Iniciativa acontece durante a 23ª Semana Nacional de Museus e convida o público a refletir sobre inclusão e criatividade


São Paulo
A jabuticaba (Myciaria spp), fruta da jabuticabeira, é originária do Brasil, nativa da Mata Atlântica e muito apreciada em nossa cultura, tanto pelo seu sabor quanto por sua versatilidade na culinária, propriedade que vem despertando a curiosidade em outros países, tanto que foi eleita, recentemente, a décima melhor fruta do mundo pelo Taste Atlas.
Pequena, redonda, geralmente, de cor roxa ou preta com uma polpa branca, gelatinosa, de baixo teor calórico, muito doce e rica em nutrientes, a fruta apresenta diversos benefícios para a saúde, sendo excelente fonte de vitaminas, como a C, importante para o sistema imunológico, e minerais como cálcio e fósforo, que são essenciais para a saúde óssea. Além disso, contém antioxidantes, como antocianinas, que ajudam a combater os radicais livres, podendo reduzir o risco de doenças crônicas. É rica em fibras, contribuindo para a saúde digestiva.
Alguns estudos sugerem uma possível ação anti-inflamatória e os antioxidantes, presentes na sua composição, contribuem com a saúde cardiovascular, reduzindo o colesterol LDL e melhorando a circulação sanguínea. A casca da jabuticaba (epicarpo) apresenta potencial antioxidante em função de significativos teores de antocianinas, elagitaninos e tocoferóis.
Visando o aproveitamento das propriedades nutricionais das cascas e o alto desperdício dos resíduos (cascas e sementes) gerados na produção de geleias, o curso de Nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) tem investido em pesquisas para aproveitar a fruta na sua totalidade, de forma sustentável, desidratando a casca e transformando-a em farinha – o produto, inclusive, venceu o Workshop de Alimentos do 2° semestre de 2023, mostrando o seu potencial de aproveitamento.
Além das frutas, as flores e folhas da jabuticabeira também apresentam valor nutricional e podem ser utilizadas em preparações culinárias ou infusões.
Embora a jabuticaba não seja tão comum fora do Brasil, seu cultivo tem se espalhado por alguns países como Argentina, Paraguai, Portugal e em algumas regiões mais quentes dos Estados Unidos, contribuindo para que a fruta seja cada vez mais apreciada em diferentes partes do mundo.
O período de frutificação da jabuticabeira varia de acordo com a região e as condições climáticas, mas, geralmente, ocorre entre os meses de setembro e dezembro. Em algumas áreas, a jabuticabeira pode produzir frutos em outras épocas do ano, especialmente se as condições forem favoráveis. A frutificação pode ser abundante, e as árvores podem ter várias colheitas ao longo do ano, dependendo da variedade e do manejo. Estima-se que a produção esteja entre 20 mil e 30 mil toneladas/ano.
A projeção da culinária brasileira no mundo tem contribuído para a divulgação da jabuticaba, devido à versatilidade da fruta e ao seu amplo potencial de apreciação.
Na forma in natura: a forma mais simples e popular de consumir jabuticaba fresca; Desidratadas: em bolos, iogurtes, sucos e molhos; Congeladas: molhos, sucos, caldas e sobremesas.
Nas preparações — Geleias e compotas: a jabuticaba é frequentemente utilizada para fazer geleias, compotas e conservas; Sucos e smoothies: a fruta pode ser batida para fazer sucos ou smoothies, proporcionando uma bebida refrescante e nutritiva; Licores: pode ser utilizada na produção de licores, que são bebidas alcoólicas doces e aromáticas; Doces e sobremesas: a fruta pode ser incorporada em diversas receitas de doces, como tortas, bolos e pudins; Sorvetes e gelados: é uma excelente opção para a produção de sorvetes e gelados, oferecendo um sabor único; Molhos agridoces: para acompanhamento de preparações culinárias harmonizar com carnes; Drinks: tanto alcoólicos quanto não alcoólicos.
*O conteúdo dos artigos assinados não representa necessariamente a opinião do Mackenzie ou do website Kleber Patricio Online.
Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) foi eleita como a melhor instituição de educação privada do Estado de São Paulo em 2023, de acordo com o Ranking Universitário Folha 2023 (RUF). Segundo o ranking QS Latin America & The Caribbean Ranking, o Guia da Faculdade Quero Educação e Estadão, é também reconhecida entre as melhores instituições de ensino da América do Sul. Com mais de 70 anos, a UPM possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pela UPM contemplam Graduação, Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.
(Fonte: Race Comunicação)
A Editora Nova Fronteira dá continuidade ao projeto de reedição das obras de Simone de Beauvoir e publica uma nova edição da obra ‘A cerimônia do adeus’, um dos relatos mais íntimos da autora. No livro, Simone revisita os últimos dez anos de vida de Jean-Paul Sartre, seu grande amor, combinando sua sensibilidade literária com um olhar analítico. Publicada originalmente em 1981, a obra mescla registros biográficos e entrevistas com o filósofo francês, oferecendo um retrato profundo de seus anos finais, marcados por problemas de saúde e pelo desejo incansável de continuar escrevendo.
Mais do que um livro de memórias, A cerimônia do adeus reforça a relevância do pensamento de Simone de Beauvoir, que segue sendo uma referência essencial não apenas pelo impacto literário e filosófico, mas também por sua influência no feminismo. No Brasil, o livro ganhou destaque recentemente na imprensa com o monólogo teatral criado por Fernanda Montenegro, inspirado no livro e em outros textos da escritora francesa. Dando continuidade ao projeto editorial, a Nova Fronteira lançará em breve uma nova edição de Memórias de uma moça bem-comportada.
O livro, que conta com prefácio de Magda Guadalupe dos Santos, é um relato pessoal, que combina elementos biográficos e filosóficos. Baseado em anotações do diário da autora e entrevistas realizadas com Sartre ao longo de sua vida, o título narra os desafios que ele enfrentou com a saúde debilitada e seu esforço incansável para concluir suas obras finais. Mais do que uma biografia, o título é um estudo sobre a relação entre dois dos maiores intelectuais da história e uma reflexão sobre a luta pela liberdade do pensamento, mesmo diante das dificuldades da vida.
Sobre a autora
Foto: Moshe Milner – Crop of File: Flickr – Government Press Office (GPO) – Jean Paul Sartre and Simone De Beauvoir welcomed by Avraham Shlonsky and Leah Goldberg.jpg, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=39952804.
Simone de Beauvoir nasceu em Paris, em 9 de janeiro de 1908, em uma típica família burguesa da França. Criada de forma bastante tradicional por pais extremamente católicos, ainda na adolescência rejeitou os valores morais e religiosos de sua família. Formou-se em filosofia na Sorbonne, onde conheceu Jean-Paul Sartre em 1929, tornando-se sua companheira e maior crítica. Entre 1941 e 1943, Simone lecionou filosofia na mesma universidade em que estudou, sendo demitida pelos nazistas. Em 1943, lançou seu primeiro livro, o romance A convidada, e, em 1949, os dois volumes de O segundo sexo. Depois da guerra, junto com Sartre e Merleau-Ponty, fundou a revista Les Temps modernes, que durante 25 anos foi uma das maiores arenas do debate político e filosófico mundial. Entre romances, ensaios e livros de memórias, Simone de Beauvoir lançou mais de vinte obras. Morreu em 14 de abril de 1986, em Paris, e foi enterrada junto a Sartre.
Detalhes do livro A Cerimônia do Adeus
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 496
Capa: Brochura
ISBN: 978.65.5640.903-0
Dimensões: 15,5 x 23 cm.
(Com Emanuelle Guigues/MNiemeyer Assessoria de Comunicação)
A Galeria Martins&Montero apresenta a exposição ‘Passantes’, da artista Lia D Castro, que será inaugurada no dia 1º de abril. A mostra apresenta obras inéditas e propõe uma revisão crítica da história da arte, desafiando as noções tradicionais de representação, inclusão e identidade.
Em sua nova série, Lia D Castro parte de um gesto simbólico: a compra de pinturas com os temas de naturezas-mortas e paisagens em antiquários, sobre as quais intervém ao pintar pés masculinos. Esses pés pertencem a homens que foram criados por mulheres — mães, tias, avós — dentro de um sistema matriarcal. A proposta de Castro inclui, ainda, um jogo visual que desestabiliza a leitura comum desse gênero de pintura ao posicioná-las de ponta cabeça, criando um contratempo ótico que nos convida a olhar para o trabalho de arte sob um novo ângulo. Essa inversão também sugere uma releitura do museu e da própria história da arte, desafiando a persistente ‘retina colonial’, termo utilizado pela artista para descrever o olhar eurocêntrico que moldou a produção e a recepção das imagens ao longo dos séculos.
A inserção desses elementos em naturezas-mortas não apenas subverte a percepção inerte e contemplativa dessas composições, mas também instiga uma reflexão profunda sobre a necessidade de revisitar paradigmas artísticos historicamente cristalizados. Ao deslocar a leitura tradicional dessas imagens, Lia D Castro estabelece um campo dialógico no qual a ressignificação emerge como força motriz de um discurso estético que desafia tradições e amplia as fronteiras da arte contemporânea.
Inspirada no pensamento do filósofo Achille Mbembe sobre a condição do estrangeiro como ‘passante’, Lia D Castro reflete sobre fronteiras, limites e exclusões. Seu trabalho resgata uma longa tradição de representações, que à primeira vista podem parecer comuns, mas que carregam em si a complexidade das dinâmicas sociais e políticas. As obras em exposição são um comentário poderoso sobre o impacto do colonialismo ocidental nas práticas e normas culturais e históricas da arte.
A exposição provoca o espectador a questionar interseções entre privilégio, vulnerabilidade e poder. Castro nos convida a enxergar a arte para além das narrativas dominantes e a reconhecer as experiências daqueles que foram historicamente marginalizados. Em sua obra, há uma delicadeza intrínseca, uma sensação de intimidade e ternura que perpassa até os temas mais desafiadores.
Sobre a artista
A prática artística de Lia D Castro (Martinópolis, 1978) oferece uma abordagem à arte que vai além de suas próprias pinturas, textos e instalações. Abrange a complexidade da sociedade e procura construir narrativas e experiências vividas mais significativas e inclusivas que vinham sendo negligenciadas em museus e galerias de arte.
Nos últimos 10 anos, Lia D Castro trabalhou como educadora, profissional do sexo, ativista dos direitos dos transgêneros e ministra palestras antirracismo e anti-transfobia em instituições de arte, bem como em empresas nacionais e multinacionais. Ela também tem interesses em áreas como criminologia do ódio, antropologia, psicologia comportamental e sociologia.
Cheias de significados e ressonâncias, as pinturas de Lia D Castro refletem sobre hierarquias de gênero e raça, história da arte, transfobia e noções tendenciosas de feminilidade, em obras que convidam o espectador a examiná-las de perto. Um possante apelo à ação, enfatizando a importância da representação e da inclusão.
Em 2024, Lia D Castro apresentou duas exposições individuais institucionais – no MASP, em São Paulo, e no Museu Paranaense, em Curitiba. Em janeiro de 2023 teve sua primeira individual ‘Cumplicidade Refletida’ na Galeria Jaqueline Martins, São Paulo – Brasil, e em abril de 2023 ‘Aqueles que são dignos de serem amados’ na Galeria Jaqueline Martins, Bruxelas – Bélgica, com texto curatorial de Mohamed Almusibli. Recentemente, ela participou de exposições coletivas, incluindo ‘Middle Gate III’, com curadoria de Philippe Van Cauteren em Geel, Bélgica; ‘Hors de la nuit des normes, hors de l’énorme’ ennui com curadoria de Clement Raveu e Valentina d’Avenia no Palais de Tokyo, Paris; ‘Dos Brasis: Arte e Pensamento Negro’ com curadoria de Igor Simões no Sesc, São Paulo; ‘Art of Treasure Hunt – Women in Tuscany’ organizada por Luziah Hennessy em diversos locais como Castello AMA, Castello di Brolio, Borgo San Felice, Colle Beretto, Villa Geggiano – Itália. Em 2022 apresentou a individual ‘Axs Nossxs Filhxs’ no Instituto Çare, São Paulo – Brasil, entre outros. Seu trabalho faz parte de coleções particulares e institucionais, incluindo S.M.A.K. Gante, entre outros.
Serviço:
Lia D Castro: Passantes
Abertura: 1/4/2025 | 16h – 19h
Visitação: até 10/5/2025 | terça a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 11h às 17h
Martins&Montero – Rua Jamaica 50, São Paulo, SP.
(Com Bernadete Druzian/A4&Holofote Comunicação)
A TV Cultura inicia uma nova fase no Rio de Janeiro. A partir do dia 14 de abril, entra no ar a TV Cultura Rio, numa parceria entre a Fundação Padre Anchieta e a Fundação Universo.
O acordo prevê o melhor do conteúdo jornalístico local, educação e entretenimento para 12,7 milhões de telespectadores em 25 municípios do estado do Rio de Janeiro, além de melhoria do sinal em toda a região. O público irá acompanhar os principais programas da Cultura, como Roda Viva, Jornal da Cultura, Provoca, Repórter Eco, Quintal da Cultura e muitos outros, além de transmissões esportivas.
A TV Cultura Rio será disponibilizada na TV digital, no canal 32.1.
(Fonte: TV Cultura)
Uma exposição que emerge como um ponto de confluência entre o humano e a natureza, reunindo artistas cujas trajetórias e inquietações dialogam profundamente com a compreensão simbiótica entre ambiente, memória e identidade. Concebida paralelamente à SP-Arte 2025, na Galeria Herança Cultural, esta mostra apresenta um olhar atento ao diálogo interdisciplinar.
Andreia Falqueto, na obra A Liturgia, transforma as narrativas cotidianas em paisagens enigmáticas, propondo uma leitura simbólica das relações humanas com seu entorno. Seu gesto pictórico é uma investigação sutil sobre o ‘estar-aí’, marcada pela sutileza antropológica em que realidade e imaginação coexistem, desafiando o espectador a repensar sua própria presença e memória.
Antonio Miranda, artista-catador cujas esculturas nascem da matéria imprevisível das ruas. Seus objetos revelam uma estética híbrida e precária, onde fragmentos abandonados ressurgem combinados com delicadeza bruta. Entre ready-mades e construções intuitivas, Miranda equilibra desconforto e encantamento, acumulando corpos mutantes que carregam tempos diversos. Sua arte celebra a liberdade criativa do caos, reinventando incessantemente o passado no gesto radical do presente.
Armarinhos Teixeira, figura crucial na interseção entre arte e ciência, expande o território da Bioarte evidenciando relações intrínsecas entre processos orgânicos e industriais. Apresenta foto e o vídeo Recordário de Adão, escultura biológica de energia viva instalada no Jardim Botânico de Rostock em parceria com a Kunsthalle Rostock, Alemanha, criada para ser o descendente da árvore numa transição pós-natureza, habitando o bioma desértico.
A pintura de Gabaskallás é uma épica libertadora que enfrenta a virtualidade contemporânea com gestos amplos, cores vigorosas e uma conexão profunda com a história. Seu trabalho recupera as alegorias clássicas e as reinventa numa dimensão monumental, unindo tempos e culturas. Nestas telas, convivem a memória coletiva, a fisicalidade dos corpos e a intensidade emocional, afirmando a potência da arte como resistência diante dos medos atuais. Gabaskallás não pinta apenas imagens, mas uma épica necessária sobre o que fomos e o que poderemos ser.
Desde a infância, a obra de Artur Rios nasce da intimidade com a fauna do interior da Bahia, alimentada por um olhar atento ao animal selvagem, cujas imagens colecionava desde cedo. Sua pintura traduz um inquietante exercício de alteridade e consciência ecológica, expondo a ambiguidade de nossa relação com o outro não-humano, invasor e invadido. Em suas composições, o animal e o corpo feminino entrelaçam-se à matéria primordial – terra, madeira, pelos – revelando uma simbiose erótica e ancestral que questiona a hegemonia do humano sobre o mundo natural.
Mario Vasconcelos apresenta uma poética híbrida onde mitos afro-brasileiros são revisitados em procedimentos escultóricos, cerâmicos, fotográficos e performáticos. Sua obra instalação Desabrochar do Âmago, promove diálogos entre ancestralidade e contemporaneidade, atravessado por questões históricas e sociais sutis, mas contundentes.
Reflexos Humanos, Ecos Naturais é uma exposição sobre coexistências e enfrentamentos, sobre corpos e territórios, e sobre o contínuo e delicado diálogo entre o homem e a natureza.
Serviço:
Reflexos Humanos, Ecos Naturais
Exposição coletiva – Andreia Falqueto, Antonio Miranda, Armarinhos Teixeira, Artur Rios, Gabaskallás e Mario Vasconcelos
Curadoria: Instituto Iadê de Arte e Design e Herança Cultural
Galeria Herança Cultural
Abertura: 29 de março, sábado, das 11h às 16h
Período Expositivo: de 29 de março a 2 de maio de 2025
Horário de visitação: seg a sexta das 10h às 17h | sábado, das 10h às 14h
Rua do Curtume 274, Lapa de Baixo
Gratuito
herancacultural.com | @herancacultural.
(Com Uiara Costa de Andrade/Agência Catu)