Iniciativa acontece durante a 23ª Semana Nacional de Museus e convida o público a refletir sobre inclusão e criatividade


São Paulo
Neste sábado, dia 10 de maio, às 15h30, será lançado o livro da exposição ‘Fazer o Ar’, da artista Iole de Freitas, na Sala dos Archeiros do Paço Imperial. Para marcar o lançamento, será realizada, às 16h30, uma conversa gratuita e aberta ao público com a artista, o curador e poeta Eucanaã Ferraz e o artista visual e poeta João Bandeira, que assinam textos inéditos no livro. A mostra foi prorrogada e poderá ser vista até o dia 18 de maio.
Com 120 páginas, o livro, organizado por Eucanaã Ferraz e Rara Dias, traz imagens inéditas da exposição em um ensaio fotográfico feito por Vicente de Mello e também fotos de Ricardo Miyada, Maria Camargo, Sérgio Zalis, Jaime Acioli, Iole de Freitas e Helena Makun. Além de textos do curador e poeta Eucanaã Ferraz e do artista visual e poeta João Bandeira, a publicação também terá a transcrição de uma conversa inédita entre eles e Iole de Freitas realizada no ateliê da artista. No Paço Imperial, o livro será vendido pelo valor promocional de R$90 e após o lançamento estará disponível na livraria Blooks.
A exposição ‘Fazer o Ar’ apresenta trabalhos inéditos de uma das mais importantes artistas plásticas brasileiras. A mostra foi prorrogada e poderá ser vista até o dia 18 de maio no Paço Imperial. Com curadoria de Eucanaã Ferraz, são apresentados 16 trabalhos inéditos que exploram o volume e o ar – obras em grandes dimensões chamadas ‘Mantos’, feitas com papel glassine, com tamanhos que chegam a quase 4 metros, esculturas da série inédita ‘Algas’, em aço inox, e a obra ‘Escada’, feita há dois anos, mas que ganhou uma montagem inédita na exposição.
Grandes volumes brancos da série ‘Mantos’, produzidos este ano, ocupam as paredes e o chão das salas da exposição. Originalmente, o papel glassine é usado como embalagem para obras de arte, conservando e acondicionando-as. “É um papel que foi pensado para proteger uma obra; aqui ele não existe como um envoltório, mas como algo que, trabalhado, guarda em si a expressão de uma linguagem. Gosto de deslocar a funcionalidade das coisas, subvertendo-as: tomo a capa da coisa e faço dela substância da forma”, afirma a artista.
A pesquisa para estes trabalhos começou há cerca de quatro anos. Para realizá-los, o papel é preenchido com ar, inflando-o e criando grandes superfícies, que então recebem água, areia e cola, que vão moldando, esculpindo e estruturando o papel até formarem os Mantos. Alguns ainda ganham novos elementos, como cobre, palha e pedras gipsitas. “Iole testa em cada obra as verdades físicas de seu corpo e do material que utiliza. Basta ver para inferirmos o quanto as formas nasceram da peleja, da disputa entre o gesto e o papel. É flagrante a atuação de uma inteligência física. O papel era liso, neutro, sem corpo nem memória, sem ar, inerte, ausente. Iole soprou nele. Deu a ele o sopro da vida. O papel, agora, está vivo. Veja: ele respira”, afirma o curador Eucanaã Ferraz.
Um único Manto vermelho faz parte da exposição. “A cor vermelha/rubra traz uma dramaticidade, que vem também das grandes e pesadas cortinas, que emolduram os palcos como as do Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, onde dancei. Esta experiência ficou impregnada em mim como um momento dramático de determinada cena”, conta a artista, que estudou e trabalhou com dança contemporânea.
Dialogando com os Mantos, também é apresentada a série inédita de esculturas ‘Algas’, produzidas em aço inox, também trazendo em sua poética a questão do ar.
Na última sala da exposição está a obra ‘Escada’, composta por uma estrutura em aço inox feita de cortes, dobras e solda, que se assemelham a degraus. Ela está na parede, dividida em duas partes, junto a um vídeo com o registro de performance que a artista realizou com seu neto Bento Dias, que fez parte da videoinstalação ‘Escada’, apresentada no Instituto Tomie Ohtake em 2023. A obra tem montagem inédita na exposição.
Serviço:
Conversa e lançamento do livro da exposição Fazer o Ar, de Iole de Freitas
Dia 10 de maio 2025, às 15h30
Sala dos Archeiros – Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial
Praça XV de Novembro, 48 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Entrada gratuita
Exposição Fazer o Ar
Até 18 de maio de 2025
Terça a domingo e feriados, das 12h às 18h.
(Com Beatriz Caillaux/Midiarte Comunicação)
O Museu FAMA, localizado em Itu, no interior de São Paulo, apresenta a exposição ‘Amor e Desejos’, da artista Rose Canazzaro, que reúne obras de diferentes fases de sua trajetória, marcada por uma linguagem visual vibrante, poética e simbólica.
A exposição, inaugurada no dia 19, segue em cartaz até 29 de junho na Sala 5 do museu exibindo duas séries: Na Terceira Margem amor e desejos e Meu mundo em copas, com curadoria de Marcos Amaro e convida o público a mergulhar nas potências do amor e do desejo, reveladas por meio de composições intensas, formas orgânicas e cores profundas. O sagrado e o profano, o feminino e o masculino, o sonho e o instinto se entrelaçam nas obras, criando uma experiência estética sensorial e emocional. “Eu costumo dizer que eu não uso tinta para pintar, uso a emoção e o amor. Eu quero que você sinta essa emoção”, diz a artista visual Rose Canazzaro.
Com mais de 70 exposições realizadas no Brasil e no exterior, Rose Canazzaro é reconhecida por sua trajetória premiada em países como França, Itália, Portugal, México e Uruguai. Sua produção é celebrada por unir sofisticação estética e profundidade simbólica, traduzindo sentimentos universais em imagens impactantes.
Serviço:
Exposição Amor e Desejos – Rose Canazzaro
Local: Museu FAMA – Sala 5 – R. Padre Bartolomeu Tadei, 09 – Alto, Itu – SP
Visitação: de 20 de abril a 29 de junho de 2025
(Fonte: Brown Comunicação)
No dia 9 de maio, o palco do SESC Pinheiros recebe Verônica Ferriani para um show especial baseado em seu primeiro álbum duplo ‘Cochicho no silêncio vira barulho, irmã’, lançado em 2024. Descrito pela própria artista como confessional e quase biográfico, o trabalho vai além de suas vivências pessoais, pois é também um espelho sensível do que ela observa e escuta de outras mulheres ao seu redor. Um disco que mergulha nas camadas do trabalho materno, mas amplia o olhar para abarcar o universo feminino como um todo — suas dores, desejos, pressões e contradições.
O álbum duplo é dividido entre os dois eixos, o ’Cochicho no silêncio’, e ’Vira barulho, irmã’, com um total de 20 faixas — 17 compostas por Verônica. A obra trata a mulher em sua pluralidade, percorrendo experiências intensas e cotidianas tais como afetos, desejos, relações familiares e transformações emocionais. Entre tensões e alívios, o trabalho dialoga também com os homens, propondo reflexões sobre novos caminhos de convivência.
Para este show, Verônica convida artistas que participaram do álbum e emprestam suas vozes para esta apresentação: Alessandra Leão, Assucena, Áurea Martins, Flaira Ferro e Giana Viscardi. Além das faixas do disco, como a que dá nome ao projeto Cochicho no Silêncio Vira Barulho, ‘Irmã’, ’Não me Contento’, ’La Mer’, ’Acorda Mamãe’, ’Sem Regras’ e ’Amor que fica’, o repertório apresenta também canções de outros artistas da música brasileira que de alguma forma contemplam, através de sua arte, as mulheres.
Ao longo do espetáculo, Verônica propõe um chamado à escuta e à transformação, colocando a arte como meio de expressão. Uma experiência sonora e emocional que convoca a todos.
Sobre Verônica Ferriani
Natural de Ribeirão Preto, é cantora, compositora, instrumentista e produtora musical. Tem quatro discos solo e dois coletivos lançados, além de colaborar em projetos especiais diversos. Gravou nos DVDs recentes de Yamandu Costa e de Toquinho, com quem esteve em turnê Voz e violão entre 2011 e 2018. Fez shows como convidada de Ivan Lins, Beth Carvalho, Spokfrevo Orquestra, Mart’nália, Noca da Portela e Xande de Pilares, entre outros. Dividiu o palco em projetos especiais com Monarco, Moska, Jair Rodrigues e Teresa Cristina, entre muitos outros. Liderou a Gafieira São Paulo, vencedora do 22º Prêmio da Música Brasileira (2011), como melhor grupo de samba. Convidada a representar a nova música no Projeto Novas Vozes do Brasil, parceria do Itamaraty e MinC com Embaixadas do Brasil pelo mundo, apresentou-se em festivais e importantes espaços do Japão, Rússia, Portugal, Argentina, Colômbia, Espanha e Israel. Conheça.
FICHA TÉCNICA:
Alana Ananias – bateria
Victoria dos Santos – percussão
Ingrid Cavalcante – baixo
Aline Falcão – sanfona e piano
Cantoras convidadas: Alessandra Leão | Assucena | Áurea Martins | Flaira Ferro | Giana Viscardi
Técnicos: Florencia Saravia (PA) | Daniel Tápia (Monitores) | Grissel Manganelli (Luz)
Beth Sousa (Roadie).
Serviço:
Cochicho no silêncio vira barulho, irmã
Dia: 9 de maio, sex., 21h
Local: Teatro Paulo Autran
Duração: 90min
Classificação: A12
Preços: R$ 70,00 (inteira), R$ 35,00 (meia) e R$ 21,00 (credencial plena)
Online: pelo site e pelo app Credencial Sesc SP
Presencial: nas bilheterias da rede Sesc SP.
(Com Andreia Lima/Assessoria de Imprensa Sesc Pinheiros)
Depois de lotar a plateia do Espaço Sobrevento no começo do mês de abril, a Cia Caravan Maschera volta a apresentar a mostra Bonecos sem Fronteiras, desta vez no Teatro Alfredo Mesquita, nos dias 16, 17 e 18 de maio, também com sessões gratuitas. São três peças adultas (‘Vigiar e Punir’, ‘Vidas Secas’ e ‘Monsanto Mon Amour’) e duas infantis (‘Hoje Godot não vem!’ e ‘Tiringuito, Luísa e a Morte’).
“Quando montamos um espetáculo, estamos sempre atentos ao público a que ele se destina. Se for uma proposta infantil, por exemplo, gostamos de explorar formas mais arredondadas para os bonecos, deixando-os menos ‘agressivos’. Também usamos músicas mais doces e uma iluminação mais clara. Já nos trabalhos adultos, exploramos formas mais agudas e deformidades nos bonecos, além de sons mais barulhentos e iluminação mais sombria. São estudos de semiótica”, detalha Leonardo Garcia Gonçalves, um dos idealizadores da companhia.
Este projeto foi contemplado pelo Edital de Fomento da Lei Paulo Gustavo do Estado de SP.
Espetáculos adultos
A mostra tem início com Vidas Secas, adaptação do clássico de Graciliano Ramos (1892–1953), marcada por uma linguagem quase silenciosa e centrada nas tensões do corpo. A proposta é abrir espaço para que o público reflita, de forma livre, sobre a incomunicabilidade e sobre formas de repressão — psicológica, física e emocional — impostas por estruturas sociais, econômicas e raciais que transcendem o sertão nordestino.
Vigiar e Punir, inspirado na obra do filósofo Michel Foucault (1926–1984), investiga a evolução dos mecanismos de controle, punição e vigilância na sociedade contemporânea. Os bonecos remetem ao universo visual de Francisco de Goya (1746–1828) e Hieronymus Bosch (1450–1516), explorando a figura do bufão como recurso expressivo.
Em Monsanto Mon Amour, a crise ambiental é o ponto central. A peça denuncia uma sociedade marcada pelo consumo excessivo e pela legitimação de práticas como o uso de agrotóxicos, o desmatamento e o enfraquecimento das leis ambientais. A relação entre bonecos e o coro de intérpretes revela as estratégias de dominação utilizadas por corporações como Monsanto e Bayer sobre indivíduos em situação de vulnerabilidade.
Espetáculos infantis
Na trama de Tiringuito, Luisa e a Morte, quando o personagem-título finalmente reúne coragem para pedir a mão de Luisa ao tio, seus planos são interrompidos pela chegada inesperada da Morte. Diante disso, resta-lhe apenas enfrentá-la. O espetáculo é inspirado na tradição do teatro de mamulengos do Nordeste e na dança popular italiana tarantella. Os bonecos, esculpidos em madeira pelos próprios atores, seguem os preceitos dessa herança cultural.
Já Hoje, Godot Não Vem!, livremente inspirado na obra de Samuel Beckett (1906–1989), apresenta duas crianças que esperam por Godot em um lugar indefinido. Durante a espera, suas certezas se desfazem e o tempo se dilui. A narrativa é conduzida por imagens poéticas, técnicas de Stop Motion e bonecos com até 2,5 metros de altura, inspirados na estética surrealista do pintor belga René Magritte (1898–1967). A peça convida o público a refletir sobre os mistérios da infância, do amadurecimento e da própria existência.
Sobre a Cia Caravan Maschera Teatro
A Cia Caravan Maschera Teatro foi fundada em 2010. No início de suas pesquisas, a Cia trilhou os caminhos enigmáticos que oscilam entre a máscara, o palhaço, o bufão e os bonecos.
Iniciou em 2012 seus primeiros trabalhos no Brasil, na zona rural da cidade de Atibaia, interior de São Paulo. Desde o início, estabelecem como princípio de criação de espetáculos uma interação constante com a comunidade que os cerca por meio de oficinas, cursos de formação e residências artísticas com artistas de diversas regiões do Brasil e do exterior.
Até hoje, a Cia Caravan Maschera Teatro criou nove espetáculos que já circularam por 12 estados do Brasil e o Distrito Federal, além de ter participado de festivais internacionais na França, Itália, Eslovênia e Suíça.
FICHAS TÉCNICAS:
DA MOSTRA
Produção: Caravan Maschera Teatro Assessoria de imprensa: Canal Aberto Direção e encenação: Leonardo Garcia Gonçalves
HOJE, GODOT NÃO VEM!
Texto: Leonardo Garcia Gonçalves Elenco: Leonardo Garcia Gonçalves e Rafael Salgado Colaboração de dramaturgia visual: Laurent Michelin Bonecos: Leonardo Garcia Gonçalves, Giorgia Goldoni, Orlando Talarico e Kledir Salgado Cenografia: Leonardo Garcia Gonçalves, Orlando Talarico e Giorgia Goldoni Figurino: Kledir Salgado Trilha sonora: Rafael Vanazzi Canções: Luisa Albuquerque e Rafael Salgado Interpretação musical: Luisa Albuquerque Edição de diálogos: Rafael Salgado Produção de vídeos Stop Motion: Estúdio ANIM’ARTE –Venezia Roteiro de vídeos e projeções: Leonardo Garcia Gonçalves e Giorgia Goldoni Edição de vídeo: Ian Marcel Iordanu Designer de luz: Corentin Praud Operação de luz: Bruno Garcia Vozes dos bonecos: Leonardo Garcia Gonçalves e Rafaella Uhiara Residência de criação e concepção do espetáculo: TRAC Residenze Teatrali (Itália), Le LEM – Théâtre et Lieu d’Expérimentation Marionnette (França), Théâtre Halle Roublot (França)
TIRINGUITO, LUISA E A MORTE
Texto: Leonardo Garcia Gonçalves e Giorgia Goldoni Elenco: Leonardo Garcia Gonçalves Bonecos: Leonardo Garcia Gonçalves, Giorgia Goldoni Cenografia: Leonardo Garcia Gonçalves, Gianni Goldoni, Giorgia Goldoni, Adelfa Bergonzini Designer de luz: Gianni Goldoni Operação de luz: Rafael Salgado Olhar externo: Lucca Ronga Residência de criação e concepção do espetáculo: TRAC Residenze Teatrali (Itália)
VIDAS SECAS
Texto: Livre adaptação da obra de Graciliano Ramos Elenco: Leonardo Garcia Gonçalves e Rafael Salgado Colaboração de dramaturgia visual: Wagner Cintra Bonecos: Leonardo Garcia Gonçalves, Giorgia Goldoni, Fernanda Paredes Cenografia: Leonardo Garcia Gonçalves, Orlando Talarico e Giorgia Goldoni Figurino: Kledir Salgado Trilha sonora: Rafael Vanazzi Edição de diálogos: Leonardo Garcia Gonçalves Designer de luz: Leonardo Garcia Gonçalves Operação de luz: Bruno Garcia Vozes dos bonecos: Leonardo Garcia Gonçalves e Giorgia Goldoni Residência de criação e concepção do espetáculo: Quilombos Sapatu e Pedro Cubas no Vale do Ribeira
VIGIAR E PUNIR
Texto: Livre adaptação da obra de Michel Foucault Elenco: Leonardo Garcia Gonçalves e Rafael Salgado Bonecos: Leonardo Garcia Gonçalves, Giorgia Goldoni, Fernanda Paredes Cenografia: Leonardo Garcia Gonçalves, Ganto e Giorgia Goldoni Figurino: Kledir Salgado e Giorgia Goldoni Trilha sonora: Rafael Vanazzi Edição de diálogos: Leonardo Garcia Gonçalves Designer de luz: Leonardo Garcia Gonçalves Operação de luz: Bruno Garcia Vozes dos bonecos: Leonardo Garcia Gonçalves e Giorgia Goldoni
MONSANTO MON AMOUR
Texto: Leonardo Garcia Gonçalves Elenco: Leonardo Garcia Gonçalves, Rafael Salgado, Daiane Baumgartner Bonecos: Leonardo Garcia Gonçalves e Fernanda Paredes Cenografia: Leonardo Garcia Gonçalves Figurino: Kledir Salgado Edição de diálogos: Rafael Salgado Designer de luz: Leonardo Garcia Gonçalves Operação de luz: Bruno Garcia Vozes dos bonecos: Leonardo Garcia Gonçalves.
Serviço:
Mostra Bonecos Sem Fronteiras
16 de maio, às 20h: ‘Vigiar e Punir’ – Duração: 75 minutos | Classificação: 16 anos
17 de maio, às 16h: ‘Hoje Godot não vem!’ – Duração: 60 minutos | Classificação: 8 anos
17 de maio, às 20h: ‘Vidas Secas’ – Duração: 65 minutos | Classificação: 12 anos
18 de maio, às 16h: ‘Tiringuito, Luísa e a Morte’ – Duração: 50 minutos | Classificação: 8 anos
18 de maio, às 19h: ‘Monsanto Mon Amour’ – Duração: 65 minutos | Classificação: 14 anos
Local: Teatro Alfredo Mesquita – Av. Santos Dumont, 1770 – Santana, São Paulo – SP
Ingresso: grátis | Retirada na bilheteria com 1 hora de antecedência.
(Com Daniele Valério/Canal Aberto Assessoria de Imprensa)
A Zipper Galeria inaugura no dia 8 de maio de 2025 a exposição ‘Tantos museus dentro da gente’, dedicada ao artista Marco Tulio Resende, que celebra 75 anos de vida e mais de cinco décadas de trajetória artística.
A mostra reúne cerca de 40 trabalhos, com curadoria inspirada em conversas no ateliê do artista, e propõe uma viagem pela construção de sua obra marcada pela memória, pela coleção de fragmentos e pela experiência do tempo.
Nascido em Belo Horizonte (MG), em 1950, Marco Tulio Resende desenvolve desde os anos 1970 uma prática artística que atravessa o desenho, a pintura, a gravura, a escultura, o objeto e a instalação. Seus trabalhos — compostos por elementos recorrentes como facas, escadas, livros, ossos, asas, gaiolas, pontes, bustos e pedras, entre outros — reencenam a memória em um processo contínuo de reconhecimento do eu no mundo. Utilizando pigmentos de terra e barro, o artista amalgama essas imagens-objetos em um universo onde nascer, viver, morrer e renascer se entrelaçam em um grande organismo feito de ‘caquinhos de tempo’.
A exposição oferece uma ampla retrospectiva da carreira de Resende, partindo dos objetos pintados da série Urbanália (1980) até a série de Desenhos Diários (2015). Também estarão em destaque obras de séries importantes como Ex-Votos (1997), Ilhas (2000), Carros (2001), Recortes de Parede (2004) e Ecce Homo – Tijolos e Cabeças (2013).
Com a proposta de ‘inventariar’ os muitos eus que habitam cada pessoa, o artista cria o que chama de ‘museus flutuantes’, feitos da justaposição viva de memórias, tempos e afetos. Como ele próprio descreve, “são tantos eus dentro da gente” que cada obra é uma tentativa de iluminar essas multiplicidades.
Tantos museus dentro da gente é, portanto, mais do que uma exposição: é uma imersão no espaço poroso entre as coisas, nas distâncias, nos ruídos e nos silêncios que definem as relações entre memória, história e imaginação.
Serviço:
Tantos museus dentro da gente – Marco Tulio Resende
Abertura: 8 de maio de 2025, a partir das 19h
Período expositivo: 9 de maio a 7 de junho de 2025
Zipper Galeria – R. Estados Unidos, 1494 – Jardim América, São Paulo (SP)
Horário: Segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 11h às 17h
Entrada gratuita.
(Com Neila Carvalho/Cor Comunicação)