram um plano digital para aumentar a presença do acervo da instituição na Internet. O plano inclui maratonas de edição que, em 2020, resultaram em mais de 2.500 edições de aprimoramento de verbetes, com mais de 2,6 milhões de visualizações. No mesmo ano, o Wikiconcurso angariou 862 inscritos, adicionando 1,3 milhões de bytes na plataforma. Além disso, foram carregados 2.958 arquivos no Wikimedia Commons.

A iniciativa integra o Museu a um movimento global ao qual se unem instituições culturais, bibliotecas e arquivos de vários países. Dessa maneira, a instituição também adere a práticas de conhecimento aberto e licenças livres e, com isso, deve atingir públicos mais diversificados e fomentar novas parcerias. O plano inclui, ainda, ações estratégicas para dar visibilidade a grupos menos presentes na plataforma, como mulheres, negros e indígenas. A iniciativa tem a parceria da Fundação Banco do Brasil.

Museu do Ipiranga – USP | Fechado desde 2013, o Museu do Ipiranga é sede do Museu Paulista da Universidade de São Paulo e seguiu em atividade com eventos, cursos, palestras e oficinas em diversos espaços da cidade. As obras de restauro, ampliação e modernização do Museu são financiadas via Lei de Incentivo à Cultura. A gestão do Projeto Novo Museu do Ipiranga é feita de forma compartilhada pelo Comitê Gestor Museu do Ipiranga 2022, pela direção do Museu Paulista e pela Fundação de Apoio à USP (FUSP). As obras se iniciaram em outubro de 2019 e a expectativa é de que o museu seja reaberto em setembro de 2022 para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil. Para mais informações sobre o restauro, acesse o site museudoipiranga2022.org.br.

O edifício, tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal, foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo do Parque Independência. Concebido originalmente como um monumento à Independência, tornou-se em 1895 a sede do Museu do Estado, criado dois anos antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do país. Está, desde 1963, sob a administração da USP, atendendo às funções de ensino, pesquisa e extensão, pilares de atuação da Universidade.

As obras do Novo Museu do Ipiranga são financiadas via Lei de Incentivo à Cultura. Patrocinadores e parceiros: BNDES, Fundação Banco do Brasil, Vale, Bradesco, Caterpillar, Comgás, CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, EDP, EMS, Itaú, Sabesp, Santander, Banco Safra, Honda, Raízen, Postos Ipiranga, Pinheiro Neto Advogados, Atlas Schindler e Novalis.

Pesca recreativa do bodião azul captura peixes maiores, mostram redes sociais

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Kendall Clements/Pesquisadores.

Com uso de redes sociais, um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) mostra que a pesca recreativa do bodião azul captura peixes maiores do que a pesca artesanal, o que pode ser um problema para a conservação da espécie. Esse tipo de pesca acontece com maior intensidade no litoral de Salvador e no banco de Abrolhos, na Bahia, conforme relatam os pesquisadores em artigo publicado na revista “Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Ecosystems”.

Os pesquisadores usaram as redes sociais para monitorar os impactos da pesca recreativa do bodião azul no litoral brasileiro. Ele está na lista de espécies ameaçadas de extinção e contribui para a saúde dos recifes brasileiros. Com uso de hashtags do Instagram, Facebook e YouTube, o estudo identificou 153 postagens de pesca recreativa submarina na costa brasileira no período de 2004 a 2020.

O maior número de fotos e vídeos publicados provinha da cidade de Salvador e da região de Abrolhos, com aumento da frequência de postagens nas redes sociais entre 2007 a 2017 e regressão a partir de 2018. Essa redução, averiguam os pesquisadores, pode ser efeito da repercussão do Plano Nacional de Recuperação de Espécies Ameaçadas, lançado no mesmo ano.

Em sua maioria, os animais capturados são grandes e por isso têm o maior potencial de reprodução, o que representa um risco para a espécie, já que os maiores e mais bonitos para a exibição são peixes machos. “As redes sociais se tornaram o meio onde o pescador publica as fotos e vídeos do seu ‘peixe-troféu’ e, a partir dessa divulgação, conseguimos saber em que local o bodião é mais pescado, o tamanho do peixe, entre outros dados”, comenta a pesquisadora e autora do estudo Natalia Roos. Ela frisa que o monitoramento nas redes sociais é uma forma eficiente de coletar informações valiosas sobre os impactos ambientais da pesca recreativa para orientar ações de conservação ambiental.

Ainda que represente uma pequena fração da realidade, como reconhecem os pesquisadores, as publicações das redes sociais podem nos ajudar a conhecer atividades exploratórias dos rios e mares no país. “Usando imagens das redes sociais e participação ativa dos pesquisadores, a gente pode entender o impacto real da pesca sobre essas espécies”, destaca o pesquisador Guilherme Longo, coautor do estudo. As informações fornecidas pelas redes sociais sobre os locais e tamanhos de captura das espécies podem ajudar o Estado na criação de políticas públicas para conservação destes animais.

(Fonte: Agência Bori)