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Barracão Teatro promove debates virtuais gratuitos sobre o diálogo entre teatro e vídeo

Brasil, por Kleber Patricio

Esio Magalhães, do Barracão teatro. Foto: divulgação.

Nestes tempos de pandemia, em que a presença de pessoas num mesmo espaço está restrita a atividades essenciais, as artes cênicas, sempre fortalecidas pelo contato direto com o público, têm buscado maneiras de se fazer presente, ainda que de modo virtual. O Barracão Teatro, importante espaço de investigação e criação cênica, inicia sua atividade artística virando a bússola para essa nova realidade. De que forma? Conciliando duas linguagens distintas: o teatro e o vídeo.

Contemplado pelo Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (ProAC) com recursos da Lei Aldir Blanc, o Barracão apresenta o projeto Do Mascaramento ao MasCameramento. O trabalho consiste em seis encontros on-line, gratuitos e abertos ao público em geral, que irão reunir um time de especialistas das artes cênicas – Tiche Vianna, Esio Magalhães, Ana Mê, Fernando Fubá, Kara Ariza e Miguel Magalhães – e, das artes visuais, Antonio Karnewale.

O primeiro encontro, que também irá destacar o compartilhamento de saberes e experiências, acontece nesta quarta-feira, 17 de março, às 20h, pelo www.youtube.com/barracaoteatro com a participação de todos os convidados. Para participar, basta acessar a página no horário da live, se inscrever e curtir o canal.

Tiche Vianna, co-fundadora do Baracão Teatro. Foto: Cela Vianna.

O diálogo entre duas linguagens artísticas diferentes: o teatro e o audiovisual é o tema de largada do projeto, que irá transcorrer ao longo do ano. “Em nossos trabalhos e pesquisas teatrais, temos nos dedicado a transpor a linguagem expressiva de nossas criações para o audiovisual que, sendo a interface de comunicação possível neste momento, nos abre mais um campo de interação entre linguagens distintas: o teatro e o vídeo”, destacam os artistas do Barracão Teatro.

Pesquisa traz novos formatos para o futuro das artes cênicas | Na busca por novos formatos e junções, “nos deparamos com a questão do registro da cena teatral e da dificuldade de dar ao espectador do audiovisual a sensação de sua presença no ato cênico. Como registrar a ação teatral na linguagem audiovisual preservando esta relação sensorial para quem assistirá?”, questionam os artistas. Para tentar encontrar os resultados do enfrentamento destas questões, o Barracão Teatro tem se aproximado de elementos e técnicas fílmicas que sirvam de suporte às próximas experimentações criativas.

O ponto de partida será a inclusão da câmera como o olhar da máscara que age ou reage à cena que presencia. “Utilizaremos as técnicas de filmagem em primeira pessoa, assim como POV (Point of View), além de outras para criarmos cenas com as máscaras a partir de temas atuais. A proposta é criarmos várias cenas curtas, cujo foco é a investigação técnica da sobreposição das linguagens fílmica e da máscara cênica”, afirma o elenco.

Antonio Karnewale. Foto: divulgação.

Todos os ensaios terão filmagens com câmeras de celulares dos envolvidos no projeto para a realização dos seis relatórios audiovisuais, chamados aberturas de processos, para o acompanhamento de toda a atividade realizada nas redes sociais do Barracão Teatro e dos artistas integrantes desta pesquisa.

O resultado da pesquisa terá um único vídeo contendo os passos da pesquisa e sua conclusão; isto é, uma cena curta em audiovisual, construída com a teatralidade de máscaras inteiras expressivas, sem palavras, filmada e editada com assessoria de especialistas em audiovisual para ser exibida em plataformas de streaming.

Barracão Teatro| O Barracão Teatro é um espaço de investigação, criação e apresentação cênica formado em 1998 por Esio Magalhães e Tiche Vianna. Ao longo dos anos, o grupo agregou artistas, que se mantêm em parceria, por meio de projetos variados, até hoje. Esta característica permite ao Barracão Teatro manter a maioria de seus espetáculos em repertório com seu elenco original.

A característica fundamental de seus trabalhos é o teatro popular com base na máscara teatral, no palhaço, na commedia dell’arte, na improvisação e no aprofundamento da atuação como veículo de expressão cênica.

Conta atualmente com diversos espetáculos em seu repertório, com os quais circula por muitas regiões do Brasil e cidades do exterior. Realiza também cursos intensivos, sempre em fevereiro, com artistas provenientes de diversas regiões do Brasil e de outros países.

O Barracão Teatro é um grupo nômade. Sua vocação é difundir a arte teatral por diversos e diferentes territórios do país e seu objetivo é compartilhar a experimentação do teatro com o maior número de espectadores possível.

Encontro virtual A Teatralidade no Audiovisual

O diálogo entre duas linguagens artísticas diferentes: o teatro e o audiovisual

Data: 17 de março

Horário: 20 horas

Acesso pelo youtube: www.youtube.com/barracaoteatro

Projeto: Do Mascaramento ao MasCameramento, contemplado pelo Programa de Apoio Cultural Expresso Lei Aldir Blanc Eixo Premiação Teatro no estado de São Paulo, da Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo.

5 grupos de alimentos que ajudam no exercício e na musculatura

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

A prática constante de exercícios físicos não só colabora para uma vida mais saudável – especialmente neste momento de pandemia –, como também proporciona mais energia e bem-estar. Aliado a uma alimentação balanceada e rica em nutrientes e proteínas, o treino pode ajudar a alcançar melhores resultados, como a tonificação muscular.

Conhecer os alimentos que ajudam nesse processo é o primeiro passo para o ganho de massa magra. “A maioria das opções que ajudam no ganho de musculatura faz parte do grupo das proteínas. Outros alimentos que aparecem são os que conferem o gosto umami, que além de serem super saborosos, ajudam na digestão e na ingestão de proteínas com mais eficácia”, explica a nutricionista Marília Zagato.

Carnes magras e frangos | Segundo a especialista, as proteínas de origem animal são ótimas opções para os músculos. “Por serem ricas em proteínas, as carnes, inclusive as maturadas, contribuem no processo de ganho muscular, proporcionando fibras musculares mais fortes e, consequentemente, maior definição”, explica. “Já o frango, sem pele, é uma opção para aqueles que preferem uma carne com menor teor de gordura. O ideal é ingerir esses alimentos em refeições após a atividade física”, complementa.

Queijos | “Além de deliciosos, os queijos são ótimos aliados para conferir nutrientes ao organismo. Os queijos possuem proteínas, cálcio e outros minerais em grande quantidade. Nutrientes como o cálcio são essenciais para a contração muscular e para a saúde dos ossos e dentes. Além disso, os queijos conferem o gosto umami, que provoca o aumento da salivação e permanência por alguns minutos após a ingestão. Essas características auxiliam na saúde bucal e na digestão”, enfatiza a nutricionista.

Frutas e sementes | Frutas são sempre importantes e devem fazer parte da alimentação diariamente. “As frutas contêm vitaminas e minerais, nutrientes que precisam estar em quantidades adequadas para que o corpo tenha bom desempenho durante o exercício. Para ajudar na recuperação muscular, além das frutas, experimente incluir algumas sementes ou castanhas, que ajudam a combater os radicais livres, facilitando o processo de recuperação do músculo”, ressalta.

Iogurte natural | O iogurte natural é também um bom alimento para o crescimento muscular. “Ele possui proteínas e carboidratos em quantidades interessantes, além de ser uma ótima fonte de cálcio. Para ficar melhor, você pode acrescentar frutas, assim fica um lanche com uma boa dose de energia, essencial para um treino de qualidade”, explica.

Pães e massas | Para comer antes dos treinos, os carboidratos são ótimos. Marília alerta que muitos preferem evitá-los; no entanto, os carboidratos, quando ingeridos de forma balanceada, fornecem energia para o treino. “Sem essa fonte, o organismo pode procurar energia em outros lugares, causando um efeito reverso. Por exemplo, quando o corpo precisa de combustível para realizar os exercícios e não encontra, ele busca energia em outras fontes e, em vez de ganhar musculatura, você perde”, explica. A especialista ainda complementa com uma dica: “prefira as opções integrais que possuem mais fibras e nutrientes”.

Umami | É o quinto gosto básico do paladar humano, descoberto em 1908 pelo cientista japonês Kikunae Ikeda. Foi reconhecido cientificamente no ano 2000, quando pesquisadores da Universidade de Miami constataram a existência de receptores específicos para este gosto nas papilas gustativas. O aminoácido ácido glutâmico e os nucleotídeos inosinato e guanilato são as principais substâncias umami. As duas principais características do umami são o aumento da salivação e a continuidade do gosto por alguns minutos após a ingestão do alimento. Para saber mais, acesse www.portalumami.com.br.

Março Roxo: campanha “Quem vê cara, não vê epilepsia” combate o preconceito e desinformação

São Paulo, por Kleber Patricio

O que de fato é epilepsia? Qual é a aparência de quem tem a doença? e Como ajudar alguém em meio a uma crise convulsiva? são perguntas que boa parte dos brasileiros não saberia responder; afinal, a epilepsia é repleta de preconceito. A Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) atua justamente para minimizar este problema e aproveita o Março Roxo, mês de conscientização sobre a doença, para reforçar a informação como arma contra os estigmas na campanha Quem vê cara, não vê epilepsia, que será veiculada em linhas do Metrô de São Paulo durante todo o mês.

A ação será dividida entre banners e vídeos para os monitores dos vagões nas estações Linha 4 (Amarela) e 5 (Lilás). As peças mostram que a epilepsia não tem cor, classe social, profissão ou biótipo específico e que acontece com um número significativo da população – um mote que se relaciona perfeitamente com a dinâmica das linhas do Metrô, onde milhares de pessoas se cruzam sem saber as histórias dos outros em um ambiente onde pessoas com epilepsia podem ter crises.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia e quase 80% dos casos registrados estão em países de baixa e média renda. Para a presidente da ABE, Maria Alice Susemihl, os dados mostram como a doença é frequente, o que deveria ser mais levado em consideração de maneira incisiva para a criação de políticas públicas. “Infelizmente, a epilepsia recebe muito menos atenção do governo e da sociedade em comparação com outras doenças e precisamos urgentemente de um plano de atendimento para a epilepsia no Brasil. Temos algumas leis tramitando em níveis municipal e estadual, mas são necessárias mudanças federais. Aproveitamos a data de 26 de março, conhecido como Purple Day ou Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia, e o mês Março Roxo, para reforçar a conscientização sobre a doença, mas a luta por direitos e a divulgação de informações devem acontecer todos os dias do ano”, afirma.

Saúde pública | De acordo com o neurologista e vice-presidente da ABE, Doutor Lécio Figueira, como a epilepsia é uma doença frequente, é necessário que a maioria dos atendimentos comecem nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), sendo essencial que estas estejam preparadas. “Cerca de 70% dos casos têm menor complexidade e respondem de forma fácil ao tratamento, mas a maioria dos médicos não tem conhecimento suficiente sobre epilepsia. Nesse sentido, é fundamental treinar os médicos e preparar as UBS para que sejam capazes de atender esse público. A Associação Brasileira de Epilepsia já se propôs a ajudar, mas sempre que procura a Secretaria da Saúde, recebe a resposta de que não existe tempo para isso”, explica.

Ainda segundo o vice-presidente da ABE, aproximadamente 30% das pessoas que têm a doença precisam de uma assistência mais especializada e o ideal é que passassem inicialmente pelo Ambulatório Médico de Especialidades (AME), sendo encaminhadas para um hospital terciário somente quando não respondessem ao tratamento, o que pode ser determinado quando mesmo após usarem dois ou mais medicamentos antiepilépticos, continuam apresentando crises. Um dos problemas enfrentados é a quantidade insuficiente de vagas nos AMEs, sendo alto o número de encaminhamentos para os hospitais terciários. “Na atual situação do país, o sistema de saúde público fica sobrecarregado e diversas pessoas deixam de receber o tratamento adequado. É importante ressaltar que também existem sérias limitações de disponibilidade de encaminhamento de pessoas com a doença para hospitais de referência, quando precisam ser avaliadas para passarem por tratamentos mais avançados, em especial, a realização da cirurgia de epilepsia”, diz.

Imagem de Julia Teichmann por Pixabay.

Medicamentos | Os últimos avanços do SUS relacionados ao tratamento da epilepsia foram a incorporação do medicamento Levetiracetam, que auxilia no controle das crises epilépticas, além de mais uma opção de cirurgia de epilepsia, a chamada Terapia VNS, que mesmo sendo aprovada pelo sistema de saúde público, ainda não foi incorporada. “Apesar das conquistas, não é possível deixar de lado a frequente falha no fornecimento de remédios pelo SUS, fazendo com que muitas pessoas em situação controlada voltem a sofrer com as crises, o que impacta na qualidade de vida”, afirma Maria Alice.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Resolução da Diretoria Colegiada, autorizou em dezembro de 2019 a comercialização de produtos à base de Cannabis por farmácias para fins medicinais, cumprindo determinadas exigências. Porém, o Canabidiol ainda não foi incorporado ao SUS, o que, para o Doutor Lécio, tem relação com o alto custo dos medicamentos à base da substância. “O Canabidiol tem se mostrado útil para o tratamento de algumas pessoas que têm epilepsia, especialmente crianças que têm síndromes específicas como Dravet e Lennox-Gastaut; porém, tratamentos com este têm custo superior em relação a outras medicações”, explica.

Previdência Social | Como existe grande desconhecimento sobre a doença, também há resistência por parte de profissionais em autorizar benefícios em relação à aposentadoria de quem tem epilepsia. Atualmente, há o Projeto de Lei 7797, de 2010, que inclui pessoas com lúpus e epilepsia no grupo daqueles que são dispensados de cumprir prazo de carência para usufruir dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. “Estamos em 2021 e o projeto ainda não foi sancionado e isso mostra como diversas pessoas não reconhecem os impactos que as crises epilépticas causam, mesmo ocorrendo de forma intermitente”, diz a presidente da ABE.

Informação | Ainda de acordo com Maria Alice, é essencial que sejam divulgadas informações corretas sobre a doença, como o fato de que qualquer um poder ter uma crise epiléptica, a necessidade de saber agir corretamente ao se deparar com alguém tendo uma crise convulsiva e que epilepsia não tem relação com capacidade intelectual. “Se a sociedade passar a debater mais sobre a epilepsia, será possível a real inclusão de pessoas com doença na sociedade. São campanhas como a da associação, que trazem reflexões, que são capazes de sensibilizar o governo”, conclui.

Programação da ABE e agenda de ações nacionais já confirmadas, em comemoração ao Março Roxo:

Campanha da ABE Quem vê cara, não vê epilepsia

Banners e vídeo nas TVs dos vagões

Data: De 15/3 a 30/4

Local: Linhas do Metrô de São Paulo: ViaQuatro (Linha 4 – Amarela) – São Paulo/Morumbi

e ViaMobilidade (Linha 5 – Lilás) – Largo Treze

Iluminação roxa – Espírito Santo

Data: De 1 a 31/3

Local: Prédio do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES)

Iluminação roxa – Distrito Federal

Data: De 15 a 31/3

Local: Palácio do Planalto (Brasília – DF) e Ministério da Saúde (Brasília – DF)

Projeção Fotográfica (Projeto Apoi-se @Mostratuaarte)

Data: De 15 a 31/3

Horário: Das 20h às 22h

Local: Itinerante (Belém – PA).

Sobre Associação Brasileira de Epilepsia | A ABE é uma Associação sem fins lucrativos que se estabeleceu como organização para divulgar conhecimentos acerca dos tipos de epilepsia, disposta a promover a melhora da qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença. Integra o International Bureau for Epilepsy e é composta por pessoas que têm epilepsia, familiares, neurologistas, nutricionistas, advogados, assistentes sociais, pesquisadores e outros profissionais. Atua formando grupos de autoajuda, facilitando a reabilitação profissional e lutando pelo fornecimento regular de medicamentos nos postos de saúde e hospitais públicos, além de batalhar incansavelmente pelo bem-estar das pessoas que convivem com a doença e pelo fim dos estigmas e preconceitos sociais.

Lançamento do quinto EP completa coletânea “Viola Paulista” do Selo SESC

São Paulo, por Kleber Patricio

Neymar Dias. Foto: Paula Rocha.

O Selo SESC encerra o lançamento paulatino do álbum Viola Paulista – Volume 2, iniciado há um mês e que reúne 20 violeiros e violeiras que já têm uma carreira consolidada junto ao público e à cena musical, com o quinto e último EP (sigla de extended play em inglês). A curadoria e direção musical são do professor, músico e compositor Ivan Vilela, reconhecido como um dos principais pesquisadores de cultura popular e da viola caipira no país.

Com 20 faixas ao todo, a segunda coletânea foi dividida em cinco EPs, cada um com a participação de quatro tocadores que dão voz a diferentes sotaques do instrumento no estado. Agora, o quinto EP traz importantes músicos da região de Avaré e chega aos principais serviços de streaming no dia 17 de março, incluindo na plataforma SESC Digital, que oferece o conteúdo de graça e sem necessidade de cadastro. Para ouvir, acesse aqui.

Filho de compositor de música caipira, Neymar Dias é hoje um dos grandes multi-instrumentistas brasileiros. Formado em contrabaixo pela Universidade de São Paulo (USP), o também compositor e arranjador para orquestras transita da música regional brasileira ao repertório clássico e transcreveu parte da obra original do músico alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750) para a viola caipira. Para a coletânea Viola Paulista – Volume 2 ele gravou La valse, uma composição instrumental de sua autoria que traz a música de concerto para o universo caipira, com Dias (viola), Vana Bock (violoncelo) e Pedro Gadelha (contrabaixo) – este, integrante da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp).

Mais ligado à música caipira tradicional, Lauri da Viola é violeiro, cantor, compositor e luthier. Com uma trajetória de mais de 30 anos de carreira, em Viola Paulista – Volume 2 ele toca e canta, ao lado de Daniel Alves (violão e voz), sua composição Viola, rainha do meu destino, um pagode muito alegre e pulsante cuja letra é uma homenagem ao instrumento. Lauri foi o criador da Orquestra de Viola Caipira de Angatuba, cidade do interior localizada na região de Itapetininga (SP) e por muito anos foi professor de viola.

Wilson Teixeira. Foto: Paula Rocha.

Outro músico natural de Avaré (SP) é Wilson Teixeira. Cantor, compositor e violeiro, Wilson se destaca no repertório das baladas, mesclando o rock com a canção popular em versões de músicas de língua inglesa para o universo da viola. Em paralelo à carreira solo, desenvolve o projeto Viola sem Fronteiras, que oferece cursos online do instrumento, do iniciante ao violeiro que deseja aperfeiçoar sua técnica e repertório. Para a coletânea ele gravou Seresteiro, uma canção romântica de sua autoria que Wilson canta e toca viola e violão.

Vivendo entre a música e a medicina, o violeiro Júlio Santin é natural de Uirapuru (SP) e aprendeu a tocar e a fabricar seus próprios instrumentos. É também médico cardiologista e atualmente vive em São Paulo, capital. No álbum, ele gravou uma peça solo ao ritmo da contradança, que é muito presente no Vale do Jequitinhonha (MG) e que dá nome à faixa. Quando o Dr. Júlio César Santin encerra o expediente no hospital em que trabalha, entra em cena o violeiro que há alguns anos se dedica à música caipira.

Lauri da Viola. Foto: Paula Rocha.

A série Viola Paulista traça um mapa etnográfico do uso do instrumento no estado de São Paulo, celeiro de grandes músicos, compositores e de inúmeras orquestras de viola caipira. O projeto começou em 2018 com o lançamento da primeira edição de Viola Paulista (Selo SESC), que apresentou ao público as múltiplas sonoridades deste instrumento, seja em faixas instrumentais ou cantadas, com artistas e grupos muito diversos, mas que têm em comum a paixão pela história e pelo som da viola. Para este segundo volume, Vilela selecionou músicos que abrangem todo o território do estado. São tocadores das regiões de Avaré, Bauru, Campinas, Piracicaba, São José do Rio Preto e Sorocaba.

REPERTÓRIO EP 5

Viola, Rainha do Meu Destino (Lauri da Viola)

Músicos: Lauri da Viola (viola e voz) e Daniel Alves (violão e voz)

Afinação: Cebolão em mi bemol

Seresteiro (Wilson Teixeira)

Músico: Wilson Teixeira (viola, violão e voz)

Afinação: Cebolão em mi

La Valse (Neymar Dias)

Músicos: Neymar Dias (viola), Vana Bock (violoncelo) e Pedro Gadelha (contrabaixo)

Afinação: Cebolão em ré

Contradança (Júlio Santin)

Músico: Júlio Santin (viola)

Afinação: Cebolão em mi

+ Viola Paulista

Julio Santin. Foto: Caio Csermak.

Volume II

Retrato dos violeiros e violeiras profissionais com carreiras artísticas consolidadas, com discos gravados e de um público cativo que acompanham os seus trabalhos. A lista dos artistas que compõem esta segunda coletânea é bem diversificada e vai de Enúbio Queiroz e Zeca Collares, ao multi-instrumentista Neymar Dias, só para citar alguns exemplos. Destaque também para a presença de duas violeiras, Adriana Farias e Juliana Andrade, representantes de um crescente protagonismo feminino no mundo da viola. Os EPs 1 e 2 já estão disponíveis na internet, com gravações de Adriana Farias, Arnaldo Freitas, da dupla Cláudio Lacerda e Rodrigo Zanc e de Levi Ramiro, músicos de Bauru e região; e de Fernando Caselato, João Arruda, João Paulo Amaral e Zé Helder, tocadores das regiões de Campinas e Piracicaba.

Lista dos artistas participantes em cada EP

EP 1 com Adriana Farias, Arnaldo Freitas, a dupla Cláudio Lacerda e Rodrigo Zanc e Levi Ramiro

EP 2 com Fernando Caselato, João Arruda, João Paulo Amaral e Zé Helder

EP 3 com Ricardo Anastácio, Zeca Collares, Fernando Deghi e Ricardo Vignini

EP 4 com Enúbio Queiroz, Juliana Andrade, Fábio Miranda e Márcio Freitas

EP 5 com Lauri da Viola, Wilson Teixeira, Neymar Dias e Júlio Santin

Ficha técnica

Viola Paulista – Volume II

Curadoria e direção musical: Ivan Vilela

Produção executiva: Paula Rocha e Caio Csermak – Arueira Expressões Brasileiras

Gravação: Maurício Cajueiro

Mixagem: Ivan Vilela e Maurício Cajueiro

Masterização: Homero Lotito

Assistente de gravação: Pedro Henrique Florio

Estúdio: Cajueiro Áudio (Campinas, SP)

Fotografia e vídeo: Paula Rocha e Caio Csermak

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Doiddo Filmes e CWA lançam série “Gael, seu motorista está a caminho”

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Foi dada a largada das negociações com os canais de streaming e de assinatura para a série Gael, seu motorista está a caminho, que tem como protagonistas Luiz Carlos Vasconcelos e Felipe Camargo. Com direção do premiado Roney Giah – que também é coautor do seriado ao lado de Gustavo Freitas –, a série é uma coprodução da Doiddo Filmes e CWA.

No roteiro, Gael – personagem vivido por Luiz Carlos Vasconcelos – é um justiceiro religioso que ganha a vida como motorista de aplicativo. Descrente da justiça divina, esse ex-sacerdote da Igreja Católica se torna agente de punição de pessoas que se desviaram do caminho. Pedófilos (e seus protetores), assassinos cruéis e psicopatas estão na mira desse justiceiro contemporâneo. Em cada episódio, um crime e uma pista são dados para que o telespectador desvende o passado de um homem religioso, que abdicou da Santa Madre Igreja, não da crença em Deus. Ao seu modo, Gael ainda acredita na divindade ao se tornar um anjo-vingador.

Padre Sebaste – uma das personagens centrais interpretada por Felipe Camargo – foi o mentor de Gael quando ele ainda era sacerdote e terá embates filosóficos com seu pupilo em todos os episódios, em forma de flashback. Durante as temporadas, Sebaste comete erros graves e acaba sendo submetido à justiça de Gael. Mas, a cada capítulo, o telespectador descobrirá mais a respeito desse padre e decidirá se ele, de fato, mereceu ser punido.

Sobre Roney Giah | Com uma carreira de 25 anos pontuada pela convergência entre música, produção de áudio, criação de conteúdo, direção de filmes e propaganda, Roney Giah é formado em música pelo MIT (Musicians Institute of Technology), em Los Angeles (1993), e em Engenharia de Som pelo IAV, em São Paulo (2003). O seu trabalho frente à Doiddo Filmes foi reconhecido com quatro Leões de Cannes, sendo dois de ouro e dois de prata; conquistou, ainda, três Clio Awards.

Sobre Carla Affonso | CEO da CWA e com larga experiência nos segmentos de entretenimento, a executiva tem passagens por diversas empresas de produção e programação como a Endemol Globo (onde foi diretora-geral), Mixer (diretora executiva de conteúdo), AOL (onde foi responsável pela área de entretenimento e comandou projetos de sinergia entre as empresas do grupo AOL Time Warner e coordenou lançamentos em conjunto dos projetos Harry Potter e Madonna e o projeto Rock in Rio 3) e HBO (gerente sênior de marketing, foi responsável pelo lançamento dos canais do grupo (HBO, HBO2, Sony, WBTV, E! Entertainment, Mundo e History Channel).

Sobre Gustavo Freitas| Com duas graduações, pós-graduação e mestrado, incluindo Screenplay Story and Structure pela NYFA (New York Film Academy), Gustavo Freitas foi vencedor do Hollywood International Moving Pictures Film Festinal com o roteiro Operation Brother Sam. Conquistou, também, o LAFA (Los Angeles Film Awards) como melhor roteiro de ação, assim como o London Independent Film Awards por melhor roteiro original. Em 2018, ganhou o Oaxaca FilmFest (México) como Melhor Roteiro de Thriller. Além disso, também ganhou o Global Film Festival Awards e Cinema World Fest Awards (melhor roteiro de curta,  Lies, Hamburgers, and Cufflinks), assim como Wildsound Film Festival.