“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Fragmentos florestais provocados pela ação humana na Amazônia não conseguem manter as mesmas interações ecológicas das áreas de vegetação contínua. Ou seja, a biodiversidade dessas áreas isoladas não funciona da mesma maneira como uma floresta contínua. É o que mostra estudo publicado nesta quarta-feira (28) no periódico “Current Biology”, com a participação de pesquisadores das universidades estaduais de Campinas e de Santa Cruz, com outros pesquisadores brasileiros em instituições dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Os resultados são de uma análise da biodiversidade presente nas ilhas formadas pela inundação do reservatório da Usina Hidrelétrica Balbina, localizada em Presidente Figueiredo, no Amazonas. O estudo reanalisa um conjunto de dados obtidos pela pesquisadora Maíra Benchimol em 2012. Ela utilizou armadilhas fotográficas e percorreu trilhas dentro de 37 ilhas com remanescentes de floresta amazônica a fim de entender quais espécies ocorreram em cada local e o número de indivíduos. Assim, os autores do artigo combinaram os dados empíricos com modelos matemáticos para gerar as possíveis redes de interação entre predadores e suas presas.
“Balbina é uma hidrelétrica da década de 80. A construção foi marcada por controvérsias devido ao seu impacto social e ambiental: uma área gigantesca foi inundada. A área de mata contínua foi fragmentada pela água. Assim, surgiram ilhas artificiais”, detalha o pesquisador Mathias Pires, um dos autores. Ele informa que algumas espécies foram extintas pela falta de indivíduos suficientes nessas ilhas. Dessa forma, as interações vão sendo perdidas à medida que a área de habitat diminui e a rede de interações perde suas características.
O estudo analisou as consequências da criação de ilhas artificiais, mas a fragmentação da Amazônia também ocorre por outras formas, como pelo avanço descontrolado da agricultura e das pastagens. A coleção de pequenos fragmentos provocados pelo isolamento territorial dificulta a funcionalidade ecológica. “Pequenas ilhas não conseguem manter, por exemplo, a função dos predadores que controlam as populações de presas”, explica Pires.
As consequências para a biodiversidade são inúmeras, conforme prevê o cientista: nos locais em que os predadores não atuam muito, algumas espécies podem apresentar um aumento descontrolado em sua abundância. E esse excesso implica mudanças na vegetação. Por exemplo, as cutias favorecem algumas plantas por dispersarem suas sementes, mas podem prejudicar outras quando estão em alta densidade alterando a vegetação. Além disso, “os predadores como onças e jaguatiricas podem nadar e visitar algumas ilhas apenas para comer, assim reduzindo as populações de presas em alguns locais a níveis muito baixos”.
Os autores esperam que a divulgação do estudo mostre a importância das políticas públicas para evitar a fragmentação da Amazônia. Para Pires, as medidas precisam ir além de garantir a existência das espécies, ou seja, é necessário preservar áreas maiores de florestas que permitam um número de indivíduos suficiente para manter as interações e funções ecológicas.
(Fonte: Agência Bori)
Eclode a Segunda Guerra Mundial e, quando um submarino alemão afunda navios brasileiros, Getúlio Vargas envia soldados para lutar contra os nazistas na Europa. Este conturbado momento histórico guia o enredo de “Rasgando o pano”, lançamento da paulista Waléria Leme. O romance convida o leitor a mergulhar nas memórias de quem viveu intensamente as décadas de 1930 e 40, em que o Brasil vivia a ditadura no Estado Novo.
A partir do subtítulo “Uma jovem decidida”, um estudante idealista e uma guerra não escolhida, a autora contextualiza os encontros e desencontros de Maria Isabel e Otávio, protagonistas da obra. O ano é 1938 e, na capital paulista, a jovem rica e filha de um fazendeiro de café se apaixona por um estudante de direito pobre e neto de imigrantes italianos.
Para viver este amor, os dois precisarão lutar contra os preconceitos e obstáculos impostos pelo pai de Isa, que não aprova a relação. Como se não bastasse, o jovem Otávio é enviado pela Força Expedicionária Brasileira (FEB) para lutar contra os nazistas. “Rasgando o pano” é uma referência às rajadas das metralhadoras MG-42, empunhadas pelos alemães na guerra.
O distintivo brasileiro, que antes era um escudo verde, muda para um retângulo amarelo com bordas vermelhas, uma tarja azul e, no centro, uma cobra verde fumando. Os americanos, vendo aquilo, apelidam os brasileiros de “Smoking snake”. (“Rasgando o pano”, p. 305)
Além das pesquisas sobre a realidade da época, Waléria recorreu às lembranças do pai – hoje com 93 anos de idade –, que acompanhou aflito o desenrolar da guerra e relatos de familiares de pracinhas. Notas de rodapé ajudam o leitor a entender palavras e referências específicas não mais usuais.
“Rasgando o pano” abraça a realidade ao trazer temas de importante discussão na vida real, como imposições sociais, empoderamento feminino, sexualidade e representatividade LGBTQIA+. A história de Enrico, irmão do protagonista, revela uma crítica à sociedade da época, que retrata as tentativas de “cura” aos homossexuais.
FICHA TÉCNICA
Título: Rasgando o pano
Autora: Waléria Leme
ISBN/ASIN: 978-65-5899-430-5
Formato: 16×23 cm
Páginas: 324
Preço: R$84,90
Onde comprar: Amazon.
Sobre a autora | Waléria Leme é escritora, acadêmica e contadora. Nasceu em São Paulo capital, ano de 1964, início da Ditadura Militar. Formou-se em Ciências contábeis pela Universidade São Judas Tadeu e conquistou o cargo de contadora da Secretaria da Fazenda de São Paulo, onde foi responsável pelo Balanço do Estado em 1990. Posteriormente, foi auditora do Tribunal de Contas de SP, onde se aposentou. “Rasgando o pano” é seu segundo trabalho na literatura; o primeiro livro, “Adotar uma criança: eu tentei”, foi lançado em 2020 e conta uma experiência vivida pela autora.
Redes sociais:
Facebook: waleriaoleme
Instagram: @walerialeme
Tiktok: @walerialeme.
(Fonte: LC Agência de Comunicação)
A Casa das Rosas realiza a mostra Poesia Expandida 2022 até o dia 31 de janeiro de 2023 em museu da cidade de Itapira – SP. A exposição, que conta com obras de 27 poetas de diversos estados do Brasil e de países como Argentina e Colômbia, é realizada pela Casa das Rosas em parceria com o museu Casa de Menotti Del Picchia — local onde está instalada a mostra. E pode ser visitada gratuitamente, de terça a sexta, das 9h às 11h20 e das 14h às 17h20, e aos domingos, das 9h às 12h.
A Mostra Poesia Expandida 2022 é resultado da quarta edição do curso experimental Poesia Expandida do Centro de Referência Haroldo de Campos do museu Casa das Rosas. A formação tem a proposta de oferecer base teórica e elementos práticos para estimular os poetas a explorarem novas possibilidades de criação em diferentes meios e suportes, trabalhando a poesia de diferentes formas e experimentando recursos verbais, visuais e sonoros.
No conjunto dos trabalhos que estão sendo expostos, há poemas em versos, poemas visuais, poemas-objeto e poemas animados, nos quais palavra, imagem, voz e ruído interagem. O público poderá encontrar na Mostra um campo vasto de experimentação poética que expande as possibilidades sensoriais, de compreensão da realidade e de projeção de novas realidades.
Participam da exposição poetas de diferentes partes do Brasil e da América Latina; entre eles, Lia Krucken, artista, professora e curadora, natural de Salvador, Bahia. Investiga movências e deslocamentos com foco nas poéticas da afrodiáspora; María Castillo, nascida em Elena, Córdoba, Argentina, Pós-graduada em “Especialização em Processos e Práticas de Produção Artística Contemporânea” na Faculdade de Letras da Universidade Nacional de Córdoba – UNC; e Tulio Restrepo, Medellín, Colômbia, artista, professor e designer gráfico, especialista em Estudos Urbanos (EAFIT) e Mestre em Artes Visuais e Plásticas (UNAL).
Sobre a Casa das Rosas | A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos é um museu dedicado à poesia, à literatura, à cultura e à preservação do acervo bibliográfico do poeta paulistano Haroldo de Campos, um dos criadores do movimento da poesia concreta na década de 1950. Localizado em uma das avenidas mais importantes da cidade de São Paulo, a Avenida Paulista, o espaço realiza intensa programação de atividades gratuitas, como oficinas de criação e crítica literárias, palestras, ciclos de debates, exposições, apresentações literárias e musicais, saraus, lançamentos de livros, performances e apresentações teatrais. O museu está instalado em um imponente casarão, construído em 1935 pelo escritório Ramos de Azevedo, que na época já tinha projetado e executado importantes edifícios na cidade, como a Pinacoteca do Estado, o Teatro Municipal e o Mercado Público de São Paulo.
Serviço:
Mostra Poesia Expandida 2022
Período: 20 de dezembro de 2022 a 31 de janeiro de 2023
Local: Museu Casa de Menotti Del Picchia
Endereço: Parque Juca Mulato, SN – Centro, Itapira – SP
Horário de Visitação: terça a sexta, das 9h às 11h20 e das 14h às 17h20, e domingos das 9h às 12h.
Entrada gratuita
A Casa das Rosas está passando por restauro. O telefone atual para contato é do Anexo da Casa Guilherme de Almeida: (11) 3673-1883 | 3803-8525 ou pelo e-mail disponível no site.
Jardim do museu aberto de segunda a domingo, das 7h às 22h
Avenida Paulista, 37 – Bela Vista, São Paulo – SP
Programação gratuita.
(Fonte: Poiesis)
A Urbia acaba de anunciar uma novidade que vai diversificar ainda mais as opções de lazer dos frequentadores do Parque Estadual Alberto Löfgren – Horto Florestal. Trata-se do UrbiaBike, novo serviço para aluguel de bicicletas e triciclos que já está em operação no local.
A Concessionária oferece aos visitantes bicicletas de tamanho aro 26 e triciclos tamanho família, que poderão alugá-los ao lado do portão de entrada do Parque Horto Florestal. O atendimento é realizado todos os dias, das 8h às 16h.
Os valores de locação das bicicletas são de R$10,00 por hora e R$5,00 a cada 30 minutos adicionais. Já o aluguel dos triciclos custa R$30,00 a hora e R$15,00 por mais 30 minutos. As locações podem ser realizadas pessoalmente nas estações, com opções de pagamento em dinheiro ou cartão de crédito e débito.
“O UrbiaBike reforça a nossa missão de requalificar o Horto Florestal. Nosso intuito é que o novo serviço traga ainda mais comodidade aos visitantes ao disponibilizar mais uma opção de passeio por dentro do espaço, desta vez, utilizando os modais”, afirma Samuel Lloyd, diretor da Urbia.
Serviço:
UrbiaBike no Parque Horto Florestal
Local: ao lado do portão de entrada do Parque Horto Florestal
Funcionamento: todos os dias, das 8h às 16h
Valores: bicicletas são de R$10,00 por hora e R$5,00 a cada 30 minutos, e triciclos são R$30,00 a hora e R$15,00 por mais 30 minutos.
Acesso | Para chegar ao Horto Florestal, há várias linhas de ônibus que partem do Terminal Santana e Parada Inglesa – ambos locais próximos às estações Santana e Parada Inglesa da linha 1-Azul do metrô de São Paulo – que passam pelo local. Algumas das alternativas de ônibus que partem dos terminais mencionados acima são: 2740/41 Metrô Parada Inglesa– Horto Florestal (ponto final); 1018/10 Metrô Santana–Vila Rosa; e 1775/10 Metrô Santana–Vila Albertina. Caso o visitante opte por ir de carro, há estacionamento para veículos no parque com entrada pela Av. José Rocha Viana 62.
(Fonte: Máquina Cohn & Wolfe)
O ensino de línguas ganhou corpo no Brasil nos últimos anos. A globalização e a revolução dos meios de comunicação aceleraram a necessidade de dominar não somente a língua nativa, mas também outras, como por exemplo, o inglês, o espanhol, o alemão – sendo que o inglês é considerado uma língua universal. Essa demanda estimulou o fortalecimento do multilinguismo, o que resultou em um aumento de 10% no número de escolas que investem no ensino de pelo menos dois idiomas, segundo dados da Associação Brasileira de Ensino Bilíngue.
De acordo com Lyle French, head de International Programs do colégio Lourenço Castanho, o trabalho com várias línguas é importante para os alunos em um momento competitivo. “Isso abre portas para que o aluno pense em estudar fora no Ensino Médio, fazer uma faculdade de alto nível no Brasil ou se tiver que dominar o inglês, por exemplo, para conseguir boas oportunidades de trabalho”. Uma pesquisa do British Council aponta que mais de 40% das empresas hoje consideram o domínio do inglês uma competência básica essencial.
A língua inglesa é um dos pilares do ensino da escola, que coloca em prática o World Language Program, que tem como intuito tornar o aluno proficiente em inglês. “É comum no Brasil as pessoas falarem que são fluentes em inglês, mas a verdade é que precisa ser proficientes na fala, na leitura e na escrita”, diz Lyle.
Ser proficiente em duas ou mais línguas ajuda o aluno pensar de forma diferente, de acordo com Lyle French. “Quando você domina duas línguas, já pensa diferente. Tem a mente mais aberta, mais vocabulário e acesso a uma ampla quantidade de repertório. Com isso, terá mais recursos para ler, compreender, escrever, falar, se comunicar, defender ideias e pontos de vista. E essas habilidades tornam as pessoas mais contratadas no mercado atualmente”.
Benefícios cognitivos
Ter domínio de outras línguas não traz nenhum prejuízo à construção de conhecimento dos alunos, de acordo com Lyle, independentemente da idade – muito pelo contrário. Quanto mais cedo o aluno tiver contato com uma segunda língua, melhor. “Quando o aluno começa a aprender outra língua na primeira infância, consegue criar mais conexões no cérebro, tornando-o mais plástico. Além disso, pensa com mais clareza, com mais rapidez e de forma geral, esse aluno é o que tem apresentado melhor desempenho quando mais velho – se depara com avaliações internas ou externas”.
De acordo com French, essas conexões são naturais. “No futuro, essa criança vai falar com fluência, ter mais vocabulário e falar de forma natural, sem precisar ficar pensando muito em vocabulário”.
Outro benefício, de acordo com estudos, é a redução da chance de desenvolver doenças que afetam o cérebro, como é o caso do Alzheimer, entre outros tipos de demência. Exercitar o cérebro de forma mais desafiadora eleva o nível de plasticidade e auxilia na prevenção de doenças.
O estudo intitulado “Bilingual Brains”, feito na Universidade de Stanford, na Califórnia, aponta que, por ter a neuroplastia do cérebro estimulada, o aluno tem maior habilidade de bloquear distrações e reter a atenção, além de analisar e organizar as informações com mais facilidade.
Especialistas apontam que trabalhar o processo de aprendizado de uma segunda língua, já ativa algumas áreas do cérebro responsáveis pela memória, foco, atenção, pensamento crítico, pensamento analítico e criatividade. Além de todos esses benefícios cognitivos, um dos grandes benefícios é o fato de que o aluno conseguirá conversar em mais de um idioma.
(Fonte: Betini Comunicação)